Você já
parou para pensar que aqui no Brasil todas as pessoas – físicas e jurídicas
– moram em três lugares? Não existe “morar no Brasil” para fins tributários.
Então, deveria ser proibido falar em reforma tributária, sem antes levar em
consideração dados estatísticos que trazem à tona a demanda da sociedade, dos
empresários e dos investidores que pensam em se instalar em algum estado
brasileiro.
Uma
prova cabal dessa teia tributária é que, segundo estudos divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), desde a Constituição
Federal de 1988 foram editadas e publicadas no Brasil mais de 300 mil normas
tributárias em âmbito federal, estadual e municipal.
Nesse
período, entre tantas contribuições, taxas e impostos criados, podemos citar
como exemplo a CIDE, a CPMF, a Cofins, a CSLL, além das tributações sobre as
importações (COFINS Importação, PIS Importação e Imposto de Importação), entre
outras. Porém, mesmo com todas essas contribuições e impostos, um fato é que o
Brasil é um dos países que menos transforma tributos em benefícios para o
contribuinte.
O país
tem educação gratuita, mas a qualidade deixa a desejar. O sistema de saúde não
promove a prevenção necessária e contabiliza mortos nas filas de espera. A
maior parte da tributação incide sobre consumo e salário (dois terços). Como
comparação, nos países desenvolvidos a relação é de apenas um terço. Para
piorar, a tributação sobre o consumo incide da mesma forma para ricos e para os
menos favorecidos. Não se leva em conta a proporcionalidade da renda.
As
políticas governamentais desestimulam a produção e fomentam a desigualdade,
pois a carga tributária é do tamanho das despesas da máquina pública, já que
foram definidas assim, como altísismas. E nessa esteira tributária, as empresas
sofrem muito para se manter no jogo, uma vez que podem chegar a cumprir o número
absurdo de aproximadamente 4 mil normas tributárias, caso façam negócios em
todos os estados brasileiros e o Distrito Federal.
Por
conta disso, os gastos dos empresários são elevados para manter equipamentos de
ponta, colaboradores capacitados e softwares tributários flexíveis a
todo o cenário brasileiro.
Contudo, mesmo
diante de números alarmantes e desanimadores, o Brasil tem espaço para crescer
e se desenvolver, desde que os geradores de emprego e renda estejam atentos à
movimentação política-econômica, tendo a percepção das reais necessidades de
mercado e oferecendo serviços e softwares robustos para enfrentar as
dificuldades tributárias de um país ávido por reforma tributária.
Somente o tempo dirá
se essa reforma acontecerá ou não e como ela será. Mas para as empresas
modernas, consolidadas no mercado brasileiro de softwares e com
especialistas em diversas áreas, em especial em planejamento tributário, há uma
grande expectativa de crescimento e desenvolvimento por conta das oportunidades
oriundas das muitas lacunas e necessidades deixadas pela legislação tributária
do Brasil.
Johney Laudelino da Silva -
especialista em Gestão Tributária e na Solução Fiscal GUEPARDO da FH, empresa
de tecnologia especializada em processos de negócios e software.
É formado em Ciências Contábeis e possui MBA
em Gerência Contábil pelo IBPEX.
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