Pesquisar no Blog

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Governo do Estado prevê aumento de 152,9% na produção de remédios


Mantidas com dinheiro público, fábricas da Furp devem atingir 860 milhões de unidades produzidas até dezembro


O governo do Estado prevê um aumento de 152,9% na produção de medicamentos em suas duas fábricas em 2019.

A expectativa é que, até dezembro, as unidades da Furp (Fundação para o Remédio Popular) em Guarulhos e Américo Brasiliense atinjam a marca de 860 milhões de medicamentos. Em 2018, foram 340 milhões.

Segundo o gerente de Divisão Industrial Walter Brocanelo Junior, o aumento é resultado de demandas externas - de fora da Secretaria de Saúde do Estado, a quem a fundação é subordinada. Em 2019, a Furp incluiu em sua carta de clientes o governo da Bahia e novas prefeituras.

"Muitas coisas foram definidas no ano passado", disse o gerente nesta terça-feira (10) em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Furp, na Assembleia Legislativa.

"Paralelamente a esses novos contratos, lançamos um edital para terceirizar a venda de medicamentos em algumas regiões do Brasil, principalmente no Norte e no Nordeste. A seleção está em andamento."

A fundação é a maior fabricante pública de medicamentos do país e destina 100% de sua produção ao SUS (Sistema Único de Saúde). É mantida integralmente com recursos públicos, provenientes de repasses do governo paulista, seu principal "cliente", e de convênios cm prefeituras, governos de outros Estados e até o Ministério da Saúde.
  

'Não estava correto'

Brocanelo Junior ingressou na Furp em 2015 por intermédio do superintendente da época, Durval de Moraes Junior.

"Conheço o Durval há muito tempo. O cunhado dele trabalhou comigo na Dow [indústria do setor químoco] do Guarujá", contou o gerente industrial da Furp. "Minha função é fazer a parte industrial funcionar. Detectar problemas e buscar soluções."

Após a saída do ex-superintendente, em janeiro deste ano, acabou mantido no cargo. "Simplesmente permaneci", afirmou.

Brocanelo Junior relativizou os problemas da PPP (Parceria Público-Privada) criada pelo governo para produção de remédios em Américo Brasiliense. Atualmente, o contrato - firmado com a CPM (Concessionária Paulista de Medicamentos), braço do grupo EMS - dá um prejuízo de R$ 56 milhões por ano aos cofres do Estado.

"Assim que percebemos os problemas, informamos à CPM que não estava correto. Também comunicamos o Durval, que tomou as providências necessárias junto à PGE [Procuradoria-Geral do Estado]", disse.
"Chegamos a apresentar um relatório ao secretário de Saúde da época, David Uip", completou.

Impasse

O gerente industrial reconheceu que o aumento da produção de remédios para a Secretaria de Saúde do Estado poderia baratear os custos da PPP, mas ressaltou que a solução para o impasse é complexa. O contrato foi assinado em 2013, com 15 anos de vigência.

"Já fizemos reuniões para discutir isso. Dentre os medicamentos que a secretaria demanda, quais a CPM poderia fazer? O problema é que precisamos de 24 meses, em média, para iniciar a produção de um novo medicamento. Ao final desse período, a demanda pode ser outra. Isso é muito dinâmico", ressaltou.

"O setor privado tem mais agilidade. Já está vendo lá na frente. Se prepara melhor. Além disso, este nosso convênio está limitado a um valor de R$ 90 milhões por ano."

Brocanelo Junior afirmou ainda que, embora não tenha participado da formatação da PPP, "em algum momento" ela foi viável.

"O preço médio da compra por ata [de registro de preços, modalidade de licitação] era maior na época. Depois, isso se inverteu", pontuou.

"Mexer no contrato vai depender de autorizações. A Furp tem responsabilidade, mas não tem autoridade sobre esse contrato", emendou.

Futuro da Furp

Brocanelo Junior se esquivou de perguntas sobre o futuro da Furp. Alegou que essa é uma questão "que cabe ao Estado".

Mas, ao ser questionado sobre a viabilidade da estatal, foi categórico: "Se é viável? Qualquer empresa bem gerida é viável", concluiu.

Para o presidente da CPI, deputado estadual Edmir Chedid (DEM), o depoimento de Brocanelo Junior levantou muitas dúvidas.

"Por que ninguém tomou providências mais enérgicas nestes seis anos em relação à PPP? Por que, em todo esse tempo, a Furp não obteve nenhum registro novo para produção de remédios? São questões importantes que não foram respondidas", disse o parlamentar.

"Nosso objetivo é fazer com que a Furp volte a ser produtiva. Ela cumpre um papel importante."

A CPI da Furp foi aberta pela Assembleia Legislativa em abril com base em um requerimento do deputado Edmir Chedid. O objetivo é investigar irregularidades na gestão das fábricas de medicamentos do governo - incluindo suspeitas de superfaturamento e corrupção.

A comissão tem até novembro para concluir seus trabalhos. Ela volta a se reunir na próxima terça-feira (17) para nova rodada de depoimentos.


Mais de 21 mil bilhetes com QR Code são vendidos na primeira semana de teste


Compra de bilhete unitário com a tecnologia pode ser feita com cartão de crédito pelo celular, com débito em máquinas de autoatendimento e em dinheiro nas bilheterias das sete estações que participam do projeto-piloto


Há uma semana em teste em estações da CPTM e do Metrô, o bilhete unitário com QR Code tem tido boa aceitação entre os passageiros. De terça-feira (3) até as 16h45 desta terça-feira (10), já foram vendidos 21.847 bilhetes com QR Code. Desse total, 91% foram comprados em bilheterias, 6,1% em máquinas de autoatendimento e 3% no aplicativo VouD.

Para facilitar a vida de quem quer comprar pelo app, mas sem gastar com pacote de dados, um serviço de navegação gratuita no VouD, para todas as operadoras de telefonia celular, deve ser disponibilizado aos passageiros em cerca de 20 dias.

O projeto-piloto é feito em parceria com o Consórcio Metropolitano de Transportes (CMT), sem custo para o Governo do Estado, e operacionalizado pela Autopass.

Sete estações, quatro da CPTM e três do Metrô, participam do teste, que será feito durante 45 dias. Na CPTM, há leitores de QR Code em catracas das estações Autódromo (Linha 9-Esmeralda), Tamanduateí (Linha 10-Turquesa), Dom Bosco (Linha 11-Coral) e Aeroporto-Guarulhos (Linha 13-Jade). No Metrô, o novo serviço pode ser testado nas estações São Judas (Linha 1-Azul), Paraíso (linha 1-Azul e 2-Verde) e Pedro II (Linha 3-Vermelha). São dois bloqueios por cada estação com o validador.

A ação faz parte do plano da STM de modernizar os sistemas de pagamento de tarifas a fim de oferecer mais praticidade e segurança aos passageiros e de reduzir custos operacionais das empresas vinculadas à pasta.

“Estamos satisfeitos com os resultados desta primeira semana e com a aprovação dos passageiros. É um importante passo no nosso projeto de oferecer formas de pagamento mais seguras, modernas e eficazes aos passageiros e de racionalizar custos operacionais”, destaca o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

Estão sendo vendidos bilhetes unitários para uso apenas no Metrô e na CPTM (não valem para integração com outros modais). A compra pode ser feita com cartão de crédito pelo celular, por meio do aplicativo VouD, que pode ser baixado em lojas virtuais de Android e iOS. Depois, é só abrir o QR Code na tela do celular e passar nos bloqueios com validador nas estações que participam do projeto-piloto.

Também é possível fazer a compra do código com cartão de débito nas máquinas de autoatendimento disponíveis nas estações mencionadas. Após adquirir o QR Code, basta passar o código impresso nos bloqueios com leitores instalados.

Os QR Codes podem ser adquiridos ainda nas bilheterias das estações que participam do teste com pagamento em dinheiro. Nos primeiros 15 dias as vendas ocorrerão das 9h às 16h e posteriormente durante todo o horário de operação. Com o código em mãos, basta passar o bilhete impresso nos bloqueios específicos em uma das sete estações citadas.

Os bilhetes com QR Code serão válidos até 18 de outubro, durante o período de testes da tecnologia, mas a recomendação é que sejam utilizados preferencialmente em 72 horas após a compra para evitar que a impressão do código sofra danos.

A viabilidade da implantação definitiva do sistema será avaliada durante o período de testes. A ideia é que o pagamento da tarifa com o QR Code substitua futuramente a maior parte dos pagamentos com o bilhete magnético unitário, o chamado Edmonson. Na CPTM, em média, 25% dos passageiros pagantes utilizam esse tipo de bilhete. No Metrô, o percentual é de 15%. 


Pesquisa inédita revela como as empresas estão implantando inovação no setor de RH


 Segundo os dados, 35% das companhias - de PMEs a grandes players - têm dificuldade de implantar inovação em todas as áreas do negócio

No segmento de RH, 31% das empresas já começaram a falar sobre inovação, mas ainda sem nenhuma ação prática efetiva


Uma pesquisa inédita realizada pelo Liga Insights - plataforma que reúne conteúdos relevantes sobre inovação e startups em diversos setores - em parceria com a Gupy - empresa líder de recrutamento de seleção com base em inteligência artificial - revela como a inovação está sendo implantada no setor de Recursos Humanos em empresas de pequeno, médio e grande porte. Os números do levantamento mostram que a inovação ainda é uma barreira para as companhias: 49% das empresas com mais de 10 mil colaboradores dizem que o tema “inovação” está na estratégia do negócio, porém, não são todas as áreas que conseguem aplicá-la; em empresas com até 50 colaboradores o número cai para 24%. No entanto, 20% das empresas entrevistadas garantem que são “uma organização inovadora” e  “praticar a inovação já é um hábito”. 

Quando o assunto é RH, 31% das empresas afirmam que já estão discutindo a implantação de inovações na área, mas ainda sem nenhuma ação prática efetiva - sendo que do total dos respondentes 2% são consultores, 30% analistas, 19% coordenadores, 25% gerentes, 7% diretores, 8% fundadores, outros cargos somam 9%.

Ainda, de acordo com a pesquisa, 23% das organizações não tratam sobre inovação na área de Recursos Humanos e outras 21% já aplicam novas tecnologia no dia a dia. Além disso, ao serem perguntados sobre a autonomia para contratar um produto ou serviço disponibilizado por startups, 59% dos analistas, coordenadores e supervisores, 53% dos consultores, 24% dos diretores, 48% dos gerentes e 10% dos founders disseram que a efetivação do negócio “depende sempre da avaliação e aprovação de outras áreas”; 18% dos RHs das empresas acreditam ter “pouca/nenhuma autonomia” para inovar em seus próprios processos.

Para Raphael Augusto, diretor de inteligência do Liga Insights, “as inovações para o setor de RH têm o propósito não só de solucionar problemas estruturais e operacionais, mas também de serem ferramentas para reinventar processos do segmento e dar espaço para o RH ser ainda mais ativo na estratégia das organizações". O especialista afirma ainda que é necessário que o setor tenha mais autonomia para trazer novas tecnologias às companhias: “o processo de transformação digital precisa evoluir de ações pontuais e de impacto restrito para um hábito com recorrência e profundidade quando falamos em grandes corporações. No entanto, também é preciso dar espaço e autonomia para se aplicar as novidades que a tecnologia proporciona, apostando em parcerias com as startups que já têm DNA tecnológico e inovador”, analisa.

Já Mariana Dias, CEO da Gupy, acredita que o momento atual do RH é de transformação do mindset dos gestores e inovação nas ferramentas: “Se antes o setor de RH permanecia alheio às inovações, hoje é praticamente uma obrigação das empresas se abrir para novas práticas, e a tecnologia está no centro disso. Encontrar os talentos certos dentro da empresa é um grande desafio com a concorrência no mercado de trabalho e, para isso, é fundamental que a companhia proporcione uma boa experiência ao candidato, desde o primeiro contato com a marca empregadora.  Unir o lado humano com as tecnologias existentes como, por exemplo, a Inteligência Artificial no recrutamento, é uma das saídas para que o RH possa dar este próximo passo”, explica. 

TOP 5 áreas prioritárias para se inovar, segundo os respondentes

                        Avaliação de Performance 52%

                        Engajamento de colaboradores 49%

                        Recrutamento e Seleção 42%

                        People Analytics 41%

                        Cursos e Treinamentos 39%


Inovação no dia a dia do RH

A pesquisa mostra que 51% das empresas já usam algumas tecnologias na Aquisição de Talentos/ Recrutamento e Seleção e 36% ainda não utilizam, porém avaliam que há espaço para isso. No Desenvolvimento Organizacional, 51% já estão inovando e 44% não estão. Já, na área de Performance e Monitoramento, 40% das organizações entrevistadas já estão implantando inovações, enquanto 56% não. Nas Operações, 40% já usam tecnologia e 53% ainda não.


Onde os gestores buscam informações sobre inovação

Ao buscar informações sobre novas tecnologias, os gestores de RH buscam eventos (21%), portais de notícias (18%), influenciadores do setor (15%), blogs corporativos de outras empresas (14%), sites de busca (11%) e boca a boca (10%).





Liga Insights


Posts mais acessados