Número de vagas
cresceu 6,1% em 2019; competências emocionais estão em alta e representam,
hoje, 80% do sucesso profissional
Competência emocional hoje é diferencial de
carreira. Pessoas são contratadas todos os dias por suas habilidades técnicas e
desligadas por inabilidades emocionais – aquelas ligadas às emoções diárias.
Encontrar motivação em situações desafiadoras, não surtar com o colega de
trabalho porque ele pensa e age diferente de você, saber lidar com pressão e
ter equilíbrio para buscar soluções criativas para problemas cotidianos,
aumentam o potencial e a performance de trabalho do profissional.
Ao iniciar um curso superior ou técnico, muitos
estudantes iniciam a busca por vagas de estágio, uma etapa fundamental para o
desenvolvimento da carreira. Mas, além de se preparar tecnicamente para
fortalecer o currículo, os jovens precisam mais do que nunca ser capazes de
gerenciar suas emoções, o que também faz diferença para se destacar em qualquer
processo de estágio.
Com o índice de desemprego no Brasil em 11,8%,
segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), divulgada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o estágio vem sendo uma importante porta de entrada para o
mercado. O número de vagas cresceu 6,1% nos sete primeiros meses de 2019, de
acordo com dados divulgados pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
“Logo no início da carreira, o estágio é um caminho
interessante por proporcionar ao estudante o conhecimento e as experiências práticas
que vão aperfeiçoar competências e habilidades como futuro profissional. E
ficar de olho no aperfeiçoamento das habilidades comportamentais pode ser a
diferença entre ser escolhido ou preterido”, afirma Liamar Fernandes, master
coach da SBCoaching.
Enquanto o estudante busca por oportunidades que
lhe ofereçam os melhores benefícios e planos de carreira, as empresas estão de
olho em habilidades como liderança, proatividade, trabalho em equipe,
versatilidade e comprometimento. Atualmente, a inteligência emocional é
responsável por 80% do sucesso profissional, enquanto os outros 20% são
atribuídos ao conhecimento técnico, segundo o CIEE.
“O jovem precisa saber que o conhecimento técnico,
por melhor que seja, pode ser descartado, se ele não desenvolver competências
emocionais que façam a diferença no ambiente profissional. A empresa pode
oferecer cursos e treinamentos, mas ela não molda aspectos comportamentais na
pessoa”, reforça Liamar.
Para estudantes que buscam uma vaga de estágio e se
preparam para o mercado de trabalho, a master coach listou dicas sobre como
preparar um currículo, valorizar as principais competências e se comportar em
uma entrevista de emprego:
- Elabore um currículo claro e objetivo, sem fotos ou decoração;
- Deixe claro a área de interesse ou a nova colocação;
- Pontue sinteticamente o que já fez profissionalmente e os resultados obtidos;
- Valorize as suas principais habilidades emocionais: isso é diferencial;
- Apresente experiências positivas nas empresas onde trabalhou, o período, quais eram suas responsabilidades em cada uma, de forma objetiva;
- Liste suas formações, idiomas e cursos extras, caso tenha feito;
- Insira trabalhos voluntários, acadêmicos ou em ONGs, pois são bem avaliados e dão destaque.
Vai encarar o recrutador? A entrevista é muito
importante! Ela é o ponto de encontro entre a organização e o futuro
profissional e, por ela, é que ocorre a análise das competências e habilidades,
então:
- Apresente-se com confiança, isso faz toda a diferença;
- Explore a linguagem corporal a seu favor, mas sem exageros;
- Preste atenção ao perfil do recrutador e se adapte;
- Mantenha uma boa postura diante do entrevistador, isso passa segurança;
- Estude o perfil da empresa e prepare-se para todo tipo de pergunta;
- Não fale gírias e cuide do seu vocabulário: saber se expressar corretamente, sem erros de português, é fundamental;
- Seja pontual: pontualidade fala muito sobre você;
- Não use o celular: o foco é a entrevista;
- Jamais minta sobre conhecimentos que você não tem.
SBCoaching (Sociedade Brasileira
de Coaching)