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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Cordão Umbilical


Imagem em Ultrassom 3D 
Divulgação Clínica Cossi

 Fatores e temores


Praticamente todas as futuras mamães têm vários temores e sem duvida alguma o “maior” é em relação ao cordão umbilical enrolar no pescoço do bebê.
Cerca de 1/3 dos bebes nascem com o cordão enrolado no pescoço ou em alguma parte do corpo e na sua grande maioria é inofensivo, sem quaisquer comprometimento para a saúde do bebê. 

Uma função do cordão não comentada pelo médicos e profissionais da obstetrícia é o desenvolvimento dos reflexos da amamentação, que aqui quero demonstrar.

Pretendo comentar algumas particularidades em relação ao cordão umbilical, por exemplo em relação à suas funções, o que é verdade, separar o temores e desmistificar este maior “medo” que é o cordão no pescoço – o que nós médicos chamamos de “circular de cordão”.

O que é o cordão umbilical?

É um anexo fetal que somente os mamíferos têm.

E o que é um anexo fetal?

A placenta, a bolsa (membrana amniótico) e o liquido da bolsa (liquido amniótico) são considerados anexos fetais, pois não são partes propriamente do corpo do bebê, mas fazem parte de estruturas que se desenvolvem juntamente (em paralelo) ao bebê e portanto imprescindíveis para a sua formação.


Formação do Cordão Umbilical

O cordão é formado por duas artérias e uma veia, envoltos por uma geleia (Geleia de Wharton).

É uma estrutura tubular helicoidal - “em espiral”, como se fosse um fio de telefone e é isto que dificulta estrangulamentos e dobras.  Também, tendo duas artérias, o que é um sistema redundante, ou seja de proteção, mesmo que uma das artérias esteja comprimida (comprometida) a outra supre sem problemas o fornecimento de oxigênio e nutrientes para o bebe.

 A geleia tem a função de evitar compressões – “da maleabilidade ao vasos”.

 Em média o cordão tem 2,0 cm de diâmetro e o comprimento varia de 50 a 60 cm, mas pode variar muito um indivíduo para outro. É envolto em quase toda a sua extensão pelo âmnio, que é a membrana que forma a bolsa.

Chama-se “cordão curto” quando o mesmo tem menos de 40 cm de comprimento. Estão associados a fetos com restrição de crescimento, a anomalias de posicionamento dentro do útero e anomalias de membros secundárias à diminuição de movimentos pelos fetos.

E um cordão é considerado longo quando ultrapassa os 70 cm de comprimento. Este fato facilita as passadas do cordão pelo pescoço e até mesmo a formação de nó verdadeiro.


Função do cordão umbilical

O cordão umbilical conecta o bebê à placenta. Esta por sua vez faz as trocas de nutrientes, gases (gás carbônico e oxigênio) e substâncias que necessitam ser eliminadas.

Existem duas artérias responsáveis por transportar sangue para a placenta (levando o gás carbônico) e uma veia maior, mais calibrosa e fina, que leva o sangue de volta ao feto (leva o oxigênio).


Reflexo de Busca e Procura e de Sucção e o Cordão Umbilical:

O reflexo de busca e procura e de sucção são reflexos motores primários simples.

Em observação atuais, durante os exames de ultrassonografias, temos notado os movimentos que os bebês fazem para pegar o cordão umbilical com a boca. Sempre que o cordão toca o rosto, principalmente as bochechas eles, os bebês, virão o rosto na tentativa de suga-lo e é isto que faz com  que eles aprendam a mamar.

Podem serem vistos após a metade da gestação, no entanto no terceiro trimestre, após a 30ª semana estes reflexos já estão mais coordenados.

As vezes também notamos o reflexo de extrusão (como se estivesse mostrando a língua), é quando o cordão toca a língua e ele projeta a língua para fora da boca, encostando a língua na gengiva inferior. Este reflexo será muito importante para ajustar a pega do mamilo, essencial para uma boa mamada.

Portanto, o cordão umbilical exerce esta importante função que é o desenvolvimento dos reflexos da amamentação.

           
O que artéria umbilical única?

 É quando formou-se apenas uma artéria, ao invés de duas.

 Em fetos absolutamente normais cerca de 1% das gestações únicas é possível ter-se apenas uma artéria. Outros estudos falam que a frequência varia entre 0,5 a 6% de todas as gestações únicas, sendo um dos achados ultrassonográficos mais frequentes.

Já em gestações gemelares esta frequência é maior, cerca de 6 a 11 % - outros estudos falam em 4 vezes mais do que nas gestações únicas.

Há uma associação com bebês com restrição de crescimento, óbitos neo-natais, síndromes genéticas e anomalias fetais.


Circular de cordão

 São encontrados em 20 a 33% das gestações normais de termo.
 Estudos mostram que há um aumento de frequência com o progredir da gestação.

 As circulares de cordão ocorrem mais frequentemente quando o cordão umbilical são longos e quando há uma quantidade de liquido maior, que é o chamado polihidrâmnio, que possibilita uma maior movimentação dos bebês.
O que é nó verdadeiro de cordão?

É quando se forma um “nó”, ou seja, uma laçada completa no meio do cordão.  Normalmente não é possível diagnostica-lo pela ultrassonografia (somente em raríssimos casos, um eventualidade!).


O que é prolapso de cordão?

 Esta é uma eventualidade bastante rara.

Quando ocorre a ruptura da bolsa e a cabeça do bebê não esteja encaixada na bacia, há a possibilidade do cordão descer antes da cabeça. Se por ventura, a cabeça descer e comprimir a cordão, isto será uma condição de grande perigo para a vida do bebê – é uma situação de extrema urgência.


É possível fazer o diagnóstico de circular de cordão?

Sim, hoje com as modernas maquinas de US é possível se saber se o cordão esta passando pelo pescoço do feto, no entanto, isto não quer dizer que o feto corra perigo. Através do Doppler podemos saber se esta ou não havendo dificuldades para a passagem do sangue pelo cordão e se o feto esta em sofrimento ou não.

Também durante o trabalho de parto é possível auscultar (escutar) os batimentos do coração através da cardiotocografia, que é aquele exame do “eletro do coração do bebê”. Se, por exemplo, durante as contrações os batimentos caem e logo se recupera rápido (isto pode ser um sinal de há uma compressão do cordão umbilical – possivelmente uma circular de cordão), neste caso, o obstetra experiente tem condições de tomar atitudes adequadas para o caso, intervindo ou não, se assim ele achar pertinente.  

Os modernos aparelhos de US 3D com Doppler colorido, podem diagnósticas as circulares de cordão.

Importante:
Menos de 15% das complicações graves – inclusive mortes, no final da gestação são atribuídas aos acidentes de cordão, portanto as gestantes tem outras complicações mais sérias, que elas têm que se preocupar, como por exemplo, hipertensão, preeclampisia, diabetes gestacional, restrição de crescimento do feto, entre outras tantas.




Dr. Paulo Cossi - especialista em ginecologia e obstetrícia pela FEBRASGO. Especialista em ultrassonografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. Mestre em ciências da saúde pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.
@clinicacossi

Crescimento irregular dos cílios causa irritação permanente na conjuntiva e na córnea



Além de embelezar o olhar, os cílios são fundamentais para proteger os olhos contra sujeira, micro-organismos e luz solar excessiva. Eles também auxiliam no fechamento das pálpebras. Mas o que muita gente não sabe é que existe uma doença, chamada triquíase, que faz com que os cílios cresçam com desvio para dentro do globo ocular. Por consequência, causam irritação permanente na conjuntiva bulbar e na córnea.

O constante atrito dos cílios sobre a córnea podem provocar sintomas irritativos como ardor, lacrimejamento, vermelhidão, sensação de corpo estranho até quadros de inflamações, erosões e úlceras de córnea, assim como ceratite ou conjuntivite.

É preciso ter cuidado na hora de diagnosticar a triquíase, pois pode ser confundida com a distiquíase e o entrópio. “A distiquíase é caracterizada por uma fileira de cílios extranumerária que emerge dos orifícios das glândulas chamadas Meibomius. Já o entrópio é uma condição onde a pálpebra se encontra invertida”, explica Hilton Medeiros, oftalmologista da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. 

O tratamento da triquíase é feito a base de lubrificantes tópicos, juntamente com pomadas de antibiótico, ou lente de contato terapêutica e epilação manual (retirada dos cílios manualmente). Mas, para curar definitivamente a triquíase, a única solução é uma cirurgia baseada na destruição dos folículos pilosos dos cílios. “O método usado é a eletrólise, uma aplicação de laser ou ressecção cirúrgica através de enxerto de mucosa, se necessário”, comenta Hilton Medeiros.

Quando existem poucos cílios dispersos para serem tratados, o método é de abladição a laser, que é um processo de extração de material a base de irradiação de feixe de laser. Quando há muito cílios, a técnica usada é a crioterapia.

Para prevenir a doença é importante manter as mãos e unhas limpas; evitar alimentos gordurosos; não deixar a pele do rosto ficar oleosa e não utilizar maquiagem com os olhos inflamados.



Hilton Medeiros - Oftalmologista


Fenilcetonúria


“Governo deveria incluir alimentos hipoproteicos para fenilcetonúricos”, defende nutricionista clínica
A dieta pode melhorar a qualidade de vida e serve como inclusão social aos pacientes


Os alimentos hipoproteicos são parte importante do tratamento para quem vive com Fenilcetonúria. De acordo com os nutricionistas clínicos, uma dieta balanceada é o pilar mais importante para o tratamento desses pacientes. 
Na visão dos especialistas, os alimentos hipoproteicos favorecem na adesão ao tratamento dietoterápico e permitem que os níveis plasmáticos de fenilalanina fiquem em coeficientes aceitáveis.
Na opinião da consultora de nutrição da CMW Saúde, Maria Eugênia Gutheil, é de suma importância que o Governo Federal inclua estes alimentos aos indivíduos fenilcetonúricos. “Esses produtos por serem importados, acabam se tornando muitas vezes inacessível aos pacientes”, ressalta ela.

“Os pacientes com fenilcetonúria tem como parte principal do tratamento, a dieta. Essa dieta deve ser hipoproteica, ou seja, com teor reduzido de proteína, respeitando a tolerância do aminoácido Fenilalanina de cada paciente”, ressaltou a consultora de nutrição da CMW Saúde, Maria Eugênia Gutheil.

A introdução dos produtos hipoproteicos no cardápio desses pacientes proporciona uma melhor qualidade de vida, melhora a inclusão social destes pacientes e, consecutivamente, melhora a adesão à dieta.

“Por se tratar de uma dieta extremamente rigorosa, esses pacientes acabam tendo pouca opção de alimento e a adesão em muitos casos se torna comprometida”, concluiu.

Aparelho ortodôntico e atividade física: é possível conciliar?

Foto: banco de imagens

Uso de aparelhos metálicos tradicionais podem potencializar lesões durante esportes de alto impacto. Mas a odontologia moderna tem alternativas para que os atletas não precisem abrir mão do tratamento ortodôntico 


Manter a saúde bucal em dia é essencial para garantir uma boa performance para os atletas. Quando os dentes estão mal posicionados dentro da boca, podem provocar dificuldades na respiração e até na alimentação, o que compromete o desempenho durante atividades físicas. Por outro lado, muitas pessoas que praticam alguma modalidade esportiva ficam em dúvida se o uso do aparelho ortodôntico pode ser conciliado com ela sem grandes problemas.

A ortodontista Fernanda Baboni explica que o uso do aparelho ortodôntico não prejudica em nada a prática esportiva, pelo contrário, já que os benefícios do tratamento podem impactar positivamente na performance. “Com a evolução da odontologia, hoje temos modelos de aparelhos que são muito propícios para atletas, um deles é o alinhador invisível, que pode ser retirado durante a atividade física e depois colocado novamente sem grandes problemas”.

Além da mobilidade, o alinhador invisível também exerce uma força menor sobre os dentes enquanto estão sendo movimentados, se comparado ao aparelho fixo metálico tradicional, por exemplo. “Dessa forma, o paciente não sente um desconforto significativo e, assim, sua performance também não será prejudicada por aquela sensação de ‘dentes apertados’”. Outro modelo de aparelho ortodôntico apropriado nesse tipo de caso é o lingual, que é colocado por trás dos dentes.

E o aparelho fixo metálico? De acordo com a especialista, ele até pode ser utilizado por atletas, mas tem alguns pontos negativos. “Nada impede o uso desse aparelho tradicional, no entanto, o risco de traumas nos lábios, bochechas e mucosas da boca de forma geral é bem mais alto, especialmente em esportes de impacto mais alto”. Quem joga futebol, por exemplo, está exposto à chance de sofrer algum choque na região da boca e a superfície metálica do aparelho pode potencializar a lesão. 

Existem muitos esportes, especialmente artes marciais, que exigem o uso de protetores bucais. O aparelho também não é um impedimento para isso. “Mesmo quem usa o aparelho fixo - metálico ou lingual - pode usar protetor, mas precisa ter o cuidado de encomendar um específico e trocá-lo com mais frequência, porque conforme os dentes vão se movimentando, o acessório vai deixando de se encaixar corretamente”, explica Fernanda. 

O mais importante é procurar um especialista em ortodontia para recomendar o melhor tratamento, conciliando as particularidades da rotina do paciente - como a atividade física - com os resultados esperados.


NESSE INVERNO, CONVÉM CUIDAR DO CORAÇÃO


    À medida que o frio avança, os hábitos adquiridos durante o verão e o outono vão sendo substituídos pelo eventual conforto do inverno: roupas pesadas, alimentação forte e uma sensação de aquecimento bem quieto dentro de casa. Mas é bom refletir se vale a pena passar a temporada de temperatura mais baixa hibernando e ganhando peso.

   Primeiro, é importante saber que as mortes por enfarte do miocárdio aumentam 30% durante o inverno, segundo estudos feitos em todo o mundo há pelo menos 50 anos. Até uma simples gripe ou a pouca atenção à prevenção favorecem as doenças do miocárdio, especialmente se a pessoa tem alguma predisposição e ainda não saiba.

   E a bateria de ataque ao coração só aumenta: pesquisa recente da Universidade de Sydney revelou que o risco de ataque cardíaco é 17 vezes maior após uma infecção respiratória. Pelo estudo, publicado no Internal Medicine Journal, doenças como pneumonia, gripe ou bronquite podem desencadear os problemas.

   Os dados mostram que o aumento do risco não ocorre necessariamente no início dos sintomas da infecção respiratória, mas atinge picos nos primeiros sete dias e vai reduzindo gradualmente. Os cientistas afirmam que o perigo, no entanto, permanece mais alto durante um mês.

   Foram analisados 578 pacientes vítimas de ataque cardíaco por obstrução da artéria coronária - e todos forneceram informações sobre a ocorrência de doenças respiratórias, como dor de garganta, tosse, febre, dor no seio, sintomas de gripe, e se ainda relataram um diagnóstico de pneumonia ou bronquite nos dias que antecederam problema no coração. Entre os pacientes analisados, 17% relataram sintomas de infecção sete dias antes do ataque cardíaco, e 31% em até 31 dias.

   O estudo ajuda a explicar a existência de picos de ataques cardíacos durante o inverno, quando essas infecções são mais comuns. Uma das hipóteses para que a exposição a infartos seja maior após o registro de infecções respiratórias é a ocorrência de alterações no fluxo sanguíneo.

   Para não se tornar alvo desses ataques, o melhor remédio é procurar um médico, submeter-se aos exames e se precaver, como, por exemplo, avaliar as vacinações. Depois, seguir uma dieta própria e se preparar para uma vida longa e mais saudável.

   Todas essas doenças vasculares – AVC’s, hipertensão, infarto, aterosclerose e outras - resultam de um estilo de vida inapropriado. Entre os principais fatores que ocasionam estas doenças estão má alimentação, tabagismo, álcool, sedentarismo, obesidade ou portadores de diabetes, além do estresse do dia-a-dia.

   Mesmo que a pessoa não fume, não beba e caminhe regularmente, deve ficar atenta, pois viver sem estresse nas grandes cidades brasileiras é quase um milagre. Sem poluição, impossível. Importante saber que qualquer pessoa pode sofrer de pressão alta, essa doença silenciosa. Estima-se que ¼ da população seja hipertensa.

   E nada na medicina substitui aquele verbo que todos conjugam, mas poucos o praticam: prevenir. Não contém nenhuma contra-indicação. Mesmo que não haja na família um parente com histórico de doença coronariana, ou mesmo nenhum sintoma, não deixe de estar sempre atento ao seu coração.

   Também é importante manter a visita ao médico em dia, realizar os exames, monitorar os medicamentos, além de praticar exercícios indicados e seguir uma alimentação saudável.

   Estudos realizados em hospitais especializados paulistas mostraram que, ao sentir frio, os receptores nervosos da pele estimulam a liberação de adrenalina e noradrenalina, este um hormônio responsável por contrair os vasos sanguíneos.

   Todas as pesquisas indicam que a pressão arterial costuma ser mais alta no inverno, época na qual se consome alimentos mais calóricos. O problema é que isto vem junto com a preguiça de praticar exercícios físicos para queimar calorias.

   É preciso mudar a história: a pessoa deve manter no inverno a frequência, o volume e a intensidade da atividade física costumeira – de preferência, de três a cinco vezes por semana, com duração de trinta minutos a uma hora.

   Atenção aos sintomas que se manifestam em quase todas as doenças do coração ou que podem indicar algum tipo de comprometimento cardíaco:

   - Falta de ar, seja no repouso ou no esforço; dor no peito, em virtude de má circulação sanguínea no local; cansaço fácil; desmaio após atividade física intensa; dor de cabeça; inchaço nos tornozelos.

   Enfim, é importante se aquecer no inverno. Porém, o mais importante é passar por ele com boa saúde, sem correr nenhum risco.




Américo Tângari Junior - especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira


Erisipela: como se prevenir da doença que pode levar à amputação de membros e até à morte


A erisipela começou a preocupar muita gente depois que famosos divulgaram o problema na mídia 


Uma doença começou a chamar a atenção de muita gente depois que a dançarina Sheila Mello, do extinto grupo É o Tchan, foi internada recentemente em um hospital de São Paulo e a blogueira fitness Gabriela Pugliesi mostrou nas redes sociais os transtornos causados por uma ferida na perna. É a erisipela, uma infecção na pele que se não for tratada corretamente, pode trazer sérios riscos à saúde e em casos extremos levar até à morte.

A infecção é causada por bactérias naturais da flora cutânea, que penetram no corpo por meio de ferimentos na pele de qualquer natureza como picadas de insetos, frieiras e micoses. As pernas e os pés são, em geral, a região mais atingida. As bactérias entram pela pele ferida e disseminam-se pelos vasos linfáticos, afetando a pele e o tecido subcutâneo.

De acordo com o dermatologista José Jabur da Cunha, da Altacasa Clínica Médica e chefe do Setor de Cirurgia Dermatológica da Santa Casa de São Paulo, a erisipela pode ocorrer em pessoas de qualquer idade.

"Na maior parte dos casos, as bactérias causadoras da erisipela são naturais da nossa pele. Essas bactérias penetram por ferimentos que funcionam como 'portas de entrada' e levam à infecção. As situações mais sérias da doença ocorrem entre os idosos, diabéticos, pessoas obesas e aquelas com alterações na circulação dos membros inferiores", explica o médico.

A erisipela se apresenta com vermelhidão e calor no local, acompanhado de inchaço e dor. A área afetada pode ser pequena mas também extensa em casos mais graves, até com formação de bolhas. Nestes casos, podem ocorrer tremores, febre alta, mal-estar geral e dores no corpo.

O dermatologista explica que casos mais leves podem ser tratados em casa, com antibióticos orais e anti-inflamatórios, por cerca de 10 a 15 dias, além de limpeza do ferimento. Em casos mais graves, a internação hospitalar é necessária para a administração de antibióticos por via venosa.

"Vale ressaltar que, durante o tratamento, os pacientes precisam se afastar de atividades físicas e fazer repouso com a perna afetada elevada. O tratamento deve ser levado a sério, já que a infecção pode evoluir de forma grave levando a complicações mais sérias", alerta o dermatologista da Clínica Altacasa, enfatizando que é imprescindível buscar auxílio de um médico para o tratamento eficaz e precoce e fugir de qualquer tipo de tratamento caseiro, que pode retardar o início do antibiótico e agravar o quadro infeccioso.


Previna-se contra a doença:

- Tenha uma atenção com a saúde da pele dos seus pés. É por ferimentos despercebidos nos pés que geralmente se inicia a erisipela

- Enxugue bem os espaços entre os dedos dos pés para evitar a proliferação de fungos. Eles podem provocar lesões por onde penetrará a bactéria causadora da erisipela;

- Varie o calçado que você usa no dia a dia para não facilitar o desenvolvimento de micoses e outras condições que podem lesionar a pele e abrir caminho para as bactérias;

- Controle o diabetes 

- Tente manter o peso nos limites recomendados;

- Não se automedique; ao perceber os sintomas iniciais da erisipela, procure assistência médica para diagnóstico e tratamento.



Descubra mitos e verdades sobre o câncer de mama


 Para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto, o Dr. André Mattar, médico mastologista do Laboratório Rocha Lima, lista alguns tópicos importantes sobre a doença




O câncer de mama é o primeiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O assunto tem sido discutido e retratado de diversas maneiras, como na novela “A Dona do Pedaço”, transmitida pela Rede Globo. Gilda, personagem interpretada pela Heloísa Jorge, descobre que está com câncer de mama e que terá que fazer mastectomia (retirada da mama).
Muitas mulheres costumam ter dúvidas sobre a doença, cujos sintomas incluem nódulo na mama, mudanças na forma do mamilo e secreção com sangue pela mama. Segundo estudos, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 95%. Para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto, o Dr. André Mattar, médico mastologista do Laboratório Rocha Lima, listou alguns tópicos importantes sobre a doença:


- Filho (a) de mãe que já teve câncer de mama têm mais chances de desenvolver a doença

Essa questão é verdadeira principalmente se o parente afetado apresentar a doença antes da menopausa. Os casos de câncer de mama hereditário são raros (cerca de 10% de todos os casos). Desta maneira, a maioria dos casos não é familiar, e, portanto, todas as mulheres devem ficar atentas. Quem possui histórico familiar de câncer de mama ou outros tipos de câncer deve ser melhor avaliado com um especialista no assunto.


- Apenas as mulheres tem câncer de mama

É raro encontrar homens que tiveram câncer de mama, tanto que eles correspondem apenas entre 0,5 a 1% dos casos. Porém, segundo pesquisas feitas nos último 25 anos, foi constatado um aumento de aproximadamente 26% nas incidências do câncer de mama em homens.


- Mães depois dos 30 e menstruação precoce tem maior probabilidade de ter câncer de mama

As mulheres que estão dentro desse perfil ficam mais expostas aos hormônios estrogênio e progesterona, pois menstruam com mais frequência no decorrer da vida, por isso o risco é ligeiramente maior.


- Sutiã e desodorantes podem aumentar o risco de câncer de mama

Mito. Várias Fake News foram divulgadas dizendo que os desodorantes e até mesmo o sutiã podem ser os responsáveis pela doença. Na verdade, não existe nenhum estudo adequado que comprove que isto é verdade.


- Amamentar colabora na prevenção da doença

A amamentação é claramente um fator protetor para o câncer de mama, especialmente por modificar a glândula mamária e torna-la mais diferenciada e estável. O benefício da amamentação é variável pois depende de vários outros fatores de risco associados.


- Mulheres com seios pequenos não correm o risco de ter câncer de mama

Não existe ligação em relação ao tamanho dos seios e o câncer de mama, são outros fatores que podem contribuir com o aparecimento da doença como o sedentarismo, obesidade, uso de hormônios e alimentação com alto índice de gordura.


- Silicone pode aumentar as chances de ter a doença

Outro boato infundado. Apesar de não aumentar o risco o implante pode atrapalhar o diagnóstico da doença, recomenda-se portanto, antes do procedimento, uma avaliação adequada com um especialista.


- Qualquer caroço na mama é um câncer    
 
Muitos pensam que qualquer caroço na mama é sinal que a pessoa tem câncer, mas isso não é verdade. Ele pode ser benigno ou maligno, mas isso só pode ser comprovado através de exames.




Rocha Lima


Magnésio taurato: potenciais benefícios cardiovasculares e anti-hipertensivos


O papel da taurina e do magnésio na suplementação nutricional é apontado em estudos observacionais, devido a sua ação anti-hipertensiva e na saúde cardiovascular.

O magnésio é um mineral que possui diversas funções bioquímicas, sendo as principais relacionadas a proteção neural e cardiovascular. A taurina, por sua vez, é um aminoácido que atua no processo de remodelação cardíaca, promovendo a excreção celular de sódio e água, regulando a entrada de cálcio no órgão, protegendo o coração contra a ação dos radicais livres e atuando também como anti-hipertensivo. No músculo esquelético, é capaz de evitar lesões musculares, além de auxiliar no tônus muscular. Quando utilizada na nutrição esportiva, a taurina pode maximizar a recuperação no pós-treino e minimizar o risco de inflamação e lesões musculares.

Mais especificamente, o magnésio taurato é um suplemento resultado da complexação do magnésio à taurina. Juntos, potencializam seus efeitos à medida que são capazes de modular o perfil lipídico, exercer efeito anti-hipertensivo e diminuir o risco de aterosclerose. Em estudo de Katakawa et al. (2016), os autores avaliaram os efeitos da suplementação com magnésio taurato na função de células endoteliais progenitoras (que ajudam a restaurar o tecido endotelial dos vasos) e na modulação do estresse oxidativo em humanos saudáveis e ratos hipertensos. Durante duas semanas, os indivíduos receberam 3g de taurina/dia ou 340mg de magnésio/dia; os animais receberam, por quatro semanas, solução contendo 3% de taurina e/ou dieta rica em magnésio (600mg/100g). Os resultados mostraram que a suplementação com magnésio e taurina aumentou, significativamente, as colônias de células progenitoras, além de ter reduzido a concentração de radicais livres nos animais avaliados.

Outro estudo mais recente, com animais, aponta para o papel cardioprotetor e anti-hipertensivo do magnésio taurato em ratos albinos intoxicados por cloreto de cádmio (contaminante ambiental capaz de intoxicar seres humanos a partir de fontes industriais, de alimentos e da fumaça de cigarro). Ao longo de duas semanas, o magnésio taurato foi administrado (2mg e 4mg/kg/dia) aos animais e os resultados apontaram para o restabelecimento da pressão arterial, de antioxidantes presentes no miocárdio e no nível de malonaldeído a níveis significativos, em comparação ao grupo controle.

Tendo em vista as evidências apontadas pelos estudos, o magnésio taurato é um potencial suplemento com ação anti-hipertensiva a ser explorado, em razão de sua atividade antioxidante. Ele também possui atuação neuroprotetora complementar ao sistema cognitivo e, ainda, com importantes benefícios ao sistema cardiovascular.
 



Fonte: Caroline Guerreiro – nutricionista consultora da Naiak – CRN 56034


O coração da mulher corre perigo


Estamos vivenciando um cenário preocupante. Atualmente, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte entre as brasileiras acima de 40 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a maior taxa da América Latina. Porém, fato é que com a mudança no estilo de vida e a tendência ao envelhecimento da população, as doenças cardiovasculares passaram a liderar as causas de óbito femininas, ultrapassando as estatísticas de tumores, como mama e útero. 

Ainda de acordo com a OMS, 8,5 milhões de mulheres chegam a óbito por ano no mundo, ou seja, mais de 23 mil cidadãs por dia. Os números são alarmantes, porém reais. E, diversos fatores nos levam a eles. O acúmulo de funções, histórico de saúde, hábitos de vida, fatores de estresse e rotina profissional são apenas alguns exemplos.  

Frente a essa realidade, a conscientização quanto aos sintomas se faz cada vez mais necessária, uma vez que são diferentes dos manifestados pelos homens e pouco divulgados na mídia. É com essa intenção que a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) realiza, permanentemente, a campanha Mulher Coração. Com ela, visamos alertar as autoridades, gestores e comunidade sobre o aumento significativo dos eventos cardiovasculares entre o gênero feminino.  

Empenhados em alterar a realidade preocupante da incidência de problemas cardíacos entre as mulheres brasileiras, realizamos, recentemente, uma pesquisa nacional com quase 300 entrevistadas. Nela, mapeamos dados e estatísticas que demonstram a preocupação com a saúde por parte do público feminino, bem como o interesse em buscar uma vida mais saudável. 

Dentre as participantes do levantamento, é possível notar que a faixa de 36 a 55 anos costuma ser uma fase em que há maior preocupação com mudanças de hábitos e cuidados preventivos. Ainda, dados reconfortantes mostraram que mais da metade das pesquisadas já consultaram um clínico geral ou um cardiologista para acompanhar a saúde do coração e quase 90% não são fumantes. Outra informação positiva é a sobre atividades físicas: 60% das mulheres praticam algum tipo de exercício de uma a duas vezes por semana.

Em contrapartida, a carga horário de trabalho de mais de 60% das brasileiras entrevistadas extrapola as oito horas diárias, sem contar a rotina familiar e doméstica, que geralmente é de grande estresse e desgaste físico. O fator sono também é um agravante: parte considerável das mulheres dorme até seis horas por dia, ou menos. Lembrando que o ideal é uma noite de sono de qualidade durante oito horas. 
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Os dados que falam sobre histórico familiar também não são os melhores. Aproximadamente 80% possuem parentes com hipertensão e cerca de 70% têm histórico de doenças cardiovasculares. Nestes casos, um acompanhamento próximo realizado por um médico especialista é mais do que o recomendado.   





Antônio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
 

Você sabe ensinar seu filho como escovar os dentes?

shutterstock By bbernard


Aprenda uma maneira simples de inserir a escovação na rotina da criança


Não é só fazer movimentos de cima para baixo e circulares. Ou é? Será que tem uma forma certa para segurar a escova? E tamanho? São muitas questões que envolvem a escovação e o dentista Denis Panhota, da JP Odonto esclarece as dúvidas.


Meu filho ainda não tem dentes, devo escovar?

Sim. Neste caso não é escovação, mas sim, higienização das gengivas. Com uma gaze e água filtrada, faça movimentos massageadores nas gengivas e garanta que não tenha resíduos de leite também na língua.


Posso usar qualquer escova de dentes?

Não é o indicado. O ideal é que após os primeiros 6 meses de vida você escolha a escova indicada para a faixa etária que normalmente consta na embalagem. Cada uma delas tem uma quantidade específica de cerdas, maciez e tamanho da cabeça que evolui com a aparecimento dos dentes.


Quanto tempo dura uma escova de dentes? 

O certo é trocar a cada 30 dias ou até antes se as cerdas estiverem muito abertas.


E pasta de dente? Quanto mais melhor? Limpa mais?

Não. A quantidade de pasta também varia com a idade. Quando a criança tem até 8 dentes na frente, a quantidade da pasta deve ser equivalente a metade de um grão de arroz. Se a criança já tiver os dentes do fundo, dobre esta quantidade. A partir dos 2 anos ou quando ela já souber cuspir, a medida deve ser comparada a uma ervilha. A quantidade deve ser aumentada gradualmente e a escolha do produto deve ser feita pela quantidade de flúor adequada para crianças. Existem produtos adequados no mercado próprios para crianças com indicação da idade.



Como ensino ele a escovar?
1 – A escova tem que estar paralela à gengiva

2- Faça movimentos circulares de 4 em 4 dentes e em seguida de cima para baixo

3- Para os dentes de traz, faça movimentos de vai e vem...um trenzinho.

4- Para encerrar, passe a escova pelas bochechas e língua.


Com que idade devo iniciar o uso do fio dental?

Desde o nascimento dos dentes. Ele não só contribui para higiene bucal como para remoção da placa bacteriana.




Denis Panhota - dentista da JP Odonto


Brasileiro banaliza colírios


 Interações com outros remédios podem inibir anticoncepcional, piorar glaucoma e causar outros problemas. Entenda.


O brasileiro pensa que colírios são inofensivos e usa à vontade. No inverno a situação piora. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a incidência de gripe, resfriado e outras doenças respiratórias triplica nesta época do ano e isso aumenta a irritação dos olhos. Um levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nos prontuários do hospital mostra que durante a estação o maior consumo de diferentes remédios faz as interações perigosas com colírios atingir 20% dos pacientes, o dobro do restante do ano. “Este é o caso dos antibióticos que podem inibir o efeito da pílula anticoncepcional”, exemplifica.


Olhos branquinhos

O especialista alerta cardiopatas e hipertensos para redobrar a atenção sobre o uso de remédios para afinar o sangue com colírio adstringente para combater a irritação dos olhos que é bastante usado no frio. Isso porque, esta associação pode causar hemorragia,  já que o colírio tem ação vasoconstritora. A diminuição do calibre dos vasos e da oxigenação de todos os tecidos também predispõe a picos de hipertensão arterial, alterações cardíacas e a longo prazo à catarata.

Para combater a vermelhidão dos olhos sem correr risco, a dica do oftalmologista é aplicar nos olhos compressas de gaze embebida em água filtrada fria ou usar colírio hidratante sem conservante. Não desaparecendo em dois dias é necessário consultar um especialista.


Glaucoma

Queiroz Neto afirma que 90% dos que têm glaucoma fazem tratamento com colírio para baixar a pressão interna dos olhos. Os colírios adstringentes e os descongestionantes nasais inibem o efeito do tratamento, salienta. Isso porque, os dois medicamentos são vasoconstritores e levam à baixa perfusão ocular. O especialista explica que isso significa menor circulação sanguínea, de humor aquoso e de colírio anti-glaucomatoso no olho que levam a progressão da doença.

O corticóide, sobretudo na forma de colírio, é outro remédio bastante usado no inverno que corta o efeito do colírio anti-glaucomatoso, afirma.. Isso porque, explica,  prejudica a parte do olho que escoa o humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Resultado: O humor aquoso acumula no olho e a pressão intraocular sobe. “Pessoas que nunca tiveram glaucoma nem têm casos na família podem desenvolver a doença se o uso do corticóide for prolongado”,  adverte.


Asma

 O médico ressalta que outro exemplo de associação perigosa é usar colírio betabloqueador indicado para glaucoma com remédio broncodilatador. Isso porque, provoca falta de ar e dependendo da sensibilidade da pessoa uma crise de asma.

“Os efeitos dos medicamentos diferem quando associados e usados isoladamente. A consulta ao Dr. Google não prevê este risco”, afirma.


Como usar

Queiroz Neto ensina como instilar colírio: lave as mãos antes da aplicação; verifique no frasco se é recomendado agitar o produto antes de usar; incline a cabeça para trás; flexione a pálpebra inferior com o indicador e com a outra mão segure o dosador; oclua com o polegar o canto interno do olho para restringir o efeito aos olhos; aplique o medicamento sem encostar o bico dosador, evitando a contaminação; feche os olhos por 3 minutos para garantir o efeito; se usar lentes de contato retire-as antes da aplicação;  volte a usá-las depois de 10 minutos da aplicação; em caso de prescrição de mais de um colírio, aguarde 15 minutos entre um e outro;  só aplique medicação dentro do prazo de validade estipulado na embalagem; um mês depois de aberta a embalagem descarte o produto.

Julho é o mês de conscientização do câncer de bexiga


 Diagnóstico tardio, causado por ausência ou descaso com os sintomas, contribui para alta mortalidade da doença


O número de pessoas diagnosticadas com câncer de bexiga tem crescido consideravelmente nas últimas décadas¹. O mês de julho é reservado para a conscientização deste tipo de neoplasia, que atingiu mais de 9 mil brasileiros em 2018². Por ser silencioso, o câncer de bexiga pode evoluir sem apresentar sintomas na fase inicial, sendo diagnosticado principalmente em estágios avançados. Um impasse que reduz as possibilidades de cura. Hoje a doença pode matar até 1/3 dos pacientes acometidos². 

Apesar de ser o tumor mais comum do trato urinário², o câncer de bexiga passa despercebido pela maioria da população³. Mas, com o decorrer da doença, surgem sintomas que podem facilmente ser confundidos com infecções, como a cistite, por exemplo.  “Sensação de urgência para urinar, seguida por ardor e presença de sangue na urina são os indícios mais comuns para a doença. Já, em casos mais avançados, podem surgir dores pélvicas, dor ou sangramento retal e inchaço das pernas, provocado por comprometimento dos linfonodos pélvicos, ocorrência frequente na neoplasia” explica o Dr. Diogo Bastos, médico oncologista do Sírio-Libanês.

Para Bastos, “independentemente dos obstáculos, possibilitar o rastreamento adiantado do câncer de bexiga é fundamental para a conquista de melhores resultados no tratamento. A melhor forma de fazê-lo é por meio da história clínica e do exame físico realizado. Também pode ser solicitada uma endoscopia, exame de imagem que permite ao médico ter uma visão do interior da bexiga”.

Quando diagnosticado precocemente, o tratamento mais indicado é a cirurgia para extração do tumor seguido por quimioterapia. Este procedimento aumenta as chances de remissão e cura. Porém, segundo o especialista, devido ao cenário atual, as pesquisas clínicas têm focado em opções de tratamentos cada vez mais inovadoras, como a imunoterapia, com o objetivo de aumentar a efetividade do tratamento.

Esta abordagem estimula a ação do sistema imune contra as células cancerosas, causando menos efeitos colaterais do que outros tipos de terapia. “As drogas imunoterápicas desativam a proteção do tumor, que faz com que ele fique camuflado. Essa ação faz com que os linfócitos, as células de defesa, o reconheçam como uma ameaça e, por tanto, atuem contra ele, matando o câncer”, conta Bastos.


O que é câncer de bexiga?

É um tipo de câncer que começa na camada que reveste a bexiga.  Costuma ser diagnosticado entre os 60 e 70 anos de idade, sendo duas a três vezes mais comum nos homens³. Calcula-se que cerca de 25% das pessoas que tenham câncer de bexiga poderão ter um segundo tumor primário em outro local do sistema urinário³.

A neoplasia pode ser dividida em três tipos: carcinoma urotelial (de células de transição), que representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga; carcinoma de células escamosas, que afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas; e adenocarcinoma, que se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação².

Além do tabagismo, que é a principal causa do câncer urotelial da bexiga, outras causas deste tipo de tumor ainda são pouco conhecidas, mas existem boas práticas de vida que auxiliam na prevenção desta condição. “A lista inclui a ingestão adequada de líquidos, o que pode diluir as substâncias tóxicas absorvidas pelo corpo, evitar o tabaco, além da adoção de uma alimentação mais saudável e prática regular de atividade física. Esses cuidados ajudam a reduzir os fatores de risco”, finaliza o oncologista.





Referências:
  1. Hospital Sírio Libanês. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/cancer-bexiga.aspx. Acesso em junho de 2019.
  2. INCA. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-bexiga. Acesso em junho de 2019.
  3. Instituto Lado a Lado pela Vida. Disponível em: https://www.ladoaladopelavida.org.br/cancer-de-bexiga. Acesso em junho de 2019.


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