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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Defensoria Pública de SP e Idec ajuízam ação contra alterações nas tarifas de vale-transporte da Capital


A Defensoria Pública de SP – por meio de seus Núcleos Especializados de Defesa do Consumidor e de Habitação e Urbanismo – ajuizou nesta terça (7), em conjunto com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), uma ação civil pública em face do Município de São Paulo, na qual questionam os atos administrativos que alteraram as tarifas de vale-transporte na Capital, especialmente por criar distinção do valor cobrado em comparação ao Bilhete Único Comum.

A Portaria nº 189/18 da Secretaria Municipal de Transportes, publicada em dezembro, previu o valor de R$ 4,57 para o vale-transporte, em patamar superior à tarifa do Bilhete Único Comum (R$ 4,30).

Além disso, em fevereiro, o Decreto Municipal nº 58.639/19 estabeleceu alterações nas condições que permitem mais de um embarque para uma única tarifa. Pela nova regra, o Bilhete Único comum permite até 4 embarques em um período de 3 horas – enquanto para os usuários de vale-transporte, são possíveis apenas 2 embarques no mesmo limite temporal. Em todas as categorias, fica permitida apenas uma integração com o Sistema Estadual de Transporte Metropolitano Metroferroviário, no período de 2 horas a contar da primeira utilização.

A Defensoria Pública e o Idec apontam, contudo, que a legislação federal veda a cobrança de tarifas diferenciadas para as categorias de Bilhete Único e de Vale-Transporte, conforme previsão expressa do art. 5º da Lei Federal nº 7.418/85. Há precedentes do Superior Tribunal de Justiça que reafirmam esse entendimento.

Além da obrigatoriedade legal de mesma cobrança da tarifa nominal, os autores da ação apontam que o número de embarques igualmente não pode ser diferenciado, de modo a manter o princípio de cobrança do mesmo patamar de tarifa – evitando que o valor do bilhete seja diminuído com o corte do número de embarques possível.  “O aumento do valor da passagem e, em especial, a redução drástica do número de embarques pode levar os empregadores a terem que arcar com o custo de deslocamento do trabalhador até o local de trabalho além do percentual de 6% de seu salário previsto em lei”, afirmam os autores da ação.

Para além dos dispositivos legais, eles destacam também que a diminuição do número permitido de embarques prejudica especialmente a população mais carente e vulnerável que vive nas áreas periféricas mais distantes do centro urbano. Nesse sentido, haveria um incentivo criado pelo Município para contratação por parte de empregadores de funcionários que tenham necessidade de realizar um número menor de embarques para chegar ao trabalho. “Além disso, há perda de competitividade dos trabalhadores de regiões mais distantes. Uma vez que os empregadores devem pagar o custo do transporte que ultrapasse 6% do salário do empregado, moradores de regiões periféricas e distantes, que necessitarão de mais conduções, serão preteridos diante daqueles trabalhadores que residam mais próximo dos locais de trabalho”, alertam.

Assim, a ação pede que o Judiciário reconheça a nulidade dos artigos que estipulam a diferença de tratamento entre o Bilhete Único comum e o de usuários de vale-transporte, determinando ao Município que adote a mesma regra para ambos. Pleiteiam também que a Prefeitura indenize os usuários que sofreram os efeitos da alteração da cobrança, bem como uma indenização por danos coletivos, em valor não inferior a R$ 8 milhões.

O Judiciário já tem proferido decisões no sentido proposto pela ação desde meados de março – no entanto, em sede de ações ajuizadas por indivíduos ou grupos de empregados. A ação da Defensoria em conjunto com o Idec tem o potencial de beneficiar toda a população que se utiliza do vale-transporte. 

Em três ações distintas (uma proposta por um sindicato, outra por uma empresa privada e outra por um vereador e mais 3 usuários do transporte público) a liminar foi concedida suspendendo os efeitos do decreto e da portaria que causaram a distinção entre as categorias de passageiros. Essas decisões valem apenas para os propositores das respectivas ações.


"Dias das Mães chega a ser mais propicio à dívidas", fala gestor financeiro, Rafael Villard


                                  Foto: Divulgação | CO Assessoria

Veja dicas para gastar menos na época


As datas comemorativas são as que mais fazem a população gastar, é o que diz o gestor financeiro e Trader, Rafael Villard. Para driblar gastos desnecessários é preciso ter cautela na hora da compra para adquirir somente o necessário.
"Minha mãe precisa mesmo disso?", essa são algumas das perguntas que você deve fazer para si mesmo antes de comprar algo por impulso. "As lojas estão recheadas de combos e produtos comuns embalados em um papel de presente justamente para dispersar a atenção de quem não gostaria de comprar nada. As propagandas tem esse objetivo de fazer você gastar com o que não precisa", comenta.

Para não se endividar nessa época de inflação alta, Villard passa algumas dicas:

- Faça uma lista de presentes que a sua mãe gostaria de ganhar, escolha um e vá para a loja com o intuito de comprar só ele.

- Cuidado com parcelas. Não vale a pena chegar no Natal ainda pagando parcelas que começou em maio.
- Faça uma pesquisa. Na internet os produtos tendem a ser mais baratos.

- Seja sincero. Não vale a pena esbanjar se você realmente não tem dinheiro para pagar. Às vezes, um café da manhã surpresa ou apenas sua presença, um grande abraço e agradecimentos pode ser tudo o que ela precisa.

"Com essas dicas, muitos podem aliviar suas contas até o fim do ano", finaliza.


Especialista em educação financeira dá dicas de como sair do vermelho


Fazer um balanço do mês é o primeiro passo para mudar a situação econômica

Março de 2019 marcou o recorde de brasileiros no vermelho. Atualmente, o país conta com 63 milhões de inadimplentes. As informações repassadas pelo Serasa Experian mostram que no período de apenas um mês, entre fevereiro e março, 800 mil pessoas ficaram negativadas.
Esse montante equivale a 40,3% da população adulta do Brasil. Muito se deve ao fato de o desemprego ainda estar pairando por aí, mas muitos dos que estão vendo suas contas não fecharem no final do mês não estão desempregados. Alguns casos são de dívidas que acabam se acumulando e chegando a valores que excedem o salário mensal.
Uesley Lima, fundador do Grupo The One e especialista em Educação Financeira, explica que a primeira coisa a ser feita para mudar essa realidade é assumir a responsabilidade pelo fato e a partir daí desenvolver um controle das finanças. “Você precisa saber no final do mês o que está sobrando, se está sobrando e para onde está indo o dinheiro”, aponta. Segundo ele, o ideal é possuir uma planilha de controle, ou até mesmo um aplicativo, que auxilie na hora de fazer o balanço do mês, pois de acordo com o especialista muitas pessoas não sabem onde gastam o salário.
Nesse controle, então, deve ser colocado tudo aquilo que entrou no mês, como salário e rendas extras, além também de todas as saídas, como despesas com luz, água, aluguel e cartões. Ou seja, tudo que se aplicar à realidade de quem está produzindo a planilha. “A primeira coisa a se desenvolver então é esse balanço, pois no final de 30 dias você vai saber se está sobrando, faltando ou empatando o dinheiro.”
Seguindo com as dicas, Uesley indica o segundo passo. Após a identificação de que de fato se está com as contas no vermelho, tenha uma conversa franca com a família, expondo a situação para que assim cheguem a um consenso sobre o que deverá ser economizado. Com isso, já entram a terceira e a quarta orientações: identificar para onde está indo o dinheiro e, assim, estancar esse gasto e não deixar ele voltar a acontecer. “Se eu sei que o meu problema é o gasto com cartão de crédito e eu vou lá e resolvo a questão, tenho que me policiar para evitar que eu volte a fazer a mesma dívida”, declara.
De acordo com o especialista, o motivo mais comum que causa o retorno da população para as suas dívidas, mesmo depois de quitadas, é o fator consumo, pois muitas vezes as compras são realizadas mais por compulsão do que por uma necessidade real. “Compre com mais qualidade e evite gastar com o que não for necessário. Lembre do seu balanço, de quanto você está gastando por mês e tente manter isso. Eu tenho certeza de que você vai conseguir seguir esses passos e sair das dívidas. E quando começar a sobrar algum dinheiro por mês, aí você vai poder começar a pensar em como investi-lo da melhor forma possível”, aconselha.


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