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terça-feira, 7 de maio de 2019

Como se prevenir das dores de ouvido em viagens de avião?


Em algum momento da vida, em uma viagem de avião, você vai se deparar com uma dor intensa e a sensação de ouvidos “tampados”. Esses sintomas estão relacionados ao barotrauma, patologia ligada a variações de pressão. Levando isso em consideração, é essencial saber que há casos até de lesões graves, como perda de audição e tonturas com vômitos.

Segundo o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, as lesões ocorrem com a variação de pressão atmosférica, presente em aviões, mergulhos, descida da serra ou ao atingir velocidades maiores que as de costume. “Em todos os casos, a obstrução nasal pode agravar o desconforto, pois a entrada de ar no nariz é menor. O recomendado é parar, se possível, e esperar a situação se normalizar para não chegar a circunstâncias mais graves”, explica o médico.


Como prevenir ou amenizar o problema

Para curtir a viagem sem se preocupar, aconselha-se consultar um otorrinolaringologista para avaliar o ouvido e o nariz. Além disso, evite viajar se estiver, por exemplo, resfriado, com gripe, rinite em crise e, até mesmo, com cera nos ouvidos. Caso seja necessário se expor à diferença de pressão com uma dessas condições, é recomendado deixar o nariz desobstruído e fazer o uso de chicletes.

“Bebês e crianças são mais sensíveis às variações de pressão, por isso, na decolagem e/ou pouso do avião, o melhor a fazer é usar mamadeira para os bebês ou mascar chicletes, no caso das crianças”, orienta o especialista.
Entretanto, é importante lembrar que o uso de descongestionantes deve ser prescrito por um otorrinolaringologista, para evitar potenciais efeitos colaterais, como arritmias cardíacas e hipertensão arterial.

“Após sofrer com o barotrauma, o paciente deve marcar uma consulta com um especialista para tratar os problemas causados e verificar se não há agravamento. A recuperação sem tratamento leva, em média, 40 dias no caso de uma lesão leve. Já as lesões mais graves podem causar surdez e labirintite”, finaliza o profissional. 



FALTA DE VISÃO QUE PASSA DESPERCEBIDA


Muitas doenças oculares são evitáveis ou reversíveis, mas avançam entre crianças e adultos


Apesar da importância da visão, muitas doenças oculares passam despercebidas, seja na primeira infância ou ao longo da vida. De acordo com censo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o Brasil tinha em 2014, 1 milhão e 158 mil brasileiros cegos, 4 milhões com deficiência visual (sem contar pessoas com erros de refração ou presbiopia), 33 mil crianças cegas por doenças que poderiam ter sido evitadas ou tratadas e outras 100 mil com alguma deficiência visual.

“Cuidar da visão e ir ao oftalmologista deveriam constituir uma rotina, como ocorre com outras áreas, como os cuidados com o coração, por exemplo”, explica o Dr. Marco Cezar Helena, oftalmologista Hospital Leforte. De acordo com o especialista, apesar de não haver dados concretos, é um fato comum atender pacientes que tiveram problemas de visão identificados somente na idade de alfabetização. “Quanto mais cedo tivermos o diagnóstico de uma doença ocular, maiores são as chances de total restabelecimento do órgão”, destaca.

Como primeira medida, o chamado teste do olhinho, disponível nas redes pública e privada – e recomendado pelo Ministério da Saúde – deve ser feito inicialmente na maternidade, com o objetivo de detectar precocemente doenças de visão como glaucoma, catarata congênita e também o retinoblastoma, um dos tipos de tumores oftalmológicos mais comuns em crianças.  O exame consiste na identificação de um reflexo vermelho, semelhante ao efeito do flash em fotografias, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê.

Ainda na fase infantil, o especialista do Hospital Leforte reforça a necessidade de identificar casos de ambliopia, vulgarmente conhecida como “olho preguiçoso”.

“Muitas vezes essa doença passa despercebida, o que dificulta e até impede a sua reversão. O cérebro “aprende a enxergar” com ambos os olhos nos primeiros anos de vida. No entanto, existem certas condições, como uma diferença grande de refração (grau de óculos) entre os olhos ou a presença de estrabismo, entre outras, que acabam induzindo o cérebro a ignorar um dos olhos e não aprender a enxergar com ele. Esse tipo de problema pode ser tratado com sucesso absoluto na maioria dos casos se for detectado precocemente, antes dos 5 anos de idade, sendo geralmente irreversível em crianças mais velhas”

Já na fase mais adulta, o glaucoma tem se tornado uma doença séria, considerada como a principal causa de cegueira evitável no mundo. Isto ocorre porque não causa sintomas em grande parte dos casos, sendo apenas detectada em consulta de rotina com um profissional. A doença é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do olho (pressão intraocular) e consequente lesão do nervo óptico. Esse aumento da pressão ocorre devido a um desequilíbrio entre a produção de um líquido chamado de humor aquoso, produzido na parte anterior do olho, e a sua drenagem através de um sistema trabecular.

“Às vezes a pessoa fica muito tempo com a pressão intraocular elevada e, quando chega ao consultório, já está em um estágio avançado da doença”, afirma o Dr. Marco. Mais raramente, o glaucoma também pode atingir crianças de forma congênita ou durante a infância, o que reforça a importância do exame do olhinho.
  

População da Região Sudeste desconhece a gravidade da Insuficiência Cardíaca



  • Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos revela que apenas 32% dos respondentes da região soube descrever a doença adequadamente 1 
  • A insuficiência cardíaca afeta cerca de 3 milhões de brasileiros2

  
Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos mostra que apesar da grande maioria (68%) dos entrevistados da região Sudeste afirmarem conhecer Insuficiência Cardíaca, apenas 32% soube descrever a doença corretamente1 como sendo a falta de capacidade do coração em bombear sangue de maneira adequada e suficiente para o corpo3.

O levantamento mostrou que, apesar de ser a segunda principal doença cardíaca no paíse afetar 2, 8 milhões de brasileiros4, a gravidade da Insuficiência ainda é muito desconhecida pela população. A doença não tem cura, mas há tratamentos capazes de melhorar o prognóstico ou diminuir a velocidade de progressão, além de elevar a qualidade de vida do paciente. No entanto, 17% dos entrevistados da região Sudeste ainda acredita que IC tem cura1. Se analisar a média nacional, o dado é ainda maior: 33% dos brasileiros acredita que existe cura para a insuficiência cardíaca.

“A pesquisa mostrou que a grande parta dos pesquisados não compreende a real gravidade da Insuficiência Cardíaca, que mata mais pessoas do que alguns tipos de câncer - cerca de 50% dos pacientes não sobrevivem após cinco anos do diagnóstico2”. 

Segundo dados da Pesquisa Ipsos, 35% da população do Sudeste pensa que o câncer de mama (22%) ou de próstata (13%) são mais letais que a insuficiência cardíaca1, porém esta condição cardíaca tem maior mortalidade– provoca de duas a três vezes mais mortes que cânceres avançados, como o de mama2

Pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca enfrentam repetidas internações e sintomas como falta de ar para atividades físicas5, inchaços nos tornozelos e pés5, e tosse persistente6, que impactam na realização de atividades cotidianas e, consequentemente, na qualidade de vida.

“O impacto da Insuficiência Cardíaca é abrangente e causa limitações físicas e psicológicas. Na parte física, podemos citar fadiga e dispneia, por exemplo, e em relação à saúde emocional dos pacientes, a enfermidade pode gerar mudanças nas relações financeiras, sexuais, nas atividades laborais, no lazer, entre outros. Em casos mais extremos, pacientes podem sofrer com depressão”, explica Dr. Dirceu Rodrigues Almeida, cardiologista, especialista em Insuficiência Cardíaca e professor da Universidade Federal de São Paulo (SP).

A enfermidade também tem um peso importante e crescente na saúde, gerando uma perda de R$ 22 bilhões na economia do País, por custos no sistema de saúde e redução de produtividade4.

Apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 65 anos, a incidência da doença em pessoas mais jovens cresce em virtude do estilo de vida. Muito se deve aos fatores de risco que estão presentes cada vez mais precocemente, como má alimentação, sedentarismo, hipertensão e diabetes.

A falta de cuidado com o coração também é um ponto importante. De acordo com a pesquisa, 43% dos entrevistados no Sudeste nunca foram ao cardiologista3 ou não vão há 10 anos. “Negligência de cuidados com as doenças que afetam o coração são comuns e vão desde a não marcação de uma consulta médica com especialista, algo endossado pela pesquisa, até crenças dificultadoras da adesão ao tratamento, por exemplo”, acrescenta Dr. Dirceu.

A amostra do estudo realizado pela Ipsos é uma representatividade da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016) e tem margem de erro de ±3 pontos percentuais. As entrevistas foram pessoais em domicílios, realizadas entre os dias 01 e 13 de agosto de 2018.


Sobre a pesquisa

A pesquisa entrevistou 1.200 homens e mulheres com idade a partir de 16 anos, de 72 municípios do Brasil no segundo semestre de 2018, com erro amostral de 3 p.p. e 95% de nível de confiança1. A amostra é uma representatividade da população brasileira nas áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016). As entrevistas foram pessoais e em domicílios, realizadas entre os dias 01 e 13 de agosto de 2018.



Novartis





Referências

1.     Bus Insuficiência Cardíaca. Ipsos. 2018.
2.     Albuquerque DC, Souza-Neto JD, Bacal F, et al. I Brazilian Registry of Heart Failure – Clinical Aspects, Care Quaility and Hospitalizations Outcomes. Arq Bras Cardiol 2015 104(6)433-442
3.     Heart failure matters. What goes wrong in heart failure?Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/What-goes-wrong-in-heart-failure. Acesso em 21/04/2019
4.     Stevens B, Pezzullo L, Verdian L et al. The Economic Burden of Heart Diseases in Brazil. World Congress of Cardiology & Cardiovascular Health 2016 Poster code: PS023.
5.     Heart Failure Matters. Understanding Heart Failure. Symptoms of Heart Failure. Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/Symptoms-of-heart-failureAcesso em: 04 Abr 2017
6.     Heart Failure Matters. Warning signs. Cough. Disponível em; http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Warning-signs/Cough. Acesso em: 04 Abr 2017.

08 de Maio – Dia Mundial das Hemoglobinopatias


Centro Infantil Boldrini alerta que pacientes com anemia falciforme e talassemia sofrem com estigmas das doenças


Anemia falciforme e talassemia estão entre em hemoglobinopatias mais recorrentes no país; dificuldade da inclusão social dos pacientes preocupa especialistas



Na semana em que é celebrado o Dia Mundial das Hemoglobinopatias (08 de Maio), o Centro Infantil Boldrini, hospital infantil filantrópico que é referência na América Latina no tratamento de doenças onco-hematológicas, alerta para a importância da conscientização sobre as doenças da hemoglobina, como anemia falciforme e talassemia, uma vez que os pacientes tendem a sofrer com discriminação e estigmas que envolvem tais doenças.

Os pacientes acabam sendo vítimas da falta de informação da população a respeito das doenças do sangue (as hemoblobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina do sangue, responsável por levar oxigênio dos pulmões para todo o corpo) e sofrem para obter inclusão social em virtude dos sintomas das doenças – que, vale lembrar, são decorrentes de alterações genéticas e não têm cura.

Desde a infância, os pacientes apresentam dores musculares nos braços, pernas, articulações, tórax, abdômen e costas; icterícia; infecções (como pneumonia); anemia crônica; síndrome “mão-pé”, inchaço e dor nos ossos das mãos e dos pés; acumulo de sangue no baço, entre outros, restringindo sua qualidade de vida e integração social. Além disso, pessoas que possuem hemoglobinopatias enfrentam restrições alimentares, principalmente em relação ao ferro presente em alimentos de origem vegetal.

Sobre o tratamento, o Centro Infantil Boldrini, referência na América Latina no tratamento de doenças onco-hematológicas, ressalta a importância da triagem neonatal (diagnóstico precoce) e do aconselhamento genético como ganho e avanço para os pacientes. Mas além disso, destaca que a conscientização é fundamental para que os portadores heterozigotos não sejam estigmatizados na sociedade.

“Precisamos olhar com outros olhos para os pacientes de hemoglobinopatias. Com a miscigenação, qualquer pessoa pode ter o traço da doença e desencadear no seu filho. Falta muita informação, inclusive nos cursos de graduação em medicina. Além disso, esses pacientes ainda têm muita dificuldade em se inserir na sociedade, em manter um trabalho com carteira assinada, em garantir vagas em universidades, entre outros. Por isso, nosso objetivo é a criação de um Centro de Inserção Social com o foco nos doentes crônicos”, comenta a Dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini.

Hoje, o Boldrini atende cerca de 820 pacientes com doença falciforme e 62 com talassemia. Por serem doenças crônicas, o tratamento de ambas é para a vida toda. Apesar de ser fundamentalmente um hospital voltado para crianças e adolescentes, no caso dos pacientes de hemoglobinopatias, o Boldrini não deixa de tratar dos pacientes admitidos na infância e adolescência quando chegam à fase adulta. “Vemos a criança dentro de um conceito moderno. Antes íamos até 18 anos, depois 21 anos, por demanda da própria rede de saúde. Depois fomos para 25 e agora estamos em 29 anos, igual aos americanos. Os mais velhos não se adaptam bem com médico de adulto, o tratamento vai melhor quando é feito com médico de criança, que põe no colo a criança e a família”, afirma a Dra Silvia.

O estresse é muito presente tanto nos familiares quanto nos pacientes de hemonoglobinopatias, por isso, é preciso oferecer suporte. “O medo do desconhecido gera muita insegurança na família e o medo do conhecido também. Por isso, uma equipe multiprofissional é essencial para que esse paciente receba o auxílio adequado em cada fase da vida, seja da área psicológica, odontológica, médica, social e pedagógica”, reforça a Dra. Silvia.


Boldrini tem ala especial para jovens com hemoglobinopatias

No Boldrini, o tratamento dos pacientes jovens e adultos acontece na ala azul do hospital, inaugurada em 2017 e dedicada especialmente a pacientes com esse faixa etária. Segundo a Dra. Silvia, a criação do espaço foi um pedido dos próprios pacientes, que sentiram a necessidade de ter um acompanhamento também ao chegar à fase adulta (vale lembrar que o Boldrini é um hospital pediátrico, mas como as hemoglobinopatias são crônicas e não têm cura, o tratamento é estendido). Além do setor já implementado, a médica conta que planeja também a criação de uma unidade de inserção social. "Queremos que esses pacientes tenham uma vida de qualidade, se insiram no mercado de trabalho, estudem e construam uma família”.


SOBRE A TALASSEMIA

O que é?

A talassemia é um tipo de anemia hereditária, transmitida de pais para filhos, e que faz parte de um grupo de doenças do sangue chamadas hemoglobinopatias (doença da hemoglobina).
A talassemia ocorre quando o filho recebe traços do pai e da mãe. Indivíduos que possuem o traço da doença têm 25% de chance de transmitir ao filho. O que acontece é que, muitas vezes, os pais não sabem que têm o traço, pois o mapeamento e aconselhamento genético é algo recente.


Qual a diferença entre talassemia maior e menor?

Enquanto na talassemia menor os portadores apresentam uma leve anemia e não necessitam de tratamento, na talassemia maior a produção de hemoglobina é falha, originando hemácias (glóbulos vermelhos) mais frágeis e de menor duração, e capacidade reduzida de levar oxigênio por todo o organismo. Para se ter uma noção, uma criança com talassemia maior sem tratamento mantem os níveis de hemoglobina no sangue menores do que 7 g/dL, enquanto uma criança sem a doença tem valor de hemoglobina acima de 11-12 g/dL.


O tratamento é imprescindível!

Sem o tratamento com as transfusões, a pessoa não atinge a idade adulta. Com transfusão adequada e tratamento medicamentoso para retirar o excesso de ferro do corpo causado pelas repetidas transfusões de sangue, a pessoa pode levar uma vida normal.


- Diagnóstico

Segundo a enfermeira do Boldrini Suzy Cabral, o diagnóstico deve ser realizado precocemente na triagem neonatal, no teste do pezinho. “Uma vez diagnosticada, a criança deve ser encaminhada a um centro especializado em tratamento dessas hemoglobinopatias, para início do tratamento”, explica.


Tratamento

O tratamento da talassemia maior é basicamente realizado por meio de transfusões de sangue (concentrado de hemácias) a cada 20 dias em média, por toda a vida. Este processo controla a anemia severa e, caso seja iniciado nos primeiros meses após a descoberta da doença, remove os riscos de complicações que podem afetar o bem-estar e expectativa de vida do indivíduo
Esse tratamento está disponível pelo SUS ou pela rede privada. “No Boldrini oferecemos consultas ambulatoriais, exames, internações e atendimento 24 horas para as intercorrências”, ressalta Dra. Silvia.


Estigma

Com a evolução do tratamento e o acesso facilitado ao hidroxiureia, medicação que previne complicações e melhora qualidade de vida, muitos pacientes atualmente conseguem ter uma vida muito próxima do normal. “Esse é um dos objetivos do Centro Infantil Boldrini. Socializar esses pacientes, manter os estudos, trabalhar, casar e ter filhos, mas outros ainda encontram muitas dificuldades como a falta de adesão ao tratamento, complicações da doença, superproteção da família e o preconceito da sociedade” comenta a assistente social do Boldrini Virgínia de Morais, complementando que “não é fácil lidar com uma doença crônica, que exige bastante do paciente e da família. O indivíduo pode necessitar de auxílio, seja pela superproteção dos pais quando criança, pela entrada na adolescência, por desejar sair com os amigos e ter que lidar com as dificuldades de alguns aspectos da talassemia, pela dificuldade de manutenção de emprego, entre outros”.



SOBRE A DOENÇA FALCIFORME


O que é?

anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.

As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal.

Causas

A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.

Diagnóstico

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce.

Tratamento

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.




Sobre o Centro Infantil Boldrini
Maior hospital especializado na América Latina, localizado em Campinas, que há 39 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer ou doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 10 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina. A maioria deles (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, comparáveis ao Primeiro Mundo, disponibilidade de leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças. www.boldrini.org.br




Saiba quais são os mitos e verdades sobre o câncer de ovário


O câncer nos ovários está entre os dez tipos de tumor mais comuns. Ele é pouco sintomático e, por isso, é preciso estar atenta; oncologista do Hospital 9 de Julho esclarece as principais dúvidas sobre a doença


Embora o câncer de ovário seja pouco incidente – apenas 3% dos tumores diagnosticados – ele está entre as principais causas de morte relacionadas a câncer nas mulheres. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018 foram registrados 6 mil novos casos de câncer de ovário no Brasil aproximadamente, valor muito inferior ao número de mulheres com diagnóstico neste mesmo ano de câncer de colo de útero (16.370 mulheres) e de mama (59.700 mulheres), por exemplo. Apesar da baixa incidência, está entre as principais causas de óbito relacionadas ao câncer nas mulheres. Isso está ligado ao fato de que 70% dos casos são diagnosticados em estágio localmente avançado ou com metástase (quando a doença já atingiu outros órgãos).

Aproveitando que 8 de maio é o dia de conscientização sobre o tema, a oncologista Dra. Michelle Samora do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, reuniu algumas dúvidas comuns e que podem fazer a diferença na busca pelo diagnóstico e tratamento da doença. Fique atenta e alerte seus familiares e amigas.


1- Durante a idade fértil (antes da menopausa) as mulheres não desenvolvem câncer de ovário.

Mito: Esse tipo de câncer é realmente mais comum em mulheres que já estão na menopausa, acima de 50 anos, mas isso não é uma regra. Recomenda-se que durante a idade fértil, as mulheres mantenham acompanhamento ginecológico regular, não apenas em razão do câncer de ovário, mas também para prevenção do câncer de colo de útero e avaliação de doenças sexualmente transmissíveis.


2- Tomar pílula diminui as chances de câncer nos ovários?

Verdade: Estudos apontam que mulheres que fazem uso de medicamentos anticoncepcionais têm menos chances de desenvolver câncer nos ovários, mas não significa que quem toma ou tomou anticoncepcional não terá a doença.


3- Cisto no ovário é câncer!

Mito: Definitivamente ter um cisto não significa ter um câncer. Mas é importante que a mulher que tem um cisto faça acompanhamento médico para que seja tratado corretamente e, dependendo do caso, removido.


4- Câncer de ovário não tem sintomas.

Mais ou menos: É verdade que no estágio inicial da doença os sintomas são bem discretos, mas podemos considerar os sinais abaixo como um alerta:

● Aumento desproporcional na vontade de urinar;

● Dores na região abdominal;

● Indigestão;

● Cansaço intenso e sem motivo aparente;

● Sangramentos vaginais anormais;

● Rápida perda de peso.

O câncer de ovário possui maior incidência principalmente em mulheres na menopausa e o risco de desenvolver este câncer ao longo da vida é de 1,3%. Entre os fatores que contribuem para um risco aumentado desta doença estão a primeira menstruação precoce (abaixo dos 12 anos), menopausa tardia (acima dos 52 anos), obesidade e tabagismo. Por outro lado, a gravidez, a amamentação e o uso de contraceptivos orais agem reduzindo o risco do câncer de ovário.

Cerca de 15% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditária, herdada de pai ou mãe. No entanto, especialistas ressaltam que as mutações genéticas que predispõe ao câncer de ovário podem não se limitar às mulheres com uma forte história familiar da doença. De fato, cerca de 1/3 das pacientes portadoras da mutação do gene BRCA (principal gene envolvido no surgimento desta enfermidade) não apresentam sequer um familiar portador de câncer. É por este motivo que ao se realizar o diagnóstico de câncer de ovário, todas as mulheres devem ser testadas geneticamente. “Se você é mulher, não deixe de procurar o seu ginecologista periodicamente. Isso pode fazer toda a diferença para a sua saúde”, finaliza a Dra. Michelle Samora.




Conheça alimentos para combater a hipertensão arterial


Nutricionista da Bio Mundo explica como buscar uma dieta saudável pode ajudar a prevenir e controlar problemas com a pressão alta


Manter uma alimentação balanceada traz diversos benefícios para o corpo humano. Melhora a qualidade de vida, equilibra os hormônios, aumenta a energia, além de prevenir contra algumas doenças, como por exemplo a hipertensão arterial. Segundo informações do Ministério da Saúde, o número de diagnósticos médicos da doença aumentou de 22,6%, em 2006, para 24,3% em 2017.

Entre os fatores que podem ser responsáveis pela hipertensão estão a hereditariedade, que pode estimular uma pré-disposição a doença, o estresse, a má alimentação, com o excesso de sal, o sobrepeso, sendo a obesidade um fator de risco, além da falta de exercícios físicos, consumo de álcool e o tabagismo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 94% das pessoas que sofrem de hipertensão não tem a doença controlada. Tomar algumas atitudes diárias e na escolha das refeições pode ajuda a controlar esse problema. 

A nutricionista Ellen d’Arc da Bio Mundo, rede de franquias que busca gerar saúde e bem-estar na vida das pessoas por meio de uma alimentação saudável, traz indicações de alimentos para incluir na dieta para prevenir ou controlar a hipertensão arterial. “A principal orientação para uma alimentação saudável é minimizar o consumo de alimentos industrializados e priorizar os alimentos In Natura” comenta.


CEREAIS INTEGRAIS

Os alimentos integrais, como arroz, farinha e aveia, são ótimos aliados dos hipertensos. “Eles são ricos em minerais, vitaminas e principalmente fibras que retardam o esvaziamento gástrico, o que prolonga a sensação de saciedade. Desse modo, auxilia no controle da glicose sanguínea, ajudam a regular as funções do corpo sendo uma importante ferramenta para hipertensos” explica a nutricionista.


FRUTAS

As frutas, principalmente as vermelhas, também têm um papel importante para regular a pressão dos hipertensos. “Algo que não pode faltar na dieta das pessoas que sofrem de hipertensão são as frutas. Elas são ricas em vitaminas, antioxidantes, fibras e água, importante para a prevenção de problemas cardiovascular. Além de auxiliar na queda do colesterol ruim e aumentando o colesterol bom”, comenta Ellen.


ALIMENTOS RICOS EM POTÁSSIO

Outro aliado dos hipertensos são alimentos ricos em potássio, que agem como um natriurético, diminuindo a retenção de líquidos no organismo, estimulando a eliminação do sódio presente no corpo.  Com a ingestão de boas quantidades de potássio há o equilíbrio entre os elementos sódio x potássio. “Dieta rica em potássio provoca maior redução da pressão arterial. Temos excelentes fontes de potássio na alimentação: manga palmer, banana, milho, mandioquinha, mamão papaia, chicória, água de coco, repolho roxo refogado, melancia, agrião, e diversos outros”, explica a nutricionista.


OLEAGINOSAS

Um dos grandes vilões da nossa saúde cardiovascular são as gorduras saturadas. A nutricionista orienta incluir na dieta as oleaginosas como castanha-do-pará, nozes, amêndoas, entre outras, que são ricas em vitamina E, ômega 3 e boas fontes de magnésio. “Elas atuam como vasodilatadores, ou seja, ampliadores dos vasos sanguíneos, que auxiliam no controle da pressão arterial”, explica.


TEMPEROS NATURAIS

Uma ótima opção para substituir o sal nos alimentos, e assim diminuir o consumo de sódio, são os temperos naturais como alho, cebola, salsinha, manjericão, alecrim, entre muitas outras opções. “O consumo excessivo de sal traz grandes problemas para o organismo, não só o aumento da pressão arterial, mas também no sistema renal. Então diminuir o consumo dele, o substituindo por condimentos mais saudáveis, é um excelente caminho para todos”, completa a nutricionista da Bio Mundo.




Bio Mundo

Como apresentar os alimentos às crianças



    
O comportamento da criança em relação à comida é baseado em como foi feita a introdução alimentar

Quando se trata de Introdução Alimentar, existem diversas dúvidas sobre como, quando, e quais alimentos apresentar à criança, pois existem diferentes métodos, diversas fases pelas quais o bebê passa, entre outros fatores, que influenciam esse período de aprendizagem. Vale a pena entender um pouco para proporcionar uma experiência enriquecedora e tranquila para a família.

Segundo a doutora Priscila Moraes, médica pediatra e alergista da Docway, o recomendado é que as crianças a partir dos 6 meses de idade comecem a ingerir alimentos sólidos. Nessa idade normalmente a criança já consegue se sentar sozinha, pegar objetos e leva-los a boca. Por isso, é importante que haja firmeza do tronco e que tenha estabilidade para se concentrar naquilo que está em sua mão, para poder realizar o movimento de trazer o alimento até a boca. Além disso, é por volta dos 6 meses que o intestino está mais maduro para receber o alimento sólido, fazendo uma melhor digestão e evitando a constipação.

Em relação aos tipos de alimento naturais que podem ser introduzidos à dieta, não há nenhuma restrição, “diferente do que se pensava antigamente, ovo deve ser oferecido desde o início da introdução alimentar, pois atrasar seu consumo pode favorecer o aparecimento de alergias, o mesmo serve para o peixe, que pode ser oferecido nos primeiros meses” explica a doutora. Já referente aos preparos industrializados, doces e temperos prontos, há ressalvas. O ideal seria não permitir que a criança os ingerisse até completar dois anos.


Grupos de alimentos sugeridos:

1.   Cereais/tubérculos/raízes, como arroz, milho, batata, inhame e mandioquinha (carboidratos complexos);

2.   Carnes em geral (proteínas de alto valor biológico, ferro, zinco, cobre);

3.   Leguminosas, que são grãos de vagens, como feijão, grão de bico, ervilha, lentilha e soja (proteínas de baixo valor biológico, ferro, fibras e vitaminas);

4.   Legumes e verduras (vitaminas, minerais e fibras).

Existem três métodos para fazer a introdução alimentar, são eles:


Tradicional: esse método é feito com a já conhecida papinha, oferecida com colher, amassada, e a partir dos 8 meses de idade da criança, servida com pequenos pedaços. Nesse método, os alimentos devem ser triturados com um garfo, e as carnes podem ser desfiadas ou moídas, sempre respeitando a capacidade de mastigação do bebê.


BLW (Baby-Led Weaning): consiste na oferta de alimentos em pedaços, tiras ou bastões. Em geral, não inclui alimentação com a colher e nenhum método de adaptação de consistência para preparar a refeição, como amassar, triturar ou desfiar. A abordagem encoraja os pais a confiarem na capacidade da criança de se alimentar sozinha, sem interferências.


Participativa: nesse caso, o bebê é o agente ativo do processo, porque ele mesmo escolhe o alimento que vai comer. Porém, é assistido pelos pais, que intermediam as preferências dele e o ajudam enquanto ele não tem habilidade ou eficiência na ingestão adequada de nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.

Não há um método que seja mais indicado que o outro, seria interessante uma mescla entre eles, “o ideal é que o lactente receba os alimentos amassados oferecidos na colher, mas também experimente com as mãos, para explorar as diferentes texturas dos alimentos, como parte natural de seu aprendizado sensório motor”, sugere Priscila.

Finalmente, a médica dá algumas dicas para tornar a introdução alimentar algo prazeroso e divertido:

1.   Faça um prato colorido, a criança precisa identificar o que é cada alimento, conhecer sua textura, seu cheiro e seu sabor;

2.   Insista, mesmo que a criança rejeite alguns alimentos, não desista, é preciso provar várias vezes o mesmo alimento, mesmo que não goste no começo;

3.   Não use liquidificador nem peneira. Com liquidificador, as fibras são rompidas e aumenta a chance de constipação intestinal. A peneira faz com que o alimento perca sua consistência e isso facilita a seletividade alimentar mais tarde;

4.   Não dê açúcar e industrializados nos primeiros anos de vida, especialmente até os 2 anos. O paladar da criança vicia no açúcar e nos condimentos, aumentando risco de obesidade e desnutrição funcional;

5.   Evite eletrônicos durante as refeições. A distração faz com que a criança perca o apetite e não preste atenção no que está comendo;

6.   Faça a introdução alimentar algo divertido. Não force, não exija que a criança coma tudo, seja flexível.


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