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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Quando a gravidez não acontece, aumentam o estresse e a ansiedade; até 25% dos casais abandonam o tratamento devido ao impacto psicológico


Estima-se que a infertilidade afete aproximadamente 9% dos casais no mundo todo. Um artigo publicado na revista HumanReproduction, em 2007, calcula que aproximadamente 724 milhões de pessoas no mundo sejam inférteis. Para muitos casais, a incapacidade de ter um filho pode ser considerada uma tragédia, visto que expectativas pessoais, interpessoais, sociais e religiosas geram sensações de fracasso, perda, exclusão e até de frustração.

A infertilidade - doença definida pela falha em engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares sem proteção - é pouco conhecida e quase sempre diagnosticada de forma inesperada. Uma pesquisa do laboratório MSD com mais de 580 homens e mulheres sobre a terapia de reprodução assistida mostrou que 65% deles nunca imaginaram que teriam problemas até começarem a tentar engravidar. "Infelizmente, não existe 'botox' para o sistema reprodutor", brinca o ginecologista, obstetra, e especialista em Reprodução Humana, Dr. ArnaldoCambiaghi, "As pessoas rejuvenescem esteticamente, aparentam dez anos menos, mas sua capacidade reprodutiva continua com a idade que elas de fato têm. É importante diagnosticar e tratar a infertilidade quando se é jovem, para uma reprodução mais segura, ainda que mais tardia", alerta o médico.

É para levar informação sobre as principais causas da dificuldade para engravidar, e as medidas que podem ajudar na concepção que o Mês Mundial contra a Infertilidade foi criado em 2002 e é celebrado no mês de junho. Desde o nascimento de Louise Brown, em 1978, o primeiro bebê concebido no mundo por Fertilização In Vitro (FIV), as Técnicas de Reprodução Assistida (TRA) se tornaram o tratamento da infertilidade.

A terapeuta de técnicas orientais Simone Ando, 40 anos, que se submeteu à terapia para engravidar alerta para a necessidade de divulgação e orientação sobre a infertilidade. "O casal não deve protelar a consulta a um especialista em reprodução humana. É importante diagnosticar a infertilidade e, se for o caso, buscar a ajuda de um especialista", afirma.
   
Felizmente, a maioria dos casos de infertilidade tem solução, mas o diagnóstico inicial e o tratamento com TRA causam ansiedade e estresse. O tratamento consiste na aplicação de nove a doze injeções para estimular a produção de óvulos, a aspiração desses óvulos pela via transvaginal, sua fertilização em laboratório com o esperma do parceiro ou doador e a transferência posterior do embrião resultante para o útero. A seguir, aguarda-se de duas a três semanas para saber se a gravidez foi alcançada.

Uma das principais fontes desse ônus físico e psicológico, na terapia de estimulação ovariana, são as injeções diárias. A ansiedade associada ao tratamento pode levar a erros de dosagem que podem comprometer o ciclo. É previsível o desconforto emocional em alguma fase das TRA, razão pela qual se recomenda a consulta a um psicólogo - se sintomas depressivos forem prolongados ou para suportar melhor os momentos-chave da terapia4.

Desde maio, os casais brasileiros que precisam recorrer às TRA para realizar o sonho de gerar uma vida contam com um novo aliado. A alfacorifolitropina, comercialmente chamada de Elonva, substitui as sete injeções (indutoras da ovulação) por apenas uma. O produto, a primeira grande inovação no segmento de fertilidade em mais de 10 anos, pode reduzir as chances de erro na aplicação das injeções, diminuindo assim o estresse associado ao procedimento.

Simone Ando está com as melhores expectativas em relação ao resultado: "Substituir as sete injeções diárias por apenas uma no começo do tratamento tem um enorme impacto para a mulher em um momento tão delicado como esse", pondera.

Pesquisas mostram que 25% dos casais abandonam o tratamento precocemente devido ao impacto psicológico decorrente dele. Aproximadamente dois em cada cinco casais (39%) mencionam aumento do estresse e da tensão em seus relacionamentos (42% dos homens e 26% das mulheres).


Não protelar a consulta

Os testes e os estudos para diagnosticar a infertilidade podem representar um processo demorado. Em paralelo, a fertilidade diminui com os anos, por isso é melhor procurar um médico especialista o quanto antes.
A pesquisa realizada pela MSD indicou que a metade dos casais entrevistados (52%) reconheceu que talvez tenha esperado demais para procurar ajuda profissional³. Dos casais que, naquela ocasião, já estavam recebendo os cuidados de um especialista em fertilidade, 91% afirmaram que deveriam consultar um especialista antes.

O importante é consultar o médico, caso não se consiga a gravidez após um ano de relações sexuais frequentes (a cada dois ou três dias) sem proteção ou após seis meses, se a mulher tiver mais de 35 anos de idade.


Infertilidade de A a Z
  • A infertilidade é uma      doença do sistema reprodutivo definida pela falha em engravidar após 12      meses de relações sexuais regulares sem proteção.
  • Cerca de 84%      dos casais concebem dentro de um ano após o início das relações sexuais      regulares sem contracepção. É aconselhável que aqueles que não obtiverem      sucesso ao final desse período submetam-se à investigação clínica sobre      infertilidade.
  • Mulheres      com idade superior a 35 anos      devem procurar avaliação médica antes mesmo do término de um ano.
  • Estima-se      que um entre três casais apresente problemas de infertilidade, quando a      mulher tem mais de 35 anos de idade.
  • Há causas variadas      para a infertilidade, incluindo deficiência na produção de óvulos ou de      espermatozoides e anomalias genéticas ou congênitas, tanto na mulher como      no homem.
  • A infertilidade também      está associada à idade e a certos fatores de risco, como tabagismo, obesidade      e estresse.
  • Sabe-se que de 20% a 30%      dos casos de infertilidade estão relacionados ao parceiro, entre 20% e 35%      são associados à mulher, de 25% a 40% das ocorrências apresentam-se como      um problema de ambos e, em 10% a 20% dos episódios, nenhuma causa é      encontrada.
  • Existem vários tipos de      tratamento disponíveis para infertilidade: cirurgia, terapia com      medicamentos, indução da ovulação e inseminação, entre outros.

Terapia de reprodução assistida

A estimulação controlada dos ovários é a primeira etapa na maioria dos programas de reprodução assistida para fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Confira o passo a passo da terapia: 

  1. Diagnóstico correto da infertilidade e avaliação da necessidade de terapia de reprodução assistida.
  2. Os ovários são estimulados para induzirem o desenvolvimento de vários óvulos.
  3. Indução do amadurecimento dos óvulos para coleta.
  4. Recuperação (coleta) dos óvulos por via vaginal e preparação dos espermatozoides.
  5. Fertilização no laboratório.
  6. Transferência do embrião ao útero.
  7. Constatação e desenvolvimento da gravidez.
  8. Nascimento do bebê.




Referências   




MSD 



Grávidas correm mais risco de ter varizes




Saúde e estética são os principais fatores que preocupam as mulheres quando as varizes aparecem, mas se as orientações médicas forem obedecidas o tratamento traz excelentes resultados e pode evitar problemas muito mais sérios


O aparecimento de varizes é um problema que assusta muitas mulheres, principalmente as que estão grávidas. Isso acontece porque a doença além de prejudicar a estética pode causar graves danos à saúde, como o aparecimento de edemas linfáticos e tromboses superficiais e até mesmo profundas (coágulos que têm a capacidade de percorrer a corrente sanguínea chegando ao pulmão, onde pode causar um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação pode causar a morte). O principal fator de risco é a herança genética, mas a obesidade, sedentarismo, trabalhos que demandam muito tempo em pé ou sentado e alterações hormonais (gestação, uso de anticoncepcionais e reposição hormonal) também podem acarretar na aparição de varizes.

Quando é devidamente diagnosticada, o médico responsável escolhe qual o melhor tratamento para a paciente. Geralmente são indicados o uso de meias elásticas, repouso com pernas para cima, medicamentos, balanceamento do peso e exercícios físicos. Já a realização de cirurgia depende muito da gravidade e do objetivo de cada paciente. Por meio do processo cirúrgico as veias problemáticas não voltam, mas se persistir os fatores de risco há chances de ocorrer novas varizes.

As gestantes correm mais risco de terem varizes, porque além do fator genético podem ter inchaços, alteração na coagulação do sangue e dilatação nos vasos sanguíneos. “Além disso, as mamães com o passar dos meses e consequentemente o crescimento do bebê, irão sofrer de um aumento da pressão abdominal e compressão da principal veia de ligação das pernas com o coração e pulmão, a Veia Cava inferior. Esse fato irá propiciar uma dificuldade ao retorno do sangue dos membros inferiores. 

Como esse fluxo fica diminuído as veias ficam sobrecarregadas. As mamães que já possuem varizes podem ter o quadro agravado.”, explica o Dr. Alexandre Trevisan, cirurgião vascular e sócio do Banco de Cordão Umbilical – BCU-Brasil. O tratamento para as grávidas vai depender de cada caso, mas, devido às limitações terapêuticas, não é o mesmo feito pelas mulheres que não estão gestantes. E a cirurgia também não é recomendada.

Praticar atividades físicas, evitar a obesidade, não ficar muito tempo numa mesma posição e tomar os cuidados necessários durante a gravidez são algumas das atitudes para evitar este problema.




Dr. Alexandre Maximiliano - Formado em medicina pela Universidade Estadual de Londrina, pós-graduado em Angiologia e Cirurgia Vascular, possui títulos de especialista nas áreas de Cirurgia Vascular e Clínica Médica. É diretor Médico do Banco de Cordão Umbilical e integrante da Associação Brasileira de Terapia Celular. Atua na área a mais de 10 anos realizando exames diagnósticos (Doppler Vascular), cirurgias e pesquisas científicas.

Ácido fólico é essencial antes da gravidez


 Consumo da substância pode prevenir casos de malformação fetal, como a espinha bífida


O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é especialmente importante para toda mulher em idade reprodutiva e, principalmente, se deseja engravidar. Segundo a especialista do Centro de Medicina Fetal do Hospital Samaritano de São Paulo, Denise Pedreira, o consumo da substância reduz as chances de malformação fetal, como a Espinha Bífida - defeito de fechamento do tubo neural.
O ideal é a mulher consumir a substância por, no mínimo, três meses antes de engravidar. É importante, mesmo que a gravidez demore a acontecer, que continue tomando o ácido fólico e, depois que ficar grávida, manter nos primeiros três meses de gestação. A dose recomendada pelo Conselho Federal de Medicina é de 0,4mg diariamente.

“O problema é que a maior parte das gestações não é planejada. Por isso, a importância da conscientização das mulheres em idade reprodutiva. É essencial que os médicos também repassem essa informação para suas pacientes”, destaca a especialista.

A Espinha Bífida – ou Mielomeningocele – tem uma alta incidência: um a cada mil nascimentos. Trata-se de uma doença caracterizada por uma malformação das estruturas que protegem a medula e acomete o bebê na sétima semana de vida intra-uterina. “A medula fica exposta ao líquido amniótico, causando uma destruição nervosa progressiva. As sequelas são grandes e variam entre problemas para andar, incontinência urinária e hidrocefalia”, afirma.
Denise Pedreira ressalta que a falta de ácido fólico é responsável por 70% dos casos de Espinha Bífida. Os outros 30% são de origens diversas, entre elas a genética.  O ácido fólico é uma enzima que atua no mecanismo de divisão e remodelação celular e sua deficiência faz com que a divisão celular ocorra de maneira inadequada. O consumo da substância vai estimular a formação celular da pele e dos tecidos que protegem a medula, evitando os problemas.
A substância pode ser encontrada em farmácias e no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a adição de 4,2 miligramas de ferro e de 150 miligramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha de trigo e de milho. A intenção era reduzir a prevalência de anemia por deficiência de ferro e prevenir defeitos do tubo neural. O ácido fólico também pode ser encontrado em alimentos como brócolis, couve, tomate, feijão, lentilha e cogumelo e em suplementos vitamínicos. Uma concha de feijão preto, por exemplo, tem 119 microgramas da vitamina.


Cirurgia pioneira -
Denise Pedreira é uma ativa pesquisadora da doença. 
Depois de 14 anos de estudos, a especialista desenvolveu uma técnica para correção da Espinha Bífida através de cirurgia endoscópica fetal. A correção deste defeito antes do nascimento leva a uma melhora no desenvolvimento neurológico do bebê e menor necessidade de colocar válvula para tratar a hidrocefalia, quando comparada aos casos operados somente após o nascimento. A cirurgia convencional é feita “via céu aberto”, com corte na barriga e no útero para operar o feto. Já a técnica endoscópica é feita por câmera de vídeo, sem a necessidade da abertura do útero, utilizando apenas pequenos “furos”. O procedimento endoscópico reduz os riscos maternos, como por exemplo, o de ruptura do útero da gestante, tanto nesta gravidez, como em futuras.

Esse tipo de procedimento só é feito na Alemanha e no Brasil. A técnica brasileira é superior à alemã porque é mais barata e reduz o tempo de cirurgia. 

A principal diferença está na película usada para “fechar” a medula e na forma de sua colocação. A película foi desenvolvida por uma empresa brasileira, com materiais nacionais, reduzindo os custos do produto. Até o momento, foram realizadas seis cirurgias endoscópicas para correção de Espinha Bífida no Hospital Samaritano de São Paulo e um trabalho já foi publicado na literatura médica.


Vacinas previnem problemas na gestação




Não há dúvidas que uma das melhores e mais eficientes maneiras de prevenir doenças é pela imunização. Ela é tão importante que, frequentemente, motiva a promoção de campanhas de vacinação pelos governos, destinadas tanto a crianças quanto a adultos.

         Segundo Marco Antônio Lourenço, especialista em medicina reprodutiva da Pró-Fértil, entre as mulheres que pretendem ter filhos ou que serão submetidas a tratamentos de combate à infertilidade, é fundamental a consciência da necessidade de estarem imunizadas contra doenças que poderão afetar o futuro de seus bebês e de suas gestações. 

          Ele explica que as vacinas estimulam a produção de anticorpos no organismo, que farão a defesa natural contra as infecções para as quais foram programadas. Assim, têm o poder de proteger a mulher de diversas doenças e prevenir malformações fetais e até abortos espontâneos.

           O ideal é que a imunização ocorra sempre antes da gestação, uma vez que muitas vacinas não podem ser aplicadas durante a gravidez. “Neste período, a vacinação só deve ser indicada em situações de perigo em que os benefícios são superiores aos riscos. Exemplos são viagens para locais de alto risco de contaminação, profissões de risco e doenças crônicas. Nestas situações, o uso de imunoglobulinas é uma boa alternativa”, ressalta Lourenço lembrando que a oportunidade de vacinar nunca deve ser desperdiçada. “No pós-parto, quando a mulher não estiver imunizada e já deu à luz o primeiro bebê, recomenda-se que, logo em seguida ao nascimento, ainda no período chamado puerpério, a mãe receba as vacinas indicadas, uma vez que estará frequentando centros de vacinação com o seu filho e provavelmente não engravidará nos próximos meses” alerta o médico.

         A vacinação aconselhada para mulheres que desejam engravidar está resumida na tabela abaixo. Recomenda-se que a imunização seja indicada para mulheres que pretendem engravidar e também para as que vão se submeter a um tratamento contra a infertilidade, antes do início do mesmo. Algumas destas vacinas são disponibilizadas pela rede pública de saúde. Outras são encontradas somente em centros de vacinação particulares.




PRÓ-FÉRTIL – Centro de Medicina Reprodutiva
Telefones: (21) 2605-5656 / 2612-5190



Como aliviar as dores na coluna durante a gravidez?


A maioria das mulheres considera a lombalgia como um “inevitável desconforto normal” durante a gravidez. Apenas 50% das gestantes que sofrem com dores nas costas procuram o aconselhamento de um profissional de saúde


Dor nas costas será uma queixa de oito em cada 10 adultos em algum momento de suas vidas. Mas para as mulheres que estão grávidas, estas palavras têm uma ressonância especial. Mais de dois terços das mulheres gestantes sentirão dor lombar e pélvica, durante a gravidez, geralmente no segundo e no terceiro trimestres da gestação. As informações são de um estudo, publicado no Current Reviews in Musculoskeletal Medicine.

Para muitas, a dor é tão forte que chega a interferir no sono, no trabalho e em outras atividades da gestante. Em um estudo de 2004, um terço das mulheres relatou que tiveram que parar pelo menos uma dessas atividades devido às fortes dores nas costas.

Um dado interessante sobre este tema, segundo o estudo Pregnancy-related low back pain, é que a maioria das mulheres considera a lombalgia como um “inevitável desconforto normal” durante a gravidez. Apenas 50% das gestantes que sofrem com dores nas costas procuram o aconselhamento de um profissional de saúde e deste grupo, 70% delas vão receber algum tipo de indicação terapêutica.


Levando em consideração a individualidade de cada mulher e de cada gravidez, a identificação e o tratamento precoce do problema levará ao melhor resultado possível. O tratamento conservador é o padrão ouro, incluindo fisioterapia, cintos de estabilização, a estimulação do nervo, o tratamento farmacológico, acupuntura, massagem, relaxamento e yoga. Em geral, a gravidez com dor lombar relacionada tem um bom prognóstico, desde que o reconhecimento precoce e o tratamento sejam feitos.

Há muito debate e muitos trabalhos publicados sobre os fatores de risco para o aparecimento de dor lombar durante a gestação. A história de trauma pélvico, lombalgia crônica e dor lombar durante a gravidez anterior são os riscos mais comuns e amplamente aceitos. 85% das mulheres que tiveram dor nas costas em uma gravidez anterior desenvolverão dor nas costas em uma gravidez subsequente. O número de gestações anteriores também parece aumentar o risco. Não é possível, no entanto, prever quem vai sofrer de lombalgia durante a gravidez. Lombalgia durante a menstruação é um fator de risco adicional para dor nas costas durante a gravidez. 

“As queixas sobre dores na coluna durante a gravidez são justificadas pelo peso extra que a gestante carrega. Algumas chegam a engordar até 20 quilos por gestação, quando o recomendável é algo em torno de 9-12 quilos. Isso muda a forma como a mulher se levanta e caminha, exercendo uma forte pressão sobre sua coluna, que adicionada às alterações hormonais que fazem as articulações pélvicas ficarem vacilantes, resulta em dor nas costas”, explica o neurocirurgião Cezar Augusto Oliveira (CRM-SP 123.161).

As pílulas anticoncepcionais e o intervalo de tempo desde a última gravidez não são considerados como fatores de risco. A associação entre a idade da mulher ou entre a alta carga de trabalho e dor lombar durante a gravidez também continua não esclarecida.

A boa notícia é que, para a maioria das mulheres, a dor nas costas desaparece após o parto, geralmente dentro de seis meses. Mas a gestante não precisa esperar até lá para obter algum alívio. Exercícios, acupuntura e outros medicamentos podem aliviar as dores na coluna ou pelo menos torná-la mais suportável. E se a mulher ainda está pensando em engravidar, pode tomar medidas para tentar evitar a dor nas costas, começando a praticar exercícios físicos. Um estudo mostra que as mulheres que têm uma vida sedentária, antes de engravidar, têm um risco aumentado de dor nas costas.

“As mulheres grávidas devem ser informadas sobre a importância de manter uma postura adequada, ao fazer as atividades diárias, de modo que sua coluna não fique sobrecarregada ou desalinhada. É também muito importante ensinar às grávidas a levantar pesos sem forçar as costas, um hábito muito útil que precisa ser observado durante toda a gestação. As mulheres devem ser aconselhadas a usar cadeiras colchões e camas adequados. Elas também precisam aprender técnicas para entrar e sair da cama, de modo que o corpo mantenha-se em uma posição adequada e a coluna não sofra”, orienta o médico.


Como a gravidez impacta a coluna?

O que torna a gravidez um motivo para o aparecimento de dores nas costas? “Geralmente, são múltiplos fatores: o novo peso que a mulher grávida carrega no ventre desloca o centro de gravidade do seu corpo, o que exerce mais pressão sobre a parte inferior da coluna. A fim de equilibrar a nova carga (o bebê), muitas mulheres modificam sua postura, o que aumenta ainda mais a pressão na parte inferior das costas. Para piorar as coisas, os músculos do estômago se estendem durante a gravidez. Resultado: os músculos da região lombar precisam trabalhar mais e mais para suportar o peso do tronco”, explica Cezar Augusto Oliveira, que também é membro da Sociedade Brasileira de Coluna.
As alterações hormonais também podem contribuir para a dor nas costas. Na preparação para o parto, um hormônio chamado relaxina, produzido pelo corpo lúteo e pela placenta, produz um amolecimento das articulações pélvicas e das suas cápsulas articulares, o que dá a flexibilidade necessária para o parto, pois provoca o remodelamento do tecido conjuntivo, o que diminui a união dos ossos da pelve e alarga o canal de passagem do feto.  O hormônio tem ação importante no útero, por distendê-lo à medida que o bebê cresce. “Normalmente, as articulações pélvicas ajudam a sustentar a coluna vertebral. Quando ocorre esse relaxamento, durante a gravidez, pode ocorrer também dor e inflamação e não apenas na pelve, mas também em toda a parte inferior das costas”, explica o médico.
Outro possível “culpado” é o útero em expansão. À medida que o útero cresce, ele pressiona determinados vasos sanguíneos, especialmente quando a mulher está deitada à noite. Esta pressão reduz o fluxo de sangue rico em oxigênio para a pélvis e para parte inferior da coluna, causando dor.


Maneiras de aliviar a dor

Independentemente do que está causando a dor na coluna da gestante, existem medidas que podem ser adotadas para obter alívio. “Vários estudos mostram que os melhores resultados vêm de exercícios que fortalecem o abdômen e a parte inferior das costas, da hidroginástica, da acupuntura e do uso de almofadas de apoio, durante a noite. Mas essas não são as únicas opções terapêuticas. É muito importante destacar que a gestante precisa avisar o médico que a acompanha se a dor nas costas persistir. Dor nas costas que não vai embora pode ser um sinal de trabalho de parto prematuro, uma infecção ou de outros problemas sérios”, recomenda Cezar Oliveira.

Veja, a seguir, as outras dicas para aliviar a dor na coluna das grávidas:

  • O uso de um banquinho ou de um suporte para as costas ao sentar evita a fadiga muscular. Usar uma cadeira que suporte a coluna e/ou tentar colocar um pequeno travesseiro atrás da parte inferior das costas para apoio extra ajuda a aliviar a dor;
  •  A educação da mulher grávida é muito importante, para que ela aprenda a ficar de pé, andar ou curvar o corpo sem causar estresse extra sobre a coluna ou fadiga muscular;
  • As mulheres também devem ser incentivadas a evitar andar prolongadamente ou ficar em pé por muito tempo;
  • Na linha de um programa de tratamento individualizado, a massagem pode ser útil, bem como a acupuntura. Alguns estudos defendem que a acupuntura pode ser um complemento à gestão da lombalgia durante a gravidez;
  • Aulas de hidroginástica aliviam a pressão sobre a coluna. É importante também incluir atividades físicas suaves como caminhar e nadar na rotina diária da gestante;
  • A massagem nas costas também é um recurso que pode ajudar a aliviar a dor nas costas durante a gravidez;
  • Dormir de lado, mantendo um ou ambos os joelhos dobrados também ajuda. A pesquisa mostra que o uso de um travesseiro para apoiar o abdômen, especialmente durante o último trimestre, pode fazer uma diferença real. Um travesseiro em forma de cunha parece funcionar melhor. Além disso, é recomendado colocar outro travesseiro entre os joelhos durante a noite;
  • Usar sapatos com saltos baixos e bom suporte também ajudam. Cintos de apoio à maternidade podem aliviar a dor, tornando as articulações pélvicas mais estáveis;
  • Uma almofada de aquecimento para aplicar calor na área dolorida também pode ser indicada.

Conheça as diferenças entre Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro




Casais com dificuldades para engravidar têm à disposição, hoje, técnicas avançadas para tratamento de infertilidade - masculina, feminina ou até mesmo de causa indeterminada. Muita gente, no entanto, confunde os procedimentos ou acha que inseminação artificial e fertilização In vitro são a mesma coisa. Mas elas são bem diferentes em método, custo e taxa de sucesso. É o que nos explica a Dra. Juliane Lotuffo, ginecologista que atua no ramo de fertilidade na Life Clínica, em Campinas, SP.

 “Na inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, a ovulação da mulher é induzida e o sêmen do marido é colhido e tratado. Então, espermatozoide já preparado é injetado dentro no útero da mulher no momento do pico ovulatório”, explica a Dra. Juliane.

O período entre o início do tratamento e a confirmação ou não da gravidez dura em torno de um mês. A mulher toma uma medicação no início do ciclo menstrual por cerca de 12 a  15 dias e a inseminação é realizada após a liberação dos óvulos. Após cerca de 12 a 16  dias é feito o teste de gravidez. 
Caso não tenha havido fecundação, é possível continuar num próximo ciclo.

A inseminação  artificial normalmente é indicada para casais com uma leve alteração nos espermatozoides (gametas lentos ou com dificuldades de locomoção), para casos de alteração no útero ,ou quando não há razão aparente para a infertilidade.

Já a fertilização in vitro (conhecida como FIV) é um procedimento mais complexo, pois envolve um preparo maior da mulher, com a estimulação da ovulação a partir de hormônios injetáveis, com o intuito de produzir vários óvulos para coletá-los posteriormente (sob anestesia) e levá-los a um laboratório. Em paralelo, o homem irá colher o sêmen, mas, neste caso, a fertilização será feita fora do corpo. “Três a cinco dias após a fertilização dos óvulos, eles são recolocados no corpo da mulher já na forma de pré-embriões”, afirma a médica.

Geralmente são implantados mais de um embrião para aumentar a chance de ocorrer a gravidez. Por isso é tão comum o nascimento de gêmeos ou trigêmeos.De acordo com resolução do CFM,de 2010,em mulheres até 35 anos é permitido que sejam transferidos até 2 embriões.Entre 36 e 39 anos,é possível até três.Mulheres com 40 anos ou mas podem receber até quatro embriões. A fertilização in vitro é também usada em mulheres que, após a menopausa (quando não ovulam mais), decidem engravidar. Só que, nesse caso, o óvulo que vai ser fertilizado é doado por outra mulher. O óvulo da paciente é retirado, fertilizado e o embrião é e implantado diretamente no útero. Existem alguns casos em que o espermatozóide  pode ser colhido e guardado através de técnica de congelamento para fazer uma fertilização no futuro. Opta-se por essa alternativa quando o homem tem câncer de testículo e vai fazer radioterapia. A radiação impede a produção de espermatozoides. Antes que o paciente comece o tratamento, o esperma é colhido e armazenado. Este é um tratamento bem mais caro do que a inseminação, mas obtém taxas de sucesso em torno de 40%, dependendo da idade da mulher. 

Os custos dos procedimentos são altos, podendo variar entre R$ 1 mil a R$20mil, mas  a boa notícia, segundo apontam as pesquisas, é que a maioria dos casais que recorrem a esses métodos conseguem engravidar. “O importante é que o casal não se desmotive diante do fracasso na primeira tentativa, pois outras poderão ser feitas. Para esses, é muito importante, inclusive, um acompanhamento psicológico”, finaliza a Dra.  Juliane.


INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
Procedimento
Espermatozoide preparado é injetado dentro do útero da mulher, durante o pico ovulatório.
Método mais complexo, em que a fertilização do óvulo é feita fora do corpo da mulher.
Custo
R$ 1 mil a R$ 4mil
R$ 6 mil a R$ 15 mil
Chances de sucesso
10 a 20%
Cerca de 40%
Teste de gravidez
É feito 16 dias depois
É feito 12 -16 dias depois
Tentativas possíveis
Depende de cada caso, mas não se incentiva mais de três.
Não existe número limite, mas recomenda-se o bom senso.
Em quais casos fazer?
No caso de um teste pós-coito deficiente; maridos que apresentam no espermograma alterações discretas; casais que não tiveram sucesso com a relação sexual programada.
Nos casos de problemas de tubas; espermatozoides em quantidade pequena; idade materna avançada; falha no tratamento de baixa  complexidade; endometriose avançada.
Chances de gêmeos
20%
Chances são controladas
Quando repetir, no caso de insucesso?
Depende da avaliação médica
Depende da avaliação médica

*Valores considerados na primeira tentativa
 
 


Juliane Lotuffo (CRM 50.598) - formada em Medicina pela FESP (Fundação de Ensino Superior de Pernambuco, hoje denominada Universidade de Pernambuco). A profissional é especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com título reconhecido nacionalmente (TEGO), e trabalha com medicina reprodutiva . Juliane possui vasta experiência em reprodução humana, atuando na área de fertilidade e gestação de risco.
Blog da Life -
www.lifeclinicacampinas.wordpress.com



Mulheres com dificuldade para engravidar devem perder o medo e buscar ajuda especializada, inclusive emocional


No mundo inteiro, um em cada seis casais enfrenta algum grau de dificuldade para engravidar durante o ciclo reprodutivo. Depois de um ano de tentativas frequentes sem sucesso – inclusive no período fértil –, o ideal é recorrer a um especialista em Medicina Reprodutiva. De acordo com a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), entre 20% e 35% das mulheres têm um componente psicológico importante que pode estar associado à infertilidade. Fatores relacionados ao estilo de vida, como o fumo, o excesso de peso e o estresse certamente são muito importantes também. Mas é preciso que as pacientes percam o medo de buscar ajuda especializada.

De 1,5 milhão de ciclos de tratamentos de reprodução assistida realizados anualmente em todo o mundo, nascem cerca de 350 mil bebês. Estudo divulgado no jornal Human Reproduction revela que a inabilidade em conceber uma criança é estressante demais para algumas mulheres, podendo desencadear quadros de depressão, ansiedade, raiva e baixa autoestima. Entretanto, em 63% dos casos estudados, as pacientes relataram que seus parceiros deram todo suporte emocional necessário durante o tratamento. Em 33% dos casos, elas inclusive disseram que o ‘projeto filhos’ as aproximou ainda mais dos cônjuges. A conclusão, então, é que, apesar de ser uma fase emocionalmente conturbada para muitos casais, as mulheres precisam buscar mais informação e apoio emocional/psicológico para erradicar o medo e se preparar melhor para as demandas do tratamento.

De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Reprodução Humana e diretor do Grupo Fertility, as clínicas de referência em reprodução assistida já oferecem suporte emocional para atenuar as crises de ansiedade e estresse intrínsecas ao tratamento de fertilização. “É preciso esclarecer o casal desde o início sobre o período que vai atravessar e garantir que receba apoio psicológico durante todo o processo. Dessa forma, ambos poderão encarar cada uma das fases com mais calma. Caso contrário, a infertilidade poderá repercutir em vários aspectos da vida em comum de uma forma tão impactante que poderá, inclusive, pôr em risco a estabilidade do relacionamento”.

Na opinião do especialista, no contexto sexual do casal, a infertilidade também pode se  transformar numa experiência dolorosa, em que o prazer é substituído pela lembrança amarga da incapacidade de conceber. “Durante todo o tratamento, o casal deve ser acompanhado e reavaliado sob o aspecto emocional. Conversando com eles sobre seus sentimentos e checando a qualidade do sono e as mudanças em atividades de lazer, temos um bom parâmetro sobre os problemas que eventualmente podem estar ocorrendo.”

Iaconelli afirma que a paciente é o principal foco das atenções, devendo se sentir totalmente amparada emocionalmente pela clínica de fertilização assistida. “Mesmo quando a origem do problema é masculina, é no corpo da mulher que ocorre a maioria dos procedimentos. Limitando ao máximo o desgaste emocional da paciente, conseguimos cumprir cada etapa com sucesso e chegar ao tão esperado resultado da gravidez. É preciso que as mulheres se familiarizem mais com essa realidade. O estresse não deve jamais comprometer o desejo da maternidade.”




Dr. Assumpto Iaconelli Junior - médico ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretor do Grupo Fertility e do Instituto Sapientiae www.fertility.com.br / www.sapientiae.org.br

Mamães saudáveis: sete questões sobre diabetes gestacional


O diabetes é uma doença que requer vigilância e cuidados especiais, principalmente nas gestantes, que precisam ter atenção redobrada para que não haja aumento dos níveis de açúcar no sangue durante a gravidez. Segundo o obstetra Jorge Rezende Filho, da Casa de Saúde Santa Lúcia, a doença, que afeta cerca de 7% das mulheres, aparece depois do segundo trimestre e pode persistir até o fim da gestação.

Em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, lembrado em 14 de novembro, tire suas dúvidas e saiba como ter uma gestação tranquila longe do diabetes.

  1. Hormônios à flor da pele
O diabetes gestacional, normalmente, está relacionado com alterações hormonais. Durante a gravidez, o organismo da mulher sofre diversas mudanças. A principal delas é o aumento na produção de hormônios que podem dificultar ou bloquear a ação da insulina no corpo – substância responsável pelo controle de açúcar no sangue. Na maioria das grávidas, o próprio organismo compensa esse desequilíbrio ao fabricar mais insulina, mas nem todas as mulheres reagem da mesma forma, é quando ocorre a elevação glicêmica, característica do diabetes gestacional.

  1. O excesso de peso é um risco
De acordo com Jorge Rezende Filho, o diabetes gestacional pode se desenvolver em grávidas que estão acima do peso ou que ganham quilos muito rápido. Ele afirma que alimentação balanceada e dieta nutritiva são as melhores formas de evitar a doença. Entretanto, não são só as obesas que têm risco de contrair o diabetes. “Mulheres com a síndrome do ovário policístico e aquelas com histórico de diabetes na família também fazem parte do grupo de risco”, revela o obstetra.

  1. Doença silenciosa
O perigo do diabetes está no fato de a doença não apresentar sintomas, exceto em suas formas mais graves. Segundo o obstetra, alguns sinais são confundidos com outros fatores da gravidez, como inchaço, vômitos sequenciais, visão turva, fadiga, sede e urina em excesso, infecções na bexiga ou na vagina. Por isso, ele ressalta a importância do diagnóstico precoce. “A investigação do diabetes deve acontecer tão logo a gravidez complete a 24ª, semana para preservar a saúde da mãe e do bebê”, indica o especialista.

  1. A curva glicêmica
O exame indicado para o diagnóstico de diabetes gestacional é a curva glicêmica. Nesse teste oral a grávida deve ingerir 100 gramas do mesmo líquido e, novamente, de hora em hora, ser feita a coleta de sangue. Assim, uma hora depois de a substância ser ingerida, o nível de glicose não deve ultrapassar 180 mg/dl. Duas horas depois, esse valor não deve ultrapassar 155 mg/dl. Por fim, após três horas, deve ser menor do que 140 mg/dl. Para fazer os exames é necessário jejum noturno de oito a doze horas.
 
  1. Tratamento à base de dieta
Na maioria dos casos, o tratamento do diabetes gestacional envolve questões psicológicas, como o exercício da determinação e da disciplina. O controle das taxas de açúcar deve ser feito com uma dieta balanceada. Jorge Rezende Filho aconselha também a prática de atividades físicas. Segundo ele, apenas as mulheres que já possuíam a doença antes de engravidar seguem um tratamento diferencial à base de medicamentos ou doses de insulina, porém, o cuidado com a nutrição e a prática de exercícios físicos também servem para elas.

  1. Perigo para mães e bebês
O excesso de açúcar representa um risco para os bebês, pois o pâncreas – órgão responsável pela produção de insulina – fica sobrecarregado. Além disso, essa substância é responsável pelo crescimento de alguns órgãos e tecidos, dessa forma, o diabetes gestacional pode interferir nesse processo, trazendo consequências como aumento de órgãos, icterícia, problemas respiratórios e até cardíacos. Para a mãe, o malefício do diabetes pode estar relacionado com a elevação da pressão arterial.

  1. Prevenção para ficar longe do diabetes
A prevenção é a melhor forma de estar distante das preocupações com o diabetes. Realizar um bom pré-natal com um especialista de confiança, manter a alimentação saudável resistindo às tentações e a alguns desejos, procurar uma atividade física de baixo impacto que de adapte-se a suas condições e manter os exames clínicos em dia são algumas dicas do obstetra Jorge Rezende Filho para você ter uma gravidez tranquila e com saúde. Se mesmo assim você desenvolver diabetes gestacional, saiba que ela passa após o parto e seus níveis de glicose voltarão ao normal. 


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