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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Como combater as ‘Fake News”


Confiança se constrói com transparência


A tecnologia transformou as comunicações e, apesar de essa revolução ter trazido tantos avanços, ficou difícil separar o joio do trigo, fazendo com que as fake news se tornassem uma grande preocupação. Como combater uma “fábrica de mentiras”? Ou que mecanismos usar para perceber quando uma informação não tem fonte confiável? Se ainda não se acharam fórmulas suficientemente eficientes para combater o problema, a transparência nas relações e nas informações é uma ferramenta importante e que tem sido muito valorizada.

Sendo a chave da confiança, a transparência não pode, não precisa e, não deve ser uma ferramenta usada somente nas esferas dos governos, sejam eles municipais, estaduais ou federais. A transparência precisa fazer parte das corporações, dos meios de comunicação e fazer parte das relações pessoais e familiares.

Em nossa economia global, a transparência é cada vez mais reconhecida como valor crítico nas organizações de alta confiabilidade e, por isso cresceu o número de empresas com foco em Compliance, com objetivo de associar sua organização às companhias que priorizam o respeito às normas. Essa preocupação é sentida por colaboradores, clientes, fornecedores, investidores e o mercado em si.

De acordo com a PricewaterhouseCoopers, o “espirito de transparência” é o primeiro segredo para se restaurar a confiança pública. E, normalmente, a transparência estabelecerá rapidamente a confiança. Em situações em que exista conflito de interesses, o melhor jeito de preveni-lo é simplesmente ser aberto sobre a própria questão e abordá-la dentro do espírito de divulgação completa. 
Empresas transparentes expõem constantemente, e antes de crises, seus relacionamentos, interesses e conflitos, de modo que tudo sempre seja aberto e para que ninguém possa questionar as intenções.

Em particular, quando a confiança é baixa, as pessoas não confiam no que podem ver. Abrindo-lhes, você garante que nada há para se esconder. O Dr. Stephen R. Covey, autor entre outros de o 8º Hábito – da Eficácia à Grandeza, diz em seu livro que “da mesma forma como a confiança é a chave dos relacionamentos, ela também é a cola que une as organizações”. Ele continua de maneira brilhante quando diz “a confiança é algo que se compartilha e, se dá reciprocamente. É a essência da transformação de uma pessoa em líder de seu chefe”.

Um bom exemplo de transparência com confiança é a maneira como a Toyota opera com seus fornecedores. Em uma indústria onde a maioria dos fabricantes de carros concentra-se em obter o preço mais baixo e mostra aos fornecedores o que devem fazer, a Toyota adota uma abordagem bem diferente. A empresa concentra-se em construir relacionamentos de longo prazo com e entre seus fornecedores, os quais, por sua vez, colaboram com a Toyota e entre si. Embora o conhecimento do produto seja tratado com confidencialidade, espera-se que o conhecimento dos processos seja compartilhado dentro de sua cadeia de valor. A abordagem da Toyota não poderia funcionar sem a abundante transparência de todos os participantes, e é essa transparência que está no cerne dos relacionamentos de todos os fornecedores da Toyota.

Do ponto de vista da velocidade e do custo, a transparência faz todo o sentido. Você não tem que se preocupar com segundas intenções. Você não tem que ficar fazendo suposições. Você não tem que desperdiçar tempo e energia tentando manter uma fachada nem contabilizando o que disse a quem.

Muitas empresas criam transparência com seus próprios funcionários ao adotar a Política de Livros Abertos (Open Book Management) – abrindo seus demonstrativos financeiros para a empresa inteira ver.

Criar transparência leva ao buy-in. Por exemplo, em uma família, ser transparente com as crianças sobre assuntos financeiros e convidá-las a participar em decisões sobre gastos não apenas facilita o entendimento de por que às vezes você tem que dizer “não”, como também ajuda a sensibilizá-las sobre a inconveniência de pedir certas coisas, fazendo com que você não tenha que desperdiçar tempo e energia emocional em lidar com as exigências. Como vantagem adicional, essa transparência oferece para as crianças entendimento sobre a economia doméstica, ajudando-as, à medida que amadurecem, a se tornarem mais responsáveis por suas próprias decisões de gastos.

Negociar com transparência não significa ter que colocar sempre todas as cartas na mesa. Contudo, significa sim que você deve ser transparente na divulgação das informações pertinentes e com aquilo que tenta realizar.





Paulo Kretly - presidente da FranklinCovey Brasil – líder mundial em eficácia corporativa e pessoal. Mestre em Administração de Empresas e graduado em Pedagogia, possui especialização em administração e marketing pela Fundação Getúlio Vargas e MBA com especialização em Marketing, pela Hawthorne University, de Utah/USA. Reconhecido palestrante nas áreas de liderança, administração do tempo, legado, gestão e produtividade pessoal e interpessoal. É especialista em gerenciamento do tempo e vem cativando milhares de pessoas e organizações que o procuram com o desejo de manter suas vidas pessoal e profissional equilibradas. Autor dos livros Figura de Transição e Deixe um Legado.
www.franklincovey.com.br
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Supermercadistas relatam que 2019 será marcado por investimentos


A expectativa da Apras - Associação Paranaense de Supermercados – é de que 2019 seja marcado por diversos investimentos do setor supermercadista paranaense. Segundo relatos dos membros da diretoria da entidade, a confiança na economia do país fará o mercado externo e interno voltarem o olhar para o potencial do Brasil.

Em um cenário com 13 milhões de desempregados, a Apras acredita que a partir do ano que vem este quadro diminua graças aos investimentos das empresas, que passarão a gerar mais emprego e renda. “Com isso, devolvemos aos consumidores o poder de compra e a economia volta a girar e a se fortalecer”, destacou o presidente da entidade, Pedro Joanir Zonta.

Segundo ele, o país enfrentou uma crise econômica e política sem precedentes e os trabalhadores foram os mais prejudicados pelo PIB negativo dos últimos anos, já que a recessão freou os investimentos, reduziu as produções e aumentou o desemprego. A projeção é de que 2018 termine com um PIB positivo e que 2019 já comece com planos e metas mais ousados nas empresas. “O dia 1º de janeiro de 2019 será marcado como um divisor de águas na vida de todos os brasileiros. Queremos um país que priorize a família e que canalize os investimentos na segurança, na educação e na saúde, sem desvios de recursos”, disse Zonta.

A Apras espera ainda que o próximo governo invista na infraestrutura das estradas, portos e aeroportos, que nas condições atuais encarecem o frete e o valor dos produtos. Mais do realizar estes investimentos, espera-se que o processo seja transparente e que não seja realizado por empresas licitantes “com cartas marcadas e valores supervalorizados para remunerar as pessoas públicas inescrupulosas”, ressaltou Zonta.

O setor supermercadista espera ainda que sejam realizadas as reformas política, previdenciária e tributária. “Precisamos de mudanças reais para começar a trilhar um caminho que represente o futuro. Devemos ter a consciência de que o mundo evoluiu e que as nossas leis devem ser adaptadas para uma nova realidade. Nós, da Apras, clamamos por um Brasil unido, que ofereça condições para o empresariado investir no mercado interno e que promova o desenvolvimento social de todo o país”.

Em 2017, o setor supermercadista brasileiro registrou um faturamento de R$ 353 bilhões, o que representa 5,4% do PIB. “Somos um dos segmentos que mais empregam no Brasil e temos a certeza que se o novo governo oferecer as condições adequadas e necessárias, iremos contribuir ainda mais com o crescimento do país”, concluiu Zonta.



33% dos brasileiros não sabem quanto gastam no cartão de crédito: veja 10 orientações para o uso consciente


Muitos consumidores brasileiros ainda não conseguem lidar com as dívidas do cartão de crédito, é o que mostra uma recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). De acordo com o levantamento, 33% dos consumidores não sabem o valor da fatura do mês anterior.

Além disso, outros 25% entraram no famoso rotativo, ou seja, quando é pago somente o valor mínimo da fatura, sendo os juros mais altos do mercado atualmente (superior a 200% ao ano). Outros 74% dos entrevistados pagaram o valor total da fatura, porém nas classes C e D esse percentual cai para 64%.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, o uso do cartão de crédito pode potencializar os hábitos errados em relação à utilização do dinheiro.

“Sabemos que os juros são altíssimos, porém devemos nos educar financeiramente para não cair nessas armadilhas e combater as verdadeiras causas desse problema na raiz e não pontualmente.Há muitas fontes de informação que ensinam, de maneira comportamental, conceitos fundamentais para termos mais sustentabilidade financeira”, afirma Domingos.

Para o educador o cartão de crédito pode, inclusive, ser um aliado do consumidor e oferecer muitos benefícios, como acúmulo de milhas de viagens para trocar por produtos ou serviços, por exemplo.

Confira abaixo 10 orientações desenvolvidas por Reinaldo Domingos para um uso mais consciente do cartão de crédito: 

1. O limite do cartão não deve ultrapassar metade do salário ou ganho mensal, evitando gastar mais do que se recebe;

2. Se escolher parcelar, saiba antes se terá como se comprometer a pagar esses valores nos próximos meses;

3. Nunca pague a parcela mínima da fatura, pois isso leva à inadimplência e os juros são extremamente altos. Se não conseguir pagar o valor total, procure outra linha de crédito que não ultrapasse 2,5% ao mês;

4. Evite o pagamento de anuidade do cartão. É possível encontrar cartões que não cobram nenhuma taxa de manutenção. Também nunca empreste o cartão de crédito à outra pessoa, mesmo que seja conhecida;

5. Se tiver apenas um ganho mensal, deverá ter apenas um cartão de crédito; caso ganhe semanalmente, poderá ter até três cartões, para os dias 10, 20 e 30. Com isso, poderá comprar seis dias antes do vencimento de cada um deles, ganhando 36 dias para pagamento.

6. Uma forma educada financeiramente de utilizar o cartão é saber aproveitar os benefícios que o cartão de crédito pode oferecer, sejam prêmios ou milhagens;

7. Caso perca o controle financeiro e não consiga pagar a fatura total do cartão no vencimento é preciso fazer, imediatamente, um diagnóstico financeiro e descobrir o verdadeiro problema. Junto com isso, deverá buscar uma linha de crédito com taxas de juros mais baixos;

8. É importante estar consciente que, ao parcelar no cartão de crédito, haverá pagamento de juros em cada prestação;

9. Lembre-se, você não emprestaria a uma pessoa que não conhece para que pague em prestações sem juros, emprestaria? A resposta é não, portanto, poupe dinheiro, compre à vista e peça descontos;

10. O cartão utilizado sem consciência promove compras por impulso. Por isso, cuidado! É preciso ter responsabilidade na hora de consumir; sempre pergunte se realmente precisa disso, se tem dinheiro para comprar e se tem como pagar a fatura total do cartão no seu vencimento.


 



Reinaldo Domingos - doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Está a frente do canal Dinheiro à Vista e é autor do best-seller Terapia Financeira.


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