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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Atividades físicas ajudam na prevenção do câncer de mama


Ginecologista e obstetra Domingos Mantelli fala sobre a importância dos exercícios para o tratamento da doença. Instrutora de Pilates do MetaLife Studio, Fernanda Eleutério sugere o que pode ser feito para auxiliar na recuperação


De acordo com um estudo realizado em 2017 por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, 10 mil casos de câncer podem ser prevenidos por ano no Brasil. A pesquisa apontou também que aproximadamente metade da população brasileira não atende a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indica a prática de atividades físicas pelo menos 150 minutos por semana.

Para o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli, os maus hábitos de vida estão entre as causas mais comuns para o surgimento do câncer de mama. Por isso, os exercícios físicos são importantes em todas as fases. “Para a mulher que está com boa saúde, as atividades físicas ajudam a evitar doenças, além de controlar o peso. Para aquelas que descobriram a doença, além de manterem o bem-estar, podem reduzir os tumores em 30%, se associados à uma dieta balanceada”, afirma o médico.

A coordenadora e instrutora do MetaLife Stúdio, Fernanda Eleutério, reforça que os exercícios de Pilates auxiliam na prevenção e na reabilitação de câncer de mama já que envolvem uma conexão entre o corpo e a mente. “Não é só a parte física que é trabalhada na aula de pilates”, explica Fernanda. “O método tem como essência a contrologia, controle total do corpo e da mente, que auxilia a mulher que teve câncer na retomada da vida, visando o equilíbrio emocional e físico.

Para os casos em que mulheres já foram diagnosticadas com a enfermidade, outros estudos realizados por mestres da área de fisiologia revelam que mulheres que passaram pela mastectomia e praticaram o Pilates tiveram uma melhora significativa em aspectos como disposição, ânimo, energia e bem-estar. “O Pilates é benéfico para as articulações, melhora o movimento dos braços e dos ombros e fortalece os músculos”, completa a especialista.

 Domingos Mantelli - Ginecologista e obstetra. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA), com residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.



  
SERVIÇO:
Pesquisas sobre prática de Pilates x Câncer de Mama:
Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.6, n.31, p.25-31. Jan/Fev. 2012. ISSN 1981-9900
Mestrado em Saúde Coletiva, Roberta Costa Espíndula, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC



Terapias alternativas contribuem para o tratamento contra o câncer de mama


Especialista em Psicanálise Transpessoal aponta algumas técnicas e os principais benefícios para a saúde do paciente


Outubro Rosa é um movimento que ocorre internacionalmente durante todo o mês de outubro. O objetivo é alertar as mulheres e toda a sociedade sobre a importância da prevenção no diagnóstico.

Os cuidados com o próprio corpo são de extrema importância para o equilíbrio do organismo. As terapias alternativas ganham cada vez mais espaço em hospitais. Os médicos aprovam e indicam esses tratamentos para os seus pacientes, pois atuam como aliados na cura, equilibrando o físico e emocional dos pacientes.

A Lúcia Sandri, Psicanalista Transpessoal, Terapeuta Floral e Mestre em Reiki, atua há mais de  50 anos no segmento de terapias alternativas e preparou algumas dicas de tratamentos terapêuticos para as mulheres que estão passando pelo tratamento do câncer de mama:


- Meditação: contribui para o autoconhecimento, quando aplicado diariamente, atua sobre o emocional, trazendo o equilíbrio. “Já existem diversas pesquisas que comprovam que a meditação traz benefícios no nível celular dos pacientes com câncer de mama. Segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Oncologia da Universidade de Calgary, no Canadá, os complexos de proteína e cromossomos aumentam naturalmente nos pacientes que exercem a prática. Isso faz com que exista o equilíbrio celular, contribuindo positivamente para o tratamento”, comenta Lúcia Sandri.


- Reiki: técnica que reduz o estresse e promove o relaxamento. O objetivo é fortalecer o fluxo de energia, diminuindo a dor e aumentando a capacidade natural do corpo para se fortalecer e equilibrar, pois fortalece o sistema imunológico.


- Pranayamas: a respiração equilibrada exerce grande influência sobre o emocional, soma como  importante instrumento para combater o estresse e atua com a expansão da bioenergia no corpo humano, pois orienta sobre técnicas respiratórias eficientes.

 Toda a doença surge inicialmente no campo mais sutil energético. Se você tem uma constância na prática de Reiki, meditação ou outra terapia alternativa que vise o equilíbrio das emoções, percebe que é possível promover o autoconhecimento e entender todos os sinais do corpo, além de manter-se em equilíbrio total”, afirma a especialista.

 Lucia Sandri orienta também uma receita caseira, o escalda pés, que consiste em imersão dos pés em uma bacia de água quente, promovendo o relaxamento total do corpo.






Lúcia Sandri - pós-graduada em Psicanálise Transpessoal, Terapeuta Floral e Mestre em Reiki, com especialização e cursos na Alemanha e Estados Unidos. A profissional também atua como professora de Hatha Yoga e é especialista em Yogoterapia Hormonal e Rejuvenescimento. Há mais de 50 anos no segmento de terapias alternativas, está apta para atender pessoas de todas as idades.



Dados alarmantes de obesidade aparecem em diferentes tipos de Câncer

A obesidade está relacionada a 10% de todas as mortes oncológicas em não fumantes

 
Como é sabido a obesidade resulta de um acúmulo de gordura no corpo, definido por um Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 30 kg/m2 em indivíduos adultos, enquanto que sobrepeso é definido por um IMC entre 25 e 29,9 kg/m2.
Dados atuais mostram que a estatística vem crescendo em pessoas adultas com obesidade. No Brasil, a prevalência da obesidade aumentou 60% em 10 anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, acometendo um em cada cinco brasileiros. 

A obesidade tem sido associada ao desenvolvimento de diferentes tipos de câncer, estando relacionada a 10% de todas as mortes oncológicas em não fumantes e presente em aproximadamente 14% de todas as mortes por câncer em homens e 20% em mulheres.

Em 2013 a Associação Médica Americana (AMA) definiu a obesidade como doença e, portanto, enfermidade que demanda tratamento, não sendo mais uma condição, mas uma entidade nosológica relacionada a inúmeras complicações e problemas clínicos. Portanto, deixou de ser somente algo estético mas passou a ser um problema sério. 

Dados obtidos de 57 estudos de corte sugerem que a cada 5 kg/m2 de aumento no IMC aumenta o risco de mortalidade por neoplasias em até 10%. No subgrupo de obesos, não tabagista, o risco de morte por câncer pode chegar a 38% nos homens e 33% nas mulheres e, comparando-se à população não obesa, as pessoas do sexo masculino com obesidade grave tem uma chance 52% maior de morrer por câncer, sendo o risco mais acentuado nas mulheres (62% maior).

O percentual de ocorrência de câncer relacionado ao sobrepeso e obesidade depende do órgão acometido pelo tumor, destacando-se as neoplasias de cólon e reto, mama, útero, esôfago, vesícula biliar, pâncreas, rins, próstata, colo uterino e ovários e, em menor proporção, Linfoma não Hodgkin, mieloma múltiplo, estômago e fígado. 

A obesidade pode estar presente em até 40-50% dos casos de neoplasias de endométrio e esôfago, 20-30% das neoplasias renais e até 50% dos casos de mama após a menopausa. Foi detectada uma relação inversa entre IMC e neoplasias de mama antes da menopausa e pulmão, porém, há provável evidência que a obesidade abdominal (gordura localizada) aumente o risco de neoplasias de pâncreas, endométrio e mama.

A atividade física pode reduzir o risco de vários tipos de câncer, principalmente de mama, cólon, endométrio e próstata, e possivelmente pâncreas, mesmo quando iniciado em fases tardias da vida. Para pessoas sedentárias, um aumento gradual de atividade física deve ser estimulado, com o objetivo de se alcançar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana. Para prevenir o ganho de peso ou para a redução, é sugerido 300 minutos de atividade física moderada ou intensa. É importante saber que os benefícios decorrentes da prática de atividade física na prevenção do câncer e de outras doenças crônicas são cumulativos ao longo da vida.

Sobre a nutrição, a indicação é a de limitar o consumo de carne processadas e vermelhas, ingerir pelo menos 2,5 xícaras de vegetais e frutas por dia, escolher grãos integrais ao invés de grãos refinados, limitar a ingestão de bebidas alcoólicas em 1 drink por dia para mulheres e 2 para homens.
E, finalmente, tentar manter-se saudável emocionalmente.






Celso Massumoto (CRM-SP 48392) - onco-hematologista, é diretor clínico da Oncocenter, coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho e membro da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e da Casa Hope. Autor dos livros: Manual de Onco-Hematologia/TMO. Protocolos interdisciplinares; Células-tronco: da coleta aos protocolos terapêuticos e Gastronomia Hospitalar no Câncer e TMO.


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