Tomar decisões faz parte do dia a dia, algumas já
automáticas ou inconscientes, como a roupa que vestiu hoje. No entanto, existem
escolhas mais determinantes, como estudos, casamento, filho, compra de um carro
ou apartamento, entre outras. Essas decisões possuem um grau de dificuldade
mais elevado, especialmente por conta das consequências que elas geram.
O medo de tomar decisões varia proporcionalmente
aos possíveis ganhos e perdas relacionados à mesma. Normalmente, há uma busca
pela perfeição, uma escolha que não gere perdas ou consequências negativas.
Porém, isso é essencialmente inexistente. “Todas as ações que seguimos na vida,
mesmo a de não fazer nada, gera consequências positivas e negativas. A questão
principal é pesar o que vale mais a pena e saber lidar com a escolha que tomou.
”, explica a coach especialista no assunto Leila Arruda.
Leila, coach formada pela Leaderart International,
explica que, para analisar todas as possibilidades com mais clareza, existe uma
ferramenta chamada “Perdas e Ganhos”. Bem parecida com a já conhecida lista de
pontos positivos ou negativos, é excelente para auxiliar a analisar os
cenários, ponderar melhor as implicações das decisões e conseguir escolher um
caminho mais assertivo de acordo com os objetivos.
Essa ferramenta é baseada em dois processos
mentais: a dor e o prazer. As pessoas costumam ser motivados e sabotados
inconscientemente por meio dessas duas sensações, seja evitando a dor, ou
buscando o prazer. Para Leila, “ao tomar uma decisão, é importante manter em mente
que, fazendo ou não o que pretende, terá em cada um dos lados determinados
ganhos e determinadas perdas. ”
Desta forma, a análise é dividida em quatro lados:
Motivadores pelo prazer: O que você ganha se fizer o que
pretende?
“O indivíduo faz porque vai se satisfazer. Digamos que a pessoa queira comprar
um carro vermelho. Às vezes ela não precisa, não tem condições financeiras ou
práticas, mas compra para satisfazer esse desejo. ”, conta Leila.
Sabotadores pela dor: O
que você perde se fizer? “A pessoa quer fazer, mas como vai sofrer, acaba não fazendo. Ela
quer malhar, por exemplo, mas prefere não acordar cedo e nem sentir dor nos
músculos. Nesse caso, a pessoa é desmotivada pois não quer sair da zona de
conforto. ”, explica.
Sabotadores pelo prazer: O que você ganha se NÃO fizer? “Tem gente que não
resolve um problema para chamar atenção, ganhar carinho, afeto. É o prazer de
não atingir o objetivo. Um exemplo é alguém querer terminar o relacionamento,
mas adiar, pois é confortável ter um namorado(a) por perto, ou até pelo prazer
de ter acolhimento dos colegas. ”, esclarece a especialista.
Motivadores pela dor: O
que você perde se NÃO fizer? “ É o caso de alguém que só melhora o desempenho
no trabalho, pelo risco de perder o emprego. A pessoa é motivada pela dor que
sente de uma futura perda. O que move é o medo, e não o objetivo. ”, finaliza a
coach.
Leila Arruda - Coach de alta performance e licenciada da LeaderArt International (Canadá) para o Brasil na cidade de São Paulo, Head Trainer e Facilitadora do International Leader Coach Certification. Coautora do livro “Coaching a hora da virada“ e palestrante sobre diversos temas na área de inteligência emocional, motivação e perfil comportamental.Graduada em administração de Empresas, é formada também em Coach Life & Executive pela Sociedade Latino Americana de Coaching, Leader Coach e Manager Coach pela LeaderArt International, possui certificação internacional em PDC Professional DISC em PAC Professional Access e certificação em PNL – Postura Neurolinguística.