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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mercado: como ser um executivo requisitado

O século XXI tem exigido cada vez mais dos executivos. Vivemos num mundo volátil, incerto e complexo, o que faz com que os profissionais precisem se desenvolver mais e melhor para lidar com todos os desafios apresentados pela gestão atual.

Um estudo de globalização da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que na década de 70, apenas 7 mil companhias atuavam fora de seu país de origem. Na década de 90, passou para 30 mil. Em 2003, esse número saltou para 63 mil, sem levar em consideração as mais de 800 mil subsidiárias e afiliadas.

Hoje, a globalização tem impactado ainda mais fortemente o mercado corporativo. Para ser um profissional de sucesso nesse novo cenário, é preciso desenvolver muito mais habilidades do que antigamente. Por isso, elenquei aqui as características mais importantes desse profissional nos dias atuais.


Conhecimento técnico: Ter uma boa formação, em instituições respeitadas, e fluência em inglês continua sendo um requisito básico de um executivo de sucesso. No entanto, engana-se quem pensa que esse é um ciclo com começo, meio e fim. Estudar tem feito parte da rotina dos executivos. Cursos presenciais ou online de temas que não estejam estritamente ligados à função tem sido muito procurados, principalmente por ampliar a visão do profissional. Da mesma forma, o acompanhamento de notícias e a leitura de livros são atitudes fundamentais para quem não quer ficar para trás. O aprimoramento deve ser contínuo. 


Inteligência emocional: Essa é uma habilidade que, infelizmente, muitos executivos ainda precisam desenvolver. Buscar o auto-conhecimento por meio de ferramentas como o coaching, por exemplo, é essencial para o profissional de hoje. Se conhecer bem é muito importante para desenvolver questões como empatia, comunicação e criatividade. O executivo que lida com tantos desafios em seu cotidiano precisa desenvolver um bom equilíbrio emocional a fim de conseguir envolver todos que estão ao seu redor.


Habilidades de liderança: Quem pensa que executivo cuida apenas de questões técnicas e operacionais está muito enganado. Gerenciar equipes e motivá-las em busca dos melhores resultados é uma das principais atribuições do executivo atual. Ter habilidade para resolver conflitos e liderar na diversidade de idades, gêneros e perfis é indispensável. O executivo precisa de muita sabedoria e capacidade de adaptação para liderar pessoas. A liderança exige ainda resiliência, capacidade de ouvir ativamente e boa capacidade de negociação.


Visão estratégica: O executivo precisa ser um profundo conhecedor dos negócios da empresa na qual está inserido. Não basta conhecer os processos. É preciso entender muito bem o mercado, os riscos, os concorrentes, os objetivos e as metas da empresa. Entender quais são as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças faz com que o profissional  se sinta mais seguro para agir. Ter visão multifocal garante mais informações para melhores decisões.  Um executivo perspicaz certamente é muito valorizado e reconhecido. 


Empreendedorismo: Pode parecer antagônico, mas ter habilidades de um empreendedor é imprescindível para o executivo que precisa navegar na era da complexidade. Essa atitude de dono, de quem realmente veste a camisa da empresa, até já ganhou o termo “intraempreendedorismo”, que é o empreendedorismo que acontece dentro da empresa, pelos colaboradores e não pelos donos de fato. Trabalhar com essa responsabilidade faz com que o executivo não se sinta um mero funcionário que recebe um salário em troca de suas horas de trabalho. É esse profissional que o mercado procura hoje.





Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

Os ciclos da economia e o papel da Certificação Digital


Todas as vezes em que entramos numa crise como a que vivenciamos, sobretudo desde 2016, com efeito perverso sobre o emprego, renda e nível de atividade, todos os segmentos da sociedade acabam sendo afetados. Há, no entanto, a certeza de que estão sendo feitos ajustes importantes, reformas silenciosas, como que preparando o País para a próxima etapa. Nós, que estamos na ponta da certificação digital, temos a exata noção de que as coisas já há alguns meses começaram a melhorar e não temos dúvida de que entraremos, todos, em breve, num novo ciclo, muito mais positivo.

A Certificação Digital se dá conta desse movimento quando afere um movimento maior de empresas renovando seus certificados e outras adquirindo o primeiro certificado, ou seja, isso representa o surgimento de novos players no mercado. Claro que o desemprego muitas vezes empurra as pessoas a se tornarem empreendedores, mas com certeza isso também é positivo. A economia, por fenômenos pouco explicáveis, historicamente passa por momentos difíceis e se mostra vigorosa na fase seguinte. E, o que é melhor, ressurge ainda mais vigorosa que antes, pois depura os problemas, acerta os caminhos, evita cometer os mesmos equívocos.

A Certificação Digital hoje é a infraestrutura básica de uma empresa. A partir dela é possível haver um relacionamento instantâneo com o governo nas várias esferas, o trabalho dos contadores, advogados, médicos tem se tornado muito mais simples e rápido, as empresas aprendem usos novos todos os dias e as vantagens em termos de economia que esse instrumento representa. Com ele se assina documentos à distância, há validade jurídica em todos os atos, se economia com deslocamentos, gastos com mensageiros, não se precisa mais utilizar papéis e insumos de impressão e nem fazer a guarda física de documentos, o que resulta em maior espaço físico para destinação à atividade principal das empresas.

Estamos falando de novos tempos, de modernidade sem precedentes que a tecnologia nos permite. Esse é um caminho sem volta. A certificação revoluciona o dia a dia de pessoas e empresas, a cada dia apresenta mais benefícios, usos e soluções e vai ajudando a mover a economia de uma maneira com menos riscos de ataques cibernéticos, com sustentabilidade e com maior celeridade e menores custos.






Julio Cosentino - presidente da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD)


Qual a sua responsabilidade com sua carreira?


Carreira profissional é uma construção. Quando um profissional acha que chegou lá porque conseguiu um certificado, ele confunde o fim com o princípio da carreira. Ter um certificado é o começo, não a finalidade de uma carreira. Não é à toa que vejo muitos profissionais inseguros, que, inadvertidamente, têm enriquecido empresas e pessoas que prometem: o curso, o método e, é claro, o certificado definitivo para seu sucesso na carreira. Mas ele nunca chega.

Se sua carreira é uma construção, você precisa saber em que terreno deverá construí-la. Sua área de atuação é, e continuará a ser, muito valorizada? Uma empresa possui planos, em geral, para os próximos 5 anos. Se você começar a trabalhar aos 17 e viver até os 90 anos, deverá ter um plano que vá sustentá-lo por, pelo menos, 73 anos. Portanto, comece a estudar a respeito da história de sua área de atuação, em que momento está e quais os futuros prováveis.

E estudar é a infraestrutura de sua carreira. É o estudo que lhe dará sustentação ao longo dela. Hoje, as escolas não têm condições de formar adequadamente os profissionais que as empresas e o País precisam. E essa é uma vantagem para você, caso descubra o que estudar e, principalmente, o que ler. É claro que não estou me referindo a Wikipédia e sites tradicionais de notícias. Você precisa de um mentor qualificado para isso, e esse é um grande problema no Brasil: há falta de bons mentores e de líderes.

E isso também é uma excelente oportunidade para você. Afinal como toda construção, sua carreira tem de crescer. Para isso, primeiro, procure ser especializado em sua área de atuação. Mas não esqueça de adquirir conhecimentos para a liderança. O que se espera de um profissional, conforme ele se aproxima dos 40 anos de idade, é que seja capaz de se responsabilizar por pessoas e negócios.

Portanto, cuidado para não se especializar demais em questões técnicas, pois você tem de ser um conhecedor estratégico de sua área: para onde ela vai? Como impactará os mercados? Quais são os desafios e as oportunidades estratégicas que existem para sua carreira e a empresa em que trabalha?

Por último, sua carreira tem de ter um significado. É difícil olhar para o Rio de Janeiro e não perceber o Cristo Redentor. Do mesmo modo, sua carreira tem de ser marcante, relevante e inspiradora. E, para isso, você deve pensar na obra completa. Ou seja, ao fim de sua vida, quais pessoas terá influenciado? Quais lutas terá travado para si, sua empresa e o País? Qual será o seu legado? Tenha a coragem de viver por ele e orgulhar-se dele. Ele será a sua história: faça valer a pena!






Silvio Celestino - Autor do livro "O Líder Transformador, como transformar pessoas em líderes", Sílvio Celestino é sócio fundador da Alliance Coaching. No Twitter: @silviocelestino. Visite: www.alliancecoaching.com.br e www.facebook.com/AllianceCoachingBrasil

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