Psicóloga Miriam Farias explica também
como tratar os traumas da prática
Nunca se debateu tanto o bullying. A
série “13 Reasons Why”, por
exemplo, é um dos maiores sucessos da história da Netflix e aborda a prática de
maneira desconcertante e realista.
O
bullying é um dos problemas mais graves em escola de todo o mundo. Segundo a
psicóloga Miriam Farias, ele pode aparecer de forma
disfarçada, através de brincadeiras, piadas e "gracinhas", mas,
muitas vezes, se apresenta através de agressão física, verbal e psicológica.
“Os grupos mais vulneráveis ao bullying são os grupos
minoritários, aqueles que fogem do padrão ou comportamento social, "os
chamados diferentes". O bullying pode causar problemas de origem
emocional, tais como: baixa autoestima, depressão, isolamento, exclusão,
sentimentos de rejeição, menos valia, até mesmo suicídio ou homicídio”, afirma
a profissional.
E não apenas crianças e adolescentes que sofrem com as atitudes agressivas, intencionais e
repetitivas, adultos também podem ser vítimas de bullying.
“Se acontece no local de trabalho, pode prejudicar a sua
imagem frente a equipe de profissionais, ser desrespeitado, impedir de exercer
um cargo de liderança ou chefia, ser promovido e outros consequências de ordem
emocional e psicológica”, explica a psicóloga,
hipnóloga, professora, pós-graduada em hipnose clínica e acupuntura,
conferencista internacional, palestrante e coordenadora do ambulatório em
psicoterapia com hipnose.
Segundo Miriam, geralmente o agressor que pratica o bullying é
uma pessoa com uma boa habilidade social:
“Podendo ser um líder, uma pessoa comunicativa, são pessoas
intolerantes que não aprenderam a respeitar o outro e sobretudo, as diferenças.
São pessoas que precisam de uma ajuda psicológica, embora não admitam ou não
saibam”.
Quem sofre bullying pode carregar traumas emocionais por toda
vida.
“A intensidade e como a pessoa sente a experiência com o
bullying pode determinar um comprometimento emocional ou não. Há pessoas que
conseguem superar e chegar na fase adulta com poucas consequências”, afirma a
psicóloga que explica que o tratamento para minimizar as consequências do bullying
pode ser realizado por um psicólogo que trabalhe com hipnose clínica.
“Através das técnicas de regressão de memória para investigar e
tratar os sentimentos e emoções daqueles que foram submetidos ao bullying”
Cyberbullying
Com a tecnologia, algumas pessoas usam a internet para praticar
o cyberbullying, que é uma nova modalidade para expressar a agressão contra o
outro.
“A diferença ente o bullying e o cyberbullying é que o bullying
é realizado pessoalmente e o cyberbullying é praticado pela internet”, finaliza
Miriam.