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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Paixão nacional, o futebol também é prática de exercícios


Para muitos brasileiros, basta um lugar plano, uma bola e metas (gol), mesmo que improvisadas, para acontecer uma partidinha de futebol – o esporte número um no Brasil. Grande parte do nosso povo já viu, debateu, treinou ou jogou uma partida de futebol pelo menos uma vez na vida.

Segundo o Diagnóstico Nacional do Esporte (DIESPORTE-2016), no ano de 2013, 51,6% dos praticantes de atividades físicas do país praticaram futebol e 4,1%, futsal. Ou seja, 55,7% de toda a prática de atividade física no país em 2013 envolveu o futebol.

Essa modalidade esportiva é uma peça muito importante da cultura brasileira. O escritor Gilberto Freyre (1938) defendia que o talento do brasileiro para o futebol se devia à grande miscigenação de povos, que deu um estilo dançante e dionisíaco ao nosso futebol. Também há algumas explicações para a paixão nacional por esse esporte, como, por exemplo, o seu uso político. Governos apoiaram a modalidade para caírem nas graças dos torcedores. Algo parecido à política do pão e circo dos romanos. Como foi um dos esportes mais apoiados, foi também o que teve mais visibilidade e, portanto, mais reconhecimento e adesão.

Há muito que se discutir sobre o futebol, ainda mais quando se aproxima o Mundial. Vejamos, por ora, seus benefícios como prática de atividade física: além de ser uma forma divertida de se movimentar, se a atividade for planejada e realizada regularmente pode trazer diversos benefícios à saúde, como a redução do estresse e da ansiedade, o aumento da massa e da resistência muscular, aumento da densidade óssea, melhora da postura e da resistência cardiovascular, estimulação da circulação sanguínea, fortalecimento do sistema imunológico, diminuição dos triglicerídeos, do colesterol ruim e auxílio no controle do peso. Aliado a hábitos saudáveis, como dormir bem e consumir alimentos saudáveis e muita água, poderá ajudar na prevenção do aparecimento de doenças infectocontagiosas, cardíacas, circulatórias, ortopédicas e, inclusive, psicológicas.

Esteticamente, o futebol ajuda na definição dos músculos abdominais, das costas, glúteos, coxas e panturrilhas. Com relação à diminuição da gordura corporal e controle de peso, em uma hora de treino é possível eliminar, aproximadamente, entre 450 e 600 calorias. Tecnicamente, a associação de trabalhos de força, estabilidade e alongamento podem complementar e melhorar o desempenho no futebol.

Lembre-se que para obter estes benefícios não basta jogar uma partida vez ou outra. A atividade deve ser regular e realizada com assiduidade. Não devemos nos esquecer de que antes de começar um programa de atividade física devemos nos submeter a uma avaliação médica, principalmente depois dos 35 anos.

 
 Katiuscia Mello Figuerôa - doutora e professora nos cursos de Educação Física (Bacharelado e Licenciatura), Pedagogia e Pós-graduação do Centro Universitário Internacional Uninter

Prevenção e riscos à saúde por conta do barulho durante os jogos da Copa do Mundo



Vem aí a Copa do Mundo na Rússia, e com ela a previsão de muita comemoração, o que inclui música alta, cornetas, fogos de artifício, entre outros que podem causar graves danos à audição


A Copa do Mundo de futebol é considerada um dos mais importantes eventos esportivos em todo o planeta. Mesmo não sendo fã do esporte, é muito difícil para qualquer pessoa não se sentir contagiada pelo clima intenso de emoção que paira no ar. Empresas encerram as atividades mais cedo e dispensam seus funcionários para assistirem às partidas, veículos e janelas de apartamentos são enfeitados, pessoas andam pelas ruas uniformizadas. Enfim, não se fala em outra coisa, a Copa é o assunto mais comentado por onde quer que se vá.

Porém, o que é motivo de alegria e comemoração pode se tornar um problema, com consequências desagradáveis e negativas à saúde. O sentido mais sensível e vulnerável ao barulho é a audição, que pode ser seriamente comprometida quando a pessoa é exposta a ambientes com barulho demasiado. “Exposição a sons com intensidade igual ou maior do que 85 decibéis podem causar danos irreparáveis à audição”, revela o Prof. Dr. Edson Ibrahim Mitre, Secretário Geral da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Segundo o médico, para que a pessoa saiba se o ambiente está com volume excessivo e gerando riscos, é importante prestar atenção a alguns detalhes. “Em tendo dificuldades para entender o que um interlocutor nos diz, ou então, se ao falarmos necessitamos aumentar a intensidade da voz, estaremos em um ambiente sonoro insalubre e o indicado é solicitar ao responsável que diminua o volume do som ou então deixarmos o local”, enfatiza.

Ainda pior do que o som ambiente em volume muito alto, são os danos que o estouro de um rojão pode causar. “Neste caso, podem ocorrer lesões na membrana timpânica e nos ossículos do ouvido. Em situações mais graves, pode haver lesão da porção mais interna do ouvido, onde ficam as células nervosas e, com isto, determinar lesões auditivas irreversíveis. Pode ocorrer até mesmo a perda total da audição”, alerta o otorrinolaringologista.

Para se proteger e minimizar o risco de alguma lesão, Dr. Edson Mitre indica o uso de protetores auriculares. “Esse tipo de equipamento pode colaborar na redução da exposição ao barulho, mas o que deve ser lembrado é que a melhor prevenção é não gerar ruídos muito intensos, bem como evitar locais onde o som ambiente esteja alto ou pessoas estejam soltando fogos de artifícios”.

De acordo com o otorrinolaringologista, “lesões que acometam a membrana timpânica e ossículos podem necessitar tratamento cirúrgico, enquanto as lesões na porção mais interna dos ouvidos causam danos irreversíveis e o tratamento é mais complexo e com resultados muito limitados, muitas vezes com a necessidade de uso permanente de aparelhos auditivos”, finaliza o médico.



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