Especialidade
conta com métodos precisos para detectar lesões antes das alterações anatômicas
e permite tratamento mais eficaz
Entre
os três tipos de câncer de pele (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular
e melanoma), o melanoma se destaca como o mais perigoso representando 3% dos
casos de tumores malignos, com alto nível de mortalidade e metástase, de acordo
com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No Brasil, o câncer já
é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das enfermidades do aparelho
circulatório.
O
mês de Junho, denominado Junho Preto, foi escolhido para conscientizar a
população sobre a condição e também fazer um alerta sobre a importância do
diagnóstico precoce. A Medicina Nuclear conta com dois exames que identificam
as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou
seja, antes que elas estejam visíveis. É a Linfocintilografia com SPECT/CT e o
PET/CT para Melanoma.
Linfocintilografia
com SPECT/CT
A
Linfocintilografia é realizada com a injeção de um radiofármaco, para extrair o
linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas,
indica que existem outros gânglios comprometidos (micrometástase) e determina a
retirada de todos os linfonodos presentes no local por meio de cirurgia.
As
imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento
SPECT/CT (Cintilografia Tridimensional e Tomografia Computadorizada),
tecnologia de diagnóstico por imagem mais rápida, precisa e com menos radiação.
PET/CT
para Melanoma
Neste
exame, injeta-se um análogo da glicose na veia do paciente, que se concentra
nas lesões tumorais, localizando os focos de metástases. Uma análise do corpo
inteiro é realizada com alta precisão graças ao equipamento PET/CT (Tomografia
por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada), tecnologia de
diagnóstico por imagem mais sensível, que permite determinar o tratamento mais
adequado.
De
acordo com o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP
(www.dimen.com.br),
o PET scan não é útil para pacientes com melanoma em estágio inicial, mas pode
ajudar a diagnosticar se a doença evoluiu para determinar qual o melhor
tratamento para combater o câncer e garantir maior qualidade de vida ao
paciente. "Esta tecnologia nos permite conhecer a localização exata do
câncer e determinar sua extensão, o que possibilita escolher o tratamento
correto para o tipo de lesão", explica o especialista.
Medicina
Nuclear
Ainda
pouco conhecida pelos brasileiros, a especialidade analisa a anatomia dos
órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e
tratamentos mais precoces e precisos. A prática atua na detecção de alterações
das funções do organismo acometidos por cânceres, doenças do coração e
problemas neurológicos, entre outros.
A
medicina nuclear conta com exames de alta tecnologia, como o PET/CT, que é
capaz de realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas
de altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão
nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas. O SPECT/CT é a
tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que
permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo
um procedimento mais preciso e menos invasivo.
DIMEN