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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Asma: Doença atinge cerca de 20% das crianças no Brasil


A asma está entre as doenças mais prevalentes do mundo, matando 2 mil adultos e crianças por ano, e a falta de informação é um dos fatores que mais contribuem para os óbitos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 235 milhões de pessoas sofram de asma. No Brasil, cerca de 20% das crianças têm a doença.

Caracterizada pelo chiado no peito, tosse e falta de ar é classificada pelos especialistas como controlada ou não controlada, de difícil tratamento ou com pouca resposta.

Seguir o tratamento indicado pelo médico especialista é essencial para o paciente com asma ter qualidade de vida. Porém nem sempre isso acontece. As principais causas de descontrole da asma são:
 
  • A má aderência ao tratamento e o uso inadequado dos dispositivos inalatórios;
  • Quando o paciente suspende o medicamento por conta própria ou não o utiliza da forma adequada, correndo risco de desencadear novas crises. Portanto, é fundamental seguir as orientações do médico, tirar dúvidas em relação ao uso do medicamento e sempre estar com um plano de emergência;
  • Mudanças no ambiente, como reformas em casa ou no trabalho, e alterações climáticas podem ser gatilhos de descontrole de pacientes asmáticos;
  • Outros fatores são infecções virais e bacterianas como sinusites, gripes, pneumonia etc.

“Outras doenças não controladas podem interferir e atrapalhar o tratamento como a doença do refluxo gastroesofágico, rinossinusite crônica, obesidade e apneia do sono”, explica o Coordenador do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. Flávio Sano.

É importante que seja estabelecida uma parceria de confiança e diálogo entre médico e paciente para que o tratamento não seja abandonado. Alguns pontos são fundamentais:
 

• Aprender a entender a doença e como reconhecer uma crise bem no seu início;

• Saber os sinais de que uma crise está piorando e se é preciso ir à emergência;

• Procurar conhecer causas e afastá-las se possível. Para isso, é preciso mudar hábitos pessoais e da família;

• Saber quais são os remédios para crises (remédios de alívio) e para controle (preventivos ou anti-inflamatórios): para que servem, efeitos colaterais e como usá-los adequadamente;

• Entender e acompanhar sua função pulmonar. Uma boa ajuda é medir o pico de fluxo ou “peak flow”;

• Condicionamento respiratório e fisioterapia em casos indicados;

• Educação do paciente e de sua família para executar medidas de higiene do ambiente, evitar fatores desencadeantes (alérgicos ou não) e identificar rapidamente a perda de controle da doença.

 
Asma Grave - A asma é considerada grave quando, apesar da utilização de altas doses de duas ou três medicações de controle associadas, ainda existem sintomas, exacerbações e limitações no dia a dia. Todo paciente com suspeita de asma grave deve ser avaliado por um especialista, de preferência em centros de referência. Além disso, pacientes que apresentam quadro clínico atípico (dúvida diagnóstica) ou comorbidades não controladas também devem ser avaliados por especialista.

Recentemente foi incorporado ao tratamento dos asmáticos graves, agentes biológicos (anticorpos monoclonais) que são drogas capazes de controlar a asma grave, evitando a utilização de corticoides orais e seus efeitos colaterais. Até o momento apenas uma medicação está disponível no mercado. Estas drogas devem ser prescritas apenas por especialistas.





ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br

Cansaço persistente


Sentir cansaço após um dia cheio é comum, ainda mais em tempos agitados em que tudo é vivido intensamente devido a correria do dia a dia. Mas se mesmo com um sono reparador ele persiste, pode indicar que o motivo não é apenas a falta de tempo para descansar.

Segundo o Clínico Geral do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Heitor Lagos, sentir-se sempre cansado não é normal. “A sensação de cansaço que persiste por duas a três semanas ou que se repete todo mês deve ser motivo para procurar um profissional médico”, orienta.

O especialista explica que o cansaço persistente pode ser muito mais do que apenas excesso de atividades e preocupações. “As principais doenças relacionadas com o cansaço são depressão, anemia, hipotireoidismo e outros distúrbios endocrinológicos como diabetes, insônia, distúrbios reumáticos, hepatopatias, doenças renais, pulmonares e insuficiência cardíaca”, diz.

Ao identificar o cansaço frequente é aconselhado observar se existem outros sintomas associados e buscar auxílio médico para iniciar o tratamento adequado. 

Na consulta médica o médico fará uma pesquisa através de uma investigação para definir a causa que está por trás desse sintoma. “Os exames geralmente necessários para investigar são exames de laboratório como hemograma, teste de glicemia, de função hepática, renal e tireoide”, fala o médico.

 
Para ganhar disposição

 

O cansaço que não tenha como causa uma doença pode ser prevenido com bons hábitos de vida. Procurar ter uma boa noite de sono, uma alimentação saudável, evitar a obesidade e realizar atividade física, são recomendações do especialista. “O uso de vitaminas e suplementos podem ajudar desde que o cansaço não tenha como causa uma outra doença”, destaca.

A alimentação deve ser balanceada e composta de legumes, verduras, frutas, cereais integrais, castanhas e leguminosas. O tipo de alimentação pode piorar o cansaço se for baseada em gorduras saturadas, presentes em carnes e embutidos, e em alimentos processados com excesso de açúcar ou de sal”, enfatiza. Lagos avalia que geralmente os alimentos que dão energia, desde que consumidos em quantidades corretas, são os carboidratos. “Os nutrientes estão presente em massas, pães, tubérculos e arroz, e nas gorduras insaturadas, como azeite de oliva e castanhas”, diz. Já os alimentos de origem vegetal são digeridos mais rapidamente e fornecem antioxidantes que revitalizam as células e ajudam a criar uma flora intestinal mais saudável. 


Síndrome da Fadiga Crônica


A síndrome da fadiga crônica, ainda pouco conhecida, possui como sintomas além do cansaço, dores constantes, distúrbios gastrointestinais, infecções recorrentes e dificuldade de concentração. Como a doença apresenta sintomas que se aplicam também a outras enfermidades, o diagnóstico definitivo é feito por eliminação. 

“Recomenda-se muita cautela aos pacientes e médicos para antes que se rotule alguém como tendo esse quadro”, ressalta. “Em geral o tratamento da síndrome é realizado com   antidepressivos e mudanças de estilo de vida com prática de atividade física, psicoterapia e meditação”, finaliza.

 

Possíveis causas daquele cansaço que não passa

 

Depressão - Um dos sintomas mais clássicos da depressão é o cansaço crônico e a falta de vontade de viver.

 

Distúrbios hormonais - O descontrole hormonal pode acontecer em qualquer faixa etária. É comum pacientes chegarem ao consultório com queixa de depressão, tristeza e cansaço, o que mascara os sintomas da disfunção hormonal.

 

Diabetes - Um dos sintomas do diabetes é o cansaço. Isso acontece pela incapacidade das células receberem glicose, principal fonte de energia das células e combustível do organismo.

 

Deficiências Nutricionais – Deficiência de ferro, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e vitaminas B12, D e C provocam cansaço. A deficiência de ferro causa a anemia ferropriva, que dificulta a oxigenação do sangue.

 

Estresse Crônico - O estresse tem três fases: alerta, resistência, exaustão. A primeira fase é
boa, pois mantém a pessoa em estado de alerta. Porém, se o estresse continua, ele avança, provoca cansaço e dificuldade em memorizar as coisas.

 

Má qualidade do sono - Os problemas mais frequentes, que pioram a qualidade do sono e aumenta o cansaço, são a apneia do sono e a insônia.

 

Dicas para você se sentir menos cansado

Faça atividade física - Quando a pessoa está cansada, a última coisa que ela quer é fazer atividade física. Mas é importante fazer um esforço, ao contrário do que as pessoas pensam o exercício aumenta a sensação de disposição e  o sedentarismo só acentua o cansaço.

 

Beba água - Beber pelo menos seis copos de água por dia é uma recomendação unânime entre os médicos, pois aumenta a eficiência das células cerebrais, deixando o cérebro mais alerta e ativo.

 

Tire um tempo para você - Aprenda a equilibrar as horas dedicadas ao trabalho, à família e ao lazer para cuidar também do seu estado emocional, essencial para o bem-estar.



Gravidez pode afetar a visão da mãe e do bebê


Mulheres não sabem que os hormônios podem afetar a visão, diz pesquisa. Oftalmologista ensina como evitar problemas na gestante e no bebê


O antigo ditado, “ser mãe é padecer no paraíso” inclui alterações na saúde ocular durante a gestação que a maioria das brasileiras desconhece. É o que mostra uma pesquisa feita pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier com 745 mulheres de 25 a 60 anos. Das participantes 90% não sabem que as mudanças hormonais na gravidez interferem na saúde dos olhos.


Instabilidade de grau 

O especialista afirma que a visão embaçada é a queixa mais comum das gestantes. Uma das causas, explica, é a maior produção de estrógenos que  faz o corpo reter mais água e o cristalino do olho ficar mais espesso. Esta produção oscila e quando cai desidrata o cristalino. ” Este processo instabiliza o grau dos óculos e lentes de contato. Ainda assim, a troca só é indicada dois meses após o parto” afirma. 


Olho seco e ceratocone

 A variação hormonal também influi na qualidade e quantidade da lágrima. ” É a síndrome do olho seco que também embaça a visão, provoca coceira, irritação e maior sensibilidade à luz”, afirma.  O oftalmologista adverte que o olho seco pode agravar o ceratocone. “A doença degenerativa afina a córnea e reponde por 70% dos transplantes no país. Por isso, todo cuidado para manter os olhos bem lubrificados é pouco”, pondera.

A dica do oftalmologista para prevenir o olho seco é incluir na dieta alimentos que contêm ômega 3: semente de linhaça e peixes gordurosos como a sardinha, salmão e bacalhau. “O tratamento é feito com colírio lubrificante e a melhor fórmula depende de uma avaliação médica da lágrima”, salienta. O especialista diz que a única terapia que interrompe a progressão do ceratocone é o crosslink, cirurgia ambulatorial que fortalece as fibras de colágeno da córnea, associando a aplicação de radiação ultravioleta e riboflavina (vitamina B2).


Manchas escuras

Queiroz Neto afirma que outra alteração ocular que pode ocorrer na gravidez é enxergar manchas escuras. A alteração está relacionada à pré-eclâmpsia, uma emergência médica caracterizada pelo aumento da pressão arterial e inchaço generalizado do corpo. O diagnóstico pode ser feito pelo exame de fundo de olho que diagnostica alterações nos vasos da retina, um dos primeiros sinais da hipertensão arterial. O tratamento é feito pelo oftalmologista em conjunto com o ginecologista e pode impedir a morte da mãe e do bebê durante o parto.


Alimentação da mãe pode cegar o bebê

“Consumo de verduras e frutas mal lavadas, água contaminada, ovos crus ou leite não pasteurizado durante a gravidez pode contaminar o feto”, alerta Queiroz Neto. Ele explica que o parasita toxoplasma gondii atravessa a placenta e pode causar no bebê importantes causas de perda da visão na infância: glaucoma, doenças inflamatórias na retina, nervo óptico, ou catarata congênita.


Falha na vacina

O oftalmologista alerta que muitas mulheres não tomam as duas doses da vacina contra rubéola quando completam a idade de 1 ano e entre 4 a seis anos.   Por isso, não ficam imunizadas contra a doença que pode ser contraída durante a gravidez, expondo o bebê ao risco de nascer com catarata congênita, salienta. O diagnóstico é feito na maternidade pelo teste do olhinho que apesar de barato ainda não é obrigatório em todo o país. Como nos adultos, o único tratamento da catarata infantil é a cirurgia que deve ser feita até 1 ano de idade, pontua.


Doenças sexualmente transmissíveis

A vida e a visão de milhares de bebês que são contaminados pela bactéria da sífilis, doença sexualmente transmissível, poderia ser salvas se as gestantes fizessem o tratamento com antibióticos assim que recebessem o diagnóstico. “A bactéria atravessa a placenta e pode causar sérios danos na visão como a catarata congênita, além de alterações no coração e cérebro que podem levar à morte. O herpes genital também pode causar a perda parcial da visão do bebê caso a uma ferida se rompa na hora do parto.



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