Alterações
hormonais (ovários policísticos e hipotireoidismo)
No caso de ovários policísticos, ocorre um aumento
do hormônio masculino no organismo e isso propicia o afinamento dos fios. Já em
relação ao hipotireoidismo, que acarreta diminuição na função da tireoide, os
fios vão sofrer com a redução hormonal e podem passar por um processo de queda
intensificado. Então, não é mais um processo de afinamento que percebemos com o
aumento da testosterona, mas sim de queda dos fios.
Dietas
restritivas
Nessa circunstância, como a quantidade de vitaminas
e nutrientes é ingerida em quantidade menor que a necessária, elas tendem a ser
enviadas para os órgãos mais essenciais e que precisam de mais energia e
vitaminas. Com isso, a saúde do cabelo tende a cair, ocasionando a queda.
Estresse
O estresse físico e emocional em si não costuma
causar uma queda difusa (aquela onde observamos vários fios no travesseiro, por
exemplo). Mas pode estar relacionada a um tipo de alopecia que se chama
“alopecia areata”, doença que costuma trazer áreas sem cabelo bem delimitadas,
lisas e queda em placas.
Doenças
autoimunes
Usando o Lúpus como exemplo, pode haver uma queda
difusa, ou seja, aquele tipo de queda em que vemos os fios no travesseiro ou
espalhados pela casa. Mas, na maioria dos casos, não causa uma falha visível no
couro cabeludo. É importante lembrar que a grande maioria destas situações não
são comumente relacionadas a doenças autoimunes.
Gravidez
Durante a gravidez os hormônios femininos costumam
deixar o cabelo mais grosso, brilhoso, volumoso e bonito. Porém, quando a
criança nasce, a quantidade destes hormônios diminui consideravelmente. Os fios sofrem com esta queda hormonal e
entram numa fase que chamada de “repouso” (fase telógena), que dura em torno de
3 meses. Passado esse período, ocorre uma queda acentuada. Os fios que caem
depois da gestação costumam nascer novamente. Essa é uma boa hora para procurar
um dermatologista e começar um tratamento.
Esteroides
anabolizantes
O número de pessoas tomando anabolizantes por conta
de ganho de massa muscular tem aumentado muito nos últimos anos. Estes
compostos são substâncias derivadas de
hormônios masculinos (testosterona) e um dos efeitos deste hormônio e suas
frações é o afinamento e enfraquecimento dos fios.
Quimioterapia
Acarreta um outro tipo de queda, na qual os fios
são atacados em sua fase de crescimento (fase anágena). Num cenário de
normalidade, temos cerca de 80% dos fios na fase anágena. Sendo assim, quando
eles são atacados nesta fase causam um aspecto de calvície importante, pois
correspondem à maioria dos fios do couro cabeludo.
Em todos os casos, vale ressaltar a importância de
procurar um dermatologista para avaliar, identificar a causa e indicar o
tratamento adequado para cada indivíduo. A Dra. Leticia ainda destaca a
importância de um diagnóstico precoce para um tratamento eficiente. “Quanto
mais rápido o diagnóstico, melhores são os resultados. Hoje, o mercado possui
uma infinidade de tratamentos e a laserterapia, por exemplo, tem sido muito
utilizada, trazendo excelentes resultados para muitos quadros, seja sozinha ou
associada a outras formas de tratamento”.
Existem atualmente no mercado diversos tipos de
dispositivos para o tratamento da calvície com laser de baixa potência,
inclusive para uso doméstico, como o capacete iGrow ou a tiara Hairmax
Laserband. Esse tipo de aparelho estimula o bulbo a aumentar a produção de
energia e melhora o ambiente para o crescimento de cabelos naquela região.
“Há uma dilatação dos vasos melhorando a
oxigenação local e o crescimento capilar. Quando a energia é aumentada, o bulbo
passa mais tempo na fase de crescimento, combatendo a queda e o afinamento”,
afirma a dermatologista.