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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Seletividade Alimentar Infantil um grande desafio para os pais



O primeiro passo para tratar a seletividade alimentar é ajudar a criança a entrar em contato com as suas emoções afloradas na hora da alimentação.

Quando a criança se recusar a comer algum alimento os pais precisam atuar de uma forma que ajude a criança a verbalizar o porquê disso, os pais ou profissionais podem tentar trazer à tona as emoções da criança naquele momento. Mudar a pergunta de "por que você não quer comer?" para "o que sente ao pensar que vai comer" pode ser uma estratégia eficaz.

Muitas crianças, ao serem perguntadas sobre as suas emoções ao pensarem em determinados alimentos, respondem palavras como "nojo", "feio", "gosmento", "mole". São, na verdade, indícios para as emoções que sentem e associam ao alimento. Percebo que, muitas vezes, as crianças falam rapidamente estes sentimentos e demonstram vontade de mudar de assunto ou sair daquela situação.

Isso porque elas se incomodam de uma tal maneira que é difícil para elas lidar com aquele momento. Para crianças seletivas, é importante que sejam incentivadas a permanecerem em contato com o que sentem nesta hora. O profissional ou os pais podem, então, insistir para que a criança elabore melhor o que está resumindo em uma palavra como "nojo". Por exemplo, a esta criança pode ser dito que ela pode permanecer naquela situação e entrar em contato com o seu sentimento por um tempo maior e que isso não precisa assustá-la. Aos poucos, a criança irá aprendendo a se apropriar das suas emoções e a lidar com aquele sentimento de maneira mais segura, encarando o que sente naquele momento.

Ao aceitarem que existe algo mais complexo do que o que a criança está verbalizando como o motivo pelo qual escolhe determinados alimentos na hora de comer, os pais já deram um grande passo no processo de auxiliar os seus filhos a melhorarem suas relações com a comida.

A partir deste questionamento, a família tem a chance de iniciar a busca pelo motivo que está por trás desta fala da criança. Para esta criança, é importante que os pais digam a ela, de forma cuidadosa, que é provável que exista algum outro motivo mais forte do que o que ela está acreditando para não comer determinado alimento.

Quando os pais se propõem a fazer isso, estão ajudando o seu filho a ganhar consciência sobre a sua forma de se alimentar. A partir deste ponto, em que a criança se coloca disponível a começar a entender que o que ela tem como crença pode não ser o que a está impedindo de comer determinado alimento, os pais, junto aos profissionais que estão envolvidos no processo, podem iniciar a busca pelo o que não está sendo dito, mas que existe e paralisa a criança diante do alimento.

O principal ponto é trabalhar junto à criança e à família para ressignificar a interpretação e as consequentes crenças criadas sobre os alimentos diante das experiências alimentares vividas.

É preciso ajudar esta criança a ressignificar o momento traumático e as consequentes sensações afloradas nesta experiência. Isso porque, geralmente, uma criança ainda não é capaz de elaborar um raciocínio que a leve à conclusão de que uma nova experiência, por mais que traga a possibilidade de fazer com que ela entre em contato com algo novo, não necessariamente, irá trazer as sensações de desconforto vivenciadas no episódio traumático.

Neste caso, os pais podem dizer a esta criança que comer algo novo, ainda que desconhecido, pode ser curioso e agradável. Porém, para que esta criança se abra a esta possibilidade, é preciso verbalizar para ela que o tipo de comportamento que ela está tendo é proveniente de algo pelo qual passou e foi difícil para ela. As crianças entendem o que lhes é dito com clareza e carinho. Também são capazes de perceber quando alguém as quer ajudar. Por isso, recomendo que pais e cuidadores se empenhem na tarefa de conversar com os seus filhos sobre o comportamento que estão adotando na sua rotina alimentar. Para isso, eles podem recorrer à ajuda de profissionais para orientá-los a melhor forma de abordar o assunto com a criança.

Portanto, trazer à tona a experiência que a criança interpretou como trauma, explicando a ela que é possível ter novas sensações mesmo que o novo episódio a remeta ao que ela não quer mais passar, é importante para estimular esta criança a criar consciência sobre o seu comportamento. Este é um passo fundamental para ajuda-la a entender o motivo pelo qual está tendo dificuldade de se alimentar de forma diferente. A partir daí, esta criança poderá se dar conta de que ela consegue, agora, olhar para a situação traumática de um outro lugar, em que consegue lidar com as possíveis sensações que terá de uma outra forma, na medida em que aceita que é possível ter sensações boas, ainda que o episódio a remeta a algo que foi difícil para ela.


Quatro dicas práticas sobre seletividade alimentar

1 – Não incluir o alimento rejeitado na dieta da criança ao perceber que ela tem uma possível aversão alimentar a este. Antes disso, procurar ajuda para iniciar o tratamento para a seletividade apresentada.

2 – Não comparar o comportamento seletivo em relação aos alimentos manifestado pela criança com outra criança que apresente um comportamento diferente, sobretudo em ocasiões públicas, que exponham a dificuldade da criança a outras pessoas.

3 – Incentivar a criança a criar o diário das emoções alimentares, em que ela possa anotar o que cada alimento traz a ela no momento de comê-lo. Este diário pode ser colorido e trabalhar o apelo visual. Por exemplo, de uma lado, podem estar a imagem dos alimentos e, de outro, o que a criança sente ao se imaginar comendo-os em forma de "carinhas" demonstrando sentimentos como "nojo", "tristeza", "raiva" ou "angústia".

4 - Ao invés de perguntar de forma direta se a criança gostou ou não da comida, peça que ela a descreva usando atributos do alimento como temperatura – gelado, morno, quente -, sabor – amargo, ácido, azedo, salgado, picante e textura – crocante, cremoso, macio, gorduroso. Desta forma, ela estará desenvolvendo a sua percepção sobre os sentidos usados na hora de comer, o que a ajudará a conhecer melhor a natureza do seu palada.






Ariane Bomgosto - nutricionista com experiência em nutrição comportamental infantil e obesidade infantil. A sua abordagem tem como foco a nutrição comportamental, sendo a idealizadora do projeto Nutrição Comportamental Infantil e Obesidade Infantil eu trato.

Fundação Pró-Sangue está com o estoque 60% abaixo do ideal



Alguns tipos sanguíneos estão em situação crítica e emergencial


A Fundação Pró-Sangue convoca doadores para aumentar os estoques dos bancos de sangue que, atualmente, está com 60% abaixo do patamar desejado. 

Em virtude das estratégias de ampliação da vacinação contra a febre amarela no Estado, as pessoas recém-vacinadas devem aguardar pelo menos quatro semanas para doar sangue, a partir da data de vacinação. As pessoas que já se imunizaram em anos anteriores podem fazer a doação, respeitando-se as diretrizes do Ministério da Saúde. Aos que precisam tomar a vacina contra a febre amarela a dica é fazer a doação antes de comparecer a uma unidade de imunização.

Neste período de pré-carnaval a coleta de sangue também registra baixa significativa. Por conta disso, as reservas da Fundação Pró-Sangue, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, encontram-se em situação crítica.

Atualmente, os tipos A+, A-, AB+, AB- e B- estão com estoque em crítico, ou seja, em condições de abastecer os hospitais por
apenas dois dias. Já os tipos O +, O- e B+ estão em nível emergencial, isto é, com o suprimento para apenas um dia.


Como doar

Para doar sangue basta estar em boas condições de saúde,comparecer alimentado ao posto de coleta, ter entre 16 e 69 anos (para menores,consultar site Secretaria da Saúde), pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato.

É recomendável evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se a pessoa estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apta à doação. Outros impedimentos poderão ser identificados durante a entrevista de triagem, no dia da doação. Para tanto, basta acessar o site da Pró-Sangue e consultar os pré-requisitos de doação.

O posto Clínicas da Pró-Sangue fica na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar, a 200 metros da estação Clínicas do Metrô. A unidade atende das 7h às 18 h de segunda a sexta; das 8h às 17h nos sábados, feriados e pontes; e das 8h às 13h, nos 1º e 3º domingos de cada mês. Aos sábados, o atendimento está limitado a 380 candidatos. Ao atingir esse número, o cadastro fecha. O estacionamento, gratuito aos doadores, é o subterrâneo - Garagem Clínicas, na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar.

Para horário de funcionamento e os endereços dos demais postos de coleta no Estado acesse: www.saude.sp.gov.br.
Mais informações no Alô Pró-Sangue: 0800 55 0300.

Como os pais devem agir em relação às tarefas escolares?



Karin Kenzler, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Humboldt, explica como os pais devem lidar com as lições de casa dos filhos no dia a dia


Considerada uma prática que contribui com o desenvolvimento do aprendizado das crianças, a lição de casa ainda é encarada como um problema pelos pais durante a vida escolar dos filhos. Dificuldades enfrentadas no processo de produção das tarefas ou a sua não execução são situações constantes enfrentadas pelos responsáveis que, muitas vezes, não sabem como lidar com a questão.

Para tal, é necessário que os pais tenham em mente a importância da lição de casa na formação intelectual dos filhos. Segundo a orientadora educacional do Ensino Médio do Colégio Humboldt - instituição bilíngue e multicultural (português/alemão), localizada em Interlagos (SP) - Karin Kenzler, além de serem essenciais para o exercício e a fixação dos conteúdos estudados em sala de aula, as tarefas escolares também têm um papel importante no desenvolvimento de habilidades como responsabilidade, organização e autonomia.

É importante que os pais expliquem à criança, de maneira simples, a importância de se fazer a lição de casa, relacionando a prática de estudar com orgulho e satisfação, sem realizar cobranças. “O papel dos pais na hora da lição de casa é de extrema importância, sem cobranças, porém demonstrando genuíno interesse pela vida escolar do filho, elogiando e reforçando positivamente seu esforço e empenho”, afirma Karin.

Além disso, é preciso que os responsáveis fiquem atentos para não se tornarem “fiscais” da lição, punindo ou recompensando a cada tarefa. De acordo com a orientadora, caso a criança não faça o dever de casa, o ideal é que haja uma conversa para entender os motivos de tal comportamento. Ela ainda completa: “É importante que a criança sinta nos pais um ponto de apoio e não de cobrança. A punição até pode funcionar de imediato, mas se o problema não for identificado e sanado, isso tende a se repetir”.

Ainda, caso os filhos tenham dúvidas durante a execução da tarefa, os pais podem e devem entrar em cena, uma vez que é a eles que os pequenos irão recorrer. Nessa situação, é essencial tomar alguns cuidados para que não haja nenhum dano à autoestima da criança. Para Karin, ridicularizar a pergunta, dizendo que determinado assunto é fácil pode fazer o estudante sentir-se incompetente. Ela comenta: “Falar que também não sabe e pesquisar junto com filho é uma estratégia válida, pois além de ensinar a buscar soluções, sinaliza que não saber de algo não é uma vergonha e que a dúvida da criança é pertinente”.

Ter paciência e delicadeza também é importante na hora de ajudar a criança com a lição. Críticas e xingamentos tornam o momento estressante para ambas as partes. Caso o dever de casa esteja incompleto, mal feito ou com letra ilegível, a dica é fazer perguntas que os levem à reflexão sobre eventuais consequências na escola. Perguntas como “Foi assim que a professora pediu?” e “A professora pode descontar nota por não entender o que está escrito?”,  são maneiras eficazes de lidar com a situação.

Segundo Karin, a principal função dos pais em relação à lição de casa é fomentar a autoestima dos pequenos, saindo do papel de críticos e ajudando a buscar bons resultados. A hora da tarefa é ideal para ensinar os filhos a ponderar os prós e contras de suas ações e a tomar melhores decisões.


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