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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Mantenha as mãos limpas para evitar doenças



Especialista fala sobre a importância desse ato no nosso dia a dia


Lavar as mãos pode parecer apenas um simples hábito de higiene. Porém, o que muitos não sabem é que esse hábito pode prevenir contra diversos tipos de doenças, principalmente as infectocontagiosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que é possível reduzir em até 40% o risco de infecções, diarreias, resfriados e conjuntivite, quanto mantemos esse hábito.

Segundo Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, as mãos são as principais vias de transmissão de germes e micro-organismos. “Se não mantivermos as mãos limpas, atos simples como coçar os olhos, o nariz e a boca, podem colocar sua saúde em risco”, comenta.

O ideal é lavar as mãos várias vezes ao longo do dia. Além disso, é imprescindível lavar as mãos antes e depois das refeições, assuar o nariz ou usar o banheiro. Também é fundamental higienizar as mãos antes e depois de utilizar transporte público. Os ônibus e metrôs são lugares muito propícios para termos contato com bactérias.
Para quem passa muito tempo na rua e não consegue parar em todos os lugares para lavar as mãos, uma opção é o álcool-gel. “O álcool-gel, serve para desinfetar e matar qualquer tipo de bactéria, desde que sua concentração seja de 60% a 80%. Entretanto, apesar de ter uma duração prolongada, ele não substitui a lavagem com água e sabão”, explica.
Para completar, o médico alerta as pessoas que usam lentes de contato. “Antes de colocar e tirar as lentes, as mãos devem estar bem limpas. Contaminar as lentes pode fazer com que a pessoa tenha conjuntivite e tenha que se desfazer das lentes mais cedo do que o comum”, detalha o especialista.



Docway


 

Dia Nacional da Hemofilia: Hematologista explica sintomas e como controlar a doença

Patologia com maior incidência em homens tem cerca de 12 mil brasileiros atingidos


O dia 4 de janeiro é considerado “Dia Nacional da Hemofilia”. A escolha da data está associada ao falecimento do famoso cartunista e hemofílico Henfil. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 12 mil pessoas que sofrem com a doença. “A hemofilia prejudica a capacidade em controlar a circulação do sangue, além de dificultar o processo de coagulação, o que pode provocar hemorragias”, esclarece o hematologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. André Tavares. Estudos mostram que o os homens são os mais afetados pela doença. O especialista explica que a hemofilia está ligada à alteração do cromossomo X. Portanto, como a mulher apresenta dois cromossomos X, caso um seja modificado, há outro para compensá-lo. Já os homens só apresentam um X, sendo assim, se este for afetado, não haverá outro cromossomo para substitui-lo.

A maior parte dos quadros de hemofilia é hereditária. Apenas uma pequena parcela é ocasionada por deficiência adquirida, o que pode acontecer após o aparecimento de um câncer, por exemplo. “Os sintomas manifestados e que devemos ficar atentos são as hermatroses (acúmulo de sangue dentro de uma articulação), hematomas musculares, sangramentos no nariz, gengiva, sistema digestivo e urinário, além de hemorragia intracraniana”, esclarece Dr. Tavares.  É preciso atenção à ocorrência de quadros de sangramentos anormais - com grande volume e alta velocidade na perda do sangue –, em qualquer parte do corpo e que podem ser espontâneos ou provenientes de traumas. “Caso isso aconteça, procure um médico. O diagnóstico é confirmado por meio de exame laboratorial que detecta a deficiência do componente do sangue envolvido”, alerta.

Para controlar a doença, é necessário o envolvimento de uma equipe multiprofissional, composta por médico hematologista, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. “O tratamento é feito por meio de reposição do fator deficiente, bem como o uso de compressas de gelo e de agentes tópicos (fibrinolíticos), que ajudam a diminuir e conter o sangramento”. Se o paciente for realizar algum procedimento cirúrgico, há um acompanhamento profilático que o prepara previamente para caso haja manifestação hemorrágica.

Embora os medicamentos para a hemofilia no Brasil estejam mais acessíveis, o que aumentou a expectativa de vida destes pacientes, não há cura para a doença. “Pesquisas por meio da engenharia genética estão sendo realizadas na tentativa de estimular a produção do fator sanguíneo deficiente. No futuro, pode vir a ser uma doença curável”, finaliza o médico. 






Como o ginecologista pode ajudar vítimas de abuso sexual



Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, apenas no primeiro semestre deste ano a cidade de São Paulo registrou 1.384 notificações de casos de violência sexual. Diante de um número tão alarmante, a sociedade deve estar preparada, em todos os seus segmentos, para acolhê-las.

Além do trauma gerado pela violência, há também os riscos de se contrair doenças sexualmente transmissíveis ou uma gravidez indesejada. É aí que entra o ginecologista, profissional que terá um papel muito importante a desempenhar diante dessa situação.

“O ginecologista deve acolher a mulher não como médico e, sim, como ser humano. A vítima deve relatar ao profissional o ocorrido. Muitas mulheres têm dificuldades de conversar sobre o que aconteceu e nós devemos respeitar esse momento difícil. Porém, é necessário que se estabeleça uma conversa, pois isso ajudará a evitar algum problema que ela possa vir a ter”, explica a ginecologista Daniela Yela, professora na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

No primeiro atendimento, o médico prescreve à paciente medicações que previnam as DST’s, sendo que, nesses casos, as doenças mais comuns são as hepatites, HIV e sífilis. Além disso, algumas mulheres podem apresentar outros tipos de problemas como a doença inflamatória pélvica. Para evitar uma gravidez indesejada, a recomendação imediata é usar a pílula do dia seguinte.

“O profissional também poderá recolher o material biológico do agressor,
que será armazenado e utilizado como prova caso seja solicitado pela Justiça.
Em seguida, a paciente será submetida aos exames de rotina e a um acompanhamento sorológico, que deve durar por seis meses. Esse acompanhamento pode fazer com que as mulheres se sintam um pouco recuperadas da situação que vivenciaram”, comenta Yela.

A especialista destaca que, para atender as mulheres vítimas de abuso sexual, o ideal é que os serviços ofereçam equipes multidisciplinares. “Nosso papel é oferecer todo tipo de apoio que essas mulheres fragilizadas necessitem, assim como psicólogos e assistentes sociais, que irão encaminhá-las aos serviços de proteção à mulher que dispõem de advogados. Além disso, algumas também podem sofrer de transtornos pós-traumáticos e apresentar quadros graves, que precisem de medicação. Nesses casos, recorre-se aos psiquiatras”, orienta a ginecologista.

Quando ocorre gravidez, a mulher tem três opções: levar a gestação adiante e ficar com a criança, dar o bebê para adoção ou realizar aborto. Daniela Yela ressalta que, ainda que caiba aos ginecologistas orientar sobre a melhor solução, apenas a paciente poderá tomar a decisão final. “Se ela decidir abortar, é um direito dela como vítima de abuso sexual. Nesses casos, é recomendado que se faça a interrupção da gestação até a 20ª semana, mais ou menos até os cinco meses. Depois disso, é contraindicado pelo risco elevado de morte para a mulher.”

Relacionado a este assunto, no começo de novembro a Comissão Especial da Câmara dos Deputados votou a PEC 181/2015, e o texto que será levado ao plenário para votação defende a criminalização do aborto em todos os casos. Para Daniela Yela, a decisão significa um grave retrocesso.

“Particularmente, eu acho que o aborto deve ser utilizado em situações de risco à saúde da mãe. Sou contra essa determinação, principalmente porque as mulheres irão continuar abortando de forma ilegal, em clínicas clandestinas nas quais os riscos de se contrair infecções são grandes e, dessa forma, elas ficam expostas a graves problemas de saúde podendo, inclusive, irem a óbito. Tem de se levar em consideração que esse tipo de gravidez não foi planejada e que ela não ocorreu porque o casal simplesmente esqueceu de se cuidar. É algo completamente diferente, afinal a mulher foi vítima de um crime, que gera traumas para o resto da vida dela”, finaliza.






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