Patologia com
maior incidência em homens tem cerca de 12 mil brasileiros atingidos
A maior parte dos quadros de hemofilia é
hereditária. Apenas uma pequena parcela é ocasionada por deficiência adquirida,
o que pode acontecer após o aparecimento de um câncer, por exemplo. “Os
sintomas manifestados e que devemos ficar atentos são as hermatroses (acúmulo
de sangue dentro de uma articulação), hematomas musculares, sangramentos no
nariz, gengiva, sistema digestivo e urinário, além de hemorragia
intracraniana”, esclarece Dr. Tavares. É preciso atenção à ocorrência de
quadros de sangramentos anormais - com grande volume e alta velocidade na perda
do sangue –, em qualquer parte do corpo e que podem ser espontâneos ou
provenientes de traumas. “Caso isso aconteça, procure um médico. O diagnóstico
é confirmado por meio de exame laboratorial que detecta a deficiência do
componente do sangue envolvido”, alerta.
Para controlar a doença, é necessário o
envolvimento de uma equipe multiprofissional, composta por médico
hematologista, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. “O
tratamento é feito por meio de reposição do fator deficiente, bem como o uso de
compressas de gelo e de agentes tópicos (fibrinolíticos), que ajudam a diminuir
e conter o sangramento”. Se o paciente for realizar algum procedimento
cirúrgico, há um acompanhamento profilático que o prepara previamente para caso
haja manifestação hemorrágica.
Embora os medicamentos para a hemofilia no Brasil
estejam mais acessíveis, o que aumentou a expectativa de vida destes pacientes,
não há cura para a doença. “Pesquisas por meio da engenharia genética estão
sendo realizadas na tentativa de estimular a produção do fator sanguíneo
deficiente. No futuro, pode vir a ser uma doença curável”, finaliza o
médico.
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