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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Curtir a natureza é boa opção no Dia das Crianças



Que tal levar seus filhos para se divertir numa unidade de conservação? O contato com o meio ambiente pode trazer inúmeros benefícios para o desenvolvimento dos pequenos. Confira algumas sugestões


Andar descalço, correr entre as árvores, ver animais silvestres bem de pertinho, ter contato com a terra, respirar o ar puro, passear pelas trilhas a pé ou de bicicleta em meio às variadas nuances do verde, sentir e entender a importância daquilo que os adultos falam sobre preservação do meio ambiente, mas de uma maneira prática, longe dos tablets, smartphones e do sofá em frente à televisão. Tudo isso é possível, essa experiência está logo ali, nas unidades de conservação abertas à visitação, algumas delas em áreas urbanas como mostra o infográfico acima.

Laís Fleury é diretora da Alana, instituição sem fins lucrativos, que desenvolveu o programa Criança na Natureza com o objetivo de produzir condições favoráveis para que os pequenos cresçam e se desenvolvam em contato direto com o meio ambiente. Segundo ela, as pesquisas comprovam que o contato com a natureza traz benefícios ao desenvolvimento integral da criança, em cada um de seus aspectos – intelectual, social, emocional, espiritual e físico.

"O convívio com a natureza na infância, especialmente por meio do brincar, ajuda a fomentar a criatividade, a iniciativa, a autoconfiança, a capacidade de escolha, de tomar decisões e resolver problemas", diz ela, ao acrescentar que esse contato direto com a natureza traz ainda benefícios ligados ao campo da ética e da sensibilidade, como encantamento, empatia, humildade e senso de pertencimento.

Laís conta que os efeitos positivos da conexão com a natureza têm sido testados particularmente em crianças diagnosticadas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), levando em consideração o aumento expressivo de diagnósticos. "Pesquisadores norte-americanos descobriram que uma simples caminhada de 20 minutos em um parque urbano é capaz de trazer mais concentração a essas crianças do que o mesmo tempo de caminhada pelo centro da cidade", afirma.

O contato com a natureza na infância, além de proporcionar vários benefícios ao desenvolvimento, ainda é capaz de tornar as crianças mais conscientes e ligadas à preservação do meio ambiente. De acordo com Laís, há estudos que constatam que a criança que convive com o meio natural e desenvolve afinidade em relação à natureza aprecia e zela pelo mundo à sua volta porque o respeita e o reconhece como seu ambiente de pertencimento.

Nesta semana em que é comemorado o Dia das Crianças (12 de outubro), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) convida pais e filhos(as) a conhecerem uma unidade de conservação que pode estar pertinho de você, sem que seja preciso viajar ou gastar muito. Visitar um universo cheio de conhecimento, curiosidades e diversidades naturais é a proposta que, além de proporcionar um dia com muita diversão, ainda pode transformar os pequenos em futuros heróis da liga pela defesa do meio ambiente. Entre nessa!






Desafios da primeira infância: como lidar com os personagens fantásticos



O imaginário infantil durante a primeira infância é muito rico. Como lidar com os seres imaginários, tão presentes nesta fase?


Cuidar da infância é o melhor legado que você pode deixar para o seu filho. E este é o período mais desafiador para os pais: quando vêm as perguntas mais difíceis e o diálogo entre pais e filhos deve ser criado com atenção.

A primeira infância (dos zero aos seis anos) é o momento em que os pequenos estão descobrindo o mundo e criando suas relações. Nessa fase, a criatividade "vai longe" e os personagens fantásticos tomam conta de boa parte do dia a dia das famílias, como a chapeuzinho vermelho, as princesas, os super-heróis, o lobo mau, monstros etc. Como lidar com as crianças nesta fase tão peculiar?

Para a professora de Pedagogia da Anhanguera Santana, Cristina Colasanto, a fantasia é saudável para o desenvolvimento infantil. "A criança utiliza o jogo de faz de conta para expressar suas emoções, representar a sua realidade e vivenciar situações observadas pelas ações do adulto", ressalta a pedagoga. A coordenadora da Clínica de Psicologia da Anhanguera Jundiaí, Emilce Nalini, complementa que a fantasia também auxilia no desenvolvimento neurológico e na transmissão de valores sociais, como bondade, igualdade, compartilhamento etc.

Neste contexto, como a escola deve se preparar? Segundo a coordenadora de Pedagogia da Faculdade Pitágoras, Maria Beatriz Soares, os educadores podem explorar as atividades que envolvam contos e recontos, além da representação das crianças no papel dos personagens.

Já em relação aos personagens de caráter mais negativo como bruxas, monstros e lobo mau, os professores também podem contribuir com o desenvolvimento dos pequenos. A docente Emilce afirma que é uma forma da criança aprender a diferenciar entre o que é bom e o que é ruim, mas alguns personagens são incluídos erroneamente para amedrontar a criança. "O adulto deve evitar o medo nas crianças como forma de controle de comportamento: o limite deve ser feito com o estabelecimento de regras, normas e conversas com as crianças", completa.

No entanto, conforme a mudança de faixa etária chega o momento da descoberta, de que a fantasia não era tão real como se imaginava. A professora do curso de Psicologia da Anhanguera Santana, Bianca Dalmaso, afirma que as crianças só lidam com esta mudança como se fosse uma mentira quando os adultos insistem em quebrar o entrelaçamento da fantasia/realidade. Caso a descoberta não seja feita até a entrada da adolescência, a recomendação de Emilce é procurar a ajuda de um psicólogo.

Quer uma boa dica de como lidar com essa transição? A pedagoga Maria Beatriz indica o incentivo à leitura e à contação de histórias junto com a explicação da moral dos contos e as diferenças entre a fantasia e a realidade, cada um respeitando os questionamentos de cada fase da criança.






3 ensinamentos para o Dias das Crianças que durarão muito mais que o presente!



A reclamação é geral: alguns pais reclamam por não terem dinheiro suficiente para atender a expectativa do filho em relação ao presente de dia das crianças. Outros reclamam da correria, lojas cheias e da insatisfação dos filhos, seja lá qual for o presente. Há também os que já preveem um efeito positivo de curtíssima duração: é dar o presente no dia 12 e três dias depois lá se foi o interesse.

Em todos os casos, situações em que a responsabilidade é dos pais e não de fatores externos à família!

O receio de muitos pais é a frustração que a criança terá ao não ganhar o que esperava. E no meio de tantos medos, lá se vai uma ótima oportunidade para que essa data seja a fonte de muitos aprendizados que ficarão para sempre, ao contrário do brinquedo!

Temos três dicas para que o Dia da Criança seja fonte de alegria e aprendizado para o resto da vida, não importa o que a mídia ou o comércio tentem impor:


1 – Seu filho não nasce com "uma personalidade forte e decidido em relação ao que deseja". A capacidade de lidar com frustração, de ser grato pelo que ganhou e de escolher um presente dentro dos limites de preço estabelecido pelos pais é aprendida ao longo da primeira infância. "Isso eu não posso comprar agora" é geralmente mais sofrido de ser dito pelos pais do que de ser ouvido pelos filhos.


2 – Não use a comemoração do Dia da Criança como fonte de ameaça para conseguir bom comportamento nas semanas que antecedem a data. Lembre-se de que se você gosta e quer presentear seu filho nesse dia, é simplesmente para comemorar o fato de ter um criança em casa, uma forma também de mostrar atenção e carinho. O comportamento adequado de seu filho independe de presente ou de datas especiais. Além disso, muitos pais ameaçam não dar o presente e acabam não cumprindo o combinado, o que gera uma série de prejuízos para a educação do filho. O melhor a fazer é desvincular totalmente o dia da criança das notas na escola ou do comportamento em família ou com os amigos. Esses jamais devem vir em troca de presentes!


3 – Ensine seu filho, desde bem pequeno, que o dia da Criança foi criado para lembrar que precisamos cuidar de nossas crianças – não somente de nossos filhos, ajudando a garantir que recebam os cuidados, carinho e atenção de que necessitam para crescerem saudáveis e felizes. Como o objetivo maior é proteger a infância e adolescência e demonstrar carinho, que tal criar uma rotina que vai marcar sim a data para o resto da vida? Combine com seu filho que ele deve escolher um brinquedo para doar nesse dia. Não um brinquedo usado, quebrado, que ele não use há muito tempo. O desafio é entender que todas as crianças ficariam felizes em ganhar um presente, porém, a maior parte delas não terá esse privilégio. E nada mais justo do que seu filho oferecer a uma outra criança um brinquedo em excelente estado de conservação, carinhosamente embrulhado. Caso seu filho não consiga encontrar um brinquedo do qual possa se desapegar para doar, significa que ele não precisa de um brinquedo novo. Neste caso, o presente de Dia da Criança pode ser um passeio especial a um parque, cinema ou outro lugar que ele escolha. Não coloque essa opção como castigo. É a simples realidade: se você não tem um só brinquedo para doar, porque ainda brinca muito com todos eles, não há necessidade ou espaço para um brinquedo novo! É melhor que ele ajude você a escolher e comprar o brinquedo que será doado! Prepare-se para se surpreender de diversas formas ao ter essa conversa com seu filho. E tenha a certeza de que essa será a memória que ele levará para sempre sobre o Dia da Criança!





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