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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Empresa familiar: como alinhar família e trabalho para obter melhores resultados



O Brasil é o país do empreendedorismo. De acordo com dados de 2013 do Sebrae, 90% das empresas brasileiras são familiares e responsáveis por 60% dos empregos formais no país. Porém, de acordo com uma recente pesquisa da consultoria PwC, apenas 12% das empresas familiares conseguem chegar à terceira geração. O número é preocupante e precisamos nos perguntar: como as empresas familiares brasileiras estão se preparando e conduzindo o processo de sucessão?

Conforme os anos vão passando, a gestão da empresa versus família vai se tornando mais complexa, por isso, é muito importante que os executivos que comandam o negócio tenham clareza de algumas questões cruciais à medida em que as gerações vão passando. Como planejar a sucessão garantindo justiça para os membros da família, sem deixar de lado as necessidades do negócio? Como ter certeza que a visão do fundador será mantida, sem deixar de ser atualizada pelos novos membros? Como equilibrar o capital da empresa com o capital familiar?? Como definir critérios para que membros da família assumam posições dentro da empresa? Esses são apenas alguns dos temas que precisam ser bem resolvidos para que a empresa e a família caminhem sempre unidas.


Equilíbrio é essencial

Acredito que um bom ponto de partida seja equilíbrio entre as relações familiares e o negócio, buscando sempre a união destes dois lados para que a empresa prospere e família permaneça protegida. Também a harmonia entre as necessidades e objetivos familiares e as do negócio, pois é muito comum que haja confusão entre os dos lados, podendo haver separação de mais ou de menos.
Um outro desafio no processo de sucessão é o conflito de gerações. Por exemplo, é possível que em uma empresa com 20 anos de mercado haja três gerações em atuação: o fundador, já na terceira idade, o filho de meia idade numa função executiva e uma sobrinha no início de carreira, cheia de novas ideias e energia. Equilibrar o que cada geração tem para oferecer é fundamental para o negócio continue prosperando.


Gestão em família, mas profissional

Empresas familiares podem (e devem) se beneficiar de modelos de gestão profissional usados em empresas de grande porte, porém, o grande erro está em tentar copiá-los sem levar em consideração as questões familiares. Por isso, acredito que o Processo de Planejamento Paralelo criado por Randel Carlock e John Ward seja o ideal para se usar nesses casos. Ele consiste em planejar ao mesmo tempo os cinco principais aspectos de um negócio familiar: Valores, Visão, Estratégia, Capital e Governança, sem esquecer da perspectiva familiar.

O principal benefício deste modelo de planejamento está em olhar ao mesmo tempo para os modelos profissionais e para as características únicas que impulsionam cada empresa familiar. Muitas companhias escolhem focar totalmente num lado ou no outro, mas os negócios familiares mais prosperos são aqueles que conseguem um equilíbrio entre empresa e família, usando o melhor de cada modelo ao seu favor.


Trabalhando em família

Um dos maiores diferenciais competitivos de uma empresa familiar é justamente o envolvimento dos seus sócios no negócio. Nenhum funcionário externo terá o mesmo compromisso do que um membro da família. Mas para isto, é preciso que os membros da família sejam capacitados e ocupem posições condizentes com sua experiência e formação.

Minha sugestão é definir quais membros da familia terão um papel ativo de liderança e execução e quais irão atuar apenas como sócios ou acionistas. Aqui, é muito importante considerar que muitos membros podem ter um papel de liderança familiar, mas isso não significa que eles precisam trabalhar diretamente no negócio.

Para os que trabalham ativamente na empresa, é importantíssimo que haja clareza de papéis e de critérios. Por exemplo: qualquer membro da familia terá emprego garantido ou haverá critérios de seleção (formação, parentesco etc)? Os salários serão padronizados ou serão decididos dependendo da necessidade de cada momento? Haverá plano de carreira? Ele será igual família e outros funcionários? Ter esses padrões bem estabelecidos é muito importante para que outros membros da família e até mesmo colaboradores da empresa não se sintam injustiçados diante de situações do dia-a-dia.

Por fim, é imprescindível que estes cirtérios estejam claros também para as próximas gerações, para que elas possam se preparar o melhor possível para seguir adiante com este legado.




Paulo Aziz Nader - Atua como consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching criando programas de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de talentos para empresas de diversos portes e segmentos. É também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™, pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation (ICF) da qual é membro afiliado. Bacharel em Administração de Empresas e gestão internacional de negócios pela ESPM e mestrando em desenvolvimento organizacional pelo INSEAD (Fontainebleau), tem em seu currículo passagens por empresas de grande porte como Microsoft e Facebook. Possui extensões em Leadership & Management pela Harvard University e em Change Management pelo MIT Sloan; é membro afiliado do Institute Of Professional Coaching (IOC), órgão afiliado à Harvard Medical School. Pode contribuir em pautas sobre liderança, governança, cultura organizacional, gestão de pessoas, inteligência emocional, desenvolvimento de liderança, gestão de mudança organizacional e planejamento de negócios familiares, www.leveragecoaching.com.br




Relatório internacional coloca Brasil no mapa mundial das estradas mais perigosas para transporte de carga



 Além das já visadas cargas de produtos alimentícios, eletroeletrônicos, cigarros, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, autopeças e combustíveis; seguradora também percebe aumento na incidência de interceptação de cargas de produtos de higiene pessoal e limpeza 


O crescente aumento no índice de roubos colocou as estradas brasileiras no mapa mundial das áreas de risco para transporte de carga.  Segundo levantamento feito pelo JCC Cargo Watchlist, os trechos das rodovias BR-116 (Curitiba – São Paulo e Rio de Janeiro – São Paulo); SP-330 (Uberaba – Porto de Santos) e BR-050 (Brasília – Santos) são consideradas áreas com risco muito alto para a ocorrência de roubo de cargas. 

O JCC Cargo Watchlist é um relatório mensal elaborado pela Joint Cargo Commitee, um comitê misto formado por representantes da área de avaliação de risco do mercado segurador de Londres (Inglaterra). Esse relatório monitora o risco para cargas transportadas, seja por via aérea, marítima ou terrestre em várias partes do mundo. Numa lista com classificações indicativas por cor, os países são avaliados em sete graus diferentes de risco, que vão numa escala de baixo à extremo risco. A lista considera riscos como guerras, greves, pirataria e roubo de carga.

Apesar de não sofrer com os fatores de risco ligados à guerras; as estradas brasileiras receberam pontuação 3,4, que as classifica com risco muito alto para ocorrências de roubo de carga. A classificação ficou semelhante à recebida pelo México, que ficou com pontuação 3,6 e a mesma classificação (risco muito alto).  


Prevenção

Os prejuízos com o roubo de carga para a economia brasileira são inestimáveis, mas substanciais, já que, com as ocorrências, são impactados, não só o setor logístico, mas várias cadeias produtivas, além do segmento de segurança pública.

Por conta disso, várias soluções tecnológicas e estratégias estabelecidas por especialistas em gerenciamento de risco são implementas para cada carga embarcada.  “O gerenciamento de risco, quando bem realizado, pode ser crucial para que o transporte da carga aconteça de forma segura, eficaz e sem custos excessivos ou não previstos. Isso faz toda a diferença para a eficiência e saúde financeira da operação”, afirma Adailton Dias, Diretor da área de Transportes da Sompo Seguros.

A companhia presta consultoria no gerenciamento de riscos de transportes de carga para os segurados. Para cada embarque é traçada uma estratégia que inclui ferramentas utilizadas, rotas, horários e qualquer outro recurso que possa ser lançado mão para contribuir que a carga chegue ao seu destino. A equipe da companhia trabalha somente com os recursos necessários, pensando em cada situação. Isso evita que sejam utilizados recursos além do ideal, o que poderia gerar um investimento desnecessário; quando aquém do adequado, o que iria aumentar o risco e a vulnerabilidade para a carga e o motorista.  “Afinal, transportar uma carga de equipamentos eletrônicos no Interior de São Paulo é diferente de uma carga de medicamentos na Região Sul e igualmente diferente de uma carga de grãos na Região Centro Oeste”, considera Dias. 


Incidência

Segundo levantamento da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), houve 19.250 registros de roubos de carga em 2015 no Brasil, índice 10% superior aos 17.500 registrados em 2014.  O número de casos e o prejuízo contabilizado pelos transportadores foram recordes. O dano, somente com as mercadorias perdidas, soma R$ 1,12 bilhão.

O Sudeste do país concentra 85,7% dos casos. O prejuízo estimado, na região, passa dos R$ 775 milhões. O estado de São Paulo é que lidera a lista, contabilizando 44,1% das ocorrências. Em seguida, vem Rio de Janeiro, que respondeu por 37,5% dos ataques criminosos.

Entre os produtos mais visados estão alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, autopeças e combustíveis. O levantamento indica, ainda, queda no roubo de metalúrgicos e aumento no de bebidas, especialmente no Rio de Janeiro. “Também temos percebido um aumento substancial na interceptação de cargas de produtos de higiene pessoal e limpeza. Em algumas regiões, o roubo de carga de gêneros alimentícios já supera outras categorias antes mais buscadas pelas quadrilhas”, acrescenta Dias.




Celíacos: entenda a doença e veja 10 alimentos glúten free



Dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos apontam que há cerca de dois milhões de portadores de doenças celíacas no Brasil

O glúten é uma proteína presente naturalmente em alguns cereais e, às vezes, não é bem aceito pelo intestino. A doença celíaca é uma desordem sistêmica autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten, e seu consumo causa uma inflamação crônica da mucosa do intestino delgado, que pode resultar na atrofia das vilosidades intestinais, com consequente má absorção intestinal e suas manifestações clínicas. “As pessoas portadoras de doença celíaca não podem consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados” explica Mônica Beyruti, nutricionista membro do Departamento de Nutrição da ABESO e especialista em nutrição em cardiologia pela SOCESP e fisiologia do exercício pela UNIFESP.  

Os portadores de doenças celíacas podem apresentar vários sintomas, sendo que os mais comuns são: diarreia crônica, prisão de ventre, vômitos, anemia, dor e distensão abdominal. 

No Brasil, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos, a prevalência desta doença chega a dois milhões de pessoas, mas a maioria dos afetados ainda não possui um diagnóstico. “Dados apontam que entre 1% e 2% da população mundial apresenta intolerância ao glúten. A doença é crônica, seus portadores devem adotar uma alimentação restrita a essa proteína”, ressalta a nutricionista.

A dieta glúten free está em alta e, apesar de muitas pessoas tirarem o glúten da dieta com o intuito de emagrecer, não há comprovações científicas desse fato. “Não é recomendada a suspensão da ingestão de glúten para pessoas não celíacas. Alimentos com a proteína podem ser consumidos pelo público em geral dentro de uma alimentação equilibrada. Aqueles que precisam seguir uma dieta glúten free devem verificar os rótulos para certificarem-se que estão usando versões isentas desta proteína”, aponta Mônica.

Com a febre da dieta sem glúten, muitos restaurantes apresentam em seus cardápios pratos ”sem glúten”. “Atenção, pois para o celíaco, a contaminação cruzada com quantidades mínimas de glúten já é suficiente para fazer estragos”, finaliza a especialista.

Veja na lista a seguir alguns importantes alimentos que não contêm glúten:

1. Frutas e vegetais
2. Milho
3. Carnes, aves e peixes
4. Tapioca
5. Azeite
6. Queijos
7. Ovos
8. Amido de milho
9. Quinoa
10. Polenta



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