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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Eleições 2016




 Candidatos à Prefeitura de São Paulo têm até sexta-feira para especificar suas propostas para a Educação Infantil

Ongs, advogados, Ministério Público, Defensoria Pública juntamente com movimentos sociais enviaram questionamentos para os candidatos sobre suas propostas para creches e pré-escola



O Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Educação Infantil (GTIEI), que integra o​ Comitê de Assessoramento à Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, solicitou​ aos candidatos à Prefeitura de São Paulo que especifiquem suas propostas para a Educação Infantil até a próxima sexta-feira, dia 09 de setembro.

Hoje, a cidade de São Paulo tem déficit de vagas de pelo menos 103,4 mil crianças nas creches e outras 3,4 mil na pré-escola que aguardam em fila de espera, de acordo com o balanço da Secretaria Municipal de Educação, de 30 de junho deste ano.

Diante deste cenário de violação de direitos de nossas crianças, no dia 25 de agosto de 2016, o GTIEI enviou uma carta aos candidatos contendo dez questões a serem respondidas, entre elas, como pretendem resolver o déficit de creches, o planejamento de investimentos em educação infantil nos quatro anos de mandato, quais modelos serão adotados para ampliação de vagas em creches (direta, indireta ou conveniada), propostas para alunos com deficiência e quais parâmetros serão adotados para avaliação da qualidade.

​A carta também foi assinada pelos movimentos sociais Fórum Municipal de Educação Infantil, Fórum Paulista de Educação Infantil e pelo NEGRI – Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade.

O compilado das respostas será apresentado no dia 20 de setembro, às 10h30, no Teatro Eva Herz, localizado na Livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo, pela advogada Alessandra Gotti. Na ocasião, os candidatos poderão expor suas propostas de governo e participar de uma coletiva de imprensa.

O advogado Rubens Naves, que participa do GTIEI, explica porque considera a iniciativa importante: “É fundamental que os candidatos a prefeito de São Paulo apresentem suas respostas sobre as indagações do grupo para que saiam da superficialidade e garantam de fato os direitos das crianças. As propostas não podem se limitar a compromissos como construir creches verticais”.

A pesquisadora do NEGRI (PUC/SP) e integrante da comissão gestora do Fórum Municipal de Educação Infantil de São Paulo (FEMEISP), professora Marta Lúcia da Silva, aponta que o monitoramento do serviço de creche e pré-escola não pode ficar em segundo plano: “Para que o serviço seja mais acolhedor e de qualidade para as crianças, bebês e suas famílias, os candidatos devem propor melhorias no monitoramento do atendimento indo além de propostas meramente quantitativas para resolver o déficit de vagas na rede municipal, que parece ser a principal preocupação deles até o momento.

Membro da Ação Educativa e professor de Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (UFABC), Salomão Ximenes, avalia: “As propostas dos candidatos precisam estar conectadas com as metas e diretrizes para os próximos dez anos do Plano Municipal de Educação aprovado pela Câmara dos Vereadores em 2015, depois de ampla discussão com a sociedade civil e a administração pública”.

Com a iniciativa, o GTIEI reafirma seu compromisso de colaborar para o cumprimento do direito à Educação Infantil.

Sobre o GTIEI

O Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Educação Infantil (GTIEI) é constituído pela Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação; pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo; pelo Grupo de Atuação Especial de Educação (GEDUC) do Ministério Público do Estado de São Paulo; por Hesketh Advogados, Rubens Naves Santos Jr Advogados e pelo Grupo de Trabalho de Educação da Rede Nossa São Paulo.

O Grupo se articulou em meados de 2012 para garantir o direito à Educação Infantil, uma vez que havia um déficit de 150 mil vagas em São Paulo. O GTIEI, desde 2014, compõe o Comitê de Assessoramento à Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo juntamente com a Associação Comunidade Ativa Vila Clara, o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo, o Fórum Municipal de Educação Infantil, o Fórum Paulista de Educação Infantil, o Instituto de Cidadania Padre Josimo Tavares e o NEGRI – Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade.

 O Comitê tem por finalidade o monitoramento, semestralmente, da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), de 16/12/2013, precedida de uma audiência pública com grande mobilização da imprensa e da sociedade civil, que obrigou a criação de 150.000 vagas em São Paulo na Educação Infantil, sendo 105.000 vagas em creches, em período integral, assegurados os parâmetros de qualidade enunciados pelo Conselho Nacional de Educação e o restante em pré-escola. 
Dessa forma, o GTIEI acredita na inovação da abordagem jurídica e da mobilização política e social para garantir o direito à Educação Infantil.



Superar os limites é essencial, mas sem riscos



Síndrome do Excesso de Treinamento (SET) pode ser crucial à saúde cardiovascular dos atletas, principalmente dos portadores de deficiência


A partir de amanhã (7) até o dia 18 deste mês, o Brasil realizará os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. Atletas de diversos países e nacionalidades disputarão medalhas nas mais variadas modalidades.

Embora a prática esportiva seja importante para a saúde, são fundamentais os cuidados e métodos preventivos, principalmente os que dizem respeito ao coração, pois propiciam mais segurança ao atleta profissional ou amador na prática de suas atividades físicas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam 17,5 milhões de pessoas por ano. Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil, todos os dias. Em média, uma morte ocorre a cada minuto e meio.

Diante desse quadro, cada vez mais, é importante que sejam tomadas medidas preventivas e a conscientização sobre práticas degenerativas, reduzindo-se assim a incidência do número de mortes por doenças cardiovasculares.

Segundo o cardiologista e presidente da Regional ABCDM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Rogério Krakauer, independentemente da nacionalidade, condições sociais e culturais, gênero, dentre outros fatores, as doenças cardiovasculares, de maneira geral, acometem pessoas que acumulam fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides alto, tabagismo, apneia do sono, obesidade, sedentarismo, antecedentes familiares de doenças cardíacas e abuso na intensidade da realização de exercícios e treinamentos físicos.

O médico ressalta que, na tentativa de chegar ao ápice, superando metas, alguns atletas profissionais ou amadores tendem a exagerar, o que pode ser prejudicial à saúde.

"Muitos atletas, principalmente paralímpicos, desenvolvem a chamada Síndrome do Excesso de Treinamento (SET), que ocorre quando o indivíduo desenvolve várias alterações fisiológicas e anatômicas, lesões no músculo cardíaco, batimentos cardíacos elevados ou irregulares, mesmo em repouso, um crescimento anormal do tamanho do coração, cansaço exagerado e insônia, devido ao excesso de treino".

O cardiologista é enfático quando afirma que, para reduzir os riscos cardiovasculares, as pessoas que praticam esportes, principalmente os portadores de alguma deficiência física, devem preocupar-se com o peso, alimentação, sono e praticar atividades físicas regulares, mas sem excesso. 

"As atividades mais indicadas são aquelas que permitem um aumento progressivo da frequência cardíaca, até atingir 60% a 85% da frequência cardíaca máxima, determinada pela idade ou por exames, como o teste ergométrico em esteira ou bicicleta, por exemplo. A frequência média deve ser de 5 a 7 vezes por semana. Os portadores de deficiências físicas, a exemplo do que vemos na Paralimpíada, têm condições, adaptando os exercícios, de atingir essas metas, sendo vitoriosos e ao mesmo tempo saudáveis”.

A diretora do Departamento de Educação Física da SOCESP, Camila Jordão, ressalta que, a adaptação de certos aparelhos ou jogos à determinada deficiência possibilita a prática esportiva saudável, atuando na redução do sedentarismo e de outros fatores de risco cardiovasculares. "Um bom exemplo pode ser observado nos jogos paralímpicos, nos quais os esportes são adaptados às deficiências, e os atletas acabam tendo um desempenho até maior do que indivíduos sem deficiência”. Ela afirma que, longe do coitadismo e descrétido imposto por algumas pessoas, os atletas paralímpicos são capazes de realizar grandes performances.

"Os portadores de deficiência devem fazer uma avaliação médica para diagnosticar possíveis fatores de risco ou doenças cardiovasculares que possam limitar a intensidade do exercício. Para a prescrição de atividades aeróbias é importante que seja realizada uma avaliação cardiopulmonar máxima, de preferência com o ergômetro que será realizada a atividade física, o que individualizará a prescrição. O que devemos ter em mente é que adaptar o tipo de atividade à rotina e a deficiência do indivíduo é de extrema importância para minimizarmos os obstáculos diários, pois a atividade física é importante para a qualidade de vida de todos”.




Sesc Santo Amaro recebe espetáculo da dança inspirado na obra do argentino Quino




 Concepção, criação e dança: Cora Laszlo
Orientação: Jussara Miller
Trilha sonora, cenotécnica e sonoplastia: Christian Laszlo


A dançarina e pesquisadora Cora Laszlo apresenta a intervenção Deixe-me Inventar, no sábado, 10 de setembro; com entrada gratuita, espetáculo é baseado nos desenhos do cartunista argentino

Dança Deixe-me Inventar com Cora Laszlo. Foto: Filipe Britto

No mês em que o Sesc comemora 70 anos, a dançarina e pesquisadora Cora Laszlo se apresenta no Sesc Santo Amaro no sábado, 10 de setembro. Inspirado pelo traço do cartunista argentino Quino, o espetáculo Deixe-me Inventar materializa a obra do artista na forma tridimensional da dança e da cor, fazendo dançar o que tanto transborda em suas criações: os tantos tipos de humanos, suas buscas e seus questionamentos.

A partir deste diálogo, é construído um ambiente móvel e mutável, no qual é explorado o corpo presente. No momento do encontro de cada apresentação, inventam-se sempre novos próprios caminhos. A intervenção acontece às 17h, na praça da unidade e a entrada é gratuita.

Cora Laszlo é graduada em Dança pela Universidade Estadual de Campinas/Unicamp (Bacharelado e Licenciatura) e desde 2001 faz o curso regular de Dança Contemporânea e Educação Somática - Técnica Klauss Vianna, ministrado por Jussara Miller. Atualmente tem se dedicado à experimentação da pluralidade da dança, buscando criar, pesquisar e interpretar.




Dança: Deixe-me Inventar, com Cora Laszlo
Data: 10 de setembro, sábado
Horário: 17h
Duração: 60 minutos (aproximadamente)
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Local: Praça (térreo)
Ingressos: Gratuito
Estacionamento da unidade: R$ 4,50 a primeira hora e R$ 1,50 por hora adicional (credencial plena);
R$ 10,00 a primeira hora e R$ 2,50 por hora adicional (outros).
Preço único mediante apresentação de ingresso (a partir das 18h): R$ 5,50 (credencial plena); R$ 11,00 (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.


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