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segunda-feira, 7 de março de 2016

Como está seu coração?




Problemas cardiovasculares estão entre as principais doenças que atingem o sexo feminino

 


Nos últimos 20 anos, aumentou a incidência de doenças cardíacas em mulheres. “Há alguns anos, o problema, que atinge cerca de 30% das mulheres, acometia mulheres de mais idade”, explica o cirurgião cardiovascular Luiz Fernando Kubrusly, diretor clínico do Hospital VITA, em Curitiba. O médico conta que se fosse realizado um estudo epidemiológico nessa época, seriam encontrado em torno de 30% de mulheres acima de 70 anos em uma UTI cardiológica. Hoje, esse perfil mudou: os leitos são ocupados por mulheres mais jovens, em torno dos 30 anos. Infartos, derrames e hipertensão arterial são responsáveis por causar a morte de mulheres, superando os índices de óbitos provocados por tumores de mama e de útero.     
O médico explica que o aumento da incidência de problemas cardíacos em mulheres pode ser comprovado por uma série de estudos sobre o tema.  Um exemplo o de Framingham, município do estado de Massachussetts (EUA), onde a população da cidade foi acompanhada durante cerca de 80 anos. O estudo verificou que a doença teve uma incidência maior em mulheres mais jovens ao longo dos últimos 20 anos, e uma das explicações mais prováveis é a da inserção da mulher em um mercado de trabalho competitivo e a dupla jornada de trabalho. “A partir daí, podemos deduzir que há uma tendência de que a mulher, quando chega em casa, tenha mais uma preocupação para atender - casa e filhos”, relata o especialista. Outra explicação é que o sexo feminino tem uma proteção hormonal que desaparece na menopausa. “A medicina tenta reproduzir essa proteção, mas ainda não conseguiu”, complementa. 
Não há diferença de sintomas nos gêneros, mas a doença na mulher é mais difícil de tratar porque o sexo feminino tem, por constituição, um corpo menor, que acaba sofrendo consequências maiores devido à cardiopatia. “Uma mulher e um homem podem sofrer infarto em uma mesma região, porém no organismo feminino as artérias são mais finas e portanto, mais difícil de se tratar”, exemplifica o especialista.
Fatores de risco: Segundo Kubrusly, era comum ver mulheres fumando em Hollywood 50 anos atrás; hoje em dia, basta sair à rua e logo enxergamos uma fumante, até com mais frequência que os homens. “O hábito do tabagismo cresceu significativamente entre as mulheres, e isso é um risco à saúde”, alerta. 
Os cuidados que a mulher deve ter com a saúde cardiológica são os mesmos recomendados para os homens: praticar atividades físicas, controlar o peso, ter uma alimentação equilibrada, ingestão controlada de bebida alcoólica e não fumar. “Não se deve confundir exercício com lazer: atividade física é uma obrigação e não deve ser colocada no capítulo do lazer. E antes de iniciar uma atividade física, todas as pessoas devem consultar um médico e, a partir de certa idade, é necessário realizar uma avaliação cardiológica”, recomenda Kubrusly. Além disso, é interessante fazer uma avaliação mais precoce (um check-up entre os 28 e 30 anos) em pessoas que possuem casos da doença no histórico familiar. Isso acontece porque, por exemplo, se o colesterol for alto e essa patologia for descoberta perto dos 40 anos, podem já ser encontradas algumas placas de gordura responsáveis por causar entupimento no corpo. O tratamento precoce medicamentos simples pode evitar a deposição destas gorduras nas artérias.
Não existindo cardiopatia, é interessante que a pessoa controle os fatores de risco. Parar de fumar, reduzir a pressão arterial, fazer controle do peso e do estresse são algumas recomendações para reduzir a probabilidade de problemas cardíacos. “Às vezes, a pessoa confunde muito o estresse com ansiedade. Estresse também pode se expressar por meio da tristeza, e isso é uma forma de fator de risco coronariano. É estresse, só que de forma diferente”, alerta. 
A alimentação deve seguir uma dieta normal e sem exageros. Deve-se prestigiar os alimentos que são mais saudáveis, diminuir as quantidades de gordura saturada, embutidos, sódio e bebidas alcoólicas. “A gordura saturada é a que vem dos animais e faz mal à saúde. Por isso, deve-se priorizar a ingestão de gordura vegetal”, destaca o cardiologista.  A sugestão do especialista é que as pessoas não comam pelo sabor, mas pela classificação da comida, priorizando a qualidade de vida. O ideal é sempre começar a se servir pelas saladas, ou seja, pelos alimentos mais saudáveis, e diminuir a quantidade dos outros alimentos, como as frituras.
Outro fator de risco para as mulheres é o uso de pílula anticoncepcional, responsável por causar a trombofilia – formação de trombos quando a mulher jovem começa a tomar contraceptivo​​​​. Não se trata de trombose arterial, que pode levar à morte, mas a trombose venosa. “É mais frequente que jovens entre 22 e 25 anos tenham um quadro de trombose venosa, que é uma trombose da veia da perna, ou corram o risco de sofrer uma embolia pulmonar”, ressalta o médico. O uso de anticoncepcional está cada vez mais precoce, seja com a finalidade contraceptiva ou para tratamento de incômodos menstruais, como as cólicas. 
Reincidência de cardiopatias - De acordo com Kubrusly, quem já teve problemas de coração tem mais risco de ter o problema novamente. “A doença cardíaca se instala e é difícil de ser retirada. Poucas são as cardiopatias tratadas e que somem. As doenças cardíacas que são adquiridas, como a hipertensão, podem retornar quando não mantidos os cuidados (consumo excessivo de sal, aumento de peso, tabagismo, sedentarismo)”, conclui o médico.

Movimento Mulher 360 e parceiros reúnem lideranças no Dia Internacional das Mulheres para fomentar a equidade de gêneros nas empresas






Evento visa a desenvolver estratégias para o empoderamento feminino no mercado de trabalho e reconhecer empresas que têm se destacado pelo seu compromisso com a causa. Natura, Nestlé, Johnson&Johnson, Grupo Boticário e Coca-Cola são algumas delas.

  Amanhã, dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, a Associação Movimento Mulher 360 (MM 360), o Great Place to Work® (GPTW), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e a revista Época, reunirão as principais lideranças empresariais do país no Hotel Renaissance, em São Paulo.
O evento, que será realizado sob o tema do Dia Internacional das Mulheres “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, tem o objetivo de pavimentar caminhos para fortalecer os Princípios de Empoderamento das Mulheres, reafirmando o compromisso ético e social das empresas com ações concretas que viabilizem essa igualdade.
A alta liderança de grandes empresas brasileiras compartilhará iniciativas bem-sucedidas adotadas em suas instituições, para garantir condições igualitárias, e apresentarão estratégias para os próximos dois anos. Entre as executivas que participarão do painel estão Luiza Helena Trajano (presidente do conselho de administração do Magazine Luiza), Maria Eduarda Kertész (presidente da Johnson & Johnson no Brasil), Andrea Alvares (vice-presidente de marketing da Natura) e Christianne Rosemblatt (diretora da unidade de culinários da Nestlé Brasil).
Durante o evento, a ONU Mulheres fará uma exposição de dados sobre o cenário global relativo ao tema. Além disso, o GPTW fará uma retrospectiva da evolução das mulheres nas melhores empresas, de 1997 até hoje, e o MM 360 indicará estratégias para trabalhar a igualdade de gêneros com o público interno, na cadeia de valor e na comunidade do entorno das empresas.
Algumas das empresas participantes assinarão os Princípios de Empoderamento das Mulheres – Magazine Luiza, Maurício de Souza Produções, Natura e Nestlé – e novas empresas se associarão ao Movimento Mulher 360 – Coca-Cola Femsa, Duratex, Grupo Pão de Açucar e Whirpool.
O encontro será encerrado com uma premiação às empresas que, em 2015, se destacaram no tema equidade de gênero, dentro do ranking nacional das “Melhores empresas para trabalhar”, realizada pelo GPTW em parceria com a Época.

Programação:
8:30 – 9:00 => Café de boas-vindas e credenciamento
9:00 – 9:30 => Abertura Great Place to Work, ONU Mulheres e Movimento Mulher 360
9:30 – 10:40 => Painéis com executivos e executivas sobre a importância do tema na sociedade brasileira e nas empresas
10:40 – 11:10 => Adesão de novas  empresas signatárias aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês) e novas associadas ao Movimento Mulher 360
11:10 – 12:00 => Premiação das empresas que se destacaram no ranking nacional Melhores Empresas para se trabalhar 2015, do Great Place to Work 


Sobre a Associação Movimento Mulheres 360 - Com o objetivo de estimular a igualdade de gênero, abordar maneiras de incorporar a questão na estratégia do negócio, identificar boas práticas que possam ser replicadas e fornecer ferramentas para mensurar avanços, um grupo de doze empresas se uniu para criar a Associação Movimento Mulher 360 (MM360), uma evolução do Movimento Empresarial pelo Desenvolvimento Econômico da Mulher, iniciativa liderada pelo Walmart e lançada em 2011. A MM360 é fruto da parceria entre Bombril, Cargill, Coca-Cola, DelRio, Diageo, Johnson & Johnson, Grupo Boticário, Natura, Nestlé, PepsiCo, Santander, Unilever e Walmart, e está alinhada aos sete Princípios de Empoderamento da ONU Mulheres. Saiba mais: www.movimentomulher360.com.br
Sobre o GREAT PLACE TO WORK®  ­­­­­­­­- Fundada nos Estados Unidos por Robert Levering e Amy Lyman, é a única empresa global de pesquisa & benchmarking, consultoria e capacitação que estimula as organizações a identificar, criar e manter excelentes ambientes de trabalho por meio do desenvolvimento de culturas de alta confiança, dando ênfase ao modelo diferenciado e abrangente nas evidências e percepções dos funcionários das organizações. Com seu papel ímpar no mercado, aplica pesquisas exclusivas e diferenciadas como a “Melhores Empresas para Trabalhar”, realizada em 53 países (América do Norte, América Latina, Europa, África, Oceania e Ásia). No Brasil, a empresa foi fundada por José Tolovi Jr., hoje Chairman of the Board do Great Place to Work® Inc., atualmente presidida por Ruy Shiozawa. Saiba mais: www.greatplacetowork.com.br
Sobre a ONU Mulheres - A ONU Mulheres é a Entidade das Nações Unidas pela Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. Exerce um papel de liderança global em prol das mulheres e meninas de todo o mundo para que tenham direito a uma vida livre de discriminação, violência e pobreza, colocando a igualdade de gênero como um requisito central para se alcançar o desenvolvimento. A ONU Mulheres apoia os Estados-membros da ONU no estabelecimento de padrões globais para alcançar essa igualdade, trabalhando junto aos governos e à sociedade civil para formular leis, políticas, programas e serviços necessários à implementação desses padrões. Saiba mais: https://nacoesunidas.org/agemcia/onu-mulheres/

Empoderamento feminino: precisamos falar sobre isso






Apesar de parecer o assunto do momento, o termo empoderamento feminino já está em pauta há muitos anos. Tudo bem que o desfile da Chanel de 2014 incitou a mídia a falar sobre isso, mas sua importância vai muito além de um protesto fashion. Também vale lembrar que não estamos falando da causa de uma pessoa, empresa ou organização, mas sim do que você pode fazer para fortalecer o reconhecimento e a igualdade de gêneros em todos os ambientes onde a mulher é minoria .
Desde a instauração do Dia Internacional da Mulher, em 1911, conseguimos grandes avanços nessa luta. Conquistamos o direito de voto em 1932, questionamos os padrões de beleza através da famosa Queima de Sutiãs de 1968, homologamos a Lei Maria da Penha em 2006. Contudo, a desigualdade ainda prevalece e pesquisas recentes confirmam esse cenário. Veja alguns dos números revelados:
·         Quando estão em uma atividade remunerada, mulheres recebem em média 24% menos do que homens (Relatório de Desenvolvimento Humano de 2015);
·         Entre os profissionais de média e alta gerência de marketing, enquanto os homens receberam um aumento salarial de 40%, entre 2014 e 2015, as mulheres receberam 7%, pelo mesmo cargo e período (Talenses, consultoria de recrutamento de executivos em São Paulo) e,
·         67% das estudantes universitárias entrevistadas por uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente acadêmico.
Como você pode perceber por esses exemplos, ainda temos um caminho muito longo a trilhar para sermos reconhecidas e termos as mesmas oportunidades oferecidas aos homens. Mas, para isso, precisamos quebrar dois estereótipos, o da Profissional Competente vs. Mãe e Esposa Dedicada.
Ainda hoje em dia é comum encontrarmos mulheres dispostas a sacrificar seus projetos profissionais, para colocar a família como prioridade. Continuamos a carregar a culpa de dividir nosso tempo entre o pessoal e profissional. Somos pressionadas diariamente pelo chefe, pelos prazos, pelas reuniões de pais e pelos filhos que ficaram doentes de uma hora para outra.
Ao mesmo tempo, a sociedade continua impondo a doutrina da maternidade. Os cuidados com os filhos, a casa e o marido são inquestionavelmente responsabilidades da mulher. Dessa forma, acabamos por carregar nas costas e, muitas vezes, sozinhas, o peso de uma rotina sufocante baseada no ciclo: trabalho, casa, filhos e marido. Para amenizar o caminho, acabamos por escolher entre ser uma profissional competente ou uma mãe e esposa dedicada. Contudo, o que precisamos colocar em mente é que não precisamos escolher, podemos ser as duas coisas ou nenhuma delas, se não quisermos. Só precisamos encontrar o equilíbrio sobre o que realmente queremos.
Se você que construir uma carreira, mas sem abrir mão de uma vida familiar saudável, por exemplo, você pode trabalhar em uma distribuição mais igualitária das funções e tarefas dentro da sua casa. Afinal, de nada adianta buscarmos uma igualdade no mercado de trabalho, se tivermos que continuar a enfrentar essa dupla-jornada. Compartilhe com seu companheiro os cuidados com o seu filho, permita que ele exerça seu papel de pai com dedicação, negocie os afazeres domésticos, disponha de um tempo para você!
Mesmo ainda não vivendo em um mundo ideal para nós, devemos lembrar que temos a oportunidade de escolher a vida que queremos e como gostaríamos de viver, então viva da forma que você achar melhor, não como a sociedade te impõe. Acredite: we can do it!
Tatiana Leite é terapeuta de casal e família com especialização em Sexualidade Humana.



Tatiana Leite - Graduada em psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), a profissional possui especialização em terapia familiar e de casal, pela Pontifica Universidade Católica (PUC/SP) e Pós-graduação em Sexualidade Humana, pela Faculdade de Medicina da USP. O conhecimento acadêmico aliado à experiência em atendimento clínico fazem de Tatiana Leite uma profissional completa, com um olhar apurado e sistêmico sobre as diferentes formas de relacionamento

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