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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Sífilis: a maioria dos infectados não sabe que está com a doença



Falta de informação, relações sexuais sem proteção e com maior número de parceiros têm colaborado para o crescimento dos casos de sífilis no Brasil. A doença, sexualmente transmissível, pode ocasionar desde um simples mal-estar até graves sequelas neurológicas no decorrer da vida, caso não seja tratada adequadamente.

Segundo a Secretária Estadual de Saúde, entre 2007 e 2013, o número de pacientes com sífilis no Estado de São Paulo passou de 2.694 para 18.951 - aumento de 603%.  

O uso do preservativo é a principal forma de se prevenir da doença, já que a maioria das pessoas não sabe que está infectada.

De acordo com o urologista Fernando Almeida, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, a sífilis primária se manifesta de duas a três semanas após o contágio, quando feridas indolores aparecem nos genitais infectados e somem naturalmente após algum tempo. Se não for tratada, a bactéria pode permanecer dormente no organismo e se transformar em sífilis secundária, ocasionando dores musculares, febre, dor de garganta, entre outros. Esses sintomas geralmente também desaparecem sem tratamento e a bactéria volta a ficar inativa no organismo.

“Após as duas primeiras fases da doença sem um diagnóstico ou tratamento adequado, ela pode se transformar em sífilis terciária, o estágio mais perigoso, que acomete o sistema nervoso central e pode levar a pessoa a ter dificuldades motoras devido às sequelas neurológicas”, diz o especialista.

A sífilis pode ser detectada por meio do exame de sangue em todos os seus estágios. O médico também pode optar por recolher amostras de uma secreção presente no corpo, geralmente analisada com auxílio de microscópio.

O tratamento da doença é realizado com antibióticos e deve se estender aos parceiros sexuais. Uma vez curada, a pessoa pode voltar a ter a doença, portanto, prevenção é a palavra-chave.

“Nos dias atuais, as pessoas estão mais liberais com relação ao sexo e menos preocupadas com a proteção, principalmente os jovens. A falta do uso de preservativos e a multiplicação de parceiros sexuais faz com que a doença se espalhe mais facilmente”, alerta.



Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000 - www.hpev.com.br - www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV - www.twitter.com/Hospital_EV - www.youtube.com/user/HospitalEV

Rotina das grandes cidades pode afetar o coração





Segundo cardiologista do HCor, estresse gerado por fatores como trânsito, violência ou excesso de trabalho, favorecem o aumento da pressão arterial e a liberação de hormônios que podem comprometer seriamente a saúde cardíaca

Além de enfrentar uma intensa rotina de trabalho, quem vive em uma metrópole precisa lidar diariamente com fatores bastante desgastantes como o trânsito e a violência. Embora muitos tenham se acostumado ao ritmo dos grandes centros urbanos, enfrentar a rotina dentro deles gera muito mais do que um desgaste físico e emocional. “O estresse vivido por quem mora na cidade geralente causa um aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de provocar a liberação de hormônios que também podem prejudicar o coração”, diz a cardiologista do HCor – Hospital do Coração, Dra Magaly Arrais. 
Dra Magaly explica que em função do estado de tensão e alerta contínuo do corpo, o cérebro sofre alterações que levam a uma liberação de altos níveis de hormônios que geram instabilidade no organismo e podem provocar espasmos na artéria coronária, que irriga o coração, além de lesionar células cardíacas, conhecidas como miócitos, por causa do aumento dos radicais livres. “O excesso de hormônios como o cortisol e a adrenalina, por exemplo, aumentam os batimentos cardíacos e elevam a pressão arterial. Por isso, pessoas predispostas ou com problemas cardíacos podem sofrer infartos e até vir a óbito, caso sejam expostos a altos níveis de tensão e ansiedade", explica a cardiologista do HCor. 

Sintomas de estresse   
Para enfrentar a rotina urbana de maneira saudável, é preciso se cuidar. Por isso, a gerente de psicologia do HCor, Silvia Cury, explica como identificar sinais de tensão que podem indicar níveis mais altos de estresse. “Estresse é uma condição de desequilíbrio do funcionamento físico e mental e pode ocorrer quando o indivíduo precisa lidar e se adaptar constantemente com situações diversas e frequentes para serem superadas o tempo todo”, diz a psicóloga. “Fatores como pressão ou competição profissional, violência, insegurança, mudanças na rotina familiar, questões pessoais mal resolvidas ou perdas financeiras podem desencadear o problema”, revela Silvia. 
De acordo com a psicóloga, os sintomas que indicam níveis mais altos de estresse podem aparecer em estágios, nem sempre percebidos pelas pessoas. Primeiramente há a fase de alerta onde o evento estressor está presente e o individuo nem sempre consegue lidar com ele. Nesta fase pode ocorrer tensão física e emocional, dores musculares, irritabilidade, sensibilidade emocional, ansiedade e inquietação. O estágio seguinte é o da resistência onde, o evento estressor, que gera o estresse, está presente o tempo todo e nem sempre o indivíduo tem alternativas de enfrentamento para aquela situação. Nesta fase, pode surgir cansaço e perda de memória, dificuldade de atenção e concentração e aumento da ansiedade, aumento da pressão arterial.
"Quando o indivíduo não consegue se adaptar ao evento estressor e esgota todo seu repertório adaptativo e de possíveis respostas ele entra na fase da exaustão", explica Silvia. "Nesse estágio pode haver consequências mais graves como infarto, doenças de pele como psoríase e até morte súbita. Outras repercussões podem aparecer como: falta de interesse sexual, impotência, distúrbio menstrual, erupções dermatológicas, queda de cabelo, perda ou ganho de peso, desânimo e depressão", revela.

Alivie a tensão
Para lidar com esses problemas, é importante saber gerenciar o estresse. É fundamental reconhecer os próprios sentimentos, os sintomas de estresse, reconhecer as próprias limitações e procurar apoio de especialistas que auxiliem a enfrentar o problema, caso o indivíduo não consiga fazer isto sozinho. O especialista pode ajudar o indivíduo a reconhecer suas fragilidades e ajudá-lo a lidar com elas através dos mecanismos de enfrentamento da situação.  Outras dicas importantes: desfrutar de momentos que tragam prazer e relaxamento, praticar atividade física, ter uma vida social saudável e tirar férias uma vez ao ano. "Vale lembrar que a ingestão de bebida alcoólica, cigarro e o excesso de comida não auxiliam a pessoa. O ideal é buscar o equilíbrio emocional de maneira saudável", finaliza a psicóloga do HCor.

Os Desafios do Envelhecimento na Sociedade Moderna





Cinco dicas para melhorar os relacionamentos entre filhos e   pais idosos

O Brasil está amadurecendo, em 2020, teremos 30 milhões de idosos. Mas se passar dos 60 anos é sinônimo de mais sabedoria, por outro lado, junto de tanta experiência vêm os sinais do envelhecimento. Saber lidar de forma equilibrada com as necessidades e limitações apresentadas nesta fase da vida é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida. Para os especialistas o mais saudável a se fazer é encarar as transformações, para isso, o idoso precisa entender o processo, aceitar a realidade e adotar a prevenção como fator primordial.

Estas mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Segundo pesquisa encomendada pela empresa Senior Concierge para a MC15 Consultoria, 49% dos idosos se preocupam em ser um peso para a família. Eles esperam ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão, e ficam incomodados quando as pessoas os tratam como crianças, tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade.

Mas nem sempre os filhos têm a opção de dar total autonomia para os pais. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2015 pelo IBGE, indicam que 17,3% das pessoas acima de 60 anos apresentam limitações para exercer atividades diárias como utilizar meios de transporte, cuidar do próprio dinheiro ou fazer compras. Nesse estágio, a família que não se preparou para assumir a responsabilidade de ajudar na manutenção de vida do idoso, é pega de surpresa. E mesmo cuidados simples como levar para fazer compras no supermercado ou acompanhar em uma consulta médica podem se transformar em uma tarefa complicada para os filhos, devido ao excesso de trabalho e a vida agitada das grandes cidades.

Márcia Sena, que já atuou como executiva em grandes multinacionais farmacêuticas, sentiu a pressão para conciliar a carreira e os cuidados com o pai que adoeceu no início de 2015:  “Eu me via impossibilitada de acompanhá-lo ao médico ou para fazer exames, pois ou estava viajando, em reuniões ou até mesmo presa no trânsito caótico de São Paulo”, desabafa. Se levarmos em conta que três em cada 10 brasileiros levam em média uma hora entre um deslocamento, podendo levar até três horas se morar em uma região com mais de 100 mil habitantes, acompanhar um idoso em uma atividade externa demanda muito tempo de um dia útil de trabalho. Foi por perceber que outras pessoas passavam pela mesma situação de excesso de trabalho e falta de tempo que Márcia resolveu transformar sua dificuldade em oportunidade e montou uma empresa de suporte profissional para idosos que precisam de apoio para as atividades rotineiras.
Eliana Palmieri, enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, explica que o serviço de acompanhamento por um profissional de saúde tem um papel muito importante na manutenção da independência e autonomia dos idosos. “Eles podem continuar nas suas próprias casas e não vão se sentir dependentes dos filhos para realizar as tarefas diárias. A visita profissional tem como objetivo suprir a necessidade específica de cada idoso, como por exemplo: serviços de enfermagem, que pode compreender dar banhos, injeções ou fazer curativos; o acompanhamento em exames e consultas médicas; a ajuda em atividades rotineiras como fazer compras e ir ao banco, ou até mesmo para momentos de lazer como idas à igreja, ao cabeleireiro ou mesmo uma caminhada no parque. O acompanhamento feito por uma enfermeira durante a consulta ajuda no esclarecimento do que foi dito pelo médico e ainda tranquiliza os familiares de que o idoso não irá se esquecer de nenhuma orientação. Já a função de acompanhante nas atividades sociais aumenta a socialização, melhora autoestima e a qualidade de vida deles. Como detectamos em nossas pesquisas que os idosos se ressentem de serem vistos amparados por profissionais vestidos de branco, por passar uma imagem de dependência, elaboramos um serviço de acompanhamento no qual profissionais totalmente capacitados técnica e emocionalmente para dar suporte aos idosos, se vestem de forma elegante, porém não de branco. Desta forma, podem ser vistos como um amigo ou um membro da família, o que promove a autoestima do idosos” explica.

A relação de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou o surgimento de doenças mais sérias.  A consultora de custo hospitalar, Leide Moitinho, de 60 anos, teve que deixar o emprego no início de 2015 para ajudar a irmã, que cuidava da mãe há mais de seis anos. Dona Lála, como é conhecida carinhosamente pela família, sempre teve uma saúde frágil. Hoje, com 83 anos, seu quadro se agravou com o diagnóstico de um câncer no intestino, dois AVCs e um tumor de pele.  A rotina diária de cuidados é pesada e inclui higiene, alimentação, a administração de diversos medicamentos durante o dia, acompanhamento em visitas ao médico e fisioterapia. Com tantas atividades necessárias, dificilmente sobra tempo para algum lazer. A história da Leide e suas irmãs reflete o perfil dos cuidadores brasileiros, composto por membros da família e na sua maioria mulheres.

A falta de recursos financeiros para contar com cuidador 24 horas ao lado do idoso debilitado, ou mesmo o desejo de muitas famílias de estarem diretamente presentes nos cuidados diários dos parentes queridos, faz com que a contratação esporádica do serviço de acompanhamento pontual de saúde signifique um grande auxílio e, em muitos casos, a manutenção da saúde do próprio cuidador familiar.

O drama da dificuldade dos filhos em dar suporte aos pais idosos é tema de lei no Brasil. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 230 diz: "A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. E o Estatuto do Idoso veio para priorizar ainda mais esses direitos.

Mas esta dificuldade de conciliar a vida moderna com as necessidades impostas pelo envelhecimento dos parentes não é exclusividade nossa. Na China a adoção da política do filho único, em 1979, trouxe consequências sérias à sociedade, porque somente uma pessoa fica responsável por amparar os pais na velhice. Tal situação levou o governo chinês a criar, em 2013, uma lei que permite que os pais processem os filhos que não dão atenção para eles. É obrigatório que os filhos façam visitas regulares e estabeleçam contato por telefone.

Cuidar de um idoso e dar suporte nesta etapa da vida pede muito amor e sabedoria por parte dos filhos e familiares. Para aqueles que desejam melhorar a qualidade desta relação entre gerações, a enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, Eliana Palmieri, traz cinco dicas simples e eficazes:


1.      Valorize seu conhecimento: Idosos são pessoas que já viveram muito, acumularam sabedoria e, por isso mesmo, merecem ter suas histórias de vida respeitadas. Valorize a opinião e leve em consideração os desejos dos mais velhos. Devemos conviver com o idoso, respeitando suas limitações e salientando as suas qualidades.

2.      Incentive a olhar para o futuro: Incentive que tenham novos objetivos e os motive para que coloquem em prática novos projetos de vida. Ter sempre uma nova meta a qual realizar nos estimula física e mentalmente, gera motivação e alegria de viver.

3.      Cuide com discrição: Dê a atenção que eles necessitam sem trazer à tona toda hora os aspectos negativos da velhice.  Ofereça apoio, mas cuide para que não se sintam expostos. Eles se ressentem de serem tratados como incapazes.

4.      Dê toda autonomia que eles merecem: Existem diversos produtos, serviços e estruturas especializadas que permitem que o idoso viva com independência. Muitas vezes não é preciso que eles morem no mesmo teto para que você possa cuidar bem deles.

5.      Incentive a interação social: Estudos indicam um aumento na qualidade de vida e na longevidade em idosos que apresentam uma vida social intensa. A vida social do idoso não se resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como um grupo religioso, por exemplo.  Faça visitas e proponha atividades culturais para eles frequentarem.


Eliana ainda faz questão de lembrar que: “Mesmo diante de certa perda de vitalidade os idosos têm diversas possibilidades de desenvolvimento e muito que oferecer para a família e para a sociedade.

Senior Concierge - www.seniorconcierge.com.br

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