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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Uso de fitoterápico sem orientação pode levar a problemas de saúde





Produtos caíram no gosto do consumidor brasileiro por levarem fama de “naturais”, mas podem causar alergias e outros efeitos colaterais a quem os usa de forma indiscriminada
Os medicamentos fitoterápicos são preparados com princípios ativos de origem vegetal e, por isso, são vistos como uma alternativa “natural” quando comparados a outros produtos – o que não é verdade. Eles passam por processo industrial, como os sintéticos, e, além disso, a própria matéria-prima que serve de base pode causar alergias e efeitos colaterais em algumas pessoas.
Constantemente comparados a medidas caseiras ou chás, estes medicamentos estão mais próximos dos efeitos causados por medicamentos sintéticos. É importante ressaltar que qualquer substância tem efeitos em seres vivos, independente de sua origem. Por isso, os fitoterápicos são substâncias ativas que podem ser nocivas.
É evidente que os fitoterápicos também apresentam eficácia, pois são avaliados com o mesmo rigor que medicamentos sintéticos e devem apresentar estudos farmacológicos e toxicológicos que provem seu benefício e segurança.A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável pela regulação de medicações no Brasil e tem dado atenção especial aos fitoterápicos. Em recomendação de 2014, por exemplo, a entidade contraindicou o uso do Hedera Helix, bastante popular entre os consumidores brasileiros, para menores de dois anos, por não apresentar provas suficientes de sua segurança às crianças até esta idade.
A orientação é que sempre se procure um médico especialista antes de ingerir qualquer tipo de medicamento, incluindo fitoterápicos. O uso indiscriminado de qualquer substância pode causar sérios problemas à saúde.

LABIRINTO NA AVENIDA PAULISTA CONSCIENTIZA POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO DAS DOENÇAS RARAS




Ação faz parte do Dia Mundial das Doenças Raras, que terá também um evento na Assembleia Legislativa para ampliar o conhecimento, discutir a legislação vigente e expor as dificuldades ligadas às doenças raras no País

 Duas ações em São Paulo voltadas para a população, profissionais da saúde e gestores públicos marcam o Dia Mundial das Doenças Raras, que ocorre em 29 de fevereiro. A primeira delas envolve a criação de um labirinto de 50 metros quadrados no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, para mostrar à população as dificuldades enfrentadas por pacientes e familiares até chegarem a um diagnóstico correto sobre as doenças raras, que só no Brasil acometem 13 milhões de pessoas8. A outra inciativa será realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo e tem como objetivo ampliar o conhecimento, discutir a legislação vigente e expor as dificuldades relacionadas às doenças raras no Brasil.
Com o mote “Fique por dentro das doenças raras e encontre uma saída”, o labirinto ficará montado no Conjunto Nacional nos dias 29 de fevereiro e 1 de março, das 11h às 19h. Trata-se de uma instalação lúdica e interativa, que propõe um passeio imersivo no interior de um ambiente cenográfico, valorizando o entendimento a respeito das doenças raras e destacando a importância do diagnóstico correto. A ação é apoiada pela Shire. “Os pacientes e suas famílias, infelizmente, entram num ciclo interminável de visitas ao médico, de encaminhamentos, o que torna a busca pelo diagnóstico angustiante e desanimadora”, explica Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose e Doenças Raras (APMPS-DR).
Normalmente, as doenças raras se escondem por trás de sintomas de problemas comuns, tornando o diagnóstico extremamente desafiador e muitas vezes equivocado¹. Pesquisas relevam que o tempo poderá ser de vários anos (cinco anos em média) para que os pacientes de doença rara recebam o diagnóstico correto, com consultas a diferentes médicos e possíveis diagnósticos equivocados ao longo do percurso¹,²,³.
Já na Assembléia Legislativa de São Paulo, a APMPS-DR, em conjunto com Frente Parlamentar da Saúde e Pesquisas Clínicas da Assembleia Legislativa de São Paulo e associações parceiras, realizarão um evento no dia 29/02, das 9h às 17h horas, no auditório Paulo Kobaiashi, para ampliar o conhecimento do público sobre a temática das doenças raras, reunir e agregar instituições relacionadas à área, além de gestores e parlamentares. Na ocasião, serão debatidas novidades a respeito da Portaria Pública de Atenção às Pessoas com Doenças Raras no SUS (199/14), bem como as dificuldades enfrentadas na implantação, a importância da ampliação da Triagem Neo-Natal e as dificuldades das Pesquisas Clínicas para Doenças Raras no Brasil.
“Somente com eventos como este, em que reunimos todos os maiores interessados nesta temática, é que poderemos, efetivamente, construir uma nova história. Ali, naquele momento, onde todas as partes estarão envolvidas e trocando informações, além de experiências, podemos acreditar que a visão em prol dos portadores de doenças raras aumentará”, enfatiza Regina.

Condição rara

Segundo o Ministério da Saúde, são chamadas de raras as doenças que acometem no máximo 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Atualmente, existem cerca de 7 mil doenças raras já identificadas, que afetam 5% da população mundial, totalizando 350 milhões de pessoas2-4. Do total de doenças raras, 80% têm causas genéticas, muitas são crônicas e podem levar à morte6. Entre elas estão a Doença de Fabry, a Doença de Gaucher, o Angioedema Hereditário, e a Síndrome de Hunter ou mucopolissacaridose tipo II (MPS II).

Estima-se que 75% das doenças raras afetem crianças e 30% dos pacientes com doenças raras morram antes dos cinco anos de idade7. Entre essas enfermidades está a Síndrome de Hunter ou MPS II, causada pela ausência ou insuficiência de uma enzima responsável pela quebra dos mucopolissacarídeos, com incidência de 1 em cada 162 mil meninos nascidos vivos. Trata-se de uma doença genética hereditária, ligada ao cromossomo X. Atinge principalmente as pessoas do sexo masculino e é causada pela deficiência de uma enzima chamada iduronato-2-sulfatase. A doença interfere na capacidade do organismo em quebrar e reciclar determinadas substâncias conhecidas como mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanos (GAGs) no lisossomo, resultando em disfunção orgânica multissistêmica. Se a doença não for diagnosticada e tratada precocemente, a expectativa de vida para os portadores da síndrome é de aproximadamente 15 anos.

“Hoje, o principal entrave para o diagnóstico e para o tratamento de pacientes portadores da síndrome de Hunter e de doenças genéticas incomuns, é o desconhecimento por parte dos médicos e profissionais de saúde em geral, com um diagnóstico tardio e, muitas vezes, errôneo da doença. Isto se deve ao fato dos sintomas apresentados pelos pacientes serem facilmente confundidos com doenças comuns em crianças”, afirma Regina Próspero, da APMPS-DR.

No Brasil, a incidência das doenças raras ultrapassa 6% da população8. Ou seja: cerca de 13 milhões de brasileiros têm uma doença grave rara e sofrem com intermináveis idas e vindas aos consultórios médicos, em busca de um diagnóstico preciso e tratamento eficaz. “A conscientização da população sobre as doenças raras e a união de todos os que se dedicam à saúde (de hospitais à universidade) e à gestão de serviços públicos garantirá diagnósticos que podem salvar milhões de vidas e amenizar os sofrimentos de outras”, finaliza Regina Próspero.



 29/02 e 1º de março – das 11h às 19h
 “Fique por dentro das doenças raras e encontre uma saída”, com labirinto gigante
 Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 – Gratuito

29/02, das 9h às 17h
 Encontro na Assembleia Legislativa de São Paulo
 Endereço:  Av. Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera-  no Auditório Paulo Kobaiashi

Herpes deve ser levado a sério






Quando se fala em herpes, vem logo à cabeça o desconforto que provoca. Mesmo quem nunca enfrentou o problema é capaz de imaginar. As bolhas e feridas no lábio causam coceira, dor, incômodo e mal-estar pela aparência ruim. As crises podem vir e voltar e são mais frequentes do que parece.
O HSV - vírus do herpes simples humano - tipo 1 é o principal responsável pelas lesões orais, e o tipo 2, pelas lesões genitais, mas ambos podem causar lesões orais e/ou genitais.
Normalmente, o quadro se inicia com um ardor e/ou dor e uma vermelhidão no local, que evolui com o surgimento de pequenas vesículas agrupadas e, em seguida, com formação de crosta. Outro tipo, mais grave, é a herpes zoster, causado pelo vírus Varicela zoster, o mesmo vírus da catapora.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 90% da população têm o vírus do herpes simples e cerca de 40% manifestam sintomas. Os números mostram o quanto o herpes é contagioso. E é, principalmente, na infância que a transmissão costuma ocorrer, pelo contato com a saliva ou pele de quem está com o vírus ativo.
Na primeira vez que o herpes se manifesta, os sintomas costumam ser mais intensos. “As lesões podem acometer os lábios, região perioral, mucosas e outras regiões da face. Além disso, os pacientes podem apresentar febre, dor de cabeça e dificuldade para se alimentar”, explica a dermatologista Dra. Darleny Daher.
Com o tempo, as crises se tornam mais leves, mas a médica alerta que, mesmo assim, não devem ser desconsideradas. O acompanhamento com dermatologista é fundamental para aliviar os sintomas com remédios orais ou pomadas. Segundo a Dra. Darleny Daher, o herpes não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a intensidade e a duração das crises. “É muito importante evitar a automedicação. O uso inadequado de remédios, sem prescrição do dermatologista, pode tornar o vírus mais resistente. O ideal é iniciar o tratamento o mais precocemente possível, assim que começarem os sintomas”, afirma.
A dermatologista ainda aconselha a lavar bem as mãos para que o vírus não se espalhe por outras partes do corpo. Como o herpes é contagioso quando está ativo, o ideal também é evitar beijar e falar próximo de outras pessoas, principalmente de crianças, até ficar totalmente curado. No caso do herpes genital, o recomendado é usar preservativo durante as relações sexuais.
Depois que os sintomas desaparecem, geralmente após sete dias, é hora de cuidar da prevenção junto com o dermatologista. Fatores desencadeantes, como quedas de imunidade, estresse e exposição ao sol, podem provocar novas crises. Mas com orientação e acompanhamento médico é possível ficar longe delas.
 Dra. Darleny Costa Daher, dermatologista

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