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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Consumo exagerado de álcool e energético pode fazer mal ao coração





O Carnaval chegou, e com ele a folia e os exageros típicos desta época. Durante as festas, é comum encontrar grande oferta de bebidas alcoólicas e energéticas, mas o que poucos sabem é que essa mistura representa um verdadeiro risco para o coração.

Muito procuradas por foliões que pretendem ficar despertos por horas de festas seguidas, as bebidas energéticas são compostas por substâncias com poder de excitação cardíaca, como cafeína, taurina e ginseng e, quando aliadas às bebidas alcoólicas, criam uma combinação que pode se tornar uma bomba relógio. “Quando misturada, a bebida eleva a frequência do coração, podendo causar irritação seguida de arritmia cardíaca”, explica o cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Os foliões com predisposição a doenças cardíacas precisam maneirar no consumo de energéticos. Estima-se que uma lata da bebida equivale a três xícaras de café, e esse poder de excitação aliado à ansiedade e altas taxas de estresse pode ser fatal. Entre os efeitos colaterais da ingestão dessa dupla perigosa estão taquicardias, ansiedade, insônia e tremores. Para prevenir tais riscos em meio à festa carnavalesca, o especialista alerta: “os lugares que vendem esse tipo de bebida e têm grande concentração de pessoas precisam estar preparados para atender vítimas da ingestão indevida da mistura, pois o primeiro atendimento é primordial para reverter o quadro”.

Dermatologista dá ‘dicas de sobrevivência’ para o carnaval





De alergias a pisões, saiba quais cuidados tomar para aproveitar ao máximo sua festa

Carnaval, tempo de folia, música e diversão. Para não estragar tudo, é importante evitar possíveis probleminhas aos quais pele, pés e cabelos estão sujeitos. “Além dos cuidados já recomendados para o verão, fantasias, tintas, maquiagens e espumas podem, por exemplo, causar alergias. É preciso estar sempre atento para evitar consequências mais graves”, ressalta o dermatologista Bruno Vargas, sócio-diretor da clínica Inovatto. Segundo o especialista, algumas medidas simples podem evitar dores de cabeça. Confira as dicas e tenha um carnaval mais saudável!
Tecidos leves, cores claras e roupas largas combinam melhor com uma folia saudável. “Na hora da escolha das fantasias, o material deve ser observado para evitar dermatites de contato. Tecidos sintéticos como lycra, nylon e cetim, tingidos com muita coloração, ou roupas muito fechadas podem causar irritações” alerta.
Para complementar os trajes, vêm as maquiagens, que também devem ser utilizadas com moderação. “Para quem não costuma usar maquiagens, vale fazer um teste na véspera, passando um pouco no próprio punho e observando por algumas horas se haverá reação alérgica. Além disso, a composição dos produtos também deve ser avaliada, pois algumas substâncias reagem em contato com o sol, causando queimaduras ou manchas”, explica. O médico lembra ainda que antes de passar maquiagens deve-se aplicar um hidratante específico para o seu tipo de pele, prime, seguido do filtro solar. Ao retornar para a casa, o folião deve lavar o rosto com o sabonete mais adequado ao seu tipo de pele.
Para quem não tem o hábito de praticar atividades físicas, os quatro dias podem se tornar uma verdadeira maratona e, nesses casos, segundo Vargas, há cremes com propriedades calmantes que ajudam a relaxar as pernas e os pés ao final do dia. Ele alerta ainda para o contato com substâncias tóxicas presentes em espumas e sprays, que podem causar reações alérgicas na pele, rinite, asma e conjuntivite.
Por fim, o filtro solar deve ser usado diariamente, especialmente no verão. E, considerando-se a longa exposição que os foliões enfrentam, é importante lembra-se de aplicar o filtro solar antes de sair no bloco. “É importante, ainda, fazer reaplicações ao longo do dia. Existem embalagens bem compactas que devem se tornar item obrigatório”, diz. Ele atenta ainda que o tempo de exposição às radiações solares e o horário também devem ser observados. “Além disso, há outras formas de se proteger, como buscar lugares à sombra ou usar chapéu e guarda-sol. Não se esquecendo de passar um bom protetor labial, principalmente, nos lábios inferiores, para evitar risco de câncer no local”, recomenda o dermatologista.

Cuidados com os pés
Os pés devem ser tratados com bastante cuidado para se aguentar o carnaval todo. Por isso, a escolha dos sapatos faz toda diferença: devem ser escolhidos aqueles mais confortáveis, que, ao mesmo tempo protejam dos pisões e deixem os pés à vontade. “No caso de aparecerem bolhas, não é recomendado furá-las, pois isso pode causar infecções. O melhor é usar sapatos abertos para arejar e, neste caso, a atenção para fugir dos pisões deve ser redobrada”, recomenda o médico.
Mas, em meio à multidão, nem sempre dá para fugir das pisadas e, caso alguma unha fique roxa, não se deve tentar removê-la. “Não é aconselhável o uso de receitas caseiras. O melhor é procurar um dermatologista para verificar e tratar a lesão, pois é preciso identificar se é apenas um machucado ou algum fungo”, explica. Ele ressalta que somente se a unha estiver muito solta é que se deve tirá-la, e a recuperação total pode demorar um pouco, pois as unhas dos pés demoram bem mais para crescer.

Carnaval: combate à exploração sexual de crianças e adolescentes





Assistente social do CRESS-SP conta que vigilância precisa ser constante e intensificada no período de folia 

A Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério do Turismo reforçarão o canal de denúncias Disque 100 para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes durante o carnaval. O serviço, que já funciona 24 horas por dia, terá o número de atendentes reforçado em 20% para o período em que o País recebe grande fluxo de turistas. Para a assistente social e diretora do Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo (CRESS-SP), Kelly Melatti, a medida é positiva, mas apenas um dos pontos-chave para o enfrentamento do problema. “É fundamental que o Estado proporcione, por meio de políticas sociais efetivas, estratégias de prevenção, atendimento e proteção às crianças e adolescentes e suas famílias”, afirma.
Ela explica que todos os atores envolvidos na proteção de crianças e adolescentes precisam trabalhar na perspectiva da responsabilidade coletiva e da importância de ações conjuntas de proteção. Apenas um trabalho unificado envolvendo campanhas de sensibilização e métodos de denúncia efetivos pode mudar o panorama atual, em que o Brasil é visto como foco de turismo sexual.
“O combate efetivo a esse tipo de violência perpassa por uma mudança na concepção de mundo. Não podemos compactuar com uma sociedade em que o corpo de mulheres, crianças e adolescentes é visto e tratado como mercadoria. Atuar no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes é, portanto, atuar para a alteração dessa lógica perversa de dominação.”, comenta a assistente social.

Proteção em foco
Para o carnaval deste ano, o Governo traz a campanha “Não desvie o olhar. Fique atento. Denuncie. Proteja nossas crianças e adolescentes da violência”, com ações como divulgação de peças, somadas ao Disque 100, que recebeu um total de de 80,4 mil denúncias em 2015 relacionados a essa população. Para a diretora do CRESS-SP, todos os esforços nesta época do ano são importantes, na medida em que realizar a denúncia já é ter um olhar sensível aos direitos de crianças e adolescentes.
“Dar publicidade à essa temática e expor a problemática vivenciada pelo país a toda sociedade e principalmente aos profissionais que trabalham com turismo, como taxistas, garçons e funcionários do setor hoteleiro, é fundamental para colaborar nas estratégias de proteção de crianças e adolescentes”, finaliza Kelly.

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