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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Endividamento atinge metade das famílias paulistanas em dezembro





Após três recuos consecutivos, número de famílias endividadas voltou a subir no último mês de 2015

O número de famílias endividadas voltou a subir em dezembro após três meses consecutivos de queda. No último mês de 2015, exatamente metade das famílias da capital paulista tinham dívidas - alta de 0,7 ponto porcentual em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2014, quando atingiu 43,1%, a proporção de endividados cresceu 6,9 pontos porcentuais. Em números absolutos, o total de famílias com dívidas passou de 1,546 milhão para 1,793 milhão - aumento de 247 mil famílias em um ano.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na avaliação da assessoria econômica da Entidade, o recebimento do 13º salário foi importante para muitos consumidores colocarem as contas em dia, se precaverem das incertezas econômicas e já se prepararem para o acúmulo de obrigações financeiras e tributos no início do ano. Recorrer à poupança também tem sido uma estratégia para quitar débitos.

Isso ajuda a entender a estabilidade em 53,2% da proporção de famílias de baixa renda endividadas entre novembro e dezembro. Entretanto, diante da inflação elevada e do aumento do desemprego, as famílias de baixa renda são as que mais sofrem para manter o padrão de consumo, contratando muitas vezes empréstimos imprevistos para equilibrar o orçamento. Por isso a proporção de endividados com renda de até dez salários mínimos subiu 7,8 pontos percentuais na comparação com dezembro do ano passado, quando estava em 45,4%.

O crescimento da proporção total de famílias endividadas entre novembro e dezembro, assim, foi causado pelo aumento sazonal do endividamento entre as famílias que têm renda superior a dez salários mínimos. A parcela com dívida neste segmento passou de 37,9% em novembro para 40,7% em dezembro. No mesmo mês de 2014, o valor era de 36,4%.

O estudo mostra também que 39,1% dos endividados têm dívidas com prazo superior a um ano; 24,7%, de até três meses; 17,2%, entre três e seis meses; e 16,5%, entre seis meses e um ano.

Inadimplência
O número de famílias inadimplentes, que se mostrou crescente ao longo do ano, recuou na reta final de 2015, favorecido pelo recebimento do 13º e pelo conservadorismo cada vez maior dos bancos e das famílias. Em dezembro, 17,2% das famílias paulistanas informaram estar com as contas atrasadas, número praticamente igual aos 17,1% de um mês antes e inferior aos 18% de outubro, quando a proporção de inadimplentes atingiu o maior valor do ano. Em dezembro de 2014, porém, o valor estava em 10,9%, de forma que o crescimento em um ano revela a dificuldade que muitas famílias encontraram ao longo de 2015 para manter as contas em dia por causa da deterioração do cenário econômico.

Entre as famílias de baixa renda, a proporção de inadimplentes caiu de 20,8% em novembro para 19,7% em dezembro - em dezembro de 2014, o valor era de 13,6%. Já entre as de renda superior, a proporção subiu de 8,5% para 10,8% - em dezembro de 2014, estava em 4,3%.

Entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, não chama atenção apenas o crescimento da proporção de inadimplentes, mas também a parcela de famílias que não conseguirão pagar as contas no próximo mês, que passou 0,8% em dezembro de 2014 para 2% em novembro e 4,6% em dezembro de 2015. Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, a proporção passou de 5,4% em dezembro de 2014 para 9,5% em novembro e 8,3% em dezembro de 2015.

Com isso, a proporção total de famílias que não terão condições de pagar as contas atingiu 7,3% em dezembro, o maior valor desde setembro de 2009, evidenciando que o cenário para a inadimplência merece atenção, já que deve se deteriorar ao longo de 2016 principalmente por causa do aumento esperado para o desemprego.

Tipos de dívida
O cartão de crédito novamente despontou como principal tipo de dívida das famílias paulistanas, citado por 71,8% das famílias endividadas, seguido por carnês (17,9%), financiamento de carro (17,8%), financiamento de casa (12,7%), crédito pessoal (12,5%) e cheque especial (8,7%).

A Entidade aponta que, com o acesso restrito a crédito, as famílias de menor renda têm recorrido muitas vezes ao rotativo do cartão de crédito, o que coloca a saúde das finanças em risco por causa dos juros elevados dessa modalidade.

Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital, são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores.

O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis de endividamento e de inadimplência do consumidor. Com base nas informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

Driblando os preços altos dalista de material para a volta às aulas





A variação de valores pode ser grande entre uma papelaria e outra, por isso, o melhor é não comprar por impulso

Início de ano nem sempre é fácil na área financeira, pois com as festas de fim de ano e a compra dos presentes, e depois o planejamento dos pagamentos de impostos, como IPTU e IPVA, e a renegociação das matrículas nas escolas, é necessário pensar também na compra de uniformes e materiais escolares. Tudo isso pesa no bolso, principalmente com a recessão vivida no Brasil atualmente, que tem levado as famílias a repensarem seus orçamentos e buscarem redução de gastos.
Mas há compromissos inadiáveis e por isso, ao sair às compras não dá para gastar por impulso, é necessário pesquisar entre uma papelaria e outra, pois pode haver uma grande variação de preço. Um dos produtos mais comprados são os cadernos, porém é necessário ficar atento aos preços de produtos pequenos como apontadores, lápis, borrachas, canetas esferográficas, tesourinhas, giz de cera, lápis de cor, colas, compassos, entre outros, que costumam sofrer muitas variações numa cotação. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa do Procon-SP de 2015, uma caneta pesquisada teve valores que iam de R$ 0,40 até R$ 0,85, uma diferença de 112,5%.
Surpreendentemente, a lista de algumas escolas chegam a ter até vinte itens, podendo levar a um investimento médio de R$ 100,00 por criança. Se a família é grande, a conta fica mais alta. Ir às compras com a garotada pode deixar o cálculo ainda maior, pois se depender das escolhas deles muitos destes objetos terão cores e designs diferenciados ou personagens, que costumam estampar cadernos e mochilas.
Porém, para economizar não existe mistério: será necessário pesquisar, buscar lojas físicas ou online com ofertas melhores, mesmo que seja necessário comprar por partes em cada local, valerá a pena. E com o trânsito das cidades grandes, para facilitar e não gastar a sola do sapato, quando a preferência é ir às lojas de ruas ou shopping, o melhor é navegar na internet antes de comprar e conferir “como andam” os preços da sua lista e onde é mais em conta.
Visite redes sociais e compartilhe ofertas, troque informações com outros pais, ou simplesmente entre num site de pesquisa. Neste segmento online de informações sobre preço surgiu recentemente o Dica de Preço, que funciona como uma rede social, onde o usuário pode trocar informações sobre o preço com outros usuários; ou ainda usar o “Comparador”, onde com apenas dois cliques o consumidor poderá ver as melhores ofertas em diferentes lojas. Veja como funciona: www.dicadepreco.com.br .
Além disso, outra dica é fazer orçamentos em diferentes comércios e sempre pechinchar descontos antes de passar o cartão. “Se a ideia é realmente economizar, é importante vencer os apelos dos filhos por itens mais caros e, dependendo da idade, com “jeitinho” dar uma aula de economia a eles, que certamente servirá para a vida toda”, alerta Leonídio de Oliveira Filho, empresário que se inspirou no pai, que tinha por hábito pechinchar, para criar o Dica de Preço.








O que você deve, ou não, fazer em uma entrevista de emprego?





Saiba estratégias que podem garantir a sua vaga.
Quando o assunto é entrevista de emprego, pensar antes de falar ou fazer é uma atitude mais do que necessária. Um pequeno deslize involuntário pode custar o emprego em questão e, por isso, é importante saber quais atitudes e palavras evitar nessa primeira impressão. Afinal, “a primeira impressão é a que fica” e, para mudá-la, é preciso um esforço muito maior.

Existem algumas frases clichês que deixam uma má impressão nos recrutadores – mas, para “fugir” delas, não é tão complicado assim. “Ser criativo é algo que conta muitos pontos. Porém, apenas dizer que é criativo, não. Quando a palavra é usada para se autodefinir, ela vira um adjetivo vazio” explica Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers. Nesse caso, é melhor não dizer nada – se você realmente for criativo, o seu portfólio vai deixar isso claro, sem precisar de reafirmação.

Quando – e se - perguntado sobre os trabalhos anteriores, é preciso ser claro, conciso, e dizer apenas o necessário. “Fale por quanto tempo trabalhou em cada um deles, de quais projetos participou e quais competências desenvolveu por meio deles, sem ‘encher linguiça’”, diz.

Outra atitude comum nas entrevistas é o candidato dizer que está procurando novos desafios – que nada, ele está procurando um novo emprego, o entrevistador sabe disso. “Nessas horas é melhor dizer que está interessado no trabalho e que ele vai contribuir para o seu crescimento profissional, sempre demonstrando vontade de aprender coisas novas”, exalta Madalena.

Uma dica importante para quem deseja conquistar a vaga é a de antecipar os possíveis problemas que podem acontecer. “Dizer que gosta de acompanhar os processos até o fim, sem deixar nada pela metade, e comentar, por exemplo, que é você quem planeja, cobra e marca as reuniões nos trabalhos na faculdade, pode contar alguns pontos a seu favor”, comenta Madalena.

Além disso, existem algumas atitudes que devem ser tomadas durante toda e qualquer entrevista, como por exemplo usar gírias, palavras chulas e gerúndio demais podem incomodar o entrevistador, assim como pessoas que falam alto demais. A especialista comenta que mentir nunca é uma boa opção, e chegar ao local da entrevista ansioso pode prejudicar a seleção. “É sempre bom descobrir o que faz a ansiedade diminuir, pode ser uma música, uma leitura, uma conversa descontraída...”, alerta Madalena.

Também é importante se informar sobre a empresa em que pretende trabalhar - visite o seu site e fique atento aos tópicos "valores" e "missão" – e se portar da forma que a empresa “pede”. “Não aja de modo mais ou menos formal do que o necessário. Antes da seleção, vá até a empresa (se for possível) ou ainda observe como as pessoas que trabalham lá se comportam. É dessa forma que você deverá agir”, ressalta a especialista.

E sempre, se restar alguma dúvida, não tenha medo de perguntar como você se saiu e se cometeu algum erro que possa corrigir no futuro. Se o entrevistador der essa abertura, essa é uma atitude válida – que pode contar pontos para conquistar esse emprego, ou para um emprego futuro, já que dessa forma você fica ciente dos possíveis erros que cometeu.

Madalena Feliciano -Diretora Geral da Outliers Careers
madalena@outlierscareers.com.br - www.outlierscareers.com.br                                                                       
Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.

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