Câncer de Ovário: Conheça os sinais e fatores de risco do mais grave
entre os tumores ginecológicos
Nesta sexta-feira, 8 de maio, Dia
Mundial do Câncer de Ovário, os especialistas do Centro Paulista de Oncologia
(CPO) do Grupo Oncoclínicas do Brasil alertam a população para os sinais e os
fatores de risco referentes à doença. ”A falta de informação em relação ao
diagnóstico, aos sintomas relacionados a essa doença e a dificuldade de acesso
ao sistema de saúde contribuem para o diagnóstico tardio do câncer de ovário,
reduzindo as chances de um tratamento curativo. Precisamos vencer esses
desafios com mais informação e acesso para poder fazer diagnóstico precoce e
consequentemente melhorar o prognóstico das pacientes e a eficácia do
tratamento,” avalia a oncologista clínica do CPO, Mariana Laloni.
É comum confundir
os sinais da doença com outras sintomas de doenças de gravidade menor que o
câncer, como distúrbios gastrointestinais e dor abdominal ou pélvica. Entre os
principais sintomas estão:
· Volume abdominal aumentado / inchaço
persistente
· Dificuldade para comer / sentir-se
estufado ou empachado rapidamente
· Dor abdominal ou pélvica
· Urgência e/ou aumento da frequência
miccional
Quando a mulher
apresenta um ou mais sintomas acima num período de três semanas, é fundamental
relatar o quadro “a um médico.
Considerado o mais
grave entre os tumores ginecológicos, o câncer de ovário é responsável pela
morte de 140 mil mulheres por ano no mundo. No Brasil a estimativa é de haver
5.680 casos novos. Destes, 1.550 são esperados no estado de São Paulo, o que
equivale a 27% do total nacional, conforme a última estimativa divulgada pelo
Instituto Nacional do Câncer, referente a 2014-15.
Fatores de risco
· Idade igual ou superior a 60 anos. É raro em mulheres com menos de 40
anos de idade.
· Obesidade
· As mulheres que têm a sua primeira
gravidez depois de 35 anos de idade ou que nunca tiveram uma gravidez têm um
maior risco de câncer de ovário
· As mulheres que usaram contraceptivos orais (também conhecidos como
pílulas anticoncepcionais ou a pílula) têm um menor risco de câncer de ovário.
· Histórico familiar, inclusive de haver casos de câncer de mama e
colorretal
· Dieta – manter dieta equilibrada reduz o risco de câncer de ovário
5 fatos apontados
pela Campanha Mundial que devem ser disseminados
Fato 1: Todas as mulheres
têm risco de desenvolver câncer de ovário - O câncer de ovário é diagnosticado
anualmente em quase 250 mil mulheres no mundo sendo responsável por 140 mil
mortes por ano. Ao contrário de outros tipos de câncer, países
desenvolvidos e em desenvolvimento são igualmente afetados pela doença. É
importante estar ciente dos sintomas, fatores de risco e sua história familiar
de ambos os lados de seu pai e mãe da família.
Fato 2: Conhecer os
sintomas podem capacitar as mulheres a ter acesso ao diagnóstico mais precoce,
fase em que a doença é mais facilmente tratável (veja sintomas acima)
Fato 3: Diagnóstico numa
fase precoce amplia taxa de sobrevida
Quando detectado na
fase inicial e o tumor não se espalha além do ovário, até 90% das mulheres pode
apresentar taxa de sobrevida superior a cinco anos.
Fato 4: O câncer de
ovário é muitas vezes diagnosticado numa fase tardia
O câncer de ovário
é frequentemente diagnosticado já em estágio avançado e as mulheres muitas
vezes demoram a procurar ajuda. Isso pode ser porque a mulher acha que seus
sintomas são devido a fatores como menstruação, menopausa e, até mesmo, a algo
que ingeriram entre os alimentos e causam dor de estômago e queixas
digestivas.
Fato 5: Muitas
mulheres acreditam erroneamente que um teste de esfregaço do colo do útero (ou
teste de Papanicolaou) irá detectar câncer de ovário
Na verdade este
exame detecta alterações pré-cancerosas para as células do colo do útero, cujo
tratamento é diferente do câncer de ovário.