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terça-feira, 6 de junho de 2023

Vagas de garagem em condomínios: um direito ou um privilégio?

Brigas envolvendo vagas de garagem em condomínios são cada vez mais frequentes e podem se tornar um problema sério para os moradores. Entender seus direitos é fundamental para evitar conflitos desnecessários e injustiças. O advogado especialista em direito condominial, Dr. Issei Yuki Júnior, explica o tema com mais profundidade e oferece dicas valiosas para que você saiba como agir caso enfrente uma situação semelhante em seu condomínio.

 

O que diz a lei sobre vagas de garagem em condomínios?

A legislação brasileira trata as vagas de garagem em condomínios como unidades autônomas, ou seja, elas têm uma matrícula independente no registro de imóveis e podem ser de uso exclusivo do titular. Porém, há casos em que a vaga é considerada um direito acessório, vinculado a um apartamento, sendo de uso particular, ou área comum, quando seu uso couber a todos os moradores do condomínio.

A diferença entre essas classificações é importante porque impacta diretamente na possibilidade do morador reivindicar na justiça o direito à vaga. Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não é possível reivindicar vagas de estacionamento quando ela é direito acessório de um imóvel ou área comum. Portanto, é fundamental que o morador saiba qual é a classificação da vaga de garagem de seu apartamento para poder tomar as medidas adequadas caso seja necessário.

 

O que fazer em caso de conflito envolvendo vagas de garagem?

O Dr. Issei Yuki Júnior comenta que se você enfrentar um conflito envolvendo vagas de garagem em seu condomínio, a primeira coisa a fazer é buscar entender qual é a classificação da vaga em questão. Se ela for considerada um direito acessório ou área comum, infelizmente, você não terá direito de reivindicá-la na justiça.

No entanto, se a vaga for considerada uma unidade autônoma, de uso exclusivo do titular, você pode buscar seus direitos na justiça. Para isso, é importante contar com o auxílio de um advogado especializado em direito condominial, que poderá orientá-lo sobre as medidas adequadas a serem tomadas.

De qualquer forma, é importante lembrar que a melhor forma de evitar conflitos envolvendo vagas de garagem é ter uma boa convivência com seus vizinhos e buscar sempre o diálogo e a negociação antes de tomar medidas mais drásticas.

 

Dicas para evitar brigas envolvendo vagas de garagem em condomínios

Algumas dicas podem ser úteis para evitar conflitos envolvendo vagas de garagem em condomínios, confira: 

    1.  Leia atentamente a convenção e o regulamento interno do condomínio: é fundamental conhecer as regras estabelecidas pelo condomínio para o uso das vagas de garagem. Isso inclui informações sobre a classificação das vagas e sobre as penalidades para quem descumprir as normas. 

    2.  Tenha uma postura colaborativa: evite estacionar em vagas que não são de sua titularidade ou que não estejam disponíveis no momento. Respeite as regras e evite conflitos desnecessários. 

    3.  Comunique-se com os demais moradores: caso precise estacionar em uma vaga que não é de sua titularidade por um período curto de tempo, por exemplo, é importante comunicar aos demais moradores para evitar mal-entendidos. 

    4.  Evite estacionar em vagas de visitantes: as vagas de visitantes devem ser utilizadas apenas para esse fim, a menos que haja autorização expressa do condomínio ou dos demais moradores. 

    5.  Busque o diálogo antes de tomar medidas drásticas: caso haja algum conflito envolvendo vagas de garagem, tente resolver a situação por meio do diálogo e da negociação antes de buscar medidas mais drásticas, como ações judiciais.

 

“Vagas de garagem em condomínios podem se tornar objeto de disputa judicial e causar conflitos entre os moradores. É fundamental que todos conheçam seus direitos e as regras estabelecidas pelo condomínio para evitar problemas desnecessários.

"Caso enfrente uma situação semelhante, é importante buscar o auxílio especializado e seguir as dicas apresentadas aqui para evitar conflitos e buscar soluções pacíficas para o problema.” Finaliza o Dr. Issei Yuki Júnior.

 


Issei Yuki Júnior - Yuki, Lourenço Sociedade de Advogados - Graduado em Direito pela Universidade São Francisco com especialização em Direito de Família e Sucessões, e mais de 25 anos de experiência como advogado nas áreas de Direito Civil e Processual Civil, Família e Sucessões, Direito Condominial, Direito do Consumidor e Consultoria empresarial e societária.


Hit lançado por Inteligência Artificial reacende debates sobre direitos autorais de obras feitas pela tecnologia

De acordo com o advogado Sérgio Vieira ainda não há consenso sobre como a definição de direitos por obras feitas por IA deve ser feita, mas que infrações podem ser enquadradas em leis tradicionais 

 

A Inteligência Artificial continua gerando debates na sociedade, a mais nova polêmica envolve uma música feita através da tecnologia com as vozes dos artistas The Weekend e Drake, chamada “Heart On My Sleeve”, ter viralizado nas redes sociais e ter acumulado mais de 10 milhões de reproduções no TikTok antes de ser banida.

 

A versão original da canção foi retirada das plataformas digitais após um pedido da gravadora de The Weekend, Universal Music, que também enviou uma carta a plataformas como Apple Music e Spotify solicitando que as músicas do seu catálogo não fossem usadas para “treinar” softwares de IA para gerar canções.

 

O caso gerou debate acerca dos limites da distribuição de obras feitas por IA e de como as leis de direitos autorais se aplicariam a situações como essa, recentemente, duas sentenças aceitas na China corroboram a discussão, após uma ter considerado os direitos autorais ao responsável por operar o software, já na outra, ele foi concedido à empresa que criou a ferramenta.

De acordo com o advogado Sérgio Vieira, Sócio Diretor da Nelson Wilians Advogados, o Brasil ainda não tem uma legislação específica para esse caso, mas a depender da situação, as leis existentes podem ser utilizadas para a sentença.

O Brasil, assim como grande parte dos países ainda não possuem legislações específicas para casos como esse por essa tecnologia ainda ser bastante nova, fica a grande questão de quem tem os direitos sobre a música e mais, sobre os limites para a utilização de outras canções como base para a criação de novas, no entanto, novas interpretações de leis vigentes podem ajudar em sentenças”.

No artigo 11 da lei nº 9.610 de 1998, o autor ‘é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica’, para englobar obras feitas por IA, esse tipo de definição deveria ser ampliada, mas como nos casos da China, operadores ou criadores das ferramentas podem obter os direitos a depender das especificidades da cada caso e da interpretação do juiz”. Explica Sérgio Vieira.

  

Sergio Rodrigo Russo Vieira - Formado em Direito em 2006 na Universidade Salvador, assumiu o cargo de Sócio Diretor do escritório Nelson Wilians Advogados em Manaus, que é atualmente é o maior escritório do país e conta com filiais em todos os Estados da Federação, empregando cerca de 2.000 colaboradores e com 450.000 processos ativos em sua base.


Mesmo com fim do prazo, MEI ainda precisa enviar Declaração Anual; saiba como

Microempreendedores individuais já podem enviar a DASN com atraso, mediante pagamento de multas 

 

Com o fim do prazo, no último dia 31 de maio, para o envio da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN), obrigatória a todos os microempreendedores individuais (MEI), muitas empresas entraram em situação irregular por não terem enviado a tempo. Somente entre os mais de 1,8 milhão de CNPJ cadastrados na plataforma MaisMei, solução especializada em gestão de MEIs, cerca de 70% ainda possuem DASN pendentes. Até o fim do mês passado, foram registradas 160 mil declarações anuais feitas no app e no site. Mesmo em atraso, a declaração continua sendo obrigatória. Persistindo a irregularidade, pode acarretar diversos problemas ao microempreendedor individual.  

“O que acontece primeiro é o CNPJ MEI ficar inapto ou suspenso. Como sequência disso, fica impossibilitado de emitir Nota Fiscal, bloqueio da emissão e parcelamento de guias DAS, perda de licenças e alvarás, dificuldade de solicitar empréstimos e, um grande atraso na vida do microempreendedor, que é a perda dos benefícios previdenciários”, explica a head de Contabilidade da MaisMei, Kályta Caetano.

A Declaração Anual do MEI 2023 já pode ser enviada com atraso desde o dia 1º de junho. Nesse caso, porém, o responsável deverá pagar uma multa de 2% ao mês sobre o valor declarado, sendo R$ 50,00 o valor mínimo, e o máximo não podendo ultrapassar 20% do que foi declarado.  

“Ao finalizar a emissão da declaração, serão gerados automaticamente uma Notificação de Lançamento de Multa por Atraso na Entrega da Declaração (MAED) e uma guia DARF para pagamento com desconto de 50% na multa. Ou seja, algo em torno de R$ 25,00 por declaração em atraso. Porém, para aproveitar o desconto, é necessário realizar o pagamento em até 30 dias após a emissão da DASN. Caso não seja paga dentro do prazo, a multa voltará ao seu valor integral”, lembra a contadora da MaisMei. 

O processo pode ser feito através do Portal do Simples Nacional, aplicativo MEI do Governo, contadores ou pela plataforma MaisMei – esta, de forma otimizada e segura. Basta preencher um formulário com as informações do seu negócio e aguardar o time de especialistas enviar o comprovante de entrega da declaração.


Plástico pode oferecer facilidades ao setor do agronegócio

De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis e fundador do projeto Plástico Amigo, o material pode ser transformado em estufas e outras soluções de cultivo

 

O plástico desempenha um papel fundamental na agricultura moderna, não apenas na proteção de insumos durante o transporte e na venda, mas também durante a fase de cultivo dos alimentos. 

As estufas tipo túnel, por exemplo, produzidas em plástico de etileno-acetato de vinila (EVA), são capazes de prolongar a temporada de cultivo, protegendo as culturas agropecuárias do clima adverso e reduzindo a necessidade de água. Isso permite o cultivo de alimentos nutritivos a um baixo custo. 

De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis e fundador do projeto Plástico Amigo, as estufas confeccionadas em plástico podem ser mais resistentes e economicamente viáveis se comparadas aos materiais mais tradicionais, como vidro ou estruturas de metal. “O plástico utilizado na construção de estufas é geralmente leve, durável, resistente e pode ser moldado em diferentes formas e tamanhos conforme as necessidades apresentadas. Além disso, as estufas de plástico tendem a ser mais acessíveis em termos de custo de construção e manutenção. Podem, também, proporcionar um melhor isolamento térmico, permitindo o controle mais preciso da temperatura e umidade interna”, revela.

Rica acredita que o plástico pode ser utilizado para os mais diversos fins na agricultura. “Além de ser frequentemente usado em estufas para criar um ambiente controlado para o cultivo de plantas, o material pode ser utilizado como cobertura para proteger os alimentos de elementos externos, como vento, chuva e insetos. Também pode ser adotado na fabricação de filmes agrícolas para ajudar a reter a umidade e regular a temperatura do solo, além de controlar o crescimento de ervas daninhas. Essas soluções tornam o plástico fundamental para aumentar a produtividade, economizar água e controlar pragas e doenças”, detalha.

O especialista aponta ainda que os sacos utilizados para o armazenamento de grãos podem ser reciclados e transformados em novos produtos. “A reciclagem do plástico agrícola é essencial para garantir a sustentabilidade dessa indústria. Programas com essa finalidade estão surgindo para transformar resíduos em produtos reutilizáveis, como tubos de irrigação, bandejas de mudas, sacos de cultivo e até mesmo estruturas de estufas. Esses programas visam criar uma economia circular, garantindo o destino adequado para o plástico utilizado na agricultura. A coleta e a reciclagem de sacos de grãos, inclusive, estão sendo incentivadas para reduzir o desperdício e promover práticas sustentáveis no setor”, pontua.

Para o líder da Câmara de Descartáveis, o plástico desempenha um papel importante na agricultura. “Com a gestão adequada dos resíduos e a implementação de programas de reciclagem, a indústria agrícola pode desfrutar dos benefícios desse material enquanto mantém altos padrões de sustentabilidade”, finaliza. 



Ricardo Mello - líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação. Encabeça, junto com outros membros, o projeto Plástico Amigo, que busca aumentar a conscientização sobre as propriedades benéficas do material.


Tecnologia como aliada da gestão de resíduos nas grandes cidades

Ao longo da história um dos grandes desafios da humanidade é o descarte dos resíduos gerados pelas pessoas em suas atividades diárias. O aumento das concentrações dos gases do efeito estufa (GEE) emitidos para a atmosfera devido ao uso dos recursos naturais pela atividade humana é a principal causa do aquecimento global e consequente mudanças climáticas. Dentre outras questões, os resíduos sólidos são contribuintes para este aumento de emissão de gases, e por isso devem ser considerados na busca por soluções para minimizar seu impacto. Com a evolução da tecnologia e a implementação do conceito de smart city sendo adotado pelas grandes metrópoles ao redor do mundo gradualmente, superar essa questão se torna uma realidade mais próxima do que no passado.

Muitas das grandes cidades de hoje comportam uma quantidade de habitantes maior do que foram projetadas. O aumento da densidade populacional intensifica a dificuldade para o descarte de resíduos. Falta infraestrutura de coleta, espaços para processamento dos resíduos, aterros sanitários e estações de reciclagem que deem conta do volume. Além disso, o próprio processo de coleta é realizado de maneira ineficiente por falta de planejamento e equipamentos inadequados – especialmente nas metrópoles e megalópoles de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Vale destacar que esse processo de gerenciamento custa dinheiro. Sem recursos adequados, temos um cenário caótico que traz sérios prejuízos para o meio ambiente.

Focando nas soluções, as cidades precisam adotar abordagens abrangentes que envolvam educação e conscientização da população, o investimento em infraestrutura adequada, a implementação de tecnologias inteligentes de gerenciamento de resíduos e a colaboração entre governos, academia, setor privado e comunidade em geral.

Trazer tecnologia para o gerenciamento de resíduos é uma das principais ações que caracteriza uma smart city. E há inúmeras startups e empresas que já criaram tecnologias que facilitam essa missão. A Rubicon Global, por exemplo, é uma startup que desenvolveu uma plataforma digital para conectar empresas e prestadores de serviços de coleta de lixo e reciclagem. Sua plataforma utiliza dados e análises para otimizar as rotas de coleta, reduzindo custos e melhorando a eficiência do gerenciamento de resíduos.

Já a Bigbelly é uma fabricante de contentores de lixo inteligentes, equipados com sensores que monitoram o nível de enchimento do lixo. Essas informações são enviadas para os operadores de coleta, permitindo uma gestão mais eficiente, evitando viagens desnecessárias e reduzindo os custos operacionais. Já a AMP Robotics utiliza inteligência artificial e robótica para automatizar a separação de resíduos em instalações de reciclagem. Seus sistemas são capazes de identificar e classificar diferentes tipos de materiais, aumentando a eficiência e a precisão da reciclagem.

Essas tecnologias já estão sendo usadas no dia a dia de algumas cidades no mundo. Cingapura é um exemplo. Lá foi adotada uma abordagem abrangente da gestão de resíduos, que inclui a coleta e separação de resíduos, a incineração de resíduos não recicláveis e a reciclagem de materiais. A cidade também utiliza tecnologias como contentores de lixo inteligentes e sistemas de rastreamento de resíduos para monitorar o fluxo em tempo real.

Amsterdã é um exemplo de cidade que, além da tecnologia, possui uma forte cultura de reciclagem disseminada entre a população. A capital da Holanda tem um programa de reciclagem completo que separa e recicla uma ampla variedade de materiais. Outra cidade com alto índice de uso de tecnologia para o gerenciamento de resíduos é Tóquio, onde mais de 90% do lixo é reciclado ou compostado. Outras cidades que adotam tecnologia combinada com uma forte cultura de reciclagem são Barcelona e São Francisco. No Brasil, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte e Santos são exemplos de cidades que já adotam contêineres inteligentes na gestão dos resíduos urbanos. Aqui ainda temos um cenário muito incipiente, mas que deve ser estimulado nas diferentes regiões.

Ademais, vale salientar, ainda, as várias tecnologias de tratamento térmico. Todavia, quatro são internacionalmente conhecidas e com referências significativas no mundo: a captura do metano em aterros, que produz um biogás que pode ser transportado ou queimado no local, gerando energia elétrica; a gaseificação de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); a pirólise; e a incineração – “mass burning” de resíduos. Em outras palavras, o lixo pode ser reaproveitado para se converter em energia e os aterros podem passar a ser geradores de energia, isto é, nesse cenário, é possível falar em crédito de carbono – é a representação de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente, que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa; uma das maneiras de gerar créditos de carbono é o reaproveitamento/reciclagem energética, que pode ser feito a partir de processos que utilizam matéria orgânica e resíduos sólidos urbanos. É o caso da gaseificação dos RSUs, onde o gás produzido durante o processo de transformação do resíduo é utilizado para geração de energia.

No que tange às diversas tecnologias comumente utilizadas na Europa para tratamento adequado de resíduos sólidos, há que citar a utilizada por biodigestores, que são totalmente automatizados e produzem biogás, injetado na rede de distribuição de gás local, dado seu elevado conteúdo de metano.

De forma a dar uma ideia do potencial de utilização deste processo, uma moderna planta de produção de biometano consegue instalar alta potência de geração de energia, que processa grande quantidade de resíduos orgânicos. Esse é um exemplo de aplicação urbana do processo, que também pode ser utilizado em zonas rurais, produzindo combustível não apenas para a produção de biogás, que pode ser transformado em biometano e/ou energia elétrica, mas também para veículos e máquinas.

Portanto, vale ressaltar que existem diversas soluções tecnológicas que podem e devem ser adequados/utilizados a cada realidade com o objetivo em comum: o desenvolvimento econômico sustentável. Essas tecnologias utilizadas em diversas cidades européias e cidades pelo mundo podem servir de inspirações e experiências, ou seja, “cases” que podem ser aplicadas no Brasil. Em comum, além do uso de inovações, elas possuem um forte compromisso com uma cultura de respeito ao meio ambiente e de redução do impacto ambiental da ação humana pela adoção de abordagens inovadoras na solução de problemas. Essa é uma mudança de mindset que precisa ocorrer em diferentes frentes e que beneficia todos – os habitantes das grandes cidades, os espaços urbanos e a natureza. É nisso que acreditamos e queremos que seja o futuro das cidades brasileiras.


Thomas Law - Professor, é pós doutorando da USP, doutor em Direito Comercial pela PUC/SP, membro do ICCA, UIA, IASP e a APECC, é advogado e Presidente do IBRACHINA- Instituto Sócio Cultural Brasil e China e do hub de inovação IBRAWORK – open innovation em SP. Presidente da Coordenação Nacional Brasil e China da OAB Federal e Vice-Presidente do CEDES – Centro de Estudos de Direito Econômico e Social. Autor do livro, “Lei Geral de Proteção de Dados – uma Análise Comparada ao Novo Modelo Chinês”, publicado pela Editora D´Plácido.


segunda-feira, 5 de junho de 2023

Mulheres diagnosticadas com TEA na fase adulta sofrem com sintomas específicos

Transtorno do Espectro Autista em mulher adultas é o tema no novo workshop da EID - Escola Internacional de Desenvolvimento

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por diferenças na interação social, comunicação e comportamentos restritos e repetitivos. Embora o TEA seja mais comumente associado a homens, é cada vez mais reconhecido que as mulheres também podem ser afetadas por essa condição.

Nos últimos anos, tem havido um aumento do interesse e da pesquisa sobre o TEA em mulheres, com o objetivo de entender melhor as diferenças de apresentação clínica, desafios específicos e necessidades de suporte. Essa compreensão mais aprofundada é crucial para fornecer intervenções adequadas e personalizadas às mulheres no espectro autista.

Diversos estudos têm destacado que as mulheres com TEA podem apresentar características e padrões de comportamento diferentes dos homens. Por exemplo, elas podem ter habilidades sociais aparentemente mais desenvolvidas, o que pode levar a um diagnóstico tardio ou a uma subestimação das suas dificuldades. Além disso, a presença de interesses e atividades repetitivas pode ser mais sutil ou diferir daquelas observadas em homens.

Outro aspecto importante é a questão da saúde mental. Segundo a palestrante  Amélia Dalanora da EID - Escola Internacional de Desenvolvimento “mulheres com TEA podem ter um maior risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. É fundamental garantir que elas tenham acesso a serviços de saúde mental e apoio adequados, levando em consideração suas necessidades específicas”.

No entanto, ainda há desafios significativos na identificação e no suporte a mulheres com TEA. Muitas vezes, o estereótipo de que o TEA é predominantemente um transtorno masculino pode levar a subdiagnóstico e falta de apoio adequado para mulheres. É essencial conscientizar profissionais de saúde, educadores e o público em geral sobre essa diversidade no espectro autista.

À medida que a pesquisa e o conhecimento sobre o TEA em mulheres continuam a avançar, é esperado que haja uma melhoria no diagnóstico precoce, suporte e inclusão das mulheres no espectro autista. 

Segundo a professora Mirian Revers, palestrante do workshop da EID - Escola Internacional de Desenvolvimento “é necessário um esforço conjunto da sociedade para garantir que todas as pessoas, independentemente do gênero, recebam a atenção e o suporte necessários para viver uma vida plena e satisfatória”.

 


Seconci-SP lança campanha de vacinação contra a gripe

Equipes de Enfermagem da entidade vão aos canteiros de obras imunizar os trabalhadores


O Seconci-SP acaba de lançar sua campanha anual de vacinação contra a gripe. O objetivo é imunizar os trabalhadores e funcionários das construtoras, com vacinas atualizadas de acordo com as últimas mutações dos vírus e de seus subtipos.

Durante a campanha, a equipe de Enfermagem do Seconci-SP vai aos escritórios e canteiros de obras para vacinar os colaboradores.


Contágio e prevenção

Infecção viral gerada pelo vírus influenza A, B ou C, com subtipos de variações sazonais, a gripe é bastante contagiosa por meio de secreções, provoca absenteísmo e reduz a produtividade.

Além de tomar a vacina, recomenda-se manter as mãos higienizadas, cobrir a boca ao tossir, usar lenços descartáveis, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, não levar a mão aos olhos ou boca, manter os locais ventilados, evitar aglomerações, ter uma boa alimentação, manter-se hidratado e dormir bem.

A imunização reduz as chances de evolução do quadro grave da doença, pois o sistema imunológico fica mais resistente. O efeito pode levar, em média, duas semanas, por isso a importância da imunização antes dos meses de frio severo.

Para solicitar a estimativa de custos e reservar suas doses, as empresas interessadas localizadas na capital de São Paulo devem entrar em contato através do e-mail relacoes.vendas@seconci-sp.org.br ou dos telefones (11) 3664-5816 / 5059. No interior e no litoral, as empresas devem contatar a Unidade do Seconci-SP de sua região.


Cuidado: alimentos mal higienizados podem causar doenças graves

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OMS estima que, anualmente, cerca de 600 milhões de indivíduos no mundo contraem Doenças Veiculadas por Alimentos


Lavar e guardar corretamente frutas e legumes bem como manter o balcão de cozinha sempre higienizado, pode evitar doenças bacterianas, virais e intoxicação alimentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, cerca de 600 milhões de indivíduos no mundo contraem Doenças Veiculadas por Alimentos (DTA) e 420 mil morrem em consequência.

 

De acordo com a professora do curso de Nutrição da UNINASSAU Recife, campus Graças, Flávia Ribeiro, grande parte da população brasileira ainda adota hábitos de higiene, manipulação e armazenamento dos alimentos inadequados, e alerta sobre carnes cruas. “A preocupação se inicia desde o local onde fazemos a compra até o preparo delas. A tábua para preparar as carnes, precisa ser separada dos outros produtos (frutas, legumes, peixes, frangos). O local de manipulação tem que estar higienizado, seco e limpo, sem restos de outros alimentos”, explica.

 

Já o alimento de origem animal deve ser cozido a uma temperatura mínima de 74°C para minimizar o risco microbiológico, pois esse processo garante a inativação de patógenos que podem estar presentes no produto cru ou malcozido. Já o balcão da cozinha tem que ser higienizado sempre, com solução de hipoclorito de sódio e não pode aparentar sujidades, como escurecimentos (fungos) ou buracos (caso ele seja de pedra).

 

O Brasil é um país tropical, ou seja, apresenta a temperatura ideal para desenvolvimento de vários microrganismos, que influencia no armazenamento dos alimentos. Dessa forma, é recomendado que verduras e legumes sejam guardados em ambiente refrigerado para diminuir a proliferação desses organismos.

 

A nutricionista indica ainda que o armazenamento deve ser feito somente após a higienização e os produtos devem ser guardados em potes distintos, com tampas e com passagem de ar. Também não se deve guardar alimentos com cascas junto dos descascados. “Outra orientação fundamental é não deixar o ovo, leite, queijos e iogurtes na porta da geladeira porque é o local com menor refrigeração, por ter contato direto com ambiente externo. Por fim, manter uma rotina de higienização da geladeira e evitar guardar alimentos tanto cozidos quanto os crus, por muito tempo são práticas essenciais para evitar contaminações e minimizar os riscos de estrago desses alimentos”, finaliza.

 

Confira como a higienização de frutas e legumes deve ser feita:

 

- Lavar em água corrente;

- Remover a sujeira (utilizando-se escovinhas e sabão amarelo);

- Enxaguar em água potável e corrente;

- Mergulhar em solução de hipoclorito por 15 minutos; (1 colher de sopa para 1 litro de água);

- Enxaguar novamente em água potável e corrente. 


Caso essas medidas não sejam tomadas, há o risco de transmissão de vermes, salmonelose, leptospirose infecções ou toxinfecções.



Alerta para o diagnóstico precoce de anemia e leucemia, doenças ligadas ao sangue

São registrados 11 mil novos casos de leucemia por ano, segundo o Inca

 

A campanha intitulada Junho Laranja visa conscientizar a população sobre leucemia e anemia, doenças ligadas diretamente ao sangue, que podem acometer crianças e adultos. A leucemia é um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos, liberando células doentes na corrente sanguínea. Os números: são 11 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

 

A doença se caracteriza pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada dos glóbulos brancos que ocupam o espaço, destinado à produção normal das células. Uma de suas consequências é a anemia, que também pode ser causada por outras situações. Ambas necessitam de tratamento e, por isso, a importância de diagnóstico precoce. 

 

Leucemia: o câncer mais comum

 

“A leucemia é conhecida por ser a mais frequente e mais comum de todos os tipos de câncer que podem acontecer no público infantojuvenil. Popularmente é conhecida como 'câncer do sangue'”, explica Hugo Oliveira, oncopediatra do OncoCenter Dona Helena, de Joinville (SC). As leucemias podem ser classificadas de acordo com o tipo de glóbulo branco liberado na corrente sanguínea. Na  leucemia aguda, a mais comum da infância, as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma doença rapidamente progressiva. Já nas leucemias crônicas, raras na infância, a transformação maligna ocorre em células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer. “Diferentemente do público adulto, em que sabemos que fatores externos têm nitidamente maior interferência para culminar em leucemias (hábitos de vida ruins, má alimentação, alcoolismo e tabagismo), no infantil, a principal causa é genética”, aponta o oncopediatra, ressaltando que a criança pode contrair leucemia por herança genética mas não necessariamente: ela também pode desenvolver o câncer por si só.

Os primeiros sintomas geralmente são inespecíficos e, na maioria das vezes, os pacientes não apresentam fatores de risco identificáveis. Segundo Ana Carolina Cardoso, médica especialista em hematologia e transplante de medula óssea, do OncoCenter Dona Helena, pela redução de glóbulos vermelhos, pode ocorrer a anemia e, com ela, vêm o cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, entre outros sintomas associados. “A redução das plaquetas ocasiona sangramentos, principalmente pela gengiva e pelo nariz (epistaxe), além de equimoses. Já a redução do glóbulos brancos aumenta a taxa de infecções. Também pode haver um aumento dos gânglios linfáticos, fígado ou baço, perda de peso, febre e sudorese noturna”, explica.

Diante da suspeita de leucemia, é importante a consulta com um especialista, que irá solicitar os exames iniciais, para avaliar a gravidade da doença e traçar a melhor conduta para o paciente. “O tratamento mais realizado é por meio de quimioterapia, uma soma de medicações que podem ser ingeridas oralmente, via xarope ou comprimido, por meio de injeção ou  via intravenosa”, informa Hugo. “Em alguns casos específicos, usamos a radioterapia, auxílio de cirurgia e o transplante de medula óssea.”

 

Anemia: dieta equilibrada pode prevenir 


A anemia é uma redução na quantidade de hemoglobina, uma proteína presente nas células vermelhas capaz de carrear o oxigênio pelo organismo, no sangue circulante. Existem inúmeras causas. Pode ser ocasionada por doenças da medula óssea que comprometem a produção dos glóbulos vermelhos, sendo uma delas as leucemias. Também pode ser causada por deficiência de nutrientes essenciais para produção de glóbulos vermelhos, como ferro e vitamina B12, por exemplo. A redução da vida útil dos glóbulos vermelhos é outro fator que pode levar à doença. Os sintomas variam, mas os recorrentes são: cansaço, palidez, palpitações, sonolência, formigamento nas mãos e nos pés, falta de apetite e alteração do paladar. 

“Em crianças, a anemia está associada ao retardo do crescimento, comprometimento da capacidade de aprendizagem (desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da linguagem; efeitos comportamentais, como a falta de atenção e fadiga”, aponta Ana. As anemias mais comuns têm cura mas, se não tratada, segundo a hematologista, pode levar ao óbito. “As causas mais comuns de anemia podem ser prevenidas com uma dieta equilibrada em nutrientes e com acompanhamento médico regular”, sublinha.


Sociedade Brasileira de Dermatologia do RS alerta para os riscos do exercício ilegal da medicina em procedimentos estéticos

 

Caso de falsa médica em São Paulo reforça a necessidade de cuidado na busca por tratamentos estéticos


O recente caso de uma falsa médica presa durante uma consulta em São Paulo, após uma vítima descobrir a armação, serve como sinal de alerta para a população. Marcela Gouveia, de 38 anos, se apresentava como esteticista e utilizava o CRM de uma médica com o mesmo nome, de 40 anos, para solicitar exames e receitar medicação aos pacientes. Em suas redes sociais, em palestras e participações em eventos, ela também apresentava um CRF e identificação do Conselho Regional de Farmácia. A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, seccional Rio Grande do Sul (SBD-RS), é que a população atente para os riscos do exercício ilegal da medicina, especialmente no âmbito dos procedimentos estéticos onde há relatos de casos frequentes.

Apenas médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos estão habilitados a realizar procedimentos estéticos de forma segura e adequada, de acordo com o Conselho Federal de Medicina.

A presidente da SBD-RS, Rosemarie Mazzuco, ressalta a importância de escolher profissionais qualificados e habilitados para a realização de procedimentos estéticos

“A saúde e a segurança do paciente devem ser prioridade sempre. Há um perigo significativo quando pessoas sem formação médica se envolvem nesse campo. Os dermatologistas possuem o estudo e conhecimento adequados para diagnosticar, tratar e prevenir complicações relacionadas aos procedimentos estéticos", destaca.

A SBD-RS disponibiliza informações e orientações para o público através do seu site oficial www.sbd-rs.org.br ou nas redes sociais da entidade.

 

Marcelo Matusiak

 

Socorrista Mental é uma necessidade imediata que já não se pode abrir mão

Uma empresa que não se preocupa com a saúde mental dos seus colaboradores corre diversos riscos, que podem impactar tanto o bem-estar dos funcionários quanto o desempenho e sucesso do negócio. Alguns dos principais riscos incluem:

Queda na produtividade: Colaboradores que enfrentam problemas de saúde mental podem apresentar uma redução significativa na produtividade, resultando em menor eficiência e qualidade de trabalho.

Aumento do absenteísmo: A falta de suporte à saúde mental pode levar a um aumento nos índices de absenteísmo, com os funcionários tirando mais licenças médicas ou faltando ao trabalho devido a problemas emocionais.

Aumento do presenteísmo: O presenteísmo ocorre quando os funcionários estão presentes no trabalho, mas não conseguem se engajar ou performar adequadamente devido a questões emocionais. Isso pode resultar em baixo rendimento, erros e falta de motivação.

Clima organizacional negativo: A falta de preocupação com a saúde mental dos colaboradores pode gerar um clima organizacional negativo, com altos níveis de estresse, conflitos interpessoais e insatisfação geral.

Rotatividade de funcionários: A falta de apoio à saúde mental pode levar a um aumento na rotatividade de funcionários, com profissionais buscando oportunidades em empresas que ofereçam um ambiente mais saudável e acolhedor.

Danos à reputação da empresa: Empresas que são conhecidas por não valorizarem a saúde mental dos colaboradores podem sofrer danos à sua reputação, afetando a sua capacidade de atrair e reter talentos qualificados.

Impacto financeiro: Os custos associados à falta de cuidado com a saúde mental dos colaboradores podem ser significativos, incluindo despesas com absenteísmo, treinamento e integração de novos funcionários, redução da eficiência operacional e possíveis ações legais.

Diante deste cenário, é cada vez mais comum as empresas e o mercado buscarem soluções no profissional Socorrista Mental, que se tornou importante para as empresas atualmente por diversos motivos, os quais enumeramos abaixo:

Saúde Mental dos Funcionários: O socorrista mental desempenha um papel fundamental no apoio à saúde mental dos funcionários. Ele é treinado para identificar e ajudar os colaboradores a lidarem com os problemas emocionais, estresse, ansiedade e outros desafios mentais que os funcionários possam enfrentar. Ao oferecer suporte adequado, o socorrista mental ajuda a promover um ambiente de trabalho saudável e a melhorar o bem-estar dos colaboradores, inclusive na formação de uma rede de apoio e acolhimento ao colaborador.

Prevenção de Crises: O socorrista mental é capacitado para reconhecer sinais precoces de problemas mentais e intervir antes que eles se tornem crises. Isso pode incluir a oferta de suporte emocional, encaminhamento para serviços especializados ou a implementação de estratégias de gerenciamento do estresse no ambiente de trabalho. Ao agir de forma preventiva, o socorrista mental contribui para a redução de afastamentos por motivos de saúde mental e a manutenção da produtividade e do engajamento dos funcionários.

Apoio em Momentos de Dificuldade: As empresas podem enfrentar situações desafiadoras que afetam o bem-estar emocional dos colaboradores, como reestruturações, demissões em massa ou crises internas. Nesses momentos, o socorrista mental desempenha um papel essencial no suporte emocional dos funcionários, oferecendo orientação, aconselhamento e estratégias para lidar com as dificuldades. Isso fortalece o apoio da empresa aos colaboradores, promovendo o senso de pertencimento e colaboração.

Promoção de um Ambiente de Trabalho Saudável: Ao disponibilizar um profissional especializado em saúde mental, as empresas demonstram seu compromisso com o bem-estar dos colaboradores. Isso cria um ambiente de trabalho mais inclusivo, onde os funcionários se sentem valorizados e apoiados. O socorrista mental contribui para a construção de uma cultura organizacional que valoriza a saúde mental e encoraja a busca de ajuda quando necessário.

Melhoria do Desempenho: Um ambiente de trabalho saudável, com suporte adequado à saúde mental, tem impacto direto no desempenho dos colaboradores. Funcionários que se sentem apoiados emocionalmente tendem a ser mais engajados, motivados e produtivos. O socorrista mental pode oferecer ferramentas e estratégias para ajudar os funcionários a lidarem com o estresse, aprimorarem suas habilidades de gerenciamento emocional e a encontrarem um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

Nesse contexto, as empresas que tenham como prioridade a formação de brigadistas mentais para trabalharem em seus ambientes laborais podem contratar empresas especializadas em formação de brigadistas mentais ou socorristas mentais e desenvolverem programas e políticas que promovam a saúde mental dos colaboradores e que implementem:

Sensibilização e Treinamento: Promova a conscientização sobre a importância da saúde mental no ambiente de trabalho e ofereça treinamentos específicos para os colaboradores sobre temas como gerenciamento do estresse, resiliência emocional, autocuidado e apoio mútuo. Esses treinamentos podem ser ministrados por profissionais especializados em saúde mental ou consultorias especializadas.

Políticas de Saúde Mental: Desenvolva políticas internas que incentivem a busca de ajuda e promovam a saúde mental no ambiente de trabalho. Isso pode incluir a disponibilização de recursos de apoio, como linhas telefônicas de suporte emocional, programas de aconselhamento ou parcerias com clínicas ou psicólogos para oferecer serviços especializados.

Programas de Bem-Estar: Implemente programas de bem-estar abrangentes que incluam atividades físicas, programas de alimentação saudável, práticas de mindfulness, sessões de relaxamento ou outras estratégias que promovam o autocuidado e o equilíbrio emocional.

Líderes como Apoiadores: Capacite os líderes e gestores para que sejam apoiadores ativos da saúde mental no ambiente de trabalho. Eles podem receber treinamentos específicos sobre como reconhecer sinais de estresse ou problemas emocionais nos colaboradores e como oferecer suporte adequado e encaminhar para recursos profissionais quando necessário.

Cultura Organizacional de Apoio: Crie uma cultura organizacional que valorize a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores. Promova a abertura para discussões sobre emoções, estresse e desafios pessoais, criando espaços seguros para que os funcionários compartilhem suas dificuldades e se sintam apoiados pela equipe e pela empresa como um todo.

Por fim, o socorrista mental é um profissional não necessariamente médico ou psicólogo, mas que adquire habilidades através de treinamento para desempenhar um papel fundamental no suporte à saúde mental dos funcionários, na prevenção de crises, na promoção de um ambiente de trabalho saudável e no aprimoramento do desempenho geral da equipe. Com o aumento da conscientização sobre a importância da saúde mental no ambiente de trabalho, a presença desse profissional é cada vez mais valorizada pelas empresas.

 

Renato Lisboa - neuropsicanalista, coordenador do curso de formação e especialização em Socorrista Mental, autor do best-seller “3 Segundos: Escolhas que transformam a vida”.



Queixa de dores aumentam com a chegada do inverno

Estação mais fria do ano se aproxima e os ombros estão entre as partes mais impactadas por dor; SBCOC explica

 



Com a proximidade do inverno (inicia em 21 de junho) e a chegada das baixas temperaturas, as queixas de dores musculares e nas articulações se tornam cada vez mais frequentes. Um estudo realizado pela Escola de Medicina de Harvard atestou que 67% das pessoas entrevistadas sentem mais dores quando ocorre alguma mudança brusca na temperatura.

A região dos ombros está entre as partes mais atingidas pela situação e o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo, explica por quê. “Para o corpo humano funcionar de maneira adequada, precisamos manter uma temperatura interna entre 36°C a 37°C. No frio, na tentativa de ficarmos aquecidos, nosso corpo se acostumou a não se movimentar e se manter encolhido, o que acaba por causar um certo grau de rigidez. Com isso, as articulações e a circulação sanguínea ficam comprometidas, causando dores e espasmos”, fala.

O especialista ainda acrescenta que as quedas de temperatura podem colaborar na intensificação das dores de quem já possui algum tipo de problema crônico, como atrite, artrose ou escoliose.

“Para aqueles que já sofrem com algum problema articular, o frio pode causar mais dores, devido a dois aspectos: o primeiro é que, devido às baixas temperaturas, o líquido sinovial, responsável por trazer a lubrificação entre as articulações, fica mais espesso e não cumpre adequadamente sua função. Outro fator importante é que com a chegada de menos sangue e nutrientes aos músculos e articulações, as estruturas do nosso metabolismo ficam afetadas e o nosso corpo acaba tendo uma dificuldade maior em combater qualquer processo inflamatório”, pontua.

Para evitar esse tipo de incômodo, além de andar sempre bem agasalhado, o presidente da SBCOC enfatiza a importância de se fazer alongamento. “Esse tipo de exercício auxilia na ativação muscular, favorecendo a circulação sanguínea, além de aumentar a temperatura corporal”, salienta. “E vale lembrar que percebendo qualquer tipo de dor incomum, procure um médico ortopedista para avaliação correta”, conclui.



ASCO 2023

  

Medicamento reduz 51% o risco de morte em pacientes com câncer de pulmão

Dados do estudo de fase III ADAURA mostram que o medicamento osimertinibe apresenta melhora clínica e significativa de sobrevida global como tratamento adjuvante do CPNPC ressecado com mutação no gene EGFR10

 

Dados inéditos do estudo ADAURA, divulgados no último dia 04 de junho de 2023 durante a plenária do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) mostram que o medicamento osimertinibe promove benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida global no tratamento adjuvante de pacientes em estágio inicial (IB-IIIA) de Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm), após resseção completa do tumor.10 A notícia pode ser considerada um marco no tratamento da doença e já vem sendo recebida de maneira otimista entre a classe médica, uma vez que o tripé diagnóstico precoce, testagem molecular e tratamento direcionado ao alvo pode ser determinante no sucesso do tratamento da doença.

A atualização do estudo ADAURA mostra que 88% dos pacientes tratados com osimertinibe estão vivos em 5 anos. Além disso, osimertinibe reduz em 51% o risco de morte versus placebo para o paciente com CPNPC EGFRm estágio IB-IIIA.10 Clique aqui para saber mais. O estudo ADAURA é um estudo de fase III com 628 participantes que teve como objetivo avaliar a segurança e eficácia do tratamento em adjuvância com osimertinibe versus placebo para pacientes ressecados de estágio IB-IIIA com CPNPC EGFR mutado, com ou sem uso prévio de quimioterapia adjuvante. O osimertinibe é um inibidor de tirosina-kinase associada ao receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR-TKI) de terceira geração com apresentação oral e indicação de tratamento finito por 3 anos na adjuvância.9

A notícia atual suporta os achados anteriores do estudo ADAURA. Em maio de 2020, a AstraZeneca já havia anunciado que o osimertinibe demonstrou uma redução na sobrevida livre da doença em 77% e proteção contra recidiva no sistema nervoso central de 73%11. Em setembro de 2022, os dados atualizados de sobrevida livre de doença continuaram a mostrar consistência, após mais de 5 anos de acompanhamento.9

O benefício comprovado de sobrevida global no estudo ADAURA, reforça a definição de osimertinibe como tratamento padrão na adjuvância para pacientes com CPNPC EGFRm ressecáveis de estágio IB-IIIA, independente do uso prévio de quimioterapia adjuvante.10

No estudo ADAURA, a duração de exposição média ao braço placebo foi de 25,1 meses e de osimertinibe foi de 35,8 meses e não foram relatados novos sinais de segurança com a duração prolongada do tratamento com osimertinibe. Os eventos adversos mais comuns em ambos os braços do estudo foram diarreia, paroníquia, pele seca e prurido. Eventos adversos de grau ≥ 3 foram identificados em 23% dos pacientes com osimertinibe e 14% com placebo.9

“Pacientes com Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células com mutação EGFR em estágio inicial enfrentavam altas taxas de recorrência e não contavam com opções específicas de tratamento após a cirurgia. O dados recém-divulgados do estudo ADAURA confirmam o potencial de osimertinibe no tratamento neste cenário, prolongando a vida desses pacientes, e pela primeira vez, mostrando um tratamento adjuvante oral capaz de reduzir o risco de morte destes pacientes”, ressalta Anouchka Chelles, diretora médica da área de oncologia da AstraZeneca.


Câncer de Pulmão no Brasil e no mundo

Estima-se que, a cada ano, 2,2 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com câncer de pulmão no mundo, sendo 80-85% dos pacientes diagnosticados com CPNPC, a forma mais comum de câncer de pulmão.¹ ² ³ Aproximadamente 25-30% de todos os pacientes com CPNPC são diagnosticados de maneira precoce, e a cirurgia com intenção curativa é o tratamento padrão, geralmente seguida de adjuvância.⁴ ⁵ Além disso, 73% dos pacientes com estágio IB e 56-65% dos pacientes com doença de estágio II sobreviverão por cinco anos.⁶ Isso diminui para 41% para pacientes com estágio IIIA, e 24% para pacientes com doença em estágio IIIB, refletindo uma alta necessidade médica não atendida⁶ e ressaltando não somente a importância do diagnóstico precoce, mas também da testagem molecular dos tumores.

Na América Latina, o câncer de pulmão é o mais letal e tira mais vidas do que qualquer outro tipo da doença⁶. São mais de 65,5 mil vidas perdidas todos os anos, sendo descoberto tardiamente em mais de 80% dos casos⁶. Já no Brasil, o câncer de pulmão, segundo estimativas de 2023 realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres (14.540 casos novos), totalizando 32.560 novos casos – sem contar o câncer de pele não melanoma⁷. 


AstraZeneca no câncer de pulmão

A AstraZeneca possui um portfólio abrangente de medicamentos aprovados e de outros em desenvolvimento para pacientes com câncer de pulmão. A farmacêutica global está trabalhando para aproximar os pacientes com câncer de pulmão da cura por meio do diagnóstico e tratamento da doença em estágio inicial, ao mesmo tempo em que expande os limites da ciência para melhorar os resultados em ambientes resistentes e avançados. Ao definir novos alvos terapêuticos e investigar abordagens inovadoras, a empresa visa adequar os medicamentos aos pacientes que mais podem se beneficiar. A AstraZeneca é membro fundadora da Lung Ambition Alliance, coalizão global que trabalha para acelerar a inovação e oferecer melhorias significativas para pessoas com câncer de pulmão.



AstraZeneca
www.astrazeneca.com.br
Instagram @astrazenecabr




Referências
World Health Organisation. International Agency for Research on Cancer. Lung Fact Sheet. Available at https://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/cancers/15-Lung-fact-sheet.pdf. Accessed March 2023.
LUNGevity Foundation. Types of Lung Cancer. Available at https://lungevity.org/for-patients-caregivers/lung-cancer-101/types-of-lung-cancer. Accessed March 2023.
Cheema PK, et al. Perspectives on treatment advances for stage III locally advanced
unresectable non-small-cell lung cancer. Curr Oncol. 2019;26(1):37-42.
Cagle P, et al. Lung Cancer Biomarkers: Present Status and Future Developments. Archives Pathology Lab Med. 2013;137:1191-1198.
Le Chevalier T, et al. Adjuvant Chemotherapy for Resectable Non-Small-Cell Lung Cancer: Where is it Going? Ann Oncol. 2010;21:vii196-vii198.
Goldstraw P, et al. The IASLC Lung Cancer Staging Project: Proposals for Revision of the TNM Stage Groupings in the Forthcoming (Eighth) Edition of the TNM Classification for Lung Cancer. J Thorac Oncol. 2016;11(1):39-51.
Cancer in Latin America: Time to stop looking away, 2018
Instituto Nacional do Câncer: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao
Herbst, RS; Wu, YL; John, T; et al. Adjuvant Osimertinib for Resected EGFR-Mutated Stage IB-IIIA Non–Small-Cell Lung Cancer: Updated Results From the Phase III Randomized ADAURA Trial. J Clin Oncol, 2023. DOI https://doi. org/10.1200/JCO.22. 02186.
Herbst, R; Tsuboi, M; John, T; et al. Overall survival analysis from the ADAURA trial of adjuvant osimertinib in patients with resected EGFR mutated (EGFRm) stage IB–IIIA non-small cell lung cancer (NSCLC). LBA3 Presented at ASCO 2023 in Chicago, USA.
Osimertinib in Resected EGFR-Mutated Non–Small-Cell Lung Cancer. Yi-Long Wu, M.D., Masahiro Tsuboi, M.D., Jie He, M.D., Thomas John, Ph.D., Christian Grohe, M.D., Margarita Majem, M.D., Jonathan W. Goldman, October 29, 2020. N Engl J Med 2020; 383:1711-1723 DOI: 10.1056/NEJMoa2027071.


SUS tem 55 amputações diárias causadas por diabetes

Até março, foram 5 mil casos; 26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, doença que que tem o envolvimento do pé como uma das principais complicações; ABTPé explica

 

 

Em junho, o dia 26 é marcado como o Dia Nacional do Diabetes, doença que, segundo dados do último Atlas da IDF (Federação Internacional de Diabetes), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 16 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos, e cerca de 50% desse contingente não sabe que tem a doença. 

 

Quando existe acometimento dos pés, o problema é uma das principais causas de amputações. De acordo com o Ministério da Saúde, somente nos três primeiros meses de 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 5 mil amputações em decorrência do diabetes, média de 55 casos por dia. Em todo o ano de 2022, foram 19,4 mil, número 4,3% maior do que em 2021 (mais de 18,6 mil).

 

Os diabéticos são mais vulneráveis à amputação dos membros inferiores, pois com o desenvolvimento da doença, os pés vão perdendo a sensibilidade, aumentando os riscos de feridas e infecções, o que é considerado um problema grave, já que pode levar a uma amputação.

 

“O pé diabético é uma das complicações mais comuns de quem tem o diabetes e é a principal causa de amputações no Brasil, depois dos acidentes. Isso porque a doença afeta a circulação e a inervação, ocorrendo uma perda da sensibilidade protetora da região do tornozelo e pé”, explica o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Dr. Luiz Carlos Ribeiro Lara.

 

Uma das lesões que o diabetes causa é a neuropatia diabética, em que há perda da função dos nervos do pé, principalmente da sensibilidade dolorosa e tátil, dificultando a percepção do paciente em notar lesões ou contusões. “Sem a sensibilidade, as possíveis lesões podem evoluir rapidamente e formar bolhas e feridas abertas (úlceras), possibilitando assim a entrada de microorganismos e causar uma infecção no pé”, fala o especialista.

 

Outro problema que pode ocorrer no paciente diabético são as feridas abertas ocasionadas por aumento da pressão local ou por ferimento (corte) na pele. Normalmente, mas não obrigatoriamente, estão relacionadas com a perda da sensibilidade dolorosa do pé. “Em casos graves, é necessária a cirurgia para limpeza e desbridamento das lesões mais profundas ou até mesmo a amputação de dedos ou parte do pé para sanar a infecção”, salienta o presidente da ABTPé.

 

O cirurgião lembra que o paciente com diabetes também perde a sensibilidade para fraturas, deslocamentos ou microtraumas ocorridos nos ossos do pé e tornozelo, o que exige um tratamento diferenciado. “Dependendo da gravidade, o tratamento pode ser imobilização por gesso, órtese ou até mesmo cirurgia reconstrutiva”, diz.

 

Nas situações de infecção grave, a pessoa pode apresentar mal estar geral, febre, mas, outras vezes, a infecção pode manifestar-se apenas com o aumento das taxas de açúcar no sangue “Normalmente, nota-se abcesso, secreção purulenta, mau cheiro, área inchada e avermelhada, às vezes com áreas de necrose de tecidos. Chegar a esse ponto é muito preocupante, pois pode ser necessária a amputação para resolução do problema”, ressalta.


 

Recomendações


O paciente com diabetes deve ater-se a alguns cuidados com os pés para evitar as complicações da doença. Uma delas é evitar andar descalço, especialmente fora de casa. “O uso de calçados especiais para diabéticos, fechados, sem costura interna, com a parte da frente larga e alta, e com palmilhas confortáveis, é recomendado sempre que possível”, destaca. “O uso das meias também é importante. Elas devem ser, de preferência, brancas, para facilitar a identificação mais rápida de algum machucado ou ferida no pé, e de algodão, que irritam menos a pele, com costura pouco volumosa e sem elástico, para não comprometer a circulação”, orienta.

 

O médico frisa, ainda, que os pés devem ser examinados pelo menos uma vez ao dia, para a procura de calos e úlceras, além de verificar se há a presença de micoses e rachaduras. “Mantê-los hidratados para evitar rachaduras cutâneas e infecções secundárias é outra ação e, identificando algo fora do normal, um especialista deve ser consultado Nunca tente retirar calos, limpar úlceras ou cortar as unhas sozinho”, conclui.

 

 

Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé - ABTPé

 

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