Pesquisar no Blog

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Receitaram ‘modulação hormonal’ para você? Corra, pois não há evidência científica!

Endocrinologista alerta para prescrições indevidas de hormônios 

 

“Modulação hormonal não é algo praticado, reconhecido ou recomendado por qualquer instituição médica do planeta que se preze. Este nome é dado a uma prática não reconhecida pelas sociedades médicas onde o prescritor tenta atingir níveis arbitrários de hormônios no corpo do seu paciente, com objetivos estéticos e, teoricamente, de saúde”, alerta Dr. Júlio Américo Pereira Batatinha, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo.

 

Nesta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou resolução (leia aqui) proibindo a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes seja para fins estéticos, ganho de massa muscular e de performance esportiva.

 

Conceitualmente, a terapia hormonal é um termo genérico que serve para designar as terapias onde, por uma deficiência hormonal ou em uma terapia afirmativa, se emprega o uso de hormônios, mais especificamente os hormônios sexuais: andrógenos, estrógenos e progestágenos. “Isso porque há diversas terapias em que se utiliza corretamente os hormônios, como diabetes e insulina, deficiência de hormônio de crescimento e uso do próprio hormônio do crescimento, mas que não chamamos, popularmente, de terapia hormonal”, explica Dr. Júlio.

 

Ele conta ainda que essas terapias com esteroides sexuais são comuns em pessoas com deficiências hormonais (homens ao longo da vida ou mulheres antes da menopausa), em mulheres pós-menopausa com os fogachos, em pessoas trans para a hormonioterapia cruzada, para a afirmação de gênero e diminuição de disforias associadas à ansiedade, depressão, entre outras.

 

“Quando nós pensamos na história da Medicina, principalmente atual, vemos um movimento científico crucial para a nossa prática que se chama Medicina baseada em evidência: o médico deve usar as melhores evidências disponíveis, por meio de estudos científicos, para guiar sua prática. Isso protege os pacientes de eventos adversos, desfechos ruins e aumenta a probabilidade de que um tratamento seja efetivo e tenha sucesso. Qualquer prática da área da Saúde que ignore a medicina baseada em evidência, é considerada má prática. É o caso de quem indica a terapia ou ‘modulação’ hormonal de forma arbitrária para fins estéticos ou de performance, pois não existem estudos que mostram essa prática como segura ou eficaz”, explica o endocrinologista.

 

Entre os riscos para saúde do uso indevido de hormônios, estão: aterosclerose, trombose, vasoespasmo, cardiotoxicidade. “Há, por exemplo, aumento de placas ateroscleróticas nas coronárias, artérias do coração. Majoritariamente um paciente jovem não terá um infarto, mas décadas após ter feito o abuso de anabolizantes sim. E muitos não correlacionam o infarto que tiveram agora com o abuso de anabolizantes no passado”.

 

Somam-se aos riscos: hepatotoxicidade com risco de tumores hepáticos, insuficiência hepática, necessidade de transplante, infecções no local de aplicação, problemas osteomusculares, infertilidade e riscos de disfunção sexual, disfunção erétil e diminuição da libido, piora da qualidade de vida (depressão, letargia, menor potência muscular), acne e ginecomastia.

 

“Nas mulheres pode acontecer atrofia das mamas, distúrbios menstruais e infertilidade além do hirsutismo, engrossamento da voz, alopecia e aumento de clitóris. No homem, é comum episódios de agressividade”, pontua o médico.

 

No corpo humano há um refinado sistema de regulação e contra-regulação dos níveis hormonais. Embora dois homens possam ter níveis diferentes de testosterona, ambos estarão saudáveis, pois para cada corpo existe um valor que, naquele momento e naquela condição, é saudável.

 

“Sempre que utilizarmos doses acima do que o corpo regulou como necessário, haverá superdosagem e, consequentemente, risco dos malefícios já descritos”, finaliza o médico.

 

Movimento para regulamentação - No final de março, 5 entidades médicas, entre elas a SBEM, pediram em carta conjunta ao Conselho Federal de Medicina a regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance. Isso porque tem sido observado nos consultórios um número crescente de complicações advindas do uso indevido de hormônios. E muito disso é a apologia ao seu uso feita nas redes sociais, transmitindo um falso conhecimento e segurança na sua prescrição, colocando em risco a saúde da população. 

Em 11/04/2023, o CFM divulgou Resolução CFM Nº 2.333 proibindo a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes seja para fins estéticos, ganho de massa muscular e de performance esportiva.

  

SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
http://www.sbemsp.org.br
https://twitter.com/SBEMSP
https://www.facebook.com/sbem.saopaulo/
https://www.instagram.com/sbemsp/
https://www.youtube.com/c/SBEMSP
bit.ly/PODCASTSBEMSP


Lipedema: qual médico devo procurar?

Instituto Lipedema Brasil e ONG Movimento Lipedema
Uma das principais confusões para quem tem a doença é qual a melhor especialidade médica para diagnosticar corretamente e iniciar o tratamento

 

 

Tenho Lipedema, e agora? Segundo o Instituto Lipedema Brasil, o primeiro centro de referência da doença no país, é importante que a mulher encontre um médico que faça a orientação correta sobre qual tratamento é adequado para o estágio da doença em que ela se encontra. O problema é que, atualmente, no Brasil, há poucos especialistas em Lipedema e não há uma área especifica na medicina que trate a doença. Então, como fazer? Quem procurar?

 

“Outro grande problema é que os médicos, por falta de conhecimento – mesmo a doença tendo CID 11 desde janeiro de 2022, acabam confundindo o Lipedema com outras doenças, especialmente, com obesidade ou linfedema, que são completamente diferentes. Isto dificulta o início rápido do tratamento para a mulher, pois ela vai de médico em médico e cada um diz uma coisa. É bem frustrante”, comenta o diretor do Instituto Lipedema Brasil e um dos pioneiros no tratamento do Lipedema no país, dr. Fábio Kamamoto.

 

A importância do tratamento multiespecialidade - A recomendação do Instituto é que a mulher deve procurar estar cercada de uma equipe multidisciplinar para o tratamento clínico como nutricionistas (para ajudar na alimentação anti-inflamatória), endocrinologistas (para ajudar na questão hormonal), vasculares (para cuidar de outros possíveis acúmulos e inchaços, vasos e veias etc), fisioterapeutas (para ajudar na locomoção), e cirurgiões plásticos (para a lipoaspiração), caso opte pelo tratamento cirúrgico.

 

“O tratamento clínico multiespecialidade para as mulheres com Lipedema significa acolhimento para elas, pois cada um acaba por colaborar e oferecer melhor qualidade de vida para esta paciente. O Lipedema pode ser bastante limitante fisicamente, principalmente, em certos estágios, e chega inclusive a afetar a saúde mental”, diz dr. Kamamoto.

 

 

Trocando em miúdos...

 

Instituto Lipedema Brasil e ONG Movimento Lipedema

Instituto Lipedema Brasil e ONG Movimento Lipedema


Linfedema ou Lipedema?

 

Lipo significa gordura e Edema significa inchaço. O Linfedema é o acúmulo de líquido nos tecidos que resulta em um inchaço. É unilateral, inclui o pé, é assimétrico. Já o Lipedema é o acúmulo de gordura em partes específicas do corpo como braços, pernas e quadris. É simétrico e não inclui o pé. "Pode apresentar garrote no tornozelo, não “some” com exercício físico ou dieta", comenta o cirurgião vascular do Instituto Lipedema Brasil, dr. Vitor Gornati.

 

Lipedema ou Obesidade?

 

Existe diferença entre a gordura da obesidade e a gordura do Lipedema? Sim. A gordura da obesidade se perde com dieta e exercícios físicos. A gordura do Lipedema é doente, não “sai” sozinha, é preciso tratar clínica e cirurgicamente. Trata-se de uma doença do tecido adiposo, ou seja, uma doença da gordura. A sua inflamação leva à fibrose que, por consequência, leva aos edemas (inchaços), característicos da síndrome. Durante muito tempo, o Lipedema foi uma doença subdiagnosticada por médicos e pela sociedade. “Era mais fácil dizer à mulher que ela estava com obesidade do que orientá-la com ajuda e informação”, diz o endocrinologista do Instituto Lipedema Brasil, dr. André Faria.

 

 



Instituto Lipedema Brasil

O Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br) é o primeiro centro de referência de Lipedema no país, criado para compartilhar informações, apresentar a doença para a sociedade e mobilizar milhões de mulheres. É o primeiro no país a dedicar estudos, pesquisas e ensino à população e aos profissionais de saúde. Criado e dirigido pelo dr. Fábio Kamamoto desde 2021, o Instituto Lipedema Brasil foi pensado para unir três pilares importantes dessa mudança: Transformação social, Educação e Pesquisa. Por meio de uma campanha no Youtube e no Instagram, o Instituto luta pela democratização do acesso ao tratamento da doença no país, como já acontece em outros países como os Estados Unidos. Atualmente, a campanha conta com mais de 23 mil assinaturas.


DR. FÁBIO KAMAMOTO – Diretor do Instituto Lipedema Brasil e idealizador da ONG Movimento Lipedema (https://movimentolipedema.org). Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, especialista em Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, com mestrado e doutorado pela USP e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É um dos poucos especialistas no tratamento cirúrgico do Lipedema no Brasil.


O que podemos aprender com o filme ‘A Baleia’: endocrinologista comenta


Reforço do estereótipo ou uma forma de conscientização? As opiniões divergem quando se trata do filme ‘A Baleia’. Para a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato a obra é positiva, já que mostra outros vários problemas associados à doença e que não é apenas a “força de vontade” do paciente capaz de curá-lo.  

 

O filme retrata uma pessoa com obesidade mórbida, o que não é comum na maioria dos casos, segundo Dra. Lorena. Porém, para ela, é importante mostrar que pessoas nessa situação têm transtornos psiquiátricos associados, como compulsão alimentar e depressão, e, para estes casos, o tratamento deve contar com uma equipe multidisciplinar.

 

Estudos apontam que um bilhão de pessoas em todo o mundo - incluindo 1 em cada 5 mulheres e 1 em cada 7 homens - viverão com obesidade até 2030.

 

“A história tem potencial para desenvolver empatia, mostrar que é uma situação complexa e que envolve muitos fatores, e tirar a ideia errônea de que a pessoa com obesidade é preguiçosa. Não é só força de vontade que pode mudar a situação, é uma doença e precisa ser encarada como tal. O filme traz isso com muita clareza”, reforça a endocrinologista.

 

A obesidade é uma condição multifatorial e precisa de acompanhamento do endocrinologista, psicólogo/psiquiatra e preparador físico. Já pacientes com indicação para cirurgia bariátrica ainda precisarão do gastroenterologista e cirurgião plástico. A cura da obesidade não depende da força de vontade da pessoa.

 

Para Dra. Lorena, o poder público pode trabalhar para reverter o estereótipo sobre a gordofobia, com campanhas de conscientização e informação de qualidade e objetiva.

 

“Mas eu acredito que precisamos agir antes da doença se instalar, ou seja, na prevenção da obesidade. É preciso fazer um trabalho intenso com a população sobre a importância da alimentação mais saudável e menos industrializada, aliada a trinta minutos de atividade física por dia – uma caminhada já traz benefícios. A adoção dessas medidas já pode mudar a saúde e a rotina de qualquer pessoa”, comenta Dra. Lorena.

 

Por parte da indústria alimentícia, a endocrinologista ressalta a importância de se dedicaram aos rótulos dos alimentos, disponibilizando leitura fácil e compreensiva para que o consumidor possa saber o que está comprando. Nos Estados Unidos, as embalagens dos alimentos estampam nitidamente o percentual de açúcares e gordura saturada presentes no produto.   



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Nova "moda" nas redes sociais de ensinar a estalar a coluna: ortopedista tira dúvidas sobre prática

Você já viu algum vídeo de uma pessoa estalando a coluna? As gravações são cada vez mais comuns nas redes sociais.


O médico ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho explicou que de maneira geral, na maioria dos casos, não há problema em estalar as costas às vezes, porém o ideal é não colocar isso como rotina.

Conforme o médico, as lesões não são tão comuns ao estalar as articulações. No entanto, não é o recomendado a se fazer.

“Não é tão comum, mas dá para se machucar quando utilizada muita força ou pressão ou então quando há alta frequência”, disse.

Porém, conforme o médico, a longo prazo a atitude pode causar um desgaste nas articulações, causando tensão, edema e até mesmo uma pequena lesão nas cartilagens articulares da coluna.

“Fazer do estalo uma mania, instalando várias vezes não é a opção mais saudável em longo prazo”, disse.

Por fim, o médico lembrou a importância do alongamento, exercício físico e boa alimentação. “Com esses hábitos se faz uma boa manutenção da saúde como um todo”, finalizou.


Atenção aos efeitos do excesso de açúcar no seu corpo

Unsplash
Pense em açúcar. Agora, em algo muito doce. Naquele item do menu do seu restaurante favorito que você tem certeza de que vai se transformar em glicose assim que entrar no seu organismo. 

A primeira imagem que surgiu na sua mente foi de pequenos grãos cristalizados? Na sequência, você visualizou um petit gateau? Talvez um suspiro, brigadeiro ou pão de mel? 

Na contramão do que permeia o inconsciente coletivo, o açúcar se camufla de maneiras distintas na dieta ocidental. E isso vai além da presença – disfarçada em letras pequenas – na fórmula de alimentos industrializados.

Dos pratos clássicos da cozinha internacional ao banquete de fim de ano na casa da sua avó, grande parte das receitas salgadas também interferem diretamente nos níveis de glicose. Isso acontece porque cem por cento dos carboidratos vira açúcar. 

Massas, pães, biscoitos, arroz e até os cereais ingeridos durante as refeições são rapidamente convertidos em glicose. Aí, a reação imediata do organismo é acionar  o pâncreas, que aumenta a produção de insulina. O hormônio assume a responsabilidade de metabolizar e transformar o açúcar em energia. 


Do cérebro ao intestino

O consumo excessivo de açúcares afeta o corpo inteiro, da performance mental à microbiota do intestino.

No cérebro, os reflexos estão na aprendizagem e na memória. Isso porque a resistência à insulina, desencadeada pela sobrecarga no pâncreas, prejudica a comunicação entre as células cerebrais. 

Um estudo *(B) desenvolvido pela Universidade da Califórnia revelou que consumir muita frutose bloqueia a capacidade da insulina de regular como as células usam e armazenam o açúcar para a energia necessária no processamento de pensamentos e emoções.

Já no sistema digestivo, o resultado da sobrecarga de glicose é a alteração da permeabilidade intestinal, que leva às inflamações – muitas vezes, crônicas.

“Quando a gente fala de inflamação, a gente entende aquele corte que tem rubor, que tem dor e não é isso que acontece. É uma inflamação silenciosa ao longo dos anos”, explica a nutricionista e professora do Puravida Prime, Alessandra Feltre. 

Pesquisadores do Korea Food Research Institute realizaram experimentos*(C) em camundongos e concluíram que o excesso de açúcar também está diretamente ligado à endotoxemia metabólica, gordura no fígado e obesidade.


Momentos críticos

Descendente de italianos e gregos, a pesquisadora em saúde Bruna Fabris mantém as memórias afetivas vivas no prato. Adepta do estilo de vida saudável, Bruna aprendeu – na prática, com uma dose extra de informação aliada à auto observação – como dosar as porções de massa, que sempre vêm acompanhadas de uma proteína, responsável pelos nutrientes e sensação prolongada de saciedade.

Para a pesquisadora, outra descoberta fundamental para a manutenção da dieta equilibrada é a identificação do que ela chama de momentos críticos. Como quando, depois de um dia estressante, em meio ao cansaço extremo, surge o desejo por doce como uma espécie de compensação pela carga mental envolvida na rotina. 

“Qualquer pessoa pode treinar o seu foco. Quando a gente faz a escolha e a gente muda a mentalidade do foco, no sentido de “eu vou escolher o que é melhor para mim”, é diferente de “eu vou me privar de um doce, porque eu não posso comer o chocolate”. Eu estou escolhendo o que é melhor para mim”, resume.


Fome emocional

O doce pelo doce pode ser o reflexo do que os especialistas classificam como fome emocional, que é o impulso de comer motivado por emoções como a tristeza, frustração e ansiedade. 

Segundo a nutricionista e também professora do Puravida Prime Roberta Carbonari, uma forma de escapar dessa armadilha é parar e olhar para o que você está sentindo e, depois de reconhecer se a fome é fisiológica ou motivada por um gatilho emocional, agir de maneira racional. 

“Se você está cansada, merece descanso. Se você está irritada, merece paz. E não substituir. É importante a gente sentar com esses sentimentos. O que eu estou sentindo aqui, na verdade, não é vontade de brigadeiro, não é vontade com nome, sobrenome. Se eu estou sentindo cansaço que resolve, o meu cansaço é descansar”, define.


Planejar, planejar e planejar

Para não entrar no labirinto das más escolhas, a dica da professora do Puravida Prime, Alessandra Feltre, é buscar na sua geladeira ou despensa os alimentos que você gosta e que geram saciedade. Para isso, a sugestão começa um passo antes, no momento da compra dos ingredientes e alimentos. 

  • Seja seletivo no supermercado;
  • Compre frutas frescas, vegetais e legumes;
  • Deixe tudo limpo e semi-pronto para consumo;
  • Invista em refeições completas, em que haja, pelo menos, uma fonte de proteína; 
  • Não espere para preparar sua refeição quando estiver com fome; 
  • Lembre do que levou você a escolher um estilo de vida saudável.


Bom lembrar

Apesar do impacto negativo do excesso de açúcar no organismo, os doces não estão vetados da dieta. Muito pelo contrário: a restrição é que deve ser evitada. “Os pães e massas podem, sim, estar presentes de uma forma adequada e equilibrada, sem que a gente tenha essa restrição exagerada, extrema. Conseguir saborear de tudo um pouco ajuda a manter um equilíbrio metabólico, sempre muito importante. Isso também gera uma saciedade mental”, recomenda Alessandra Feltre. 

  

Puravida


Treino de resistência melhora secreção de insulina e pode beneficiar paciente com diabetes, aponta estudo

 

Pesquisadores da Unicamp estudaram os efeitos do exercício de força nas células beta do pâncreas de ratos e em camundongos. Resultados indicam que a intervenção preveniu disfunção e morte celular, abrindo caminho para a busca de novos alvos terapêuticos e para a prescrição mais eficaz de atividade física (foto: Gabriela Alves Bronczek/Unicamp)

 

Estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indica que a prática regular de exercícios resistidos, como musculação ou treinamento funcional, pode ser tão benéfica para o controle glicêmico quanto a de atividades aeróbicas, a exemplo da corrida ou da natação. Os resultados da investigação foram divulgados no International Journal of Molecular Sciences.

“Nos últimos anos, os benefícios da atividade física para o organismo como um todo têm sido associados à liberação de moléculas chamadas miocinas na corrente sanguínea. E a maioria dos estudos utiliza exercícios aeróbios como referência”, contextualiza Gabriela Alves Bronczek, primeira autora do trabalho, conduzido durante seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biologia Funcional e Molecular da Unicamp.

“Como já é sabido que diferentes modalidades ativam vias distintas, levando à liberação de moléculas específicas, pensamos que talvez o treino resistido, mais relacionado à musculação, poderia apresentar efeito diferente ou liberar moléculas diferentes. Daí a ideia de investigar sua ação sobre as células beta pancreáticas, que são responsáveis por secretar insulina.”

Para isso, durante o estudo, que contou com apoio da FAPESP por meio de dois projetos (18/15032-9 e 18/05979-9), células beta de ratos foram tratadas com o soro sanguíneo de animais da mesma espécie que praticaram treinamento de força, que consistia em subir uma escada de aproximadamente um metro de altura com carga acoplada à cauda. Foram oito escaladas por seção, variando entre 50%, 75%, 90% e 100% de carga máxima, cinco dias por semana durante dez semanas. Em seguida, as células foram submetidas, in vitro, a um coquetel de citocinas pró-inflamatórias para induzir uma condição semelhante à da diabetes tipo 1. Resultado: o tratamento preveniu tanto a disfunção quanto a morte celular.

O passo seguinte foi trabalhar com um modelo animal de diabetes tipo 1. Para induzir a doença em camundongos, foram administradas aos animais doses baixas de estreptozotocina, droga que destrói especificamente as células beta do pâncreas.

Depois de dez semanas de treinamento resistido, os roedores apresentaram melhora na tolerância à glicose e redução da glicemia. Em uma avaliação da morfologia do pâncreas, observou-se aumento na massa de células beta. Isso comprovou que o exercício de força faz com que as células se tornem mais eficientes em secretar insulina em resposta ao estímulo de glicose.

“Isso nos leva a acreditar que moléculas liberadas durante o exercício resistido podem melhorar o funcionamento da célula beta e proporcionar todos esses benefícios”, diz Bronczek.

Estudo anterior do grupo, publicado em 2021 na revista Scientific Reports, já havia avaliado o efeito do exercício resistido em células beta de animais saudáveis e observado os mesmos efeitos.


Próximos passos

“Diante da pandemia de obesidade no mundo e da piora nos hábitos alimentares da grande maioria da população, a prática de atividade física é extremamente importante”, comenta Antonio Carlos Boschiero, professor titular da Unicamp e orientador de Bronczek. “Entender os benefícios do exercício resistido abre ainda mais portas, já que ele pode ser feito, por exemplo, a partir de uma cadeira de rodas”, acrescenta.

Para seguir na linha de estudo, Bronczek pretende focar seus estudos de pós-doutorado na análise do soro sanguíneo dos animais. O objetivo é identificar uma ou mais moléculas que possam ser realmente as responsáveis por mediar todos os efeitos benéficos observados.

“Se conseguirmos chegar a esse ponto, pode ser um primeiro passo na busca de um potencial alvo terapêutico”, acredita Bronczek. “Essa molécula poderia ser sintetizada ou isolada e utilizada em pacientes com diabetes tipo 1.”

Outro desdobramento importante seria a recomendação mais embasada de exercícios resistidos como forma de contribuir para a manutenção glicêmica de pacientes diabéticos. “Isso porque passaremos a entender melhor como esse tipo de atividade funciona, sua fisiologia e como ela impacta na homeostase glicêmica.”

O artigo Resistance Training Improves Beta Cell Glucose Sensing and Survival in Diabetic Models pode ser lido em: www.mdpi.com/1422-0067/23/16/9427.


Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/treino-de-resistencia-melhora-secrecao-de-insulina-e-pode-beneficiar-paciente-com-diabetes-aponta-estudo/41110/

Ansiedade e a depressão são as principais causas de dificuldade para dormir dos brasileiros aponta pesquisa

 No país, 38% dos entrevistados nunca procuraram ajuda para problemas de sono

 

Uma pesquisa recente em mais de dez países com mais de 20.000 indivíduos feita pela ResMed em janeiro de 2023 (Allison+Partners Performance+Intelligence ResMed Global Sleep Survey) trouxe alguns fatos interessantes sobre hábitos e condições de sono. A pesquisa faz parte de uma campanha global chamada “Desperte o seu melhor” cujo objetivo é trazer dados e discussões sobre a importância da saúde do sono. As pessoas podem verificar a presença de possíveis fatores de risco e sintomas comuns para apneia do sono fazendo um teste em www.resmed.com.br/desperteoseumelhor e ter acesso a dicas e ferramentas para se informar sobre a saúde do seu sono.

A relação entre sono e comportamento foi destacada pela pesquisa, já que os indivíduos dizem que, quando têm uma boa noite de sono, possuem maior probabilidade de serem mais produtivos no trabalho (47%), mais pacientes com os outros (41%) e mais alertas/atentos (37%). Os brasileiros seguem essa tendência com 56% relatando serem mais produtivos, 52% mais pacientes e 39% mais alertas.

Os dados mostraram que a ansiedade e a depressão são as mais comumente listadas como responsáveis por manter os indivíduos acordados à noite entre os consumidores brasileiros e americanos (46% e 45%, respectivamente) - este também é o caso da geração Z e da geração Milenium (34% e 35 %). Além disso, o estresse tem afetado muito o sono de indivíduos desde a COVID-19 no Brasil e nos EUA, sendo os mais propensos a dizer isso (23% e 24%, respectivamente).

A pesquisa também indicou que uma condição de saúde pode estar ligada à qualidade do sono, já que 81% dos entrevistados relatam ter um ou mais dos sintomas de apneia obstrutiva do sono. Quase um quarto das pessoas que experimentaram pelo menos um sintoma da apneia do sono já foram   com apneia do sono, mas não estão em tratamento específico para a doença. Ou então, acreditam que sofrem desta condição, mas não foram diagnosticadas ou receberam tratamento para seus sintomas (22%). Aqueles no Brasil e na Índia são os mais propensos a dizer isso (28% e 27%, respectivamente), junto com a geração Milenium (25%) e homens/pessoas não binárias (25%).

Um terço (33%) dos entrevistados afirmam que não foram testados para apneia do sono ou procuraram ajuda médica para outras condições de sono porque acreditam que não têm problemas relacionados ao sono. No Brasil, 38% nunca procuraram ajuda para problemas de sono. Aqueles que foram para apneia do sono, ou estão interessados em ser testados, na maioria das vezes dizem ter dificuldades para iniciar (34%), preocupações com o custo do tratamento (31%) e receio de potenciais resultados (27%) são barreiras para procurar tratamento. No Brasil a maior preocupação é o custo (38%), seguido de dúvidas ou dificuldades para começar (25%) e 22% têm temor dos resultados.

 

ResMed
ResMed.com.br
@ResMedBrasil


Exames de sangue: quando é preciso fazer o jejum

Novidades na coleta de sangue eliminam a necessidade de abstinência alimentar para alguns exames 

A análise do sangue é um dos exames mais importantes a serem realizados na investigação de doenças, uma vez que esse líquido corporal participa de praticamente todas as funções vitais do nosso corpo, como a atividade do tecidos, a distribuição de oxigênio e dióxido de carbono, a atividades dos rins, dos hormônios, da condução de células que combatem infecções, etc. Por ser um dos exames mais importantes, algumas regras devem ser seguidas para que os parâmetros de avaliação funcionem corretamente. Entre essas regras a principal é o jejum, que hoje em dia passou a não ser mais necessário em alguns exames específicos.

O especialista em bacteriologia e diretor técnico do Laboratório de Análises Clínicas - LANAC, Marcos Kozlowski, explica que hoje em dia, com o avanço tecnológico e novos estudos, alguns exames de sangue já não exigem o jejum, que inclusive pode maquiar alguns resultados quando realizado sem a indicação do médico. “É importante que o paciente saiba que nem todos os exames de sangue requerem períodos de abstinência alimentar. Alguns indicam uma dieta especial, mas tudo depende da finalidade do exame. O hemograma, por exemplo, que é o teste mais solicitado pelos médicos, não precisa de jejum, assim como o exame de colesterol, que antes era necessário um jejum de 12 horas e hoje é feito sem essa indicação”, explica. 

Sobre o exame de colesterol, Marcos afirma que a mudança ocorreu pois percebeu-se que as dosagens do colesterol podem ser interpretadas independentemente do jejum prévio, além disso a evolução tecnológica permite que hoje essa análise seja feita de forma assertiva e menos dependente de variações das amostras. “A não exigência do jejum ajuda muito na frequência dos exames por parte do paciente, que muitas vezes fica ansioso em ficar longas horas sem comer. Porém, alguns exames ainda necessitam dessa prática, como o da glicemia, que hoje tem um jejum que pode variar de 8h a 12h, e o de triglicerídeos, que pode exigir de 12h a 14h de jejum, a depender da orientação do médico”, conta o diretor.

Outra regra pouco conhecida é que crianças de até seis anos não precisam fazer jejum prolongado para nenhum exame, sendo que a coleta é realizada o mais próximo possível da próxima refeição. “Em crianças menores pode-se haver a necessidade de um jejum curto, de até cerca de quatro horas. As regras vão depender do que o pediatra solicita, que em alguns casos pode solicitar a abstinência de algum tipo de alimento específico”, explica Marcos.

 

Alterações fisiológicas e o jejum

Marcos explica que o nosso corpo funciona com reservas de glicose que são adquiridas na alimentação, quando elas se esgotam o nosso corpo rapidamente passa a usar outras fontes de energia, como proteínas e gorduras, para que o organismo se mantenha ativo. “Quanto maior o jejum, maior será a queima de gordura e proteínas, sendo assim quando temos exames relacionados ao metabolismo de elementos como glicose e gorduras é necessário que se respeite o período de jejum, pois este é o valor de referência usado para medir esses elementos. Exames que não contam com essa metrificação, não precisam de jejum e podem inclusive ser feitos em qualquer horário do dia”, conta o diretor.  

Outro cuidado que se deve ter é com relação ao consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, uma vez que alguns exames exigem a abstinência dessas substâncias por um tempo específico. “O álcool pode interferir no diagnóstico de algumas questões, sendo que ele é uma substância que permanece por alguns dias no nosso organismo. Sendo assim, exames como triglicerídeos e glicose, a depender da finalidade, podem exigir a abstinência por até três dias”, conta Marcos.   


Entre os exames mais comuns que não necessitam de jejum estão:

  • Hemograma
  • Tipagem sanguínea 
  • Beta HCG (teste de gravidez) 
  • Plaquetas 
  • PSA (antígeno prostático específico) 
  • Hepatite (todos os tipos) 
  • T3, T4 e TSH (exames para avaliação da função da tireoide) 
  • Sorologias para rubéola e toxoplasmose
  • Ureia
  • Creatinina 
  • Magnésio 
  • Cálcio
  • Potássio
  • Sódio
  • Progesterona
  • Bilirrubina 
  • Anti-HIV

Confira as principais medidas de segurança para quando uma escola está em risco


Nos últimos dias tem sido frequente os casos de ataques em instituições de ensino, não só no Brasil como ao redor do mundo. Esses ataques totalmente inesperados estão sendo executados por alunos e, até mesmo, pessoas desconhecidas que conseguem entrar na escola sem qualquer identificação. Situações como essas trazem para todos uma forte insegurança acompanhada pelo medo.

Para cuidar dessa preocupação manifestada por toda sociedade, principalmente por pais de crianças pequenas, existem empresas e funcionários capacitados e treinados especificamente para atuar na área de segurança patrimonial com foco em educação. Esses profissionais trabalham para prevenir e proteger a todos desde quando o local para a instalação da instituição de ensino é definido, se mantendo na inauguração e durante todo o período de funcionamento. Além disso, a atenção e o cuidado ultrapassam os muros da escola ou universidade e se estendem por todo entorno do local.

Existe a necessidade de um trabalho prévio de inteligência, prevenção e soluções. E quando uma situação de adversidade acontece, é preciso conhecer e seguir alguns protocolos para garantir a própria segurança e dos demais. Cesar Leonel, COO na Verzani & Sandrini, comenta que o ideal é que todo corpo docente e funcionários atuantes na escola sejam treinados previamente para seguir um protocolo em três fases:

  • A primeira é chamada de fuga - os funcionários entendem quais são as alternativas de fuga particular ou em grupo para estarem preparados para qualquer vulnerabilidade;
  • A segunda fase está relacionada a quais alternativas o grupo tem além da fuga, ou seja, ao que a pessoa pode recorrer para sair daquela situação;
  • Por fim, a terceira fase está diretamente ligada à qual o melhor caminho para enfrentar diretamente o problema sem se colocar em risco e sem colocar o grupo em risco.

“Em situações como vimos sendo noticiadas recentemente, é muito importante que os envolvidos mantenham a calma para que, assim, possam seguir as fases do protocolo de segurança, além, claro, de acionarem as autoridades responsáveis para conter a situação”, comenta o executivo.

A empresa de segurança contratada funciona como ferramenta essencial para expressar em ações cotidianas o desejo em comum de um grupo. “Esse grupo é formado por alunos e seus responsáveis, órgãos públicos, como secretaria de ensino e conselho tutelar, os responsáveis pelo colégio e o time de professores”, explica Leonel.

Para que o trabalho seja efetivo e ativo, além da contratação de mão de obra, é necessária a instalação de equipamentos de segurança. A empresa identifica as vulnerabilidades de elementos reais e sugere correções e adaptações para aumentar a eficácia na segurança de curto, médio ou longo prazo. Essas mudanças podem ser, por exemplo, instalação de sistema de alarme para intruso, implementação de portal de detecção de metais, lockers e controle de acesso e botões de pânico que são interligados com os órgãos públicos de segurança. Importante mencionar sobre os protocolos e processos de segurança que devem ser implementadas para o desenvolvimento de um plano de segurança.

“Para somar a essas ferramentas também é possível contar com o suporte local e remoto, que acompanha não só in loco a rotina escolar, mas também à distância por meio de câmeras analisando qualquer disparidade de situação. Além disso, existe também ferramentas com apoio da inteligência artificial, que analisa vídeos em tempo real com parâmetros de comportamento, sendo possível detectar atitudes agressivas, aglomerações e desinteligências”, finaliza o especialista.

 

 VERZANI & SANDRINI


São Paulo inicia instalação de armadilhas para controle do Aedes aegypti

Implantação de armadilhas de autodisseminação de larvicidas (ADLS) 
 Créditos: Edson Lopes Jr./SECOM

Tecnologia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e foi importada da Holanda pela Biovec; expectativa é reduzir em até 80% a dengue no município

 

Agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo começou na manhã desta quarta-feira (12) a instalar armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti. A tecnologia foi importada exclusivamente para o Brasil pela Biovec, empresa do Grupo Lara, e tem eficácia comprovada de 80%, superior aos métodos tradicionais. Com o uso de 20 mil armadilhas, concentradas em seis áreas de elevado risco de transmissão de dengue selecionadas pela COVISA (Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília), a expectativa é que em 60 dias já se note expressiva redução de mosquitos no município. 

A cidade de São Paulo registrou 2.507 casos de dengue nos primeiros três meses de 2023, segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado. Em 2022, o Brasil atingiu o maior índice de sua história de óbitos por dengue, com 1.016 mortes registradas pelo Ministério da Saúde. 

Por meio do QR Code presente na armadilha, o agente de saúde consegue
 localizar onde ela foi instalada, registrar o que for encontrado nas visitas,
 trocar os refis, monitorar os casos de dengue na região e
comprovar a efetividade da tecnologia

“A busca por uma solução inovadora e eficiente contra o mosquito se tornou uma preocupação das prefeituras. Cada armadilha da Biovec tem uma cobertura de 1.000 m², o que assegura proteção de boa parte de um quarteirão. Por meio do QR Code presente na armadilha, o agente de saúde consegue localizar onde ela foi instalada, registrar o que for encontrado nas visitas, trocar os refis, monitorar os casos de dengue na região e comprovar a efetividade da tecnologia. É o que há de mais moderno hoje no Brasil para cuidar da população”, afirma Daniel Sindicic, CEO do Grupo Lara. 

A Biovec emprega em suas armadilhas uma solução com inseticida, fungo e água com odor capaz de atrair os insetos que estão em época de postura de ovos. A tecnologia é capaz de eliminar larvas e mosquitos adultos e não causam nenhum dano a saúde de humanos, animais ou ao meio ambiente, por ser uma solução sustentável. 

O produto é utilizado em mais de 20 países, incluindo Estados Unidos, Tailândia, Hong Kong, Malásia, Indonésia e México. No Brasil, além de São Paulo, a armadilha contra o mosquito da dengue já foi implementada nos municípios de Goiânia, Ribeirão Pires e está disponível para prefeituras de todos os municípios do Brasil por meio da Biovec.


Armadilha da Biovec: inovação contra mosquito da dengue que reduz propagação em 80% 

A armadilha da Biovec atrai mosquitos fêmeas do Aedes Aegypti, que estão prestes a produzir ovos. O mosquito repousa no local, deposita os ovos na água e é contaminado pelo larvicida lá aplicado. Quando os ovos se transformam em larvas na água, mais odores são gerados e atraem outros mosquitos para a armadilha. Depois, as larvas morrem antes de completarem o estágio de desenvolvimento.

Armadilha In2Care, trazida para o Brasil pela Biovec 

Quando o mosquito fêmea contaminado sai da armadilha, o larvicida contido nele se dissolve e contamina outros locais com água, repetindo o mesmo ciclo que ocorre dentro da armadilha e matando novas larvas.  

Esse produto é a forma mais inteligente e eficaz de combater o mosquito, pois ele usa os hábitos do próprio mosquito para fazer a transferência dos larvicidas nos locais de água parada, eliminando sua possibilidade de reprodução. Além disso, trata-se de uma solução ambientalmente limpa.  

Chegando ao Brasil por meio da Biovec, o produto já foi implementado com altas taxas de eficácia em mais de 20 países, incluindo Estados Unidos, Tailândia, Hong Kong, Malásia, Indonésia e México.

 

Grupo Lara



Cinco entidades serão contempladas com R$2 mil reais para a compra de uma cadeira de rodas adaptada

 

O programa Tampinha Legal, em parceria com a Nestlé Health Science, lança, pelo segundo ano consecutivo, o desafio Tampinha Legal Amigo da Paralisia Cerebral, que visa aumentar a captação de recursos financeiros para as entidades assistenciais cadastradas. Além de aumentar a visibilidade sobre o tema. O desafio já começou e se estenderá até novembro deste ano, onde as cinco entidades assistenciais que mais se destacarem, serão contempladas com um prêmio de R$2 mil reais, entregue pela Nestlé Health Science, para a aquisição de uma cadeira de rodas adaptada. Todas as entidades assistenciais que atendem pacientes com paralisia cerebral estão aptas a participar. As inscrições vão até o dia 30 de abril no site do Tampinha Legal. 

Na primeira edição, mais de 21 toneladas de tampas plásticas foram arrecadadas, número que, segundo Simara Souza, Gerente do Instituto SustenPlást, deverá ser ultrapassado. “Ano passado já foi um sucesso e tivemos muito engajamento, tanto das entidades assistenciais como dos voluntários e familiares. O prêmio final é muito importante, pois contribui significativamente para o trabalho que é prestado para os pacientes, porém, a trajetória do desafio também é recompensadora. É através da divulgação que a causa da paralisia cerebral passa a ganhar mais visibilidade, promovendo uma maior qualidade de vida para quem precisa”, destacou. Simara destaca também a importância do desafio para o programa. “O Tampinha Legal está em expansão. Um desafio como esse, e em parceria com a Nestlé, é capaz de aumentar o número de pessoas impactadas com o simples ato de juntar tampas plásticas”, finalizou. 

Durante os seus seis anos de atuação, o programa já arrecadou mais de 1.100 toneladas de material. Quantidade que foi revertida em mais de R$2,7 bilhões de reais entregues integralmente para as entidades assistenciais participantes. O programa conta com 3190 pontos de coleta, distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Bahia. 

 

O Tampinha Legal 

O Tampinha Legal é realização do Instituto SustenPlást com o apoio do Movimento Plástico Transforma. Através de ações modificadoras de comportamento de massa, aumenta os níveis de esclarecimento quanto ao material plástico e seu destino adequado, promovendo que a economia circular ocorra na prática.

Todos os segmentos da sociedade são convidados a recolher tampas plásticas e destiná-las para entidades assistenciais cadastradas no Tampinha Legal que busca a melhor valorização de mercado para o material. Os valores obtidos são destinados integralmente para as entidades assistenciais participantes sem rateios de material ou repasses de valores. O programa não recebe comissões e/ou gratificações sobre o material coletado. Em 2022 ultrapassou R$ 2,5 milhões de reais destinados 100% para as entidades assistenciais participantes.

Recentemente, lançou no Núcleo Porto Alegre/RS, o Copinho Legal que, seguindo o modelo do Tampinha Legal, destina os recursos obtidos com a venda dos descartáveis plásticos (copos, pratos e talheres) para as entidades assistenciais participantes. O Tampinha Legal atua no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Bahia.

Em Porto Alegre, o Tampinha Legal conta com o apoio estratégico da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (tampinhalegal.com.br), onde pode-se localizar várias informações tais como os pontos de coleta mais próximos, entidades assistenciais e empresas participantes, etc. Também é possível acompanhar o Tampinha Legal por redes sociais, como YouTube, LinkedIn, Twitter, Instagram, Facebook e TikTok.

 

Posts mais acessados