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segunda-feira, 20 de março de 2023

Dia Mundial da Água: Saiba os mecanismos que este recurso proporcionam a prática esportiva

Ingestão durante a prática esportiva traz alguns benefícios esportivos, porém, é fundamental para que os praticantes de atividades físicas como um todo para que se mantenham hidratados


 Recurso vital para a sobrevivência do ser humano, a água, além de manter o corpo hidratado, mantém um bom funcionamento das demais partes do corpo. Crédito (foto): Divulgação.

 

Na próxima quarta-feira (22 de março), é comemorado no mundo o Dia Mundial da Água. A data foi estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, como forma de chamar a atenção da população para a falta deste recurso que afeta mais de um quarto da população mundial. 

E quando o assunto é prática esportiva, não podemos nos esquecer que este recurso é fundamental, não somente como forma de hidratação, como também da reposição de mecanismos importantes em nosso corpo, como os sais minerais. 

O profissional de Educação Física da Bodytech Brasília, Marcos Emanuel, explica que a quantidade ideal de água a ser ingerida durante a prática de exercícios físicos varia de acordo com diversos fatores, como a intensidade e duração do exercício, as condições ambientais (temperatura, umidade do ar), a idade, o peso e o sexo do indivíduo. De modo geral, recomenda-se que os indivíduos bebam água antes, durante e após o exercício para evitar a desidratação e garantir um bom desempenho. 

De acordo com o profissional, a National Athletic Trainers Association (NATA) recomenda a ingestão de 500 a 600mL de água ou outra bebida esportiva de duas a três horas antes do início do exercício e 200 a 300mL, entre 10 a 20 minutos antes do exercício. Já durante o exercício, a reposição deve aproximar as perdas pelo suor e pela urina e pelo menos manter a hidratação, com perdas máximas correspondentes a 2% de perda de peso corporal. Já ao término da prática esportiva, a hidratação deve ter como objetivo corrigir quaisquer perdas líquidas acumuladas. No entanto, essa recomendação pode variar dependendo do tipo de exercício e da intensidade. 

“Em atividades físicas de longa duração, como corridas de maratona ou triatlo, é comum a utilização de bebidas esportivas contendo eletrólitos e carboidratos para repor os nutrientes perdidos durante o exercício”, ressalta o professor.

 

Condicionantes corporais

Além da questão da hidratação, é preciso com que os amantes do esporte, e não só deles, mas os indivíduos no geral, levem em consideração fatores como o peso e a idade da pessoa, o que pode interferir na quantidade de água a ser ingerida durante a prática de exercícios físicos, devido as suas influências no metabolismo e nas necessidades hídricas do corpo. 

“Em relação ao peso, indivíduos com maior massa corporal tendem a ter uma maior necessidade de água para manter o equilíbrio hídrico do organismo. Além disso, pessoas com excesso de peso podem ter maior perda de água durante o exercício devido ao aumento da transpiração e maior demanda metabólica. Por isso, é importante que essas pessoas se hidratem adequadamente para evitar a desidratação” explica o profissional. 

Marcos também observa que públicos como os idosos tendem a apresentar uma menor sensação de sede e uma redução na capacidade de regulação da temperatura corporal, o que aumenta o risco de desidratação durante o exercício. Além disso, as mudanças fisiológicas decorrentes do envelhecimento, como a diminuição da massa muscular, podem afetar o metabolismo e a eliminação de água pelo corpo. “Por isso, idosos devem ter uma atenção especial para a ingestão adequada de líquidos antes, durante e após o exercício mas, no geral, é importante lembrar que cada indivíduo é único e as necessidades hídricas devem ser avaliadas de forma individualizada”, pontua Marcos. 

Em resumo, não existe uma quantidade ideal de água que se aplique a todas as modalidades esportivas ou individuais. É importante estar atento às necessidades do seu próprio corpo e buscar orientação de profissionais da área de saúde para ajustar a sua ingestão de água durante a prática de exercícios.

 

Períodos de seca 

Outra preocupação dos esportistas que vivem em cidades do Centro-Oeste como o Distrito Federal é com a época da seca, período que compreende a segunda metade do mês de março e se estende até a segunda quinzena do mês de setembro, englobando estações como o Outono, Inverno e parte da Primavera. Durante esta fase, a umidade relativa do ar tende a diminuir e as temperaturas podem ficar mais baixas, o que pode levar a uma maior perda de água pelo corpo durante a prática de exercícios físicos, mesmo que a transpiração pareça menos intensa. Além disso, a baixa umidade pode provocar ressecamento das mucosas e das vias aéreas, o que pode prejudicar o desempenho físico. 

Por isso, mesmo durante o Outono-Inverno em Brasília, é importante que os praticantes de atividade física se hidratem adequadamente para evitar a desidratação e manter um bom desempenho. Algumas dicas para a hidratação nesse período são beber água antes, durante e após a atividade física, mesmo que não se sinta tanta sede, utilizar bebidas esportivas com eletrólitos e carboidratos em atividades físicas de longa duração, evitar bebidas com álcool, que podem causar desidratação, manter as mucosas e as vias aéreas hidratadas com a ingestão de água e a utilização de umidificadores e ficar atento a sinais de desidratação, como sede intensa, boca seca, fadiga, tontura e diminuição do volume de urina, e procurar ajuda médica caso necessário. 

“Mesmo durante o período seco em Brasília, a hidratação é fundamental para garantir um bom desempenho na prática de atividades físicas. É importante manter um consumo adequado de água e outros líquidos, e estar atento aos sinais de desidratação

 

Vantagem competitiva 

A água é fundamental para o bom desempenho em qualquer atividade física, incluindo a corrida. A desidratação pode levar à redução do desempenho e aumentar o risco de lesões e complicações de saúde. Por isso, manter-se hidratado é essencial para os corredores, especialmente durante provas de longa duração. 

Manter-se hidratado pode ajudar a retardar a fadiga, prevenir câimbras musculares, reduzir o risco de lesões e melhorar a recuperação após a atividade física. 

No entanto, é importante lembrar que a hidratação não é a única variável que influencia o desempenho na corrida. O treinamento adequado, a nutrição, o sono e outros fatores também são importantes para obter um bom desempenho. Além disso, o excesso de água pode levar à hiponatremia, uma condição em que o nível de sódio no sangue fica perigosamente baixo, o que pode causar náuseas. 

Em resumo, a água não é uma vantagem competitiva em si, mas a hidratação adequada é fundamental para o bom desempenho na corrida e pode fazer a diferença em relação a outros corredores que não se hidratam adequadamente. É importante lembrar que a hidratação não é a única variável que influencia o desempenho e que o excesso de água também pode ser prejudicial. Por isso, é importante buscar orientação profissional para definir a melhor estratégia de hidratação para cada caso.

 

Marcos Emanuel  - professor da Bodytech Brasília


Frente ao histórico déficit de armazenamento de grãos no Brasil, silos-bolsa são opção para produtores

Uma das principais atratividades do sistema é sua relação custo benefício. Numa comparação com os silos metálicos estáticos redução de custos pode chegar até 53%, dependendo do tipo de cultura


 R$ 15 bilhões, este é o valor que o Brasil deveria investir anualmente para impedir o crescimento do déficit de armazenagem de grãos, que só para este ciclo de 2022/23, está estimado em 117 milhões de toneladas. Os números são da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos, departamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Mas o governo federal, por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), disponibilizou somente R$ 5,13 bilhões para a safra atual.

Mesmo ocupando o quarto lugar no mundo na produção de grãos, no Brasil a falta de infraestrutura de armazenagem é um problema crônico do nosso agro. Estudo do ano de 2021, da  consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, revela que só 14% das fazendas brasileiras têm armazéns de concretos ou silos metálicos, justamente pelo alto custo para se construir essas estruturas.

Essa ausência de uma infraestrutura de armazenamento obriga uma boa parte dos produtores brasileiros a venderem sua produção a preços mais baixos, diminuindo assim a lucratividade na safra. Como uma forma mais barata e ao mesmo tempo eficiente para contornar esse problema, pequenos e médios produtores têm recorrido aos silos-bolsas, ou silo bag, como também é chamado esse sistema de silagem que é composto basicamente por de grandes tubos flexíveis de polietileno.

“Esse método de armazenagem, tem ganhado força entre os produtos, principalmente pelo bom custo benefício tanto para grandes produtores que estão com excesso de produção quanto para os pequenos e médios produtores que querem armazenar por um período curto de tempo”, explica o gerente corporativo de Peças da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistemas de Irrigação - João Mendanha.

O gerente corporativo cita outro problema frequente enfrentado pelos produtores brasileiros que é a dificuldade de planejar a logística do transporte da safra, já que a grande maioria das fazendas depende de uma frota terceirizada para isso. “Muitas vezes a empresa que faz esse transporte não tem um caminhão disponível para buscar os grãos na propriedade no período de colheita, isso obriga o produtor a vender por um preço mais baixo, porque ao não ter como armazenar a produção, ela será perdida. Com o silo-bolsa, o produtor pode armazenar sua produção até conseguir organizar a demanda logística do transporte, ou simplesmente guardar os grãos até o momento em que as commodities irão estar num preço melhor”, esclarece Mendanha.


Custo benefício

O gerente corporativo da Pivot cita como uma das principais atratividades do armazenamento por meio do silo-bolsa a sua boa relação custo benefício. “Numa comparação com os silos metálicos estáticos, que são bastantes usados no Brasil, você tem uma redução nos custos totais, de implantação e operação, que chega  até 53%, no caso da soja, e até 60% no armazenamento do milho”, detalha João Mendanha.

Outra vantagem apontada pelo gerente é a possibilidade de setorização da produção. Seja pelo seu formato, composição e variedades de tamanho, o silo-bolsa é um sistema de armazenamento móvel por meio do qual o produtor pode separar sua produção de acordo com o tipo de grão. “Desse modo, podem ser divididos os grãos, de acordo com as datas de colheita, ou ainda, separar a produção levando em consideração as áreas de onde foram colhidas”, explica.

 

Conheça os crimes que as universitárias cometeram ao debochar de colega por ter mais de 40 anos

 

Nesta semana, três estudantes de uma universidade particular em Bauru, interior do estado de São Paulo, publicaram um vídeo que viralizou nas redes sociais, onde debocham de uma colega de sala por ela ter 40 anos. A brincadeira de mau gosto revela alguns crimes que elas cometeram.

 

Elas podem responder aos crimes de injúria, difamação e violência psicológica. A injúria teria a pena de 1 a 6 meses, a difamação de 3 meses a 1 ano e a violência psicológica pode chegar ao patamar de 6 meses a 2 anos, sendo também possível a aplicação de multas pecuniárias.

 

A difamação é uma atribuição de fato ofensivo a alguém, que pode ser verdadeiro ou falso, desde que esse fato não constitua crime, caso assim fosse, o delito praticado passaria a ser o de calúnia. Já a injúria é uma valoração negativa de características de uma pessoa, de forma a ofender sua honra.

 

Após o término do processo penal, no caso de condenação pelo crime de de injúria ou difamação, o magistrado deverá triplicar a pena imputada às ofensoras, já que elas divulgaram suas ofensas na internet conforme prevê o Código Penal brasileiro.

 

Também é importante ressaltar que as estudantes já são maiores de idade, caso fossem menores, não responderiam por crime e sim por ato infracional, sendo processados por uma vara da infância e da juventude.

 

O vídeo viralizou rapidamente, mesmo se fosse deletado ele já trouxe consequências É importante enfatizar que o código penal prevê a possibilidade de retratação para calúnia e difamação, já para injúria e violência psicológica isso não é possível.

 

Ou seja, ainda que elas se retratem perante a aluna ofendida, ainda podem ser responsabilizadas criminalmente. Importante dizer que de o ato de apagar o vídeo de nada adiantaria, uma vez que o conteúdo ofensivo, inclusive, viralizou, além da retratação não ser possível para casos de injúria e violência psicológica.

 

A partir disso, podem ocorrer processos que devem vir do desejo da aluna de querer processar as ofensoras, já suas penas provavelmente serão convertidas em serviços comunitários, uma vez que são de detenção e não de reclusão, atingindo no máximo o regime semiaberto.

 

O etarismo não é previsto nos dispositivos legais brasileiro, porém o Estatuto do Idoso coíbe essa prática. É importante ressaltar a necessidade de cuidado com o próximo, isso é imprescindível para qualquer convivência em sociedade e é importante que esses casos viralizem e sejam julgados para dar visão a esses crimes que não devem ser banalizados.

 

Lucas Takamatsu Martins Cardozo Galli - advogado criminalista, formado na Fundação Armando Álvares Penteado, advogado do escritório Martins Cardozo


Importunação Sexual: Criminalista do CEUB detalha crimes contra a dignidade íntima da mulher

 Participantes de reality show acusados de importunação sexual são expulsos do programa


Na última quinta-feira, (16) dois participantes do reality show Big Brother Brasil foram expulsos ao vivo, após importunarem sexualmente uma sister na noite da “Festa do Líder”. O caso, que tomou grande repercussão nas redes sociais, trouxe à tona um alerta de ocasiões que podem configurar importunação sexual. De acordo com a legislação brasileira, a importunação sexual é crime e está prevista no artigo 215-A do Código Penal. Nesse sentido, o participante do reality show que importuna sexualmente outra pessoa pode ser penalizado criminalmente.

Especialista em Direito Penal, o professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Víctor Quintiere explica as possíveis penalidades devido ao crime de importunação sexual e as diferenças entre crimes que ferem a dignidade sexual das vítimas.


Os dois casos (MC Guimê e Cara de Sapato) do BBB configuram assédio e importunação sexual? Qual é a diferença entre os dois crimes?

VQ - Em relação às condutas em tese praticadas, até porque será iniciada uma investigação dos fatos em que eles terão assegurados ampla defesa, em tese eles não teriam praticado assédio sexual do artigo 206 a e sim importunação sexual. É importante destacar que são delitos totalmente diferentes. No caso do assédio sexual, além da pena ser menor, é necessário que - para a configuração desse delito específico - haja uma relação de subordinação entre autor do fato e vítima. No BBB, os participantes têm uma hierarquia igual, funcional ou administrativa em relação a autores eventuais de crimes e vítimas. Nesse caso trata-se de importunação sexual, artigo 215- A, com pena de um a cinco anos de reclusão.


Quais medidas devem ser tomadas em caso de importunação sexual?

VQ - No caso de delitos que envolvam a dignidade sexual a vítima deve procurar as autoridades públicas. Lembrando que aqui estamos diante de um crime de ação penal pública incondicionada. Em relação à mulher, que infelizmente acaba sendo a maior vítima deste tipo de conduta, é fundamental que ela tome alguns cuidados em relação às ocasiões que possam potencialmente gerar esse tipo de situação.


Como a mulher pode se defender em ocasiões de importunação sexual?

VQ - O recomendado é que a mulher se afaste do suposto autor e que procure, em situações de risco eminente, estar acompanhada de outras pessoas. Isso pode inibir a conduta desses indivíduos ou, no mínimo, ter uma testemunha, o que facilita a prova, uma das grandes dificuldades nesse tipo de delito.


Qual é o trâmite jurídico a partir de uma denúncia de um crime sexual?

VQ - A partir do momento que um delito, em tese, como esse ocorre e a autoridade policial toma conhecimento, é instaurado um inquérito, começa uma investigação em relação a esse delito e, ao final do inquérito, o(a) delegado(a) de polícia vai concluir pela existência de indício de autoria e materialidade relacionados a esse delito. Feito isso, os autos são encaminhados ao Ministério Público, que? diante dos elementos, poderá tomar três decisões: ajuizar a denúncia, não ajuizar denúncia solicitando arquivamento do feito ou ainda requisitar mais diligência. A denúncia é analisada por um juiz de direito, podendo ser recebida ou não. Sendo recebida, estando de acordo com as exigências, o defensor dos supostos autores é constituído e defenderá o autor dos fatos, seguindo para a audiência, ocasião que o processo vai para as alegações finais. Após a apuração das alegações finais em juízo a sentença é proferida, que pode ser absolutória ou condenatória.

 

domingo, 19 de março de 2023

Estação da Luz da CPTM terá ação de saúde bucal para tratamento ortondôntico nesta segunda (20)

Estudantes de odontologia do Centro Universitário Latino-Americano farão cadastro para avaliação ortondôntica e aferição de pressão para quem passar pela estação entre 14h e 18h


Quem passar pela Estação da Luz, que atende as Linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM, na próxima segunda-feira (20/03), das 14h às 18h, poderá se cadastrar para avaliação e tratamento ortondôntico, técnica da ortodontia para corrigir a posição dos dentes, com o objetivo de melhorar a saúde bucal. A colocação do aparelho ortodôntico e a manutenção são gratuitos. 

Nesta ação, realizada por alunos de odontologia do Centro Universitário Latino-Americano, os interessados receberão mensagem online da Clínica Escola de Odontologia da universidade, que funciona dentro da Santa Casa de Misericórdia por meio de convênio. Além disso, também haverá aferição de pressão dos passageiros interessados.
 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas a promoção do bem-estar de seus passageiros.



Serviço

Ação de saúde - Centro Universitário Latino-Americano
Local: Estação Luz -- Linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM
Data: 20/03/2023
Horário:14h às 18h 

sábado, 18 de março de 2023

Câncer de cólon: o que é, quais são as causas e sintomas

Entenda o que é câncer de colorretal, quais são os sintomas, as causas e os tratamentos indicados para cada caso

 

Anualmente, o Brasil registra mais de 40 mil novos casos de câncer de cólon, enfermidade que também recebe os nomes de câncer de intestino, do reto ou de cólon. Esta neoplasia ocupa a segunda posição no ranking das neoplasias mais frequentes entre a população masculina, ficando atrás somente do câncer de próstata. Além dos hábitos preventivos, consultas e exames de rotina são essenciais para detectar o quadro precocemente ou até mesmo evitá-lo. O Dr. Carlos Tadeu Garrote Filho, oncologista do Hospital Brasília, tira as principais dúvidas sobre o câncer de cólon, incluindo quais os sintomas mais comuns, como diagnosticar e os tratamentos disponíveis.

 

O que é câncer colorretal?

O câncer colorretal é um tumor maligno que surge no interior do cólon (intestino grosso) ou no ânus (reto). Quase a totalidade dos casos é do tipo adenocarcinoma, o que significa que seu desenvolvimento acontece nas glândulas excretoras e os pólipos (espécie de “verruga interna") são sua primeira manifestação.

 

Quais são as causas do câncer de cólon?

Ainda que o câncer colorretal seja mais incidente entre homens com mais de 50 anos, os mais jovens também podem ser acometidos pela condição, a exemplo do ator Chadwick Boseman, intérprete do personagem Pantera Negra nos cinemas, que foi diagnosticado aos 39 anos de idade.

Os fatores de risco são:

·      alterações genéticas;

·      baixa ingestão de fibras;

·      consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

·   dieta rica em alimentos processados e consumo exagerado de carne vermelha;

·      doença de Crohn;

·      exposição ocupacional à radiação ionizante (profissionais de radiologia);

·   histórico familiar, principalmente se presente em parentes jovens e de primeiro grau;

·      obesidade;

·      retocolite ulcerativa;

·      sedentarismo;

·      tabagismo.

 

Quais são os sintomas do câncer colorretal? 

Os primeiros estágios da doença costumam ser assintomáticos e por isso é necessário visitar um médico regularmente e fazer os exames que ele solicita. Quando o câncer de intestino não é descoberto precocemente, nem é tratado rapidamente, surgem os seguintes sintomas:

·      alterações do hábito intestinal como prisão de ventre, diarreia crônica ou urgência para evacuar acompanhada de baixo volume fecal, constipação persistente e afilamento das fezes;

·      anemia;

·      cólicas abdominais;

·      mudança no formato das fezes;

·      perda de peso sem causa aparente;

·      sangue nas fezes com ou sem muco;

·   sensação de esvaziamento incompleto do intestino mesmo após ir ao banheiro.

 

“É importante ressaltar que, na maioria dos casos, esses sintomas podem não estar associados ao câncer, mas, sim, a outras doenças benignas como úlcera gástrica, hemorroidas ou até mesmo verminoses. Por isso é fundamental a investigação feita por um médico para um correto diagnóstico e tratamento", destaca o médico.

 

Como é feito o diagnóstico? 

Além das consultas de rotina, sempre que houver algum sintoma intestinal, o indicado é buscar um profissional de gastroenterologia ou um clínico geral.

 

Com relação ao diagnóstico do câncer de cólon, o Dr. Carlos explica que é necessário fazer uma biópsia, “na qual é coletada uma parte do tecido sobre o qual há suspeita do tumor para que seja analisado. A retirada desse material é feita por um endoscópio, que é introduzido pelo reto", discorre.


 

Qual é o tratamento para câncer de cólon? 

Felizmente, o câncer de intestino tem cura, principalmente quando diagnosticado em fases iniciais e até mesmo em alguns casos de metástase para o fígado ou pulmões. Ou seja, nem sempre a metástase é sinônimo de incurabilidade no câncer colorretal.

 

Depois de confirmar o diagnóstico, o tratamento será definido de acordo com a evolução do tumor, sua localização e as particularidades do paciente. O Dr. Carlos Tadeu Garrote Filho explica: “Primeiro, na doença limitada ao intestino, sua jornada de cura pode vir com um simples procedimento endoscópico (retirada da lesão pela colonoscopia) ou por meio de uma cirurgia. Depois que o tumor é retirado, o câncer é avaliado por um médico patologista, que vai analisá-lo minuciosamente. A depender dessa avaliação, o oncologista vai indicar ou não quimioterapia complementar. Nos casos de doença metastática, o tratamento envolve um extenso time multidisciplinar. Temos várias armas contra a patologia (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia) e elas serão utilizadas com base nas diversas características do paciente e do tumor".



Com apoio da FAPESP e do Banco Industrial do Brasil, o Centro Nacional de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental foi inaugurado em evento realizado na quarta-feira (foto: Freepik)

 

Centro Nacional de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) foi lançado oficialmente em evento realizado na última quarta-feira (15/03), no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP).

Iniciativa conjunta do Departamento de Psiquiatria da FM-USP e da FAPESP, o CISM deverá combinar atividades de pesquisa, buscando os fatores que originam e precipitam os transtornos mentais, com o desenvolvimento de intervenções digitais que possam promover a saúde mental da população de forma mais inovadora e escalável. Além disso, se propõe a estudar a implementação de intervenções comprovadamente efetivas no Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a garantir que o conhecimento gerado pela ciência em saúde mental se traduza em benefícios reais à população.

Reunindo pesquisadores das faculdades de medicina da USP, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as mais produtivas em saúde mental da América Latina, o CISM já conta com um expressivo leque de parcerias ou assessorias internacionais, entre elas as das universidades Harvard e Yale, nos Estados Unidos.

Além do substancial aporte financeiro provido pela FAPESP, sua criação contou com recursos do Banco Industrial do Brasil (BIB). No âmbito da FAPESP, o CISM ficará alocado entre os Centros de Pesquisa em Engenharia/Centros de Pesquisa Aplicada (CPEs/CPAs) mantidos pela Fundação.

Em apresentação feita durante o evento, Eurípedes Constantino Miguel Filho, vice-chefe do Departamento de Psiquiatria da FM-USP e coordenador do projeto, informou com mais detalhes como serão os três eixos estruturantes do CISM.

“No Eixo 1, ‘Neurociência Populacional’, teremos um estudo de coorte [acompanhamento de um grupo de voluntários] que buscará identificar os fatores de risco importantes na origem dos transtornos mentais. No Eixo 2, ‘Intervenções Digitais’, queremos criar um ambiente de inovação em que identificamos as necessidades da população em saúde mental e partimos para a prototipagem e desenvolvimento de aplicativos que possam dar conta destes problemas, sendo devidamente testados do ponto de vista de sua eficácia clínica. No Eixo 3, ‘Ciência da Implementação’, pretendemos implementar intervenções baseadas em evidências no Sistema Único de Saúde de duas cidades do Estado de São Paulo, Jaguariúna e Indaiatuba. O objetivo final é oferecer soluções testadas para serem disseminadas pelo país e adotadas como políticas públicas”, disse.

Referência internacional

A expectativa é que o modelo do CISM não apenas extrapole as fronteiras paulistas, podendo motivar iniciativas semelhantes em outros Estados brasileiros, mas também se torne uma referência internacional, principalmente, mas não apenas, para países de baixa e média rendas per capita.

Miguel Filho lembrou que os transtornos mentais afetam cerca de 30% da população na megalópole de São Paulo. Esse número foi levantado por uma pesquisa realizada há mais de dez anos, mas que continua referencial na área (leia mais em: agencia.fapesp.br/15215/).

“Além disso, entre todas as condições médicas, os transtornos mentais se destacam por representar uma grande carga de doença para a população, por serem frequentes, iniciarem cedo na vida e causarem incapacidade e sofrimento”, ressaltou.

Um dado quase sempre ignorado é que os transtornos mentais têm início precoce, tendo seu pico de incidência entre os 14 e 15 anos de idade. Por outro lado, o acesso ao tratamento é limitado. Estudo que utilizou uma base de dados de mais de 60 mil indivíduos no Brasil mostrou que, por ocasião do levantamento, apenas 20% das pessoas com depressão haviam recebido algum tipo de tratamento. E que uma porcentagem importante da população mais vulnerável não estava recebendo ajuda. Esses números sobrelevam a importância do CISM para o sistema de saúde brasileiro.

Na sequência da apresentação, Luis Augusto Rohde, professor titular do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, desenvolveu o tema das tecnologias digitais em saúde mental, contemplado pelo Eixo 2. E afirmou que, embora os aplicativos dedicados à saúde mental tenham explodido no mercado, apenas 2% deles são respaldados por pesquisas. “Além disso, 90% dos usuários abandonam os aplicativos em um prazo de dez dias”, disse.

A proposta de criação do “Hub Saúde Mental Digital” visa superar esse quadro, tornando-se um centro de referência nacional para incubação e aceleração de soluções digitais inovadoras em saúde mental. E, em parceria com o INOVA-HC (núcleo de inovação tecnológica do hospital), estabelecer um centro de acreditação para soluções digitais inovadoras em saúde mental.

O detalhamento do Eixo 3 foi feito por Paulo Rossi Menezes, professor titular do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Ele informou que aproximadamente 50% das intervenções médicas que têm eficácia cientificamente comprovada não chegam à prática clínica. E que o tempo médio necessário para a implementação gira em torno de 20 anos. Ou seja, não basta produzir conhecimento de qualidade, é preciso saber como colocá-lo em prática – o que torna a própria implementação uma ciência.

Além de Miguel Filho, Rohde e Menezes, a coordenação do CISM conta com a participação de Jair de Jesus Mari, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.

No evento de lançamento, entre várias autoridades, estiveram presentes Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo; Carlos Gilberto Carlotti Júnior, reitor da USP; Eloisa de Oliveira Bonfá, diretora da FM-USP; Carlos Alberto Mansur, CEO do BIB; Marco Antonio Zago, presidente do Conselho Superior da FAPESP; e Luiz Eugênio Mello, diretor científico da Fundação.

Zago contou que a proposta original do CISM, que vinha com a doação privada do BIB, não correspondia exatamente ao modelo dos CPEs/CPAs, que é hoje o maior programa de cooperação entre universidades e empresas do Brasil, com um investimento de R$ 1,5 bilhão.

“O professor Luiz Eugênio Mello trabalhou intensamente, junto com o Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP, para formatar esse centro que estamos lançando aqui agora. E é isso que eu quero comemorar, a capacidade de nossos diferentes atores de obter os resultados que importam para a sociedade”, sublinhou Zago.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/novo-centro-da-usp-pretende-combinar-pesquisa-em-saude-mental-com-atendimento-digital-a-populacao/40916/


Os perigos de se automedicar para amenizar a ansiedade

 Viviani Milan Ferreira Rastelli, Professora do curso de Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul, esclarece dúvidas, fatos e riscos sobre a automedicação 

 

A ansiedade é uma resposta natural do corpo humano para várias situações do cotidiano. Mas quando causa um sofrimento exagerado e significativo, pode ser uma indicação de um transtorno mental que precisa de tratamento. E aí entra um aspecto importante: a automedicação, envolvendo medicamentos controlados já inseridos no contexto familiar do doente, para tratar sintomas de ansiedade e depressão. 

Para se ter uma ideia, o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos aumentou nos últimos anos. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostrou que em 2020, durante da pandemia da Covid-19, as vendas de antidepressivos e estabilizantes de humor aumentaram 14%. A OMS apontou que, em 2019, o Brasil era o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo. 

A Profa. Dra. Viviani Milan Ferreira Rastelli, do curso graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul, acredita que a ansiedade seja o mal da sociedade moderna pelo imediatismo e pela sobrecarga que os avanços tecnológicos causam, como a hiperconectividade. “Quanto mais nossas atividades são facilitadas pela tecnologia, mais nos sobrecarregamos e ficamos cada vez mais sem tempo para nós mesmos. Essa é a principal razão para que as pessoas se mediquem por conta própria”, afirma.  

Todo medicamento possui efeitos indesejáveis e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios que benefícios ao organismo. Exemplos são o uso indiscriminado de antibióticos, que vem gerando uma resistência bacteriana, o que compromete a eficácia dos tratamentos. E, no caso de ansiolíticos ou antidepressivos, ser completamente ineficaz, já que não há um acompanhamento multiprofissional com psiquiatras, psicólogos, profissionais de educação física, entre outros. 

“A automedicação pode mascarar sintomas de casos mais graves, podendo levar ao aparecimento de efeitos adversos em decorrência das interações medicamentosas; e muitas vezes pode amenizar somente os sintomas sem tratar a causa da ansiedade”, ressalta. 

Ainda, Rastelli ressalta que todo e qualquer distúrbio psicológico deve ser acompanhado por profissionais qualificados. “A pessoa que se sente ansiosa deve procurar um terapeuta que a ajudará na identificação da causa de sua ansiedade. Se for necessário, será encaminhada para um psiquiatra que fará a prescrição de medicamentos. Poderá utilizar de terapias ocupacionais, dança e medicina integrativa para auxiliar nesse processo”, finaliza.

 


Universidade Cruzeiro do Sul
https://www.cruzeirodosul.edu.br/


Dia Mundial do Sono: Brasileiros dormem mais que a média global segundo pesquisa

Apesar de dormir mais, os brasileiros também mantêm o mau hábito do tempo de tela para ajudar a adormecer


Uma pesquisa global feita pela ResMed com mais de 20.000 indivíduos em mais de dez países em janeiro de 2023 (Allison+Partners Performance+Intelligence ResMed Global Sleep Survey) destacou os hábitos e condições de sono em todo o mundo. A pesquisa faz parte de uma campanha global chamada “Desperte o seu melhor” cujo objetivo é trazer dados e discussões sobre a importância da saúde do sono. As pessoas podem verificar o risco de terem apneia do sono fazendo um teste em www.resmed.com.br/desperteoseumelhor e ter acesso a dicas e ferramentas para se informar sobre a saúde do seu sono.

Em uma semana típica, os consumidores relatam dormir aproximadamente 7 horas por noite, sendo os brasileiros os que mais descansam com uma média de 7,8 horas e os japoneses os que menos descansam com 6,5 horas de sono. Parece que as gerações mais jovens (geração z e millennials) e aqueles que trabalham remotamente estão mais dispostos a dormir mais, como mostra a pesquisa.

Embora o tempo que as pessoas passam dormindo seja diferente em todo o mundo, a pesquisa mostra que a maioria dos consumidores (64%) está satisfeito com a quantidade de sono e 62% com a qualidade. Os homens são os mais propensos a ficarem satisfeitos com a quantidade e a qualidade do sono (68% e 66% contra 60% e 58% das mulheres e pessoas não binárias). Indianos e brasileiros são os mais satisfeitos entre as nacionalidades pesquisadas.

Entre as emoções positivas associadas ao acordar pela manhã, os consumidores mais frequentemente dizem que se sentem revigorados (16%) e calmos (15%). Os entrevistados brasileiros, que dormem mais em média, dizem que geralmente acordam sentindo-se revigorados (27%), enquanto os entrevistados japoneses são os mais propensos a dizer que se sentem confusos/nebulosos (21%).

A pesquisa também aponta que o tempo de tela (por exemplo, assistir TV, jogar, navegar nas redes sociais etc.) antes de dormir é um hábito relatado pelos consumidores para ajudá-los a adormecer (45%), seguido da leitura (31 %) e passar tempo com um ente querido/animal de estimação (20%). Os brasileiros seguem esse padrão em 49%, 34% e 20%, respectivamente, nessas atividades. Outra ação habitualmente praticada pelos consumidores é o exercício, sendo os homens os que mais recorrem ao exercício antes de dormir para os ajudar a adormecer (18% vs. 13% das mulheres e não-binários).

Em relação aos aspectos de saúde do sono, apenas 51% dos entrevistados dizem que seu médico já perguntou proativamente sobre a qualidade do sono. Índia (35%) e Brasil (29%) são os países onde parece que os médicos estão mais preocupados em saber essas informações. O conhecimento sobre os padrões de sono difere entre os países, embora em geral a maioria dos indivíduos não considere o ronco um sinal de sono bom (62%), a maioria dos brasileiros concorda com isso (78%).

 


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Cirurgiã dentista alerta para as promessas de “facetas premium em curto prazo”

Doutora em Reabilitação oral, Talita Dantas, explica que o problema dessas promessas que tomam conta das redes sociais é a negligência no cuidado das gengivas antes de iniciar o tratamento

 

“Mudo o seu sorriso em quatro horas” é uma das promessas feitas por profissionais atualmente nas redes sociais para vender as facetas de resina, uma opção de tratamento estético dos dentes anterior à febre das lentes de contato dental que tomaram conta do mercado nos últimos anos. A principal diferença entre elas, além do material, é justamente o processo artesanal da faceta de resina, confeccionada no consultório, ao contrário das lentes que são feitas em laboratório. 

Justamente por exigir habilidades técnicas do profissional é que a cirurgiã dentista e doutora em Reabilitação Oral, Talita Dantas, alerta para as promessas de tratamento rápido. “Estamos vivendo o momento das resinas premium, de tratamentos feitos em três ou quatro horas e o paciente precisa ficar muito atento a esse e vários outros detalhes. Porque não podemos construir prédio sobre terreno em areia movediça. Então, antes colocar facetas de resina, precisamos entender o que está por baixo. Além disso, resina não pode ter contato com umidade, não podem ter excesso na gengiva e é preciso higienização adequada. Isso o paciente não vê nas redes sociais, mas a gente vê lá no consultório quando precisa remover tudo para refazer do zero”, explica Talita. 

Segundo ela, o que aparece nas redes sociais são dentes extremamente brancos, até com a promessa falsa de película protetora e com gengivas totalmente inflamadas porque não houve cuidado técnico na hora de executar. “Quatro horas talvez seja um período adequado para fazer algumas facetas, mas não conseguimos nesse tempo conversar com o paciente para saber seus desejos, fazer um planejamento detalhado, moldar as facetas e dar o acabamento ideal. Costumo dizer que resina não aceita desaforo, é um trabalho minucioso, então o paciente precisa ficar atento com o que está sendo negligenciado para ter esse tratamento rápido”, diz.

 

Principais diferenças entre facetas de resina e lente de contato de porcelana 

·      Material e técnica de execução: as lentes de contato dental são feitas de porcelana e as facetas podem ser porcelana ou resina composta (polímero). As facetas de resina são feitas no consultório, diretamente na boca do paciente, muitas vezes sem preparo do dente, enquanto as de porcelana necessitam de um laboratório e do preparo dental. 

·      Procedimentos mais ou menos invasivos: as lentes de resina são procedimentos menos invasivos porque como não exige moldagem para enviar ao laboratório, não é preciso desgaste para adequar o dente para receber uma peça. Porém, cada caso é um caso e ausência de preparo e desgaste não significa sucesso, nem reversibilidade. 

·      Estabilidade e cobertura de cor: as peças de porcelana têm estabilidade de cor e são basicamente inertes à ação de corantes ou ácidos, sem sofrer pigmentação ou alteração. Já as resinas - por mais bem-acabadas, executadas e polidas -, são polímeros e estão sujeitos à ação da alimentação, corantes e ácidos, podendo ter cor e formato alterados. 

·      Manutenção: assim como qualquer pessoa precisa ir ao dentista a cada seis meses, ambos os tratamentos exigem frequência de manutenção. É preciso lembrar que são próteses na boca e é preciso evitar comer unha, morder tampinha de caneta, comer osso de galinha, nada disso é recomendável (mesmos cuidados que é preciso ter com os dentes). 

·      Custo e tempo de produção: tendo o laboratório como intermediário, o custo e tempo de produção da lente de porcelana se elevam por causa das etapas de preparo, moldagem e depois cimentação. No caso da resina, a possibilidade é executar em poucas sessões, dependendo da quantidade de dentes. “No entanto, transformar em disputa de quem faz em menos tempo é um prejuízo para o paciente”, alerta Talita.

 

Qual delas é melhor?

Segundo a especialista, depende das queixas, do perfil e da intenção do paciente. “Quem é esse paciente? Ele é jovem sem nenhuma restauração nos dentes? Ou ele é uma pessoa mais velha que já teve várias intervenções? São dentes que precisam de desgaste ou não? A perspectiva é por um procedimento que nunca mais vai precisar trocar ou que dá para reparar facilmente se fraturar? Tudo isso precisa ser levado em conta. Teremos pacientes sem indicação para lente de porcelana - como os pacientes muito jovens e que não queremos fazer nada muito invasivo - e teremos o paciente sem indicação para lente de resina, que tem muitas restaurações profundas ou dentes extremamente escurecidos e que não tem muita higienização”, finaliza.


Como o álcool afeta o cérebro e traz consequências no comportamento

 

A ingestão de bebidas alcoólicas afeta diretamente os neurotransmissores do cérebro, fazendo com que eles sejam liberados em quantidades diferentes do normal e aumentem o ácido gama-amino-butírico, que provoca desinibição e a dopamina, que dá uma sensação de euforia após as primeiras doses.

Quem explica é o Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP. 

“Apenas duas pequenas doses de álcool podem causar alterações nas áreas cerebrais responsáveis pelo processamento de informação”, fala o médico. 

Esse estrago acontece porque quando o álcool etílico, presente nas bebidas alcoólicas, entra no corpo, um dos efeitos é que as células do cérebro sejam danificadas e algumas morram já que essa é uma substância solúvel em água que se acumula em volumes críticos nos órgãos onde o sangue é mais abundante. E o cérebro é um desses órgãos. 

O córtex cerebral é a área responsável por todos os processos do pensamento, de informação e consciência. “O dano acumulado causado pelo álcool nessa parte dificulta o pensamento logico racional e o desenvolvimento normal da fala, na forma de caminhar ocorrem em função dos transtornos sofridos na área da coordenação motora e no controle inibitório -- área responsável pelo conhecido popularmente como ‘juízo’”, alerta Dr. Fernando. 

Em altas doses, quando o álcool afeta o bulbo (parte do tronco cerebral que regula a respiração e a circulação) há risco de bloqueio na respiração. Mas, na maioria das vezes, antes disso acontecer a sonolência aparece, e muitas pessoas sentem vontade de dormir após beber e por isso (e também por sorte) acabam não chegando ao coma alcoólico. 

Passado isso, vem a temida ressaca. Essa é reposta do organismo à folia que aconteceu no metabolismo. É aí que o corpo sofre uma série de mudanças biológicas. O resultado é um conjunto típico de sintomas da intoxicação. 

A explicação é fisiológica: para metabolizar o excesso de álcool, o organismo acaba sobrecarregando todos os órgãos envolvidos no processo, em especial o fígado, já que é nele que são produzidas enzimas para metabolizar o etanol e, durante a bebedeira, este órgão “absorve” também a ideia de que precisa trabalhar “bêbado” e acaba pedindo mais álcool porque entra em crise de abstinência. O resultado é dor de cabeça, desidratação, enjoo, diarreia e extremo cansaço.

 

Os estudos comprovam 

Cada grama de álcool consumida chega a envelhecer o cérebro precocemente em um dia e meio, segundo um estudo divulgado no último dia 30 de janeiro no Scientific Reports feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC). Os cientistas usaram dados estruturais de imagens de exames ressonância magnética de mais de 12 mil pessoas para calcular a idade cerebral prevista de quem possui o hábito de ingerir álcool, comparando com a idade relativa do cérebro.

Os resultados também mostraram anos a menos para a massa cinzenta devido aos sinais de deterioração do órgão. E apesar das descobertas, os cientistas concluíram que outros fatores também podem levar ao envelhecimento acelerado, como a genética e o estilo de vida.



Dr Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro


Transtorno bipolar: como a doença afeta os idosos

A psicóloga Tais Fernandes explica como o transtorno atinge essa faixa etária


Dia 31 de março é conhecido como O Dia Mundial do Transtorno Bipolar, mesmo dia do aniversário de do pintor Vincent Van Gogh, que fora diagnosticado como possível portador do transtorno afetivo Bipolar. O objetivo da data é chamar a atenção da sociedade para as questões relacionadas aos paradigmas existentes da doença.


Trata-se de um transtorno psiquiátrico que pode causar grande sofrimento em quem é acometido por ele e em familiares, amigos e cuidadores que convivem constantemente com esse indivíduo. É importante manter-se atualizado a respeito da sintomatologia característica do transtorno.


De acordo com a psicóloga Tais Fernandes, do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, o diagnóstico ocorre com maior prevalência na adolescência e na fase adulta, e em menor escala em crianças e idosos, mas ainda acontece. Segundo a Fundação Allan Kardec, em idosos, a doença atinge de 10% a 25% dos pacientes com transtorno de humor. Se caracteriza por oscilações de humor, com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania.


 

“Existem dois tipos de Transtorno Bipolar, o tipo I e o tipo II, onde no primeiro a pessoa passa por momentos de depressão e de mania e no segundo há momentos de hipomania e depressão”, complementa a psicóloga.


 

Nos episódios de depressão, o idoso tende a se isolar, procura ficar mais na cama, muitas vezes há perda de apetite e alterações no sono. Já nos momentos de hipomania, o paciente costuma ficar mais alegre, um tanto eufórico, com mais energia que o habitual. “Já na mania ele tem a excitabilidade e euforia mais intensas, com risco a ter condutas que o colocam em risco. Para que esses episódios sejam classificados dentro da bipolaridade, é necessário que os sintomas persistam por no mínimo 4 dias”.


Para auxiliar idosos que estão passando pelo transtorno, Tais afirma que a família e os cuidadores do idoso precisam entender que neste processo eles também são afetados pelos sintomas, uma vez que participam da rotina e acompanham o decorrer dos episódios. Mas é necessário seguir os cuidados médicos indicados e em casos de medicação, se atentar para que sejam tomados de forma correta. “


O Grupo Said busca ter um olhar humanizado na terceira idade, dedicamos a eles o melhor cuidado para que se sintam amparados e compreendidos em todas as instâncias. Estamos sempre dispostos a cooperar para o desenvolvimento dos nossos idosos e a ouvir a família e cuidadores”, finaliza a psicóloga.

Grupo Said

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