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quinta-feira, 28 de julho de 2022

Inteligência artificial imitando vozes: quais os perigos desta tecnologia?

 

A linha entre a realidade e a ficção está cada vez mais tênue. Caminhando a passos velozes, os avanços da inteligência artificial trazem consigo benefícios enormes para uma maior otimização, segurança de dados e, até mesmo, divertimento por meio de sistemas cada vez mais interativos. Mas, quando utilizadas para fins desvirtuosos, podem trazer perigos graves em um efeito cascata para toda a sociedade.

Em um recente anúncio feito pela Amazon, atualizações da Alexa permitiriam que este robô imite vozes de qualquer pessoa, por meio de algoritmos capazes de identificar as entonações e registros únicos de cada pessoa, após ouvir gravações curtas de áudio. Em um primeiro momento, se torna curioso e atrativo ter uma inteligência que consiga replicar vozes de entes queridos que já nos deixaram, amigos com quem temos afinidade ou, ainda, famosos e políticos que idolatramos. Mas, em uma análise mais profunda, existem perigos enormes em se apropriar de tais características em quaisquer sistemas acessíveis à população.

Toda tecnologia traz consigo os dois lados da moeda. Se tratando especificamente da inteligência artificial, cerca de US$ 93,5 bilhões foram investidos para fins privados em 2021 – estimulando uma imensa geração de emprego neste segmento e em áreas correlacionadas e, assim, o desenvolvimento de produtos e serviços robustos que tragam facilidades para o dia a dia da população. Dados e perspectivas inegavelmente positivos, mas, também, mascarados por riscos que muitos deixam de considerar.

Em uma era polarizada de constantes conflitos de opiniões divergentes, contar com uma ferramenta que simule vozes de qualquer pessoa, é a oportunidade perfeita para manipulações de interesses pessoais e profissionais. Como exemplo mais sutil, um adolescente pode utilizar este recurso para reproduzir a voz de seus pais ou responsáveis para adquirir algo de seu interesse. Ou, pensando em cenários mais graves, um defensor político nato pode criar falas e discursos polêmicos de candidatos contrários a seu partido para danificar sua imagem, gerar entraves e, ainda, a possibilidade de desentendimentos sérios.

A disseminação destas fake news, definitivamente, teriam um poder avassalador que, dificilmente, conseguiriam ser contidas. Afinal, em meio a um mar extenso de conectividade através de inúmeras redes sociais e canais de comunicação, se torna cada vez mais complexo distinguir as informações verídicas daquelas manipuladas.

São poucos os que hoje, buscam compreender a fonte de cada notícia lida, a confiabilidade de quem a escreveu e, muito menos, conferir aquele dado em mais de um canal como forma de assegurar sua veracidade. Opiniões incompletas, superficiais e equivocadas vêm se tornando cada vez mais presentes, deixando para trás um senso crítico fundamental para a distinção desses opostos e, como critério de exclusão das tentativas de distorções.

Qualquer sobrevalorização para informações compartilhadas em redes sociais, influenciadores ou conhecidos, ao invés de fontes verídicas e profissionais qualificados, apenas abrirá portas para cada vez mais conflitos e desentendimentos baseados em dados manipulados e divulgados para fins egocêntricos. Em ferramentas capazes de simular vozes de qualquer ser humano, estes cenários podem se tornar ainda mais frequentes – especialmente, em vista de eventos políticos extremamente importantes, como a chegada das eleições.

Ainda não temos perspectivas do lançamento do recurso da Amazon para o público, mas, pouco nos distancia desta realidade. Para que possamos desfrutar ao máximo das vantagens desta tecnologia, é essencial aprimorarmos um senso crítico mais refinado, analisando com maior cuidado toda informação recebida e evitando disseminá-la antes de sua confirmação. Afinal, a única arma que temos contra tais tentativas distorções é a nossa capacidade de reflexão acerca do que ouvimos.

 

 Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO 56002 na América Latina.

 

PALAS

www.gestaopalas.com.br

 

Novo decreto regulamenta a Lei Anticorrupção, entenda o impacto nas empresas

O decreto nº 11.129 de julho de 2022 traz alterações e reforça a necessidade de aplicar o compliance nas organizações

 

Na terça-feira (12/07), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o decreto nº11.129/22, que altera a regulamentação da Lei 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção. Este começa a valer a partir do dia 18 de julho e revoga a 1ª regulamentação da legislação, feita em um decreto de 2015.

As modificações visam aperfeiçoar o processo de investigação de pessoas jurídicas, assim como os critérios de fixação de multas. Além disso, o decreto estabelece o processo de due diligence – conhecido também como checagem de antecedentes ou background check – para três novas categorias:

  1. Despachantes, consultores, representantes comerciais e associados;
  2. PEPs e seus familiares, estreitos colaboradores e pessoas jurídicas de que participem;
  3. Realização e supervisão de patrocínios e doações.

Cláudio Marson, head de consultoria empresarial e auditoria no Grupo IAUDIT – empresa especializada em due diligence, compliance e auditoria, com mais de 20 anos no mercado –, esclarece  os principais pontos dessa atualização. 

“Em resumo, este novo decreto impacta na destinação e alocação de forma correta de recursos pela alta direção às ações de compliance, as comunicações periódicas sobre o programa de compliance, gestão adequada dos riscos, bem como a reavaliação e adequação do compliance e exigência na ampliação no campo das diligências”, comenta ele.

Dentro disso, o novo decreto busca endurecer a responsabilização de pessoas jurídicas, nos campos administrativo e civil, por atividades contra a administração pública nacional ou estrangeira. Marson também ressalta que o decreto nº 11.129/22 aponta para uma direção mais prática. Segundo ele, é cada vez mais importante que o programa de compliance seja aplicado, ao invés de estar mais presente somente no papel.

Além disso, o especialista também comenta sobre a relevância do canal de denúncias na nova regulamentação: “É importante ressaltar a permanência da importância do canal de denúncias como meio apropriado para comunicação de possíveis irregularidades dentro de empresas, conforme art. 57”, explica Marson.


Qual o impacto do decreto nº11.129/22 para as empresas?

Com alterações na Lei Anticorrupção, é importante para as empresas entender qual o impacto e se existem mudanças que precisam ser implementadas de imediato, no intuito de manterem-se dentro da lei.

A pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil realizada e publicada em 2021 pelo KPMG, mostrou que nos últimos três anos que precedem o estudo, 33% das empresas entrevistadas criaram um setor de compliance. 

“Para as empresas, esta é uma ótima oportunidade de aprimorar ainda mais o seu programa de compliance, visando mitigar riscos e fortalecendo as corporações com um crescimento sustentável e pautado em valores éticos”, comenta Marson.

As alterações impactam diretamente nas altas administrações, uma vez que estas visam regularizar o compliance não só no campo teórico, mas no campo prático, segundo o head de consultoria empresarial e auditoria do Grupo IAUDIT. 

Segundo os artigos nº 56 e 57 do novo decreto, a regulamentação pede que, de fato, o compliance seja colocado em prática e também deve ser continuamente revisado e atualizado. 

“As empresas, tendo ou não um programa de compliance estruturado, devem recorrer à especialistas para implantar ou adequar o seu programa ao novo decreto. Dentro disso, é sempre recomendada a busca por empresas com know how no assunto e que estejam atualizadas diante das novas exigências”, finaliza Marson.

 

 Grupo IAUDIT

https://www.iaudit.com.br/  

 

Dados ao centro: como a coleta de informações tem mudado os processos de gestão empresarial

A explosão de dados e de informações que direcionam não somente a área de TI, mas todas as que se correlacionam entre si para atingir o estado da arte no negócio de cada empresa ou setor econômico estão conduzindo o processo de iniciativas para elevar, de forma ágil e exponencial, as grandes e necessárias mudanças que são tão relevantes para o mercado. É notório o quanto esse processamento de dados tem sido impulsionado e ganho o reconhecimento devido para compor as transformações no core business das organizações.

Há um tempo a coleta uso de dados e informações deixou de ser algo aproveitado somente pelo setor de TI e atingiu todo sistema das organizações com iniciativas para elevar, de forma ágil e exponencial, as grandes e necessárias mudanças mercadológicas. É notório o quanto esse processamento de dados tem sido impulsionado e ganho o reconhecimento devido para compor as transformações no core business das organizações.

Primeiro, vimos o limiar da automatização, com os programadores e gerentes de negócios atuando sob pressão constante para cortar custos e, desta forma, promovendo interações para atingir as metas esperadas. Nesse cenário, também foi inserido o papel de liderança da TI, como forma de auxiliar a empresa e todos ao seu redor para tornar as experiências mais efetivas e eficazes, claro, com resultados claros e palpáveis. Nos últimos três anos, o crescimento do movimento em torno da chamada transformação digital, em curso há aproximadamente uns 10 anos, se amplificou   acelerando conceitos e aprendizados, que passaram a ditar os nossos dias.

A digitalização otimiza os recursos de tecnologia, além de maximizar a eficiência operacional e o retorno para as empresas. Nunca é demais ressaltar o quão importante é manter os olhos voltados para o uso dos dados, entender como são aplicados, como deve ser realizado e detalhado o acesso assertivo a eles. Sem contar, certamente, na confiabilidade e visão única das informações para o negócio, proteção e melhor aproveitamento desses dados/informações.

Cada vez mais, temas vocacionados a dados como Data Analytics, Inteligência Artificial, Integração de Aplicações e Hiperautomação, Visão Única de Cliente e/ou Produto, Governança e Privacidade de Dados, Data-Driven integram a cadeia que deve ser acompanhada por profissionais da linha de frente das corporações a fim de potencializar as estratégias de negócios de toda e qualquer instituição. Com funcionalidades intrínsecas, todos esses conceitos se conectam e povoam as bases de dados oferecendo os inúmeros benefícios à estrutura de tecnologia implantada.

Agora, essa aceleração se reflete em otimizar a experiência do cliente (CX) como jornada para intensificar sua utilização direta, amigável e objetiva e, com isso, poder fidelizar esses consumidores. As empresas estão se voltando para investimentos em tecnologias para potencializar esse serviço. Em pesquisa recente do MIT SMR Connections, intitulada "Transmitir experiências que conquistam negócios e constroem lealdade”, foram ouvidos 2.670 profissionais entrevistados globalmente, todos envolvidos ou familiarizados com as atividades de CX, e aproximadamente 50% afirmaram que suas empresas planejam ampliar os investimentos em tecnologia de experiência do cliente entre 11% e 50% nos próximos dois anos, e mais de 20% têm planos de incrementar os investimentos relacionados à experiência do cliente entre 50% e 100% no mesmo período. Somente 5% não projetam nenhum aumento nesse espaço de tempo.

O que podemos extrair desse movimento de transformação social é que o uso combinado de ferramentas tecnológicas e de dados se alinhem a uma estratégia com metas claras para que o processo evolutivo se perpetue e seja prioridade de lideranças e executivos C-Level para o atingimento de resultados concretos.



Esdras Cândido - vice-presidente de Produtos e Serviços da Orys, consultoria especializada em inteligência de dados.

 

Planejamento previdenciário pode fazer diferença em aposentadoria de MEI

Com contribuição complementar, categoria pode chegar ao teto do INSS em aposentadoria, afirma o advogado especialista Eliseu Silveira


A formalização de profissionais a Microempreendedor Individual (MEI), dá direito a benefícios trabalhistas e previdenciários, por meio de uma contribuição mensal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contribuição padrão do MEI, normalmente garante um salário-mínimo de benefício na aposentadoria. Com um planejamento previdenciário, é possível saber se é vantajoso pagar uma complementação para aumentar esse valor.

O advogado e secretário da Comissão de Políticas Públicas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB/GO), Eliseu Silveira, orienta que antes de fazer a complementação da contribuição, é fundamental saber se ela se aplica no seu caso.

“Em geral a complementação compensa para o MEI quando ele ainda não preencheu os requisitos da aposentadoria e quer se programar, pagando todo mês a complementação. Quem trabalhou de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) por muito tempo e depois se tornou MEI, costuma se encaixar neste cenário. O outro caso, é quando ele já preenche os requisitos da aposentadoria e quer pagar ‘para trás’.”

De acordo com o advogado, uma boa dica é se planejar para fazer um plano de previdência para que dessa forma auxilie na aposentadoria. “Quem fez um planejamento previdenciário pode chegar à conclusão de que pagar retroativamente a complementação pode ser vantajoso. Aí pode entrar atualizações monetárias, juros e multas”, explica.

Segundo Eliseu Silveira, os cálculos para se chegar a um valor correto da aposentadoria podem ser muito complicados, por conta das diversas regras da Previdência Social, por isso a importância de ter um profissional especializado para auxiliar. O advogado afirma que a data do início da contribuição determinará muita coisa.

O especialista explica é preciso levar em conta se a aposentadoria foi antes ou depois de 13 de novembro de 2019 (quando a Reforma da Previdência passou a vigorar), pois os cálculos precisam levar isso em consideração.  

Silveira cita outros fatores que influenciam nos cálculos, como a idade e o tempo de contribuição, o tipo de atividade exercida, e algumas regras, como regra de transição, regra do pedágio, regra dos pontos e regra da idade progressiva.

O MEI é uma modalidade que formaliza atividades profissionais e abrange mais de 400 categorias de trabalho. O microempreendedor individual é o empreendedor que tem um faturamento de até R$81 mil por ano. Ele ainda pode ter, no máximo, um funcionário que receba o piso da categoria ou um salário-mínimo.

O MEI precisa fazer uma contribuição ao INSS, pagando mensalmente o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI), que corresponde a 5% do salário-mínimo. Em 2022, o valor é de R$60,60. MEIs cujas atividades são ligadas ao comércio, indústria e transporte entre estados e municípios, pagam R$1 a mais referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os MEIs ligados a prestação de serviços em geral, pagam R$5 a mais, que se refere ao Imposto sobre Serviços (ISS). Essa contribuição dá ao MEI o direito a alguns benefícios, como: a aposentadoria por idade; aposentadoria por invalidez; auxílio-doença; licença-maternidade; auxílio-reclusão e pensão por morte.

De acordo com Silveira, para benefícios maiores que um salário-mínimo na aposentadoria, a alternativa do MEI é complementar a contribuição. “Esta complementação seria de 15% do salário-mínimo, totalizando sua contribuição em 20% (em 2022, R$ 242,40)”, informa.

O advogado ressalta que com a complementação, o MEI pode chegar à uma aposentadoria com o teto do INSS que, em 2022, chega a R$ 7.087,22. “A complementação por si só, não garante a aposentadoria no teto do INSS, mas já é um caminho”, completa.

Para ter mais segurança no planejamento previdenciário, é recomendado que se tenha um advogado especializado em Direito Previdenciário para auxiliar.

O advogado e secretário da Comissão de Políticas da OAB/GO, Eliseu Silveira, atua no sucesso do empreendedor e nas relações de terceiro setor.

 

Store in store: emissão de nota fiscal e estoque exigem cuidado

Freepik
Não existe regime tributário específico para os estabelecimentos comerciais que adotam o modelo

 

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), não há um regime tributário específico para os estabelecimentos comerciais que adotam o modelo store in store. Vale lembrar que, pelas regras da legislação do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), é obrigatória a emissão da nota tanto na venda como na circulação da mercadoria.

Assim, a tributação ocorre de acordo com o modelo de parceria adotado. Se as empresas tiverem operações independentes, cada uma delas será responsável pela emissão das notas fiscais correspondentes às suas vendas.

Caso adotem um modelo semelhante à rotina das lojas multimarcas, em que o estabelecimento adquire as mercadorias ou as recebe em consignação e, posteriormente, as revende, a emissão da nota fiscal para o consumidor final é feita pelo estabelecimento que cede o espaço para a outra marca.

Para Elvira Carvalho, consultora tributária da King Contabilidade, o uso do sistema de consignação é de fato interessante e vantajoso para o varejo, pois oferece um fôlego no fluxo de caixa da loja, principalmente para as empresas do Simples Nacional.

Essa vantagem ocorre porque as empresas enquadradas nesse regime especial só pagarão o ICMS quando as mercadorias forem vendidas. Mas devem, no entanto, emitir a nota referente à consignação. No caso das empresas tributadas pelo RPA (Regime Periódico de Apuração) do ICMS, explica a consultora, a nota de consignação deve ser emitida com o destaque do ICMS.

No sistema remessa de consignação, as empresas só vão pagar tributos federais quando as mercadorias forem vendidas, ou seja, no faturamento.


ESTOQUE

Outro ponto importante que deve ser considerado nesse modelo de negócios diz respeito ao controle de estoque, que será mais complexo e trabalhoso com o uso do sistema de consignação.

“Para aumentar a segurança jurídica entre os empresários, a Secretaria da Fazenda de São Paulo deveria regulamentar o uso desse sistema, com procedimentos simplificados”, recomenda Elvira.

Segundo a consultora, o escritório já foi procurado por comerciantes interessados no modelo, mas desistiram de adotar por conta da burocracia e o receio da fiscalização.

Nos casos do uso do modelo em que a nota fiscal é emitida pelo estabelecimento que cede o espaço, Regis Trigo, tributarista do Hondatar, chama a atenção para o tipo de produto a ser comercializado. “As mercadorias colocadas à venda não podem fugir muito do objeto social da empresa”, alerta.  

 

Silvia Pimentel

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/store-in-store-emissao-de-nota-fiscal-e-estoque-exigem-cuidado

 

Comunic-arte

 Desde a hora de acordar até a hora de dormir a comunicação está presente na vida das pessoas

 

Segunda-feira, 6 da manhã. O relógio despertador toca avisando que é hora de levantar, se arrumar, se alimentar e ir para o trabalho. Mais uma semana cheia de atividades. Antes de sair de casa uma última olhada no telefone e a mensagem: “Cuidado! Alerta, risco de chuva forte a qualquer momento do dia”. Informado da notícia de última hora, uma atenção maior ao guarda-chuva e rumo ao ponto de ônibus. Depois de 10 minutos, o ônibus chega, com três ou quatro linhas parando no mesmo ponto uma atenção ao letreiro eletrônico para não ir para o lado errado da cidade. Finalmente o ônibus chega e rumo ao trabalho. No trabalho, um sorriso para os colegas e uma agenda cheia de atividades a fazer. Quando se chega em casa no final do dia, só se pensa em ir para a cama e descansar para começar tudo outra vez no dia seguinte.


Observou? Tudo é comunicação. Quando chega a hora de sair da cama o relógio comunica, ao pegar o telefone um comunicado sobre a chuva, no ponto de ônibus o letreiro informa a linha certa a embarcar, ao encontrar as pessoas novamente a comunicação está presente, entre as atividades o chefe comunicando o que deve ser feito, ao chegar em casa o corpo comunica que a cama é o melhor lugar. Nos comunicamos porque temos carências, porque precisamos de informações, porque esperamos que algo de importante aconteça, queremos ser bem sucedidos nas nossas ações pessoais entre muitos outros motivos.


Para Luciana Burko, especialista em Personal Branding, “comunicação não é sobre o que está sendo dito, muitas vezes o que não é dito pode falar mais alto do que realmente é falado.” Ela acredita que a empatia pode ir além das palavras e isso gera um tremendo impacto no dia a dia. Ela cita o fato de muitas vezes as pessoas não prestarem atenção umas nas outras. “Tem coisa mais incômoda do que conversar com alguém que você percebe claramente que está pensando em outra coisa? Ou que olha o celular enquanto está conversando? Ou sentir que a pessoa não está aberta para ouvir?”


O corpo fala, e muitas vezes não precisa dizer uma só palavra para que se transmita uma mensagem.

  

Luciana Burko Maciel - Estrategista em Marca Pessoal
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Estudo obtém supercondutividade em temperatura mais alta do que as usuais

 

Trabalho, realizado por pesquisadores brasileiros, foi publicado como matéria de capa pela revista Nanoscale. O tema desperta interesse devido a possíveis aplicações em dispositivos eletrônicos de próxima geração (imagem: Daniel Rana Camarotto/Desayuno)

 

Resfriados a temperaturas extremamente baixas, certos materiais passam a conduzir corrente elétrica sem resistência nem perdas. Essa propriedade, denominada supercondutividade, foi descoberta em 1911 pelo físico neerlandês Heike Kamerlingh Onnes (1853-1926), premiado com o Nobel de Física dois anos mais tarde.

Mas, apesar de sua descoberta ter já mais de um século, a supercondutividade continua sendo objeto de um intenso esforço de pesquisa, tanto pelo que informa acerca de aspectos fundamentais da realidade material quanto por suas aplicações práticas – por exemplo, em conversão de energia, telecomunicações e imageamento para diagnóstico médico.

Uma das linhas de pesquisa está ligada à chamada “temperatura de transição supercondutora” (Tc), abaixo da qual o material se torna supercondutor. E a importância desse tópico é fácil de entender, pelo interesse em se obter supercondutividade em temperaturas cada vez mais altas – isto é, cada vez mais próximas da temperatura ambiente.

Um trabalho nessa linha de investigação, produzido por pesquisadores brasileiros, foi matéria de capa da revista Nanoscale: “Strain-induced multigap superconductivity in electrene Mo2N: a first principles study”. Já nas primeiras linhas, o artigo menciona o interesse suscitado pelo tema devido a “possíveis aplicações em dispositivos eletrônicos de próxima geração”.

“Em estudo anterior, nosso grupo de pesquisa investigou o papel da pressão como variável capaz de modificar a temperatura de transição de um determinado material. No caso de materiais bidimensionais, um processo análogo é obtido pela aplicação de tensões. E foi isso que estudamos agora”, diz o pesquisador Edison Zacarias da Silva, professor titular do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp) e coordenador da pesquisa.

Silva é um dos pesquisadores principais do Projeto Temático “Modelagem computacional da matéria condensada”, apoiado pela FAPESP. A pesquisa, que utilizou o novo computador Ada Lovelace do Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad-SP), sediado na Unicamp, também contou com a colaboração do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

No estudo em pauta, os pesquisadores empregaram simulação computacional para investigar o comportamento supercondutor de uma monocamada de nitreto de dimolibdênio (Mo2N), em função de diferentes temperaturas e tensões aplicadas. A ferramenta matemática utilizada para resolver a estrutura eletrônica do material foi o funcional de densidade.

A teoria do funcional de densidade (DFT, do inglês density functional theory) é um modelo simplificado, derivado da mecânica quântica, utilizado em física dos sólidos e em química teórica para resolver sistemas de muitos corpos. Na DFT, as propriedades de sistemas com muitos elétrons são determinadas por meio de funcionais, isto é, de funções de funções – no caso, a distribuição espacial da densidade eletrônica.

“A análise do acoplamento elétron-fônon permite detectar a formação de pares de Cooper, que caracterizam o estado supercondutor”, afirma Silva. Vale lembrar que o “fônon” é uma excitação mecânica que se propaga pela rede cristalina do sólido. Em física clássica, pode ser descrito como uma onda elástica. Mas, considerando que o fenômeno ocorre em escala atômica, é preciso utilizar a física quântica. E, neste caso, o fônon deve ser pensado como um quantum de energia que viaja pela rede.

A interação elétron-fônon causa uma interação efetiva atrativa entre dois elétrons, levando-os ao emparelhamento. E esses elétrons emparelhados, que constituem os chamados “pares de Cooper” (em homenagem ao seu descobridor, Leon Cooper, Prêmio Nobel de Física de 1972), fluem juntos pelo material sem dissipação de energia, o que define a supercondutividade.

“Constatamos que o nitreto de dimolibdênio possui uma característica marcante, que é o fato de ser um eletreto e, ao mesmo tempo, apresentar supercondutividade em temperaturas relativamente altas. Devido ao seu caráter iônico, os eletretos têm bolsões de elétrons confinados nos interstícios do cristal. Ao passo que os supercondutores, dependendo da temperatura, não apresentam qualquer resistência ao trânsito de elétrons.

Apesar de essas duas propriedades serem aparentemente contrastantes, é possível que elas coexistam no mesmo material. E foi justamente isso que mostramos em nosso trabalho”, informa Zenner Pereira, professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e primeiro autor do artigo publicado em Nanoscale.

Importante destacar, como um achado do estudo, a forte correlação entre as propriedades eletrônicas do material e a tensão aplicada. “Nossa simulação mostrou ainda que a monocamada de Mo2N apresenta a mais alta temperatura de supercondução para essa classe de materiais em pressão ambiente, variando, em função da tensão, de 19,3 kelvin a 24,8 kelvin”, sublinha Silva.

Além de Silva e Pereira, participou do estudo o professor Giovani Faccin, da Universidade Federal da Grande Dourados.

O artigo “Strain-induced multigap superconductivity in electrene Mo2N: a first principles study” pode ser acessado em https://doi.org/10.1039/D2NR00395C.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-obtem-supercondutividade-em-temperatura-mais-alta-do-que-as-usuais/39227/


Dúvidas sobre inventário pode gerar custos desnecessários


Quando se perde um ente querido tem-se de lidar com a dor e, ao mesmo tempo, com os processos exigidos por lei para a divisão de bens, o famoso inventário. O prazo para dar a entrada no processo no estado de São Paulo é de até 60 dias após o falecimento, lembrando que cada estado tem um prazo. O inventário pode ocorrer por duas formas: judicial ou extrajudicialmente. O fato é que para decidir entre as duas formas é preciso conhecer alguns requisitos. 

O processo de inventário extrajudicial é feito diretamente no cartório de notas, de forma muito mais rápida e, muitas vezes, com menor custo, mas não pode haver menor ou incapaz envolvidos e todos os herdeiros têm de estar em comum acordo.

 

Dentro desses requisitos, o primeiro passo para dar a entrada no inventário é contratar um advogado. Ele marcará uma data com o escrevente do cartório, dentro do prazo de 60 dias, no caso do estado de São Paulo, para levar todos os documentos exigidos para a divisão de bens, como certidão de óbito, Imposto de Renda, certidão de casamento, entre outros.  

 

De acordo com os bens listados no cartório é gerada a taxa do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) que, no Estado de São Paulo, é de 4% sobre os bem transmitidos. Essa taxa deve ser paga por todos os herdeiros envolvidos. No dia da assinatura do inventário, o escrevente lê o documento na frente de todos os herdeiros e, se houver alguma divergência, como no nome ou número de documento, por exemplo, a alteração é feita na hora.

 

Com a documentação pronta, assina-se a escritura de inventário, paga-se o cartório e o processo está resolvido.

 

O processo extrajudicial retira a carga do Tribunal. Às vezes, muitas pessoas entram no processo judicial sem necessidade, isso gera maior custo e perda de tempo, além de sobrecarregar o Tribunal.

 

Já no processo judicial, o prazo para dar a entrada no inventário é também de 60 dias no estado de São Paulo, mas acontece quando há envolvidos menores ou incapazes ou há conflito entre os herdeiros. Nesse caso, todo o procedimento é feito por um advogado no fórum competente da respectiva cidade.

 

O processo de inventário se inicia quando o juiz nomeia um inventariante, que tem o prazo de 20 dias para entregar ao advogado os documentos necessários para a listagem de bens. Nesse caso, além da taxa de ITCMD sobre os bens, também são cobrados os custos processuais e os honorários do advogado (cobrado de acordo com a tabela da Ordem dos Advogados do Brasil).

 

No caso de um inventário judicial, o processo pode demorar, no mínimo, de seis meses a um ano.

 

É importante as pessoas conhecerem os dois tipos de processos para não perderem tempo nem terem gastos desnecessários na hora de dar entrada em um inventário. 

No caso de existir um testamento, o processo tem de ser judicial e a divisão de bens deve seguir os termos declarados no testamento.

 

 

Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


Entre apoiadores e detratores, os tokens de crédito de carbono ganham força


Oficialmente lançado pelo Protocolo de Quioto, tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, em 1997, o termo “crédito de carbono” teve sua comercialização ratificada tanto no Acordo de Paris (2015) quanto na COP26, em Glasgow, no ano passado, em virtude da necessidade vital de frenagem do aumento da temperatura no século. Complementando, a redução de CO2 está diretamente associada ao ODS 13, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, que trata da ação contra a mudança global do clima.

Para efeito de comparação, um crédito de carbono (C) corresponde a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida ou foi retirada da atmosfera. As ações para a compensação do carbono podem se dividir em duas formas: pela Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), por exemplo, manutenção das florestas, plantio e redução do desmatamento; ou por Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), com ações como a substituição de energia gerada por combustíveis fósseis, termoelétricas, fontes renováveis eólicas, solares ou hidráulicas. Existe também o REDD+, conceito que agrega o REDD e o manejo sustentável das florestas como forma de conservação e aumento dos estoques de carbono florestal.

O token do crédito de carbono é um ativo financeiro que guarda os mesmos princípios das criptomoedas e de outros ativos digitais, permitindo sua negociação no mercado, tendo a compensação de CO2 a partir de ações REDD+ e/ou MDL como fato gerador. Nessa linha, surgem diversas discussões que identificam pontos positivos e oportunidades, sendo que passamos a argumentar acerca dos principais tópicos dessa dualidade.

Os primeiros pontos referem-se à transparência, escalabilidade e segurança, garantidas por tecnologias como o blockchain, permitindo que um mesmo crédito não seja disponibilizado para 2 entidades (pessoas ou instituições) diferentes. A digitalização também premia quem está trabalhando para a redução dos GEE (Gases de Efeito Estufa), contemplando principalmente o CO2, o que acaba por possibilitar ganhos financeiros com a captação e a consequente venda de créditos de carbono para quem atua em REDD+ e MDL.

Indo além, o token democratiza o acesso à redução certificada de emissões, permitindo a aquisição de frações mínimas de crédito até para pessoas físicas. Como exemplo, se uma pessoa realiza uma viagem aérea de São Paulo ao Rio de Janeiro, pode compensar seu consumo de aproximadamente 35 Kg de carbono com a compra de token por R 10,00.

Vale ainda destacar que essa é uma excelente oportunidade que o Brasil tem em ser protagonista na agenda climática, não só com ações para redução de GEE, mas com a rentabilização a partir de créditos. Hoje são certificados 5 milhões de créditos no país, sendo que, segundo a MOSS, há potencial para emissão de 1,5 bilhão, o que totalizaria um montante de US 6 bilhões, valor muito abaixo dos preços praticados nos países desenvolvidos.

Há claras oportunidades para que o token consolide-se no mercado nacional, mas é preciso que haja uma regulamentação governamental para o tema. No Brasil, há padrões voluntários que não estão sujeitos a regras comuns e unificadas, de forma que existem divergências quanto à captação, métodos de aferição e qualidade dos créditos. Entende-se que há um período de aprendizado com os créditos voluntários, a exemplo do que ocorreu com a Logística Reversa de embalagens pós-consumo no país, instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, mas que só nos últimos anos surtiu termos de compromisso, inicialmente em São Paulo e, a partir desse marco, expandiu-se para os demais estados do país.

O crédito de logística reversa digital brasileiro foi homologado no programa Recicla Mais, do Ministério do Meio Ambiente, em abril de 2022, e tem por base o consolidado modelo europeu. A modalidade permite a compensação em massa do resíduo sólido urbano (embalagens pós-consumo) colocado no mercado. Nesse contexto, surgiram padrões e entidades de controle, verificação e auditoria, aumentando a confiabilidade do sistema e assegurando a rastreabilidade do crédito.

 

Alaércio Nicoletti Junior - professor da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), coordenador do Hub de inovação e da pós-graduação em Engenharia de Sustentabilidade do Mackenzie e Head de Sustentabilidade e Melhoria Contínua no Grupo Petrópolis.


Como estudar atualidades para o Enem, Vestibulares e Concursos

Vinícius Oliveira, mais conhecido como Profinho, compartilha dicas para otimizar os estudos

 

A melhor forma de estudar atualidades para o Enem é pesquisar notícias recentes relacionadas não só ao Brasil, mas também ao mundo. Os avaliadores que organizam as provas de concurso se baseiam nesses acontecimentos para avaliar os candidatos.

 

Segundo Vinícius Oliveira, mais conhecido como Profinho, é importante pesquisar o fato noticiado em vários sites diferentes e sempre fazer juízo de valor da notícia. Além disso, existem sites "fact-cheking", que são veículos da imprensa destinados a separar a verdade da mentira.

 

“Os temas mais comuns são aqueles intimamente relacionados a áreas do conhecimento. Por exemplo, as queimadas que afetam as florestas estão relacionadas ao equilíbrio ambiental, manutenção dos biomas e do ecossistema. Esses assuntos são importantes temas da biologia e, a partir deles, o avaliador consegue aferir as competências e habilidades dos candidatos”, destaca o professor.

 

Conflitos bélicos mundiais, como Rússia X Ucrânia, Crise dos refugiados, Queimadas nas florestas brasileiras, Crise sanitária e pandemia, Crise econômica e desemprego e Aquecimento global, são alguns possíveis temas que podem cair na prova.

 

Para não se esquecer dos assuntos, tenha um caderno destinado apenas ao estudo das atualidades. Dê um título ao fato, coloque a data do acontecimento, seu contexto, suas consequências e outros detalhes que considerar importantes.

 

Uma boa pesquisa sobre atualidade passa por 3 passos:

1. Acesse diariamente sites de notícia

2. Pesquise o fato noticiado em outros 3 ou 4 sites de relevância nacional

3. Tenha senso crítico para verificar se a notícia foi manipulada ou modificada.

“Estar bem informado é importante não só para o bom desempenho nas provas, mas também para a formação da consciência enquanto cidadão. Afinal, a informação é a porta de entrada para o diálogo e para a evolução da sociedade”, finaliza Profinho.

 


Fonte: Vinícius Oliveira – Profinho l 1º Professor Nota 1000 no Enem
Instagram: @profviniciusoliveira
Youtube: ProfViniOliveira


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Prática esportiva na infância pode contribuir para vida profissional no futuro

divulgação/Colégio Positivo
Esporte auxilia no desenvolvimento de soft skills como liderança, colaboração e empatia, qualidades buscadas pelo mercado de trabalho 

 

Nas quadras, piscinas e campinhos, enquanto brincam e se exercitam, crianças e adolescentes estão, também, desenvolvendo uma série de habilidades que, no futuro, podem contribuir fortemente para que eles sejam profissionais melhores e mais desejados pelo mercado de trabalho. As almejadas soft skills, tão comentadas nos últimos anos, são facilmente trabalhadas durante a prática esportiva.

Para a professora de Educação Física e diretora do Colégio Passo Certo, Lorena Paoloni, qualidades como comprometimento, desenvoltura, capacidade de trabalhar em equipe, agilidade e honestidade estão todas contidas nos esportes. “Hoje em dia, as empresas buscam incansavelmente profissionais que unam esse conjunto de habilidades. Elas são, muitas vezes, tão ou mais importantes que a formação e a experiência desses profissionais”, destaca. Segundo ela, embora haja muitas maneiras de trabalhar essas competências, o esporte é, provavelmente, a mais divertida e saudável.

Ao se envolver nas atividades físicas, os estudantes têm a oportunidade de exercitar também a inteligência emocional, o senso de coletividade e a autoconfiança, características fundamentais para quem deseja ter uma carreira de sucesso, seja qual for a área de atuação profissional. “Mesmo que o ponto de partida da prática esportiva seja a competitividade, as crianças estão, na verdade, exercitando a competição saudável, o que também precisa ser feito na carreira profissional”, lembra.


Mexer o corpo para sacudir a mente

É claro que colocar o corpo em movimento é importante para as funções cardiovasculares, a respiração e a oxigenação dos tecidos, por exemplo, mas permite também uma espécie de “limpeza” mental. Lorena explica que, além de regular as funções vitais, a atividade física permite que qualquer pessoa entre em contato com questões internas. “Praticando esportes, aprendemos a lidar com a vitória e a derrota, descobrimos nossos próprios limites e podemos até mesmo ter revelações importantes de autoconhecimento”, afirma.

Todos esses benefícios têm reflexo direto nas relações humanas. Um bom atleta sabe ter empatia e respeitar seus adversários, é solidário e aprende a conviver melhor com as diferenças. Essas habilidades serão importantes também no mundo do trabalho. Assim também funciona com o trabalho em equipe, indispensável nos esportes e na carreira. Um profissional que sabe lidar com seus colegas, subordinados e superiores tem muito mais chances de sucesso.

Competir é importante, mas o espírito de competição não deve atropelar outras competências, ressalta Lorena. “Simplesmente querer ser melhor do que os outros não traz resultados nem para o profissional, nem para o negócio. O essencial, no trabalho e no esporte, é colocar em campo os próprios talentos, mas não ofuscar os companheiros de equipe”, compara. Aliás, os melhores integrantes das equipes são aqueles que  criam condições para que cada um possa se expressar e brilhar também. O mesmo serve para adversários de negócios ou de outros times. “É difícil pensar a favor do oponente – ou da concorrência –, mas esse pode ser um excelente exercício de empatia. No fim, o que mais importa ao público é o jogo em si, e não os resultados”, finaliza.


A coluna do idoso: um desafio para o cirurgião

Na década de 1940 a média de idade da população chegava aos 45 anos. Até pouco tempo, a expectativa de vida era mais baixa, mas atualmente as pessoas vivem mais e merecem viver com mais qualidade. Nos dias atuais, a expectativa de vida gira em torno dos 75 anos e é ainda mais elevada para as mulheres, chegando próximo dos 80 anos.

Nos consultórios médicos, cada vez atende-se mais pacientes idosos que estão cheios de vida, expectativas e que desejam manter-se saudáveis e ativos, aproveitando o que a vida tem para lhes oferecer. Não basta mais se contentar em ficar em casa e cuidar dos netinhos, as pessoas querem usufruir das tecnologias, querem passear, viajar e manter uma prática esportiva com os amigos.

A cirurgia de coluna no idoso sempre foi um desafio e o médico deve estar atento a diversos aspectos que envolvem o cuidado desses pacientes. Fazer uma avaliação multidisciplinar, contando com o apoio de outros profissionais como geriatra, fisioterapeuta, nutricionista, endocrinologista e profissionais que estejam envolvidos em todo o processo é fundamental.

A cirurgia deve ser conversada e esclarecida. Entender todo o processo que envolve o procedimento faz com que paciente e familiares fiquem tranquilos, fazendo com que a melhor opção de tratamento possa ser escolhida.

A menor agressividade por meio de cirurgias minimamente invasivas é uma opção promissora para o tratamento do paciente idoso, tendo em vista a evolução da técnica e da tecnologia ao longo do tempo, fato que aumenta a segurança da cirurgia. Vale ressaltar que atualmente existe uma série de procedimentos minimamente invasivos, os quais têm como objetivo comprometer o mínimo possível o corpo, garantindo uma recuperação muito mais rápida e segura.

As cirurgias minimamente invasivas são realizadas com cortes muito pequenos e contam com o auxílio da tecnologia e de instrumentos cirúrgicos específicos para que sejam realizadas. Com o objetivo de causar menos agressões ao corpo do paciente, são uma alternativa aos procedimentos convencionais e garantem uma recuperação muito mais rápida.

Entre as vantagens das técnicas pouco invasivas estão:

- Menos danos aos tecidos do corpo;

- Menor sangramento;

- Menor risco de infecções no pós-operatório;

- Menos dores;

- Cortes menores;

- Recuperação mais rápida;

- Menor tempo de internamento;

- Retorno mais rápido à prática esportiva e atividades de lazer.

Entre as técnicas minimamente invasivas mais difundidas e seguras está a endoscopia da coluna, cirurgia realizada por vídeo, para tratamento de compressões e hérnias de disco. Além dessa técnica, as artrodeses anteriores com menor agressão e colocação de implantes grandes por meio de cortes pequenos, também têm se mostrado importantes para o tratamento e recuperação do paciente idoso.

Hoje em dia, discute-se muito esse tema em congressos médicos. Recentemente, foi falado sobre o assunto no Congresso Sul-Brasileiro de Coluna.

A cirurgia nem sempre é a última escolha, e sim uma possibilidade a ser debatida com o paciente. Por isso, vale destacar a importância de buscar atendimento com um especialista no assunto.

 

Dr. Alynson Larocca Kulcheski (CRM 24934) - médico ortopedista do Hospital VITA, cirurgião de coluna vertebral pela UFPR. Mestre em Cirurgia, consultor de cirurgias minimamente invasivas da coluna, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e membro da Sociedade Brasileira de Coluna Minimamente Invasiva (SBC.MISS).

 

Hospital VITA

www.hospitalvita.com.br


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