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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Créditos tributários: o que são e como recuperá-los?

 

O empresariado brasileiro enfrenta vários desafios para se manter de pé e alguns deles representam dores constantes, como a alta carga tributária, que, em 2021, alcançou o maior patamar em 12 anos, crescendo para o equivalente a 33,9% do Produto Interno Bruto.

Entretanto, um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), revela que 95% das empresas no Brasil pagam mais impostos do que deveriam. Tudo por conta da complexa legislação tributária, com mais de 40 mil leis em vigor – algumas delas inconstitucionais e outras que sofrem constantes modificações.

Diante desse cenário, nem o mais eficiente planejamento financeiro e fiscal está livre de um eventual recolhimento de impostos equivocado. A boa notícia é que os valores pagos indevidamente podem ser recuperados.


O que são créditos tributários?

O crédito tributário (sob a ótica do contribuinte) decorre do valor pago a maior ou indevidamente pelas empresas em suas obrigações tributárias à União, estados, Distrito Federal e municípios. Tais obrigações incluem impostos, taxas e contribuições, tais como IRPJ, CSLL, INSS, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISSQN e ainda o Simples Nacional, que recolhe todos os tributos em uma única guia.

Quando paga tributos a maior, de forma indevida ou quando sofre bitributação (cobrança de dois ou mais tributos diferentes sobre um mesmo fato gerador), a empresa (ou pessoa física) pode requerer a devolução destes créditos tributários, independentemente de estar enquadrada em qualquer regime tributário: lucro real, presumido ou Simples Nacional. A única exceção para essa regra são os Microempreendedores Individuais (MEI).


Como é feita a recuperação?

A Recuperação de Créditos Tributários (RCT) nasce de um processo de revisão fiscal, que analisa o que uma empresa recolheu no passado (últimos cinco anos) e detecta o pagamento de valores indevidos ou a maior. A RCT pode acontecer por duas vias:


Administrativa

Quando o recolhimento tributário indevido ou a maior ocorre por descuido ou falta de conhecimento da empresa, a recuperação dos créditos ocorre no âmbito administrativo, através das instâncias disponibilizadas pelo próprio Fisco.

Na maioria das vezes, a via administrativa é uma forma mais barata, rápida e prática de resolver divergências tributárias. Além disso, os resultados dos processos costumam ser coerentes com as decisões proferidas previamente.


Judicial

Por outro lado, existem hipóteses em que o recolhimento dos tributos ocorre estritamente como determina a legislação, mas existe a possibilidade de discutir a legalidade ou a inconstitucionalidade da norma. São as chamadas teses tributárias, através das quais as empresas ingressam com ações judiciais questionando a legislação vigente e pleiteando a interrupção da exigência, bem como a recuperação de tudo aquilo que foi indevidamente recolhido.

Apesar de ser necessário enfrentar a burocracia dos tribunais e, por vezes, suportar um custo maior do processo, as recuperações na esfera judicial costumam envolver valores muito elevados, de modo que toda empresa deve considerar esta estratégia.


Dicas de ouro para quem se interessa em recuperação tributária:

A Recuperação de Créditos Tributários envolve algumas etapas. A mais importante delas diz respeito à análise fiscal e contábil da empresa. Atualmente, ainda é possível contar com softwares especializados em RCT, como os da e-Auditoria, que conseguem identificar, com agilidade, transparência e eficácia, os possíveis créditos que o contribuinte possui.

Independentemente da opção escolhida, é muito importante lembrar que a RCT tem um prazo fatal, que é a prescrição de cinco anos, contados a partir da data de recolhimento do tributo. Esgotado este prazo, a empresa perde o direito à recuperação.

É preciso enfatizar que recuperar créditos tributários é uma forma de criar competitividade para as empresas, na medida em que é essencial para qualquer negócio reduzir a carga tributária, bem como recuperar os valores que foram indevidamente recolhidos.

A diminuição da carga tributária proporciona alívio de caixa, melhora a gestão e possibilita a realização de investimentos para expansão do negócio. Já a recuperação de créditos, injeta novos recursos nas empresas, que podem ser utilizados para regularizar passivos, investir em tecnologia, pessoal, infraestrutura e outras melhorias.

 

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

 

e-Auditoria

https://www.e-auditoria.com.br/


Senac São Paulo tem mais de 16 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para quem deseja atuar nas áreas de Saúde e Bem-Estar

Oportunidades estão distribuídas entre as 64 unidades da instituição no Estado e interessados já podem se inscrever para concorrer às vagas

 

O Senac São Paulo, por meio do Programa Senac de Gratuidade, concederá, até o final de 2022, mais de 16 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para diversos cursos na área de saúde e bem-estar. Para ter acesso a uma bolsa, o candidato deve comprovar renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos federais e fazer sua inscrição 20 dias antes do início do curso escolhido, sempre a partir do meio-dia, pelo site do Programa Senac de Gratuidade. As inscrições são por ordem de chegada em uma fila de espera virtual. 

As oportunidades são ideais para quem deseja entrar no mercado ou se requalificar profissionalmente. Existem vagas para cursos livres, técnicos, além das opções de curta duração do Senac Online -- Ao Vivo. Nos últimos 10 anos mais de 1 milhão de estudantes já passaram pelo Senac São Paulo com bolsas de estudo integrais. O índice de empregabilidade entre os concluintes supera os 70%. 

Além do Programa Senac de Gratuidade, também existem políticas de descontos, que vão de 20% a 50%, abrangendo outros níveis de ensino, como Ensino Médio Técnico, ensino superior, cursos de idiomas, entre outros. Nestes casos, dependendo do título escolhido, os abatimentos são viabilizados para egressos de escolas públicas (concluintes do 9º ano do ensino fundamental), alunos e ex-alunos da instituição e dependentes de quem trabalha em empresas contribuintes do Senac. Existe um site específico com detalhes sobre esses descontos e condições de pagamento. 

 

Serviço:

Programa Senac de Gratuidade

Informações e inscrições: Site do Senac São Paulo

 

Artefatos Culturais e a chave da gestão consciente no século 21

Artefato cultural é um termo técnico muito utilizado por historiadores ou arqueólogos para se referir a algum objeto, instrumento, símbolo, pintura ou qualquer outra forma de registro que ajuda a explicar como eram as crenças, hábitos e as estruturas sociais de determinada cultura. No contexto das empresas, Edgar Schein descreve os artefatos culturais, ou organizacionais, como sendo as características visíveis ou experienciais da cultura, ou seja: tudo aquilo que uma pessoa escuta, vê ou sente quando se depara com uma organização.



Esta imagem do iceberg ajuda a representar bem o papel dos artefatos na dinâmica cultural de uma organização: ao passo que as crenças e valores são um pouco mais difíceis e demoradas de se perceber, por estarem submersas nas percepções subjetivas dos colaboradores, os artefatos podem ser mais facilmente identificados apenas por meio de uma observação mais profunda. 

Schein classificou os artefatos organizacionais em 4 categorias:
 

1- Estruturas Físicas e Símbolos: referem-se à configuração do ambiente de trabalho: o refeitório, a sala de reuniões, uniforme, crachá, troféus, etc. 

2- Rituais e Cerimônias: são os eventos institucionais, processos seletivos, integração de novos colaboradores, reuniões de feedback, etc. 

3- Linguagem Organizacional: são elementos da linguagem usados no dia a dia da empresa, como as metáforas, jargões, slogans, hashtags, etc. 

4- Histórias e Heróis: são acontecimentos marcantes na organização ou pessoas que servem de inspiração para os demais por seus feitos no passado.
 

No entanto, a maioria dos artefatos costumam ser criados sem muita intencionalidade, o que pode ser algo a se preocupar, pois sem se pensar em suas premissas, existe um grande risco deste artefato reforçar comportamentos incoerentes ou indesejados em uma cultura. Alguns exemplos ajudam a ilustrar:

  • Uma cultura que busca promover a colaboração, mas que só mede resultados individuais;
  • Um layout de ambiente de trabalho sem divisórias, mas que mistura profissionais que precisam se concentrar com outros que passam bastante tempo em chamadas;
  • Reuniões entre líderes estratégicos para passar simples informações ou fazer alinhamentos que poderiam ser feitos em uma mensagem ou um e-mail;

Por outro lado, quando analisamos aqueles artefatos mais poderosos de uma organização e que contribuem, de fato, com a construção da cultura desejada, podemos notar algumas características em comum entre eles:
 

1- Criam um contexto de pertencimento - eles unem os membros de uma organização com a história dela e com seus valores. (ex: evento de aniversário da empresa com espaço para reconhecer colaboradores responsáveis por grandes conquistas ou por momentos de superação);

2- Revelam necessidades organizacionais, que precisam ser cuidadas por meio do reforço contínuo de comportamentos-chave (ex: premiações e reconhecimento público de pessoas ou equipes que geram ótimos resultados ou demonstraram atitudes exemplares);

3- Apontam uma direção para seguir - estão associados a um propósito, uma meta. (ex: slogans organizacionais que ajudam a comunicar como a organização deseja se tornar ou a forma como ela trabalha para atingir seus resultados. Algo como "Evoluir a forma de se fazer negócios para evoluir a sociedade".
 

Ou seja, não basta simplesmente fazer com que os artefatos surjam “do nada”. É preciso entender que eles não se constroem sozinhos, mas sim com o auxílio e colaboração mútua entre os times e lideranças dentro das organizações. É a partir do cuidado com as pessoas e entre as pessoas, que é possível se ter cuidado com a cultura da empresa - a preocupação com a vida de cada um que compõe a equipe, um simples agradecimento de informação enviada, etc - que trazem a sensação de pertencimento e criam um legado para a toda a história.
  
 

Leonardo Marques - liderança técnica e especialista em cultura organizacional na Tribo.


Orientação para socorrer vítimas em acidentes de trabalho com queimadura ou lesões nas mãos

 Os primeiros socorros são fundamentais para o sucesso do tratamento. Especialistas informam como ajudar os acidentados até que a assistência médica seja providenciada 

 

Nem mesmo a pandemia foi capaz de reduzir os números dos acidentes de trabalho no Brasil. Em 2021, foram comunicados 571 mil incidentes e 2.487 óbitos associados, um aumento de 30% com relação a 2020. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho. Ainda no mesmo período, os afastamentos por lesões graves como amputações, fraturas, ferimentos, traumatismos e luxações tiveram um aumento de 234% em comparação com o ano passado.

Dentre as ocorrências mais comuns estão as queimaduras e os acidentes nas mãos dos trabalhadores. “Em ambos os casos, o cirurgião plástico é o médico especializado para atender esse paciente e tomar as providências necessárias para tratar as queimaduras e fazer cirurgias nas mãos, preservando ao máximo a capacidade funcional do paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgião plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo. As primeiras providências tomadas logo após o acidente - muitas vezes ainda no ambiente de trabalho - são fundamentais para determinar o sucesso do tratamento. A seguir, conheça algumas dicas de como socorrer a vítima enquanto a assistência médica não chega.

 

O que fazer em caso de acidentes com mãos e dedos

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica especializado em cirurgia da mão, o cirurgião Marcel de Brito Azevedo, explica o que é preciso fazer em ocorrências envolvendo as mãos

  • Limpe a lesão com água corrente abundante para retirar agente agressor, evitando futuras infecções
  • Para conter a hemorragia, seque a pele e faça um curativo compressivo com gases e atadura.
  • Quando houver dor proeminente, ofereça um analgésico, certificando-se de que a vítima não é alérgica a esse medicamento
  • Em caso de fraturas de dedos, imobilize a região com tala de alumínio
  • Se houve amputação completa de um dedo, envolva-o em gaze úmida e coloque-o em um saco plástico estanque com gelo para garantir temperatura baixa e preservar os tecidos

 

Como agir em caso de queimadura

Há muitas informações incorretas sobre como tratar a queimadura logo após o acidente. O cirurgião plástico Flavio Nadruz Novaes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Coordenador do Capítulo de Queimaduras da SBCP, orienta sobre como agir.

  • Enxague o local com água corrente em temperatura ambiente
  • Retire anéis, pulseiras, relógios e acessórios caso a queimadura tenha sido nas mãos ou braços
  • Não passe nenhum produto sobre as queimaduras
  • Proteja a pele danificada cobrindo-a com gaze
  • Dirija-se ao hospital ou posto de saúde mais próximo da sua casa
  • Se não for possível se deslocar, acione o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193)

Lei de Arbitragem: novo projeto coloca em risco a agilidade dos processos no Brasil

 

Apesar de pouco difundida no país, a Lei de Arbitragem sempre se mostrou como uma alternativa eficaz para resolução de conflitos, dispensando a necessidade de as partes acionarem o Poder Judiciário e enfrentarem um longo processo burocrático. Em um novo projeto de lei, o 3.293, discutido na Câmara dos Deputados, contudo, esta solução pode ser colocada em risco – eliminando sua atratividade e facilidade aos procedimentos arbitrais.

Promulgada em 1996, a Lei de Arbitragem permitiu que desentendimentos fossem resolvidos de forma mais ágil e descomplicada, sem intermediação e necessidade de apoio jurídico. Nesses processos, as partes têm liberdade de entrar em acordo e estabelecer todos os pontos a serem discutidos, contando com o suporte de um profissional capacitado para resolver a questão.

Fora o empoderamento benéfico para os desentendimentos, tal flexibilidade permite que os processos sejam solucionados em menor tempo hábil e sem tamanhas burocracias, usualmente vistas em casos que passam pelo judiciário. Tudo isso, sem barreiras geográficas limitantes, uma vez que o tribunal selecionado para analisar o processo não precisa estar localizado em território nacional. Todos esses benefícios, contudo, poderão deixar de existir caso o projeto venha a ser aprovado.

Sob um pedido de urgência de análise enviado por parlamentares, as proposições ressaltadas podem interferir radicalmente no procedimento adotado no país. Dentre suas possíveis mudanças, a confidencialidade dos casos é um dos pontos de maior preocupação, em uma tentativa de interferência nas relações privadas.

Sucintamente, a proteção à privacidade que, hoje, garante que os envolvidos discutam quaisquer questões relacionadas a estratégias corporativas as quais não dizem respeito à terceiros, passarão a se tornar exceções de ocorrência, possível de ser solicitada apenas em casos excepcionais, mediante a apresentação de justificativas para tal sigilo. Ainda, a simultaneidade de um grande volume de casos julgados por cada árbitro, tenderá a ser limitada para apenas dez ao mesmo tempo.

Não suficiente, uma nova decisão promulgada pela Suprema Corte  americana se torna outro agravante à prosperidade da arbitragem no Brasil – a qual determinou que a produção antecipada de provas usualmente exigidas para a continuação de cada caso, apenas poderão prosseguir caso emanado por um tribunal internacional. Praticamente, a medida trará maiores empecilhos aos processos de arbitragem ao redor do mundo – dificultando o acesso a documentos, testemunhos ou qualquer outra prova em solo americano.

Fora a redução da agilidade e maior limitação aos procedimentos judiciais, a decisão americana exigirá que os conflitos brasileiros sejam judicializados e, apenas após a validação deste órgão, possa prosseguir em um território internacional. A tranquilidade na resolução dos conflitos antes vista graças à cooperatividade entre os órgãos internacionais, a depender de como essa decisão da Suprema Corte vier a ser aplicada na prática, corre sério risco de ficar seriamente prejudicada, gerando maiores custos e aumentando o tempo de tramitação,  desestimulando a abertura de casos no país para tentativas de resolução em outras regiões.

O ambiente de negócios brasileiro corre sérios riscos com o início das decisões proferidas. Acostumados pela facilidade de resolução, a maior burocracia e custos gerados pelas mudanças poderão reduzir significativamente a atratividade financeira desse tipo de procedimento, em vista de um desestimulante e longo processo de validação.

Caso aprovado, a abertura de novos processos exigirá uma atenção redobrada das partes envolvidas, em especial na elaboração de cláusulas mais detalhadas e completas como forma de trazer a máxima confiabilidade possível à relação contratual. As regras do jogo necessitarão ser muito bem discutidas, evitando maiores desgastes que possam comprometer ou dificultar a resolução de qualquer conflito jurídico. 

 

Ana Júlia Moraes - head da área cível do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

 https://www.marcosmartins.adv.br/pt/


Carreira na área financeira: quais são as novas demandas?

Não há área mais demandada no mercado do que a de finanças. Responsável pela administração dos recursos financeiros da empresa, gestão de riscos, oportunidades, planejamento e resultados, se torna uma das mais importantes bases de sobrevivência de companhias dos mais diversos portes e segmentos. A contratação destes profissionais é uma necessidade constante no mundo corporativo – mas, ao mesmo tempo, custosa de ser mantida em alto nível de excelência.

Independentemente do regime político vigente no país ou atratividade do cenário econômico, um bom executivo de finanças sempre será a peça-chave para o crescimento ou desmoronamento do negócio. Quando capaz de organizar um departamento saudável, será essencial para prover o capital necessário para que a companhia se mantenha competitiva no mercado, buscando obter receitas no curto, médio e longo prazo e, acima de tudo, como utilizar os recursos financeiros a favor da organização.

Em momentos de aquecimento econômico, é dever da área financeira gerir o fluxo de caixa viabilizando estratégias que alavanquem a companhia no mercado – seja pela firmação de parcerias comerciais, investimentos no desenvolvimento de novos projetos, ou outras ações focadas na otimização de processos e análise de produtividade. Já em períodos econômicos instáveis, por sua vez, é de sua responsabilidade gerenciar as finanças em viés de contenção de ameaças, por meio do fechamento de operações, cortes orçamentais ou redução de custos necessários em quaisquer atividades ou times.

Não à toa, a pandemia foi um dos maiores impulsionadores da necessidade de um departamento robusto de finanças nas empresas, de forma que conseguissem contingenciar, ao máximo, os impactos econômicos da crise na perpetuidade do negócio. Ao longo de 2021, por exemplo, a busca por estes profissionais aumentou 80% em relação ao ano anterior, segundo dados compartilhados pela Wide.

Em uma exigência notável, os critérios de avaliação de retenção destes talentos vêm se tornando cada vez mais seletivos – substituindo todos aqueles que não se demonstrarem preparados e capacitados para trazerem melhores resultados neste momento crítico de recuperação econômica.

Muito mais do que ter o conhecimento, o profissional de finanças deve ser capaz de compreender profundamente o negócio, analisando as oscilações do mercado e quais ações tomar em meio a tamanha instabilidade para reter custos desnecessários e impedir o fechamento de portas da companhia. Ou, ainda, como utilizar esses fatores a favor da empresa, redirecionamento investimentos nas áreas mais estratégias de diferenciação.

Aliado a essas capacidades, uma boa habilidade interpessoal também faz toda a diferença para um bom desempenho desses profissionais – uma vez que seu sucesso ou fracasso estará intensamente relacionado à qualidade comunicacional com seus colegas, outros times da empresa e parceiros de negócio, sejam eles atuais ou futuros. Quanto melhor for sua desenvoltura comportamental, mais fortes serão as relações profissionais construídas.

Gerenciar uma companhia em meio a uma legislação complexa e constantemente passível de mudanças é uma missão desafiadora – especialmente, em cenários de crise como o que estamos vivendo com a pandemia e, mais recentemente, os impactos da Guerra na Ucrânia. Mas, com o apoio de um profissional qualificado e preparado para lidar com tais impactos, os danos destes e de qualquer conflito na empresa serão imensamente reduzidos.

Não importa a época do ano ou cenário do mercado, as empresas sempre precisarão de profissionais de finanças qualificados para gerir e alavancar a companhia frente aos concorrentes. Para aqueles que desejam seguir essa jornada, é preciso se manter constantemente atualizado sobre as mudanças legislativas no país e, acima de tudo, prezar pela comunicação próxima com todas as equipes e parceiros. Assim, certamente estarão preparados para lidar com qualquer empecilho que possa colocar o sucesso da companhia em jogo. 

 

Ricardo Haag é- sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção. 

Wide
https://wide.works/

6 motivos para realizar um investimento social na sua empresa com a contratação do Jovem Aprendiz

Em 2004 o então secretário das Nações Unidas, Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs, das principais instituições financeiras do mundo, para pensarem juntos em como viabilizar práticas que integrassem maior responsabilidade com o meio ambiente, com a sociedade e com a governança corporativa. Nascia a famosa sigla “ESG” - Environmental, Social and Corporate Governance (ambiental, social e governança corporativa). Hoje, muito mais difundida e conhecida, a implementação de investimentos sustentáveis na cultura das empresas virou questão de sobrevivência. Segundo levantamento do Google Trends, a pesquisa pelo tema triplicou nos últimos 12 meses no Brasil e coloca o país como um dos 25 que mais pesquisaram por ele no mundo.

Trazendo o foco para o “S”, afinal, o que é o social nas práticas das empresas? O social compreende a responsabilidade das organizações com a sociedade e refere-se a temas como desenvolvimento de colaboradores, diversidade, jornada do colaborador, investimento social e relacionamento com a comunidade local. Neste cenário, criar oportunidades para os mais vulneráveis é aliar a promoção de um mundo melhor para todos com estratégia de sobrevivência.

No ano 2000, o Governo Federal sancionou a Lei nº 10.097, conhecida como Lei da Aprendizagem, que possui como principal objetivo estimular a inclusão de jovens no mercado de trabalho. Essa lei, mais do que facilitar o início da carreira profissional de jovens, também ajuda as corporações a introduzirem e incorporarem ações sociais práticas que transformam a vida de pessoas de dentro dos escritórios para a sociedade fora dele. É a possibilidade de transformar começando por dentro.

Diante deste cenário, não há dúvidas do quão importante é, mais do que contratar jovens, dar oportunidade de trabalho para adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Diante disso, o Instituto Devolver, organização sem fins lucrativos que apoia mais de 22 mil crianças e adolescentes, lista 6 motivos para privilegiar a questão social ao contratar um Jovem Aprendiz para a sua empresa. 


Olhares mais diversos

Ao contratar um adolescente em situação de vulnerabilidade social, além de dar oportunidade para que ele aprenda, se desenvolva e transforme a sua história de vida, não há dúvidas de que a empresa e os seus colaboradores de maneira geral também aprenderão com esse jovem. Afinal de contas, uma empresa com diversidade de pessoas - de raças, gêneros e classes sociais distintas - será muito mais rica, com olhares diversificados para produção de ideias e resolução de conflitos. 


Ambientes inclusivos produzem colaboradores mais felizes

De acordo com uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG), pessoas que trabalham em empresas inclusivas têm experiências mais positivas e mais chances de serem felizes no ambiente corporativo. Isso significa que ao implementar ações de investimento social na contratação do Jovem Aprendiz, estará não apenas dando oportunidade para um adolescente, mas tornando os seus funcionários mais felizes e, consequentemente, mais produtivos. 


Imagem e posicionamento

Não há mais dúvidas de que uma empresa que esteja engajada e alinhada com o ESG possui uma imagem e um posicionamento de marca muito mais positivo e relevante no mercado. Esse olhar social será importante para a consolidação da sua empresa, para o posicionamento da sua marca e para a relação com os seus funcionários, fornecedores, clientes e com o público final. 


Primeiro passo

Caso você já entenda a importância do ESG, mas não sabe como implementar no seu próprio negócio, essa pode ser uma ótima maneira, já que a contratação de Jovem Aprendiz é obrigatória para empresas com mais de sete pessoas contratadas. Você estará fazendo o que já é obrigatório, porém, de forma mais social, crítica e engajada. 


É para onde os investimentos estão indo

De acordo com um relatório da Price Waterhouse Cooper, o montante de fundos mútuos na Europa que serão investidos com critério ESG até 2025 é de 57%, ou seja, US$8,9 trilhões. Segundo o mesmo relatório, 77% dos investidores pesquisados afirmaram que vão parar de consumir produtos não vinculados à sigla ESG nos próximos dois anos.


Jovem Aprendiz Social

O Instituto Devolver criou o Programa Jovem Aprendiz Social, que tem como objetivo inserir jovens de 14 a 17 anos no mercado de trabalho, antes de serem desacolhidos aos 18 anos. Esses são jovens que têm sua guarda mantida e protegida pelo estado, via instituição de acolhimento. Quando completam a maioridade, obrigatoriamente precisam se sustentar sozinhos e o programa foca em desenvolver, treinar, capacitar e criar oportunidades para estes adolescentes transformarem suas histórias de vida. Caso queira saber mais detalhes e entender como contratar um Jovem Aprendiz Social, basta clicar aqui

 

Instituto Devolver


Foco único: 5 dicas para deixar de lado as multitarefas

Pesquisas provam que focar em uma tarefa por vez é mais produtivo  

 

Vários apps no celular apitando ao mesmo tempo, reuniões ou aulas online acontecendo, pets pedindo atenção e alguém da família explicando algo, tudo ao mesmo tempo. Esse cenário se tornou comum e incentiva o que é chamado de perfil multitarefa, quando a pessoa acredita realizar várias tarefas ao mesmo tempo. No entanto, pesquisas comprovam que apenas 2% da população mundial é realmente capaz de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo com qualidade.  

Nosso cérebro não possui construção cognitiva e neural para realizar duas coisas ao mesmo tempo. O que acontece na verdade, é a interrupção constante, distração e aumento na chance de erros, explica a coordenadora de Educação Fundamental do Colégio Marista Paranaense, Sheila Vanessa Faria Lippmann Hey. “Pular constantemente de uma ação para outra reduz a capacidade de foco e atenção, reduz a criatividade, a produtividade e gera sentimento de estresse e sobrecarga”, explica.  

Confira algumas dicas  para focar e aumentar a produtividade no estudo ou no trabalho:  

  • Elimine as distrações

Distrações tiram o foco da atividade sendo realizada e atrasam sua conclusão. Para não cair nessas armadilhas, comece silenciando seu celular por exemplo, ou até colocando-o em modo avião por um momento. Feche seu email e apenas cheque suas mensagens em períodos determinados. Avise às pessoas ao seu redor que precisa focar em uma atividade importante para que elas evitem distrações desnecessárias.  

  • Faça uma caminhada

Seja um bloqueio criativo, um período de ansiedade ou apenas falta de foco, uma caminhada pode ajudar o cérebro a se concentrar melhor. Cerca de 20 minutos de caminhada consciente, com foco no movimento, já traz benefícios. O ideal é deixar o celular em casa, não ouvir músicas ou podcasts. 

  • Ouça binaural beats

Frequências conhecidas como binaural beats podem aumentar o foco e concentração e deixar as distrações de fora. Esse tipo de música consiste em dois tons de diferentes frequências que podem estimular a atividade cerebral. Ainda é preciso mais pesquisas para comprovar a efetividade dos binaural beats, mas usar música instrumental e calma geralmente é uma boa forma de estimular a concentração. 

  • Planeje com antecedência

Para poupar energia e esforços pensando nas diferentes tarefas que precisam ser realizadas durante o dia, se planeje com antecedência. Uma sugestão é listar tudo que precisa ser feito e aí priorizar as tarefas de acordo com o seu tempo disponível e nível de urgência. 

  • Faça do foco um hábito

Assim como outros hábitos, manter o foco é algo que precisa ser treinado e exercitado. Como nosso tempo de concentração parece estar cada vez menor, com vídeos cada vez mais curtos e rápidos, é preciso treinar o cérebro para manter o foco em ações que antes eram comuns. Separar momentos para leitura, por exemplo, é uma boa prática.

 

 Colégios Maristas

www.colegiosmaristas.com.br


Investindo no digital, Grupo Kyly elenca dicas sobre como criar melhores ofertas no e-commerce

A explicação leva em conta como conseguir equilibrar o desejo do público por fretes gratuitos ou com preço mais em conta, com base no valor que a ser cobrado para não ficar no vermelho 

 

A integração de canais físico com o digital tornou-se uma estratégia básica para varejistas que atuam em diferentes setores no Brasil. Neste caso, o principal desafio de quem atua nesta área e vende pela internet é conseguir equilibrar o desejo do público por fretes gratuitos ou com preço mais em conta, levando em consideração um valor que o lojista precisa cobrar para não ficar no vermelho. Diante disso, muitas marcas ou empresas ficam com dúvidas ou receios sobre precificação, logística e a melhor estratégia a ser traçada para que este canal seja vantajoso e lucrativo. Pensando em auxiliar diversas redes nessa questão, Diana Rodrigues Gropp, gerente de Unidade Estratégica de Negócios Digitais do Grupo Kyly, maior rede de vestuário infantil do País detentora das marcas Milon, Kyly, Nanai, Lemon Kids, Amora e Lemon, separou algumas dicas importantes sobre o assunto.

Segundo ela, o consumidor quer ter o sentimento de ter feito o melhor negócio possível para ele. Por isso, tanto a estratégia de desconto como de frete gratuito são atrativas. No entanto, ambas impactam diretamente a margem do varejista que encontra cada vez mais dificuldade de cobrar pelo preço cheio dos produtos. “Para conseguirmos equilibrar essa equação é necessário ‘fazer conta’, ou seja, acompanhar de perto a proporção dos custos em relação à venda, além de identificar qual o ponto saudável do preço de vendas, que possibilite oferecer um frete grátis. O consumidor está mais disposto a pagar um pouco a mais pelo produto, se ele obtiver uma entrega gratuita. A sensação de bom negócio é maior do ponto de vista dele, visto que comprou o produto que desejava e o custo do frete seria algo que ele não deseja e sim uma ‘taxa’ que precisaria pagar. Já o desconto é uma das estratégias que deve ser usada com mais cautela, para não caracterizar o site como outlet e que está em constante promoção, desvalorizando o seu produto e a marca. Usar constantemente esse mecanismo, acostuma o cliente e acaba perdendo o efeito de oportunidade e da compra por impulso”, exalta.

Dica 1: Estruture uma tabela de frete: faça negociações com as transportadoras e busque sempre negociar com os Correios. Há várias opções no mercado atualmente, que oferecem possibilidade de reduzir os custos de entrega.

Dica 2: Estabeleça regras e políticas para frete grátis: avalie a média do seu custo de frete e quanto isso representa em desconto do seu produto. O frete grátis nada mais é do que um desconto do seu produto. Uma estratégia que ajuda bastante é definir um entrega gratuita acima de um valor mínimo.

Dica 3: Saiba calcular o preço do frete - Como fazer esse cálculo? Uma forma de calcular o seu frete grátis de maneira mais saudável é saber o custo médio por envio. Por exemplo, seu custo médio é de R$20 por cada pedido enviado, você pode oferecer um frete grátis acima das compras de R$199, o que representa um desconto de 10% no seu produto. Se 10% de desconto no seu produto for algo financeiramente viável, você poderá praticar essa ação de frete grátis, sem problemas.

Dica 4: Um dos erros mais comuns dos varejistas é não pensar na logística reversa do e-commerce. É necessário pensar nessa eventual despesa para não desequilibrar o caixa da empresa. Mais do que a logística reversa do e-commerce, é preciso conhecer o Código de Defesa do Consumidor para compras online. Nele consta que o cliente pode desistir da compra sem custo algum dentro de sete dias. Ou seja, a logística reversa por conta do varejista é lei e não somente uma política. Nesse caso, o varejista precisa ter um valor previsto para esse tipo de custo extra. Sendo assim, é preciso identificar qual a taxa de clientes que solicitam desistência do produto e o motivo. Ciente da razão, a empresa pode trabalhar na causa e reduzir esse custo, mas eventualmente sempre terá uma porcentagem das suas vendas que serão devolvidas.

Dica 6: Automatize e busque plataformas com expertise. Por que é importante contar o apoio da tecnologia para automatizar processos para tomar melhores decisões relacionadas ao frete?

São vários KPI´s dentro de uma operação de venda online que precisam ser cruzados para serem transformados em uma estratégia de redução de custo e no aumento de vendas. São muitos pedidos online e qualquer erro de cálculo de custo pode gerar um grande impacto em um curto espaço de tempo. Utilizar a tecnologia para acompanhar essas informações e para apoiar a tomada de decisão é ganhar tempo e, consequentemente, mais agilidade para poder realizar ações assertivas para o negócio.


Tecnologia edifica conexões entre o mundo virtual e o mundo concreto da construção civil

Apesar das incertezas provocadas pela pandemia da covid-19, a construção civil registrou o maior número de lançamentos e vendas de imóveis dos últimos dois anos. Esses indicadores positivos impulsionaram os investimentos no setor que, atualmente, figura como uma locomotiva de crescimento e evolução em termos de lucratividade e empregabilidade. Hoje, construtoras e incorporadoras estão fazendo um alto investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e soluções que permitam desenvolver os projetos construtivos de forma mais econômica, rápida, sustentável e, principalmente, segura. 

O uso de Inteligência das Coisas ou IoT (Internet of Things), por exemplo, vem ganhando lugar de destaque, não apenas no período de execução das obras nos canteiros, mas também durante toda vida útil das edificações. O uso da IoT otimiza o desempenho e a produtividade na construção, ajudando a alterar, modificar, relatar e monitorar o canteiro das obras por meio de inteligência artificial. Muito além de um conceito futurista, esse mecanismo tecnológico auxilia na gestão remota de equipamentos e possíveis manutenções, maximiza a segurança dos colaboradores e profissionais, melhora a produtividade e assegura o cumprimento do cronograma de obras, economizando tempo e recursos. 

O uso da IoT aliada à automação ainda está em fase inicial no Brasil e não são todas as construtoras que adotaram a inovação em seus processos construtivos. Porém, alguns projetos já começaram a sair do papel e adentrar os canteiros. São construtoras que olham para o futuro, que não fazem apenas o que é obrigatório por legislação, mas que antecipam tendências, buscam soluções, e que, por isso, estão na vanguarda do setor.

Os empreendimentos inteligentes antevêem, ainda em fase de projeto e planejamento, a integração de tecnologias e recursos. Esses projetos são minuciosamente elaborados para oferecer serviços integrados e controlados por meio de softwares e aplicativos, atendendo às necessidades de consumo e estilos de vida dos futuros moradores. Por isso é tão importante investir em automação dotada de inteligência que permita ao condomínio atuar de modo preventivo. E, também, na economia de recursos naturais. 

Algumas construtoras já vêm utilizando automação ligada a IoT, por exemplo, com dispositivos inteligentes nas áreas comuns, entre eles: sensores de controle de acesso com uso de leitura facial para entrada segura nos edifícios; elevadores com acesso controlado por biometria; sensores de presença para iluminação que geram consumo mais eficiente de energia; entre outros. E, como é sabido, o uso dessas tecnologias permite uma série de novas possibilidades que vão desde o monitoramento de máquinas, uso de EPIs conectados, que reforçam a segurança do trabalhador, até inteligência de marketing para monitorar e analisar tendências de mercado.

Além da IoT, outro recurso inovador e surpreendente é a Modelagem da Informação da Construção (BIM, na sigla em inglês). A metodologia permite criar soluções digitais com manejo coordenado de toda a informação de um projeto de engenharia e arquitetura. A evolução dos projetos em BIM, que também envolve parceiros externos, proporciona maior domínio sobre as atividades que serão executadas. É possível prever, também, as interferências que o projeto poderá sofrer no canteiro e antecipar soluções na execução da obra.

Além das integrações tecnológicas inovadoras, os empreendimentos do futuro baseiam-se em princípios sustentáveis. Despontam cada vez mais iniciativas que buscam solucionar problemas urbanos e melhorar a qualidade de vida das pessoas, como empreendimentos que priorizam a iluminação natural e a eficiência energética, a redução do consumo de água e seu reuso. Cabe destacar que a construção civil tem potencial para, não apenas melhorar a infraestrutura de uma cidade, como também otimizar a mobilidade urbana, aumentar a qualidade de vida da população e criar soluções sustentáveis que preservem o meio ambiente. O desafio é grande: como equalizar as tecnologias em engenharia e arquitetura ao movimento social global que demanda espaços mais conscientes, eficientes e racionais? 

Mais que um apartamento com vista privilegiada, provido de extremo conforto e segurança, o que se planeja, em cada detalhe, com o incremento de soluções e recursos tecnológicos, é a concepção de um lugar de existência e convivência entre as gerações do presente e do futuro. Não apenas no mundo virtual do metaverso e das NFTs. Mas, principalmente, no "mundo concreto" da boa e agora cada vez mais nova construção civil.  

 

Michael Vicentim - superintendente de inovação e TI do Grupo A.Yoshii.

 

Adequada gestão da carreira de influenciadores demanda assistência de advogado

Advogada e especialista em Direito Civil, Ana Carolina Makul analisa o conflito do influenciador Luva de Pedreiro e explica que a assinatura de contratos unilaterais e abusivos pode ser evitada com o auxílio de uma assessoria jurídica 

 

A relação de Iran Ferreira (o Luva de Pedreiro) com o empresário Allan Jesus tem sido alvo de questionamentos há meses na internet. Os internautas acharam estranho o fato de Iran não ter reformado sua casa, no interior da Bahia, pois o jovem alcançava números que o colocava entre os maiores influenciadores digitais do mundo.

Após meses de silêncio, foi revelado que O Luva, como é carinhosamente chamado, havia movimentado apenas R$ 7,5 mil reais em suas contas bancárias, mesmo tendo assinado contratos milionários com empresas gigantescas, como a Amazon, para a divulgação da Copa do Brasil no Amazon Prime Video.

Após alguns dias, a informação de que Iran havia assinado o contrato de exclusividade com o seu empresário sem a presença de um advogado veio à tona, revelando que o jovem influenciador não tinha direito a nem mesmo metade de seus ganhos em ações de marketing até o fim do compromisso estabelecido com Allan Jesus. Além disso, o contrato prevê uma multa (imposta de forma unilateral) que obriga Iran a pagar aproximadamente 5 milhões de reais em caso de rompimento do acordo.

Esse fato levantou questionamentos a respeito de artistas e influenciadores que enfrentam problemas financeiros por má gestão de suas carreiras ou por ações maldosas por parte de seus empresários.

Para Ana Carolina Makul, especialista em direito civil do escritório Duarte Moral, o advogado possui diversas funções na administração e na gerência da carreira de um influenciador digital: “Além de atuar para prevenir qualquer problema decorrente da celebração de um contrato, ou dando indicativos sobre o conteúdo a ser postado com o fim de impedir o descumprimento dos termos e políticas de uso das redes sociais, o advogado pode orientar o seu cliente em relação às obrigações previstas no acordo, detalhando as cláusulas para que haja o adequado cumprimento dos seus termos, evitando também situações de abuso, como a que aconteceu com Iran”, revela.

A advogada afirma que houve um aumento na procura de escritórios para assessoria jurídica na área de marketing digital. “Com a pandemia o número de influenciadores digitais cresceu absurdamente, aumentando também a procura por advogados na área”, pontua.

Mesmo com a instrução de um especialista, Ana Carolina recomenda que os influenciadores leiam com atenção todos os contratos celebrados com os empresários. “É preciso que os influencers estejam cientes de seus direitos e obrigações contratuais, observando também os prazos previstos e as consequências do descumprimento dos seus deveres”, explica.

A especialista em direito civil esclarece que se o influenciador optar por contratar um profissional ou um escritório para representá-lo em sua carreira ou em todas as fases de uma negociação, será necessário que o cliente assine uma procuração, documento que fornece ao advogado ou à sociedade de advogados poderes para a representação do influencer nas tratativas. A procuração também será obrigatória para que o advogado ingresse com ações judiciais em nome do cliente. Por outro lado, explica que para alguns negócios pontuais, como a análise ou a elaboração de um instrumento contratual, a procuração será dispensada.

De acordo com Ana Carolina Makul, a informalidade no momento da contratação de influenciadores digitais é uma outra questão que costuma gerar problemas. “Muitos dos contratos celebrados entre os empresários e influenciadores ocorrem por e-mail ou mensagens de texto, sem a assinatura de um instrumento adequado. Contudo, tal informalidade traz insegurança para as partes e pode causar problemas futuros. Por isso, orienta-se a busca por uma assessoria jurídica para a formalização da contratação com a elaboração de um instrumento contratual adequado, evitando eventuais abusos que possam ocorrer”, finaliza.

 

Ana Carolina Aun Al Makul -  Advogada com atuação na área cível desde 2012. Graduada na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduanda em Direito Contratual pela EPD (Escola Paulista de Direito). Atuou em diversos campos do direito civil (predominantemente em contencioso cível), inclusive na área de direito imobiliário e do consumidor, em diferentes escritórios de advocacia na cidade de São Paulo, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo e no Poder Judiciário Federal. 

Duarte Moral
https://duartemoral.com/
@duartemoraladv


Sociedade de Cirurgia Bariátrica propõe ao Ministro da Saúde organização de filas estaduais para o SUS e revisão de portarias

A queda nas cirurgias pelo SUS foi de 77 % se comparado o ano de 2019 com o ano de 2021. Já pelos planos de saúde, os procedimentos caíram em 11,9%  



A diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) solicitou, nesta quarta-feira (26), em audiência com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a revisão das portarias número 424 e 425 de 19 de março de 2013 e que estabelecem as diretrizes do tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o regulamento de normas e critérios para a Assistência de Alta Complexidade ao Indivíduo com Obesidade.

“Desde 2013 o cenário da obesidade no Brasil mudou muito, especialmente depois da pandemia, quando tivemos a paralização dos procedimentos e, em contrapartida, o aumento da obesidade e das doenças associadas a ela no país”, afirmou o presidente da SBCBM, Fábio Viegas.

Segundo ele, por sugestão do próprio Ministro da Saúde, será montado um grupo de trabalho para a revisão de portarias que já estão complementando uma década e, que poderão trazer benefícios aos pacientes, incluindo a viabilização da cirurgia laparoscópica, por meio de programas de qualificação e incentivo para os hospitais.

Em 2021, 52% dos brasileiros entrevistados pelo estudo Diet & Health Under Covid-19, declararam ter engordado. Segundo a pesquisa, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, os brasileiros ganharam, em média, cerca de 6,5 quilos neste período.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a importância da revisão das portarias, uma vez que após nove anos as diretrizes para prevenção e tratamento da doença vêm sendo atualizadas.

“Teremos um grupo de trabalho para formalizar esta revisão, juntamente com representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica”, declarou o Ministro.



Fila de acesso à bariátrica

“Em contrapartida as filas para o acesso a cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram e, em muitos estados do Brasil, o número de pessoas que aguardam pelo procedimento é desconhecido pelo sistema público”, afirmou Fábio Viegas.

A diretoria da SBCBM sugeriu a organização de filas estaduais para que seja possível promover o acesso, priorizando principalmente os pacientes mais graves. “A obesidade e doenças associadas a ela aumentaram e, aliado a isso, houve uma redução no número de cirurgias bariátricas em 2020. Este cenário ocasionou em um tempo de espera ainda maior para os pacientes que buscam o SUS para o tratamento cirúrgico da obesidade”, afirma Viegas.

O Brasil conta atualmente com 7.700 hospitais, em 5.568 municípios brasileiros. Destes, apenas 98 serviços realizam a cirurgia bariátrica e metabólica, sendo que quatro estados brasileiros não oferecem o procedimento. Atualmente Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá não possuem serviços habilitados no SUS para bariátrica.

A Sociedade ofereceu suporte no que se refere a certificação e acreditação de cirurgiões e hospitais no Brasil, para avaliação dos serviços de cirurgia existentes e para ampliar a oferta de atendimento e capacitar serviços que ainda não estão habilitados em cirurgia bariátrica pelo SUS.

“Estamos dispostos a contribuir com este processo, já que existe desinformação quanto a habilitação e credenciamento dos estabelecimentos no SUS. A ideia é desenvolver um plano estratégico para a demanda de procedimentos eletivos postergados durante a pandemia, diminuindo o tempo de espera para realização do procedimento cirúrgico”, destacou Viegas.



Dados de Bariátrica no Brasil


Entre os anos de 2019 e 2021 foram realizadas 19.203 cirurgias bariátricas pelo SUS no país, sendo 12.568 procedimentos em 2019; 3.129 procedimentos em 2020 e 1935 procedimentos em 2021. A queda foi de 77 % se comparado o ano de 2019 com o ano de 2021 e de 23% se comparado o ano de 2020 com o ano de 2021.

Já as cirurgias por planos de saúde, segundo os últimos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saíram de 52.699, em 2019 para 46.419 em 2020. Já em 2021 foram realizados 56.991 procedimentos pela ANS. A queda de 2019 para 2020 foi de 11,9%.





Indicação


Entre os critérios previstos nas portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde para realização da cirurgia bariátrica pelo SUS estão o encaminhamento de pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 50 Kg/m2 e pacientes com IMC ³40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos. Além disso, as portarias também permitem a indicação para cirurgia bariátrica de pacientes com IMC > 35 kg/m2 e comorbidades com alto risco cardiovascular, diabetes e/ou hipertensão arterial de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas ou outras que não tenham tido sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.



Obesidade e Diabetes no Brasil

No Brasil, a obesidade aumentou 72% entre 2006 e 2019, saindo de 11,8% para 20,3%, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O excesso de peso (IMC igual ou maior que 25) está presente em 55,4% dos brasileiros.

Com relação à diabetes, o Brasil é o sexto país em incidência da doença no mundo e o primeiro na América Latina. São 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição, e a estimativa é que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros. Cerca de 90% dos casos de diabetes no mundo são do Tipo 2, que está relacionado com o excesso de peso e resistência à insulina, segundo a Federação Internacional de Diabetes.



Cirurgia metabólica

Como acontece com qualquer tratamento médico, alguns pacientes podem não responder como esperado. Nesses casos, a cirurgia metabólica pode ser necessária para prevenir a progressão da doença e as consequências do diabetes. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou o tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 em 2017, com critérios de indicação para falha de tratamento e obesidade leve com índice de massa corporal (IMC) entre 30 kg/m 2 e 34,9 kg/m².


Audiência Participaram da audiência o vice-presidente da SBCBM, Antônio Carlos Valezi; o vice-presidente-executivo da SBCBM, Luiz Vicente Berti, o diretor médico da SBCBM, Luiz Fernando Córdova; o ex-presidente do Capítulo da Paraíba e conselheiro dos Capítulos da SBCBM, Augusto Almeida Júnior; o cirurgião e ex-presidente do Capítulo de Pernambuco da SBCBM, Flávio Kreimer e a diretora de relações institucionais da SBCBM, Galzuinda Maria Figueiredo Reis.


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