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terça-feira, 19 de julho de 2022

Como escolher o modelo certo da bolsa de ostomia

Cápsula gelatinosa para ser inserida no interior da bolsa e que ao entrar em contato com os líquidos consegue gelificá-los
Vuelo Pharma

São diversos os tipos de bolsa à disposição de quem passou pela intervenção cirúrgica

 

A ostomia é uma intervenção cirúrgica que cerca de 120 mil brasileiros já têm e que consiste em uma abertura na região do abdômen para a saída de fezes ou urina e também auxilia na respiração ou na alimentação. As causas são inúmeras, desde motivadas pelas consequências da Covid-19, como câncer de cólon, acidentes com perfurações abdominais, lesões no reto, doença de Crohn, entre outras. 

O procedimento tem uma adaptação difícil, uma vez que aprender a utilizar a bolsa requer tempo e testes. Existem diferentes tipos de bolsa de colostomia e ileostomia para os perfis mais variados, com opções como drenável ou fechada; opaca ou transparente; uma peça ou duas peças. 

“Muitas vezes esse tipo de  procedimento tem uma adaptação difícil. Aprender a utilizar a bolsa requer tempo, testes e acompanhamento com enfermeiros capacitados. O grande desafio é o encaixe perfeito da bolsa ao estoma, evitando vazamentos, dermatites e feridas na pele peri-estomal”, conta o enfermeiro estomaterapeuta Antônio Rangel, assessor técnico da Vuelo Pharma.

Segundo Rangel, uma das principais complicações relacionadas à ostomia estão as dermatites e descolamento precoce das bolsas. Para minimizar esse problema e ainda diminuir significativamente o mau cheiro nas fezes, a empresa Vuelo Pharma produz e comercializa cápsulas gelilificadoras e odorizantes, que solidificam as fezes mais líquidas e diminuem o mau cheiro. 

A cápsula que gelifica os líquidos das bolsas se chama Gelificador, fácil de encontrar em lojas e marketplaces. Consiste em uma cápsula gelatinosa para ser inserida no interior da bolsa e que ao entrar em contato com os líquidos consegue gelificá-los. “Ao gelificar os líquidos a limpeza fica bem tranquila. Outra vantagem é que as cápsulas exalam uma essência de lavanda, o que elimina os cheiros ruins que por ventura a bolsa tenha”, diz. 

Confira abaixo os modelos e recomendações: 


Drenável ou fechada

A pessoa pode escolher o modelo drenável: com abertura na parte inferior da bolsa para saída das fezes e fechamento manual, ou seja, o usuário faz a limpeza sem retirar a bolsa corpo. O modelo fechado, que não possui abertura na parte inferior para a saída dos líquidos, precisa ser trocada a cada higienização. 


Transparente ou opaca

A bolsa de colostomia e ileostomia transparente permite a visualização mais fácil, o que auxilia no acompanhamento em tempo real do enchimento da bolsa coletora. Para quem prefere que os líquidos não fiquem visíveis, a opção mais recomendada é a bolsa para colostomia e ileostomia opaca.


Uma peça ou duas peças

Para que a bolsa coletora de fezes fique adaptada ao corpo de forma segura, é utilizada uma base adesiva de hidrocolóide. Na bolsa de estomia de uma peça a base adesiva está integrada, ou seja, formam uma única peça. Na hora da troca é preciso mudar todas as peças. Já na bolsa de duas peças as partes são separadas, a bolsa é fixada a placa adesiva e durante a troca somente a bolsa é retirada. 

“A melhor dica é conversar com um profissional de confiança para avaliar qual a melhor bolsa. A escolha vai transformar toda a experiência”, finaliza Rangel.


Testes moleculares asseguram diagnóstico precoce e assertivo da tuberculose

Pixabay
Agilidade do diagnóstico auxilia no controle da doença, prevenindo sequelas e transmissão


A queda das temperaturas durante o inverno e a alta concentração de poluentes na atmosfera reduzem os mecanismos de defesa do organismo, deixando-o mais propício ao surgimento de doenças infecciosas. Uma delas é a tuberculose, uma doença altamente contagiosa e que pode ser confundida com outras enfermidades que afetam o sistema respiratório e possuem sintomas semelhantes, como pneumonia, gripe e bronquite.

Diagnosticar a tuberculose precocemente é fundamental para evitar complicações, sequelas e a continuidade da cadeia de transmissão, pois  estima-se que um indivíduo contaminado infecte, em média, de 10 a 15 pessoas. No entanto, o diagnóstico clínico da patologia é um dos últimos a serem considerados devido à sua complexidade e demora.Em busca de técnicas rápidas e eficientes para combater a tuberculose, por exemplo, a Mobius Life Science oferece testes com diagnóstico completo para detectar a tuberculose, que inclusive já é oferecido na rede privada de saúde, possibilitando ainda mais agilidade no diagnóstico e tratamento.  

Os testes moleculares com sonda em linha são considerados padrão ouro pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pois consistem de uma família de testes baseados em fitas de DNA e, em poucas horas, revelam um resultado assertivo e seguro a partir de amostras clínicas respiratórias e amostras de cultura. “O exame mais barato era a baciloscopia porque é simples, mas tem uma sensibilidade baixa. Tem que ter uma grande quantidade de bacilo na amostra para aparecer no microscópio. A partir de 2008, a OMS passou a recomendar os testes moleculares e, em 2016, a fita Hain, cujas análises cromossômicas apresentam elevada acurácia”, explica Afrânio Kritski, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Problema de saúde pública

A tuberculose é uma das enfermidades mais antigas do mundo e ainda representa um problema de saúde pública, em nível global. De acordo com a OMS, até 2019 (ano anterior à pandemia causada pelo SARS-CoV-2), era a doença infecciosa que mais causava mortes no mundo, atingindo 10 milhões de casos e 1,5 milhão de óbitos por ano. Os países em desenvolvimento são os mais vulneráveis, com mais de 95% dos casos reportados. Considerado prioritário para o controle da doença, o Brasil está entre os 30 países de alta carga para a tuberculose e para coinfecção tuberculose e HIV. Dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que foram notificados 68.271 casos novos de tuberculose no país em 2021, o que equivale a um coeficiente de incidência de 32 casos por 100 mil habitantes.

A doença infecciosa e transmissível é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch, e afeta prioritariamente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e/ou sistemas. Sua forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos além do pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas que estão com o sistema imunológico comprometido.  A transmissão é aérea, feita pelo contato com as partículas respiratórias contaminadas provenientes de indivíduos com a forma pulmonar da tuberculose. As bactérias são expelidas pela tosse, pelo espirro ou pela fala e inaladas por um indivíduo saudável.

O diagnóstico precoce associado à triagem sistemática de pacientes com provável tuberculose ativa, e seus contatos e grupos de risco para adoecimento são os componentes principais da End TB Strategy (Estratégia para o fim da tuberculose, em tradução livre), divulgada pela OMS. Apesar da existência de programas governamentais para o controle da tuberculose no Brasil, nem todos os pacientes com TB ativa têm acesso ao diagnóstico inicial adequado por meio de teste molecular. Os métodos fenotípicos para detecção de TB resistente aos fármacos apresentam uma sensibilidade variável e os resultados podem levar até 12 semanas, acarretando um tratamento longo e ineficaz, aumento de sequelas e a contínua transmissão da doença.


Prevenção pode evitar piora do quadro

Segundo Kritski, os principais sintomas da enfermidade são tosse seca ou produtiva por mais do que duas ou três semanas, associada a febre ao final da tarde, fadiga e perda de peso. Ocasionalmente, ocorre sudorese noturna, tosse com produtiva com sangue, dores no peito e, em casos raros, falta de ar. “O problema é que, em nível global, dos 10 milhões de casos de tuberculose, cerca de 30% não são diagnosticados por falta de acesso ao sistema de saúde ou pela não realização de exames nas Unidades de Saúde. Infelizmente, a tuberculose é muito frequente no Brasil e também pode ser confundida com outras doenças pulmonares crônicas, como a bronquite, por exemplo”, lamenta.

Ele acrescenta que qualquer pessoa que esteja com tosse ou catarro há duas semanas precisa ter o cuidado de usar máscara comum (cirúrgica) e buscar o auxílio de profissionais de saúde para impedir a piora do quadro: “Temos que nos antecipar, como na questão da Covid-19. É obrigação de qualquer profissional da área de saúde investigar, solicitar exames laboratoriais e/ou radiológicos, e quando necessário, internar a pessoa no hospital, na Unidade de Emergência ou de Pronto Atendimento, mas sempre  mantê-la em isolamento respiratório para não contaminar o ambiente.


 Resistência a medicamentos

Diferentemente do que alega o senso comum, a doença não afeta somente populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas pode atingir qualquer pessoa. O tratamento da tuberculose possui duração mínima de seis meses e consiste em duas fases, denominadas fase de ataque e fase de manutenção. Na primeira fase, é utilizada a associação de quatro fármacos de primeira linha (isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol) e, na segunda fase, são ministradas rifampicina e isoniazida.

Apesar de ser uma doença curável, com proporção de sucesso superior a  80% na maioria dos países. Entretanto, no Brasil, o sucesso do tratamento da TB está em torno 70%, pois é elevado abandono do tratamento, resultante das questões sociais relacionadas ao adoecimento (cerca de 60% apresentam custos catastróficos, perda maior de 20% de sua renda familiar anual), é baixa a  adesão pelos pacientes devido ao longo período e aos efeitos colaterais decorrentes da toxicidade dos fármacos usados. Outra questão é o abandono do acompanhamento médico com a melhora dos sintomas, resultando em um tratamento irregular que pode gerar complicações posteriormente. Um dos maiores desafios para o combate da tuberculose são os casos de retratamento, ou seja, aqueles com reincidência da doença e os reingressos após o abandono da orientação médica.

Consequentemente, ocorrem óbitos e há o desenvolvimento da tuberculose resistente aos medicamentos, uma grande ameaça ao controle da doença. Globalmente, em 2018, a OMS estimou que 3,4% dos 7 milhões de casos novos notificados e 18% dos casos previamente tratados de TB apresentaram resistência as drogas mais importantes, denominada MDR (rifampicina e isoniazida), sendo que destes casos, 9,5% apresentavam tuberculose extensivamente resistente (XDR).

O tratamento da TB-MDR é complexo e crítico, pois são administrados fármacos mais tóxicos e menos eficazes por um período mínimo de 12 a 18 meses. Já nos casos de tuberculose extensivamente resistente, este cenário torna-se ainda mais problemático devido à carência de opções terapêuticas.


 Cobertura aprovada pelo SUS

Em julho de 2021, o Ministério da Saúde aprovou a incorporação dos testes moleculares de sonda em linha para a detecção da tuberculose, no rol de exames, salientando a precisão do diagnóstico do bacilo de Koch e das possíveis resistências aos medicamentos de 1ª e 2ª linha usados para o tratamento da doença e a viabilidade financeira decorrente da incorporação da tecnologia. Os resultados destes testes moleculares podem estar disponíveis para a equipe clínica em 1-2 semanas quando realizados nas amostras clínicas ou em 3-4 semanas quando realizados em culturas positivas para micobactéria.

Com a decisão, o diagnóstico molecular disponibilizado pela rede privada é um aliado para o controle da doença. Este passo representa um grande avanço, pois o tempo de espera dos testes convencionais para a detecção da tuberculose podem comprometer o tratamento. 

“Um dos pilares do plano de eliminação da tuberculose como problema de saúde pública no Brasil e em outras regiões endêmicas no mundo é o diagnóstico precoce, incluindo o acesso universal ao teste de resistência às drogas utilizadas no tratamento dessa doença”, declarou a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) em seu relatório, ao comentar a decisão.

 

Mobius Life Science

 www.mobiuslife.com.br


Médico vascular Dr. Gustavo Marcatto explica as causas e tratamentos indicados para as varizes masculinas

            Apesar das mulheres ainda serem mais cuidadosas com as questões da própria saúde, de alguns anos para cá os homens também estão ficando cada vez mais atenciosos e querendo se cuidar mais.

            Um problema muito comum entre as mulheres, mas que também afetam seriamente os homens são as varizes. E disso pouca gente sabe ou se dá conta. E até mesmo eles acabam deixando passar uma coisa que pode se transformar em algo mais sério, muito além da estética.

            As varizes são veias superficiais dilatadas e tortuosas, mais comuns nos membros inferiores, que indicam problemas na circulação de retorno. Como a doença é progressiva e gera sintomas leves, o indivíduo pode demorar anos para descobri-la e tratá-la corretamente. Por isso é muito importante observar sempre.

Essa doença ainda é um tabu, e muitas pessoas não buscam tratamento por medo, vergonha ou falta de informação. “As varizes também podem afetar os homens, sim. E muitos deles têm medo de tratar por achar que só cirurgia resolve o problema. Quanto mais demora o cuidado, mas complicado pode ficar o quadro,” explica Dr. Gustavo Marcatto, médico vascular e referência no tratamento com laser para varizes.

Os homens são menos propensos às varizes pela questão dos hormônios, por não engravidarem e por terem uma musculatura dos membros inferiores, naturalmente mais desenvolvidas do que as mulheres.

“A principal causa das varizes masculinas, então, é a hereditariedade, além de fatores comuns ao problema como sedentarismo, obesidade ou o fato de permanecer muito tempo em pé ou sentados”, explica Dr. Gustavo.

Os principais sintomas são: aparecimento de veias azuladas e muito visíveis, agrupamento de pequenos vasos avermelhados, sensação de peso nas pernas; câimbras, inchaço nas pernas, em especial ao final do dia, sensação de pernas ardendo, “Além de afetar a aparência, a doença causa inchaço, dor, cansaço e pode levar a feridas e até trombose”, detalha o vascular.


Tratamento

O que poucos homens sabem, e muitas mulheres já descobriram há algum tempo, é que é possível tratar varizes sem ter que recorrer à cirurgia, repousos ou pós-operatórios longos. O Dr. Gustavo Marcatto conta que o tratamento de varizes pode ser feito com laser usando técnicas modernas, não invasivas e que necessitam de poucas sessões.

“As técnicas de tratamento para as varizes dos homens e das mulheres são as mesmas. Cada um com sua particularidade, mas, em geral, mantêm os mesmos princípios”, conta Dr. Gustavo.

Ele destaca duas técnicas mais efetivas: a primeira, CLaCS (Cryo Laser & Cryo Sclerotherapy) criada pelo Dr Kasuo Miyake que, guiada pela realidade aumentada, identifica os vasos e utiliza a sinergia entre o laser e a escleroterapia. “É um método seguro que evita em 85% os casos de cirurgia eliminando as varizes e os vasinhos e sem necessidade de internação ou repouso”, pontua Dr. Marcatto.

            A segunda é mais específica para varizes grossas e a veia safena. “Antigamente para tratá-la era preciso fazer cortes na perna e ficar mais de 30 dias de repouso. Hoje, com o Endolaser não há necessidade. O paciente realiza o procedimento na própria clínica e volta para casa andando”, descreve Dr. Gustavo.


Odontofobia: medo de ir ao cirurgião-dentista

Profissionais explicam sintomas e tratamentos para quem tem este tipo de fobia


Imagine sentir medo intenso, ansiedade, sudorese (suor excessivo), desconforto, pânico, taquicardia ou taquiarritmia (alteração com aumento dos batimentos cardíacos) só de pensar em ir a uma consulta com o cirurgião-dentista? E é isso o que sente quem tem a Odontofobia, o medo excessivo de dentista. Para algumas pessoas, a ida a uma consulta odontológica pode se tornar um grande problema.

Nesses casos, os cirurgiões-dentistas têm de usar técnicas especiais como a hipnose e, em caso mais graves, a sedação e analgesia, para realizar o atendimento odontológico aos pacientes.

E qual a diferença entre medo e fobia? O psicólogo Clínico e Educacional, palestrante e escritor, Dr. Damião Silva, esclarece que o medo serve para preservar a vida do ser humano e é uma característica normal que acompanha o indivíduo em seu desenvolvimento evolutivo. Já a fobia é um medo intenso e irracional, em que as pessoas podem ter muito temor de um objeto ou de coisa específica. Na fobia existe um sofrimento excessivo, em que a pessoa faz qualquer coisa para evitar esse sofrimento. “Isso é uma resposta inadequada do cérebro”, explica.

A cirurgiã-dentista Dra. Marly da Silva Rodrigues, habilitada em Hipnose, reforça que o maior desafio do profissional ao atender um paciente odontofóbico é diagnosticar e reconhecer se a ansiedade desse paciente é "ansiedade estado" ou "ansiedade traço". A "ansiedade estado" é transitória e, a partir do momento em que a situação é esclarecida, o medo tende a desaparecer. A "ansiedade traço" é propriamente uma doença e está inserida nos quadros de transtorno de ansiedade estabelecidos pelo Manual Estatístico de Diagnósticos de Transtornos Mentais (DSM-5).


Acolhimento

Para a cirurgiã-dentista Dra. Adriana Zink, professora com MBA em Administração Hospitalar e mestre em Ciências da Saúde, o primeiro passo para o atendimento ao paciente fóbico é identificar e acreditar no medo e na fobia dele, pois quando ele percebe que o profissional não o acolhe ou não acredita no que ele está sentindo, essa barreira diminui a possibilidade do atendimento. “Por isso é importante o acolhimento do profissional no atendimento odontológico”.

Essa fobia impacta a saúde bucal e mental e, na maioria das vezes, está ligada a outras fobias. A odontofobia, por exemplo, comumente está ligada às pessoas que têm medo de agulha, à hemofobia, ou à latrofobia, medo de pessoas de jaleco branco ou médico.

De acordo com Damião Silva, essa condição acomete cerca de 15% da população mundial. Ele observa que, quando o simples pensamento de ir a uma consulta com o dentista se torna aterrorizante, o indivíduo percebe o aumento dos batimentos cardíacos ou procura motivos e formas para desmarca-la: “É hora de buscar ajuda profissional”.

O psicólogo esclarece que, geralmente, as pessoas com odontofobia não ficam somente ansiosas, mas sim apavoradas com todo o contexto que envolve a consulta com o cirurgião-dentista. “E isso, provavelmente, foi causado por uma experiência ruim no passado”, observa Damião. “As pessoas ficam aterrorizadas, com pânico, pois o cérebro fica com a ideia de que sempre vai acontecer aquele comportamento indevido. E aí, a pessoa está num processo de ansiedade que não foi bem cuidado e pode virar fobia. Então, ir ao dentista se torna um custo emocional muito grande para quem tem a odontofobia”.


Atendimentos odontológicos para pacientes fóbicos

Na hipnose, as técnicas usadas começam na conversação com o paciente, antes mesmo dele entrar no consultório odontológico, especifica Dra. Marly. “Este primeiro contato pode ser até mesmo via site deste profissional na internet, no primeiro alô, no primeiro contato telefônico que o paciente realizar. É todo um contexto. Quando o paciente diz que tem medo, eu não utilizo a palavra consulta como o primeiro contato, eu digo que vou fazer uma entrevista. Inicialmente, usamos uma técnica conversacional, o rapport - acolhimento e cumplicidade em nosso atendimento. Nós usamos a hipnose conversacional e a clássica, nas quais entrariam o transe e o relaxamento. A hipnose é consensual e o paciente tem de permitir que alguém o hipnotize. Se não, isso não é possível.”

Por ser especialista em Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais, Dra. Adriana Zink também faz esse questionamento antes de atender os pacientes. Muitas vezes, ela tem de ter cuidado redobrado em suas consultas como, por exemplo, em pacientes com deficiência visual, que podem desenvolver com mais facilidade o medo excessivo ou fobia do dentista.

“São vários pontos que têm de ser identificados o quanto antes para que o profissional possa fazer as adequações ao acolhimento ideal, pois o consultório é um ambiente extremamente sensorial, tem cheiro, tem toque. Há pacientes que têm sensibilidade à luz. Uma das coisas que temos mudado bastante em relação à classe, no geral, é a mudança da cor do jaleco em função da fobia ou medo do branco. A gente já tem usado mais o colorido”, completa a cirurgiã-dentista.

Adriana explica, ainda, que, em outros casos, o questionário inicial é feito pelo cuidador ou familiar desse paciente, que já pede para que seja feita uma sedação na hora do atendimento odontológico. “A gente tem que observar se é medo ou fobia dos pais, caso a criança nunca tenha passado por aquela sessão. Independentemente do contexto, a sedação é indicada para casos mais complexos, em que todo o condicionamento e toda a parte lúdica não tiveram o efeito que o profissional gostaria. Em alguns contextos, a sedação já é uma indicação inicial do acolhimento”.

Porém, ela reforça que é importante identificar de quem é o medo ou fobia, mas a escolha sempre é do paciente ou da família que responde por ele. E, se a sedação for a opção do atendimento odontológico, a cirurgiã-dentista diz que é aconselhável fazê-la em um ambiente hospitalar.

Já na hipnose, os cirurgiões-dentistas não usam a sedação e nem a medicação. Dra. Marly relata que a hipnose trabalha com a ressignificação daquela situação. “Seria como uma reprogramação do cérebro, como um computador. Temos a prerrogativa de mudar nossos pensamentos diariamente. Então, a gente pode comparar isso a um computador que podemos reprogramar. Através dessas mudanças, dos pensamentos e dos comportamentos, podemos observar mudanças psicológicas, neurológicas, imunológicas e endócrinas no nosso organismo”.

A odontofobia é uma condição séria, que precisa ser tratada. Se a pessoa identificou que tem os sintomas, ela precisa buscar ajuda e tratamento o mais breve possível, para voltar a realizar as consultas odontológicas e, assim, manter a saúde da boca, que impacta em todo o corpo, reforçam os especialistas.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Som alto nas academias: corpo em forma, audição em risco

Quanto mais uma pessoa frequenta locais barulhentos, maior é o risco à sua audição 


Pessoas que frequentam academias em busca de saúde e beleza não se dão conta mas, na busca por um corpo perfeito, correm o risco de ter a audição comprometida. O costume de muitas academias de colocar música alta como estímulo para a malhação é aceito pela maioria dos frequentadores. A prática é comum nas aulas de spinning, zumba, localizada e jump porque, segundo os instrutores, assim as atividades ficam mais animadas e excitantes. Mas é preciso cuidado com o volume do som.

De acordo com um estudo realizado na George Mason University (EUA), a intensidade sonora durante essas aulas na academia pode atingir 110 decibéis, nível extremamente perigoso para a saúde auditiva de alunos e professores, que podem, já no curto prazo, sentir zumbido nos ouvidos e, ao longo dos anos, ter perda auditiva cada vez maior, se continuarem a frequentar ambientes ruidosos.

“Quanto mais uma pessoa frequentar locais barulhentos, maiores são os riscos à sua audição. Além disso, na medida em que o volume passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea (órgão dentro da orelha responsável pela audição). Dependendo da frequência e do tempo de exposição ao som elevado, o aluno e o professor podem sofrer danos auditivos de forma contínua e elevada ao longo da vida”, explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, da Telex Soluções Auditivas, que é especialista em Audiologia. 

A academia de ginástica, um local destinado ao lazer e à saúde gera, paradoxalmente, ruídos sonoros próprios de ambientes industriais, danosos à audição. Na indústria, o uso de protetores de ouvido é obrigatório entre os trabalhadores. No entanto, nas academias, muito frequentadas por jovens, em geral não há essa consciência. O barulho em excesso é não apenas tolerável, mas também bem aceito. 

Especialistas afirmam que o nosso ouvido tolera sons de até 85 decibéis. No caso das aulas barulhentas, o mais seguro é permanecer no ambiente por apenas 30 minutos, no máximo. Além da música altíssima para que os alunos entrem no ritmo da malhação, os professores ainda têm que gritar a cada mudança de exercício, o que torna o barulho ainda maior. 

Estudo realizado em Curitiba (PR) investigou o perfil audiológico de 32 professores de academias de ginástica. Os resultados mostraram que 15% deles apresentavam perda auditiva neurossensorial para frequências agudas. Zumbido (24%), sensação de ouvido tampado (15%) e baixa concentração (15%) foram as queixas mais relatadas. 

Para evitar ou pelo menos atenuar os riscos de danos à audição, o melhor é usar protetores auriculares na academia, assim como fazem os trabalhadores de indústrias. Os protetores da Telex, por exemplo, são moldados de acordo com a anatomia do orelha de cada pessoa. “Os protetores reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir as conversas e a música”, explica Rafaella Cardoso.
 

Fones de ouvido nas academias também podem ser vilões 

Quando não estão em aulas específicas, é muito comum que os atletas de academia estejam caminhando ou correndo na esteira, pedalando na bicicleta ergométrica ou usando outros equipamentos. Nesses momentos, um companheiro inseparável é o fone de ouvido. Ouvir música é bom, mas ele passa a ser um vilão para a saúde auditiva quando é usado em volume alto. O problema está ligado não ao uso do fone simplesmente, mas sim ao volume e ao tempo diário em contato com a música alta diretamente no canal auditivo. Alguns modelos, com tecnologia mais avançada, permitem maior clareza da música sem que necessariamente o indivíduo tenha que aumentar demais o volume. 

“Recomendo às pessoas que frequentam aulas com música alta na academia ou usam fones de ouvido regularmente que procurem um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo para checar a audição, por meio de um exame chamado audiometria. É ele que revela se o paciente já tem perda auditiva e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema. Em muitos casos, quando já existe perda de audição, a indicação é de uso de aparelho auditivo”, esclarece a fonoaudióloga da Telex. 

Outra dica é usar fones mais confortáveis, que se ajustam melhor ao ouvido, permitindo assim um máximo isolamento do barulho ambiente. Deste modo, o usuário pode manter o volume em um nível confortável, já que naturalmente vai ouvir melhor o som das músicas.

 

Entenda por que o Parkinson pode afetar os mais jovens

Conhecida por se manifestar na terceira idade, especialistas explicam que a doença também atinge mais de 10% da população com menos de 50 anos

 

Recentemente, a jornalista e apresentadora Renata Capucci, anunciou que foi diagnosticada com a Doença de Parkinson. Atualmente com 49 anos, ela contou que recebeu o diagnóstico há quatro anos, quando tinha 45. A doença, que na maioria dos casos surge após os 60 anos, surpreendeu os telespectadores e internautas.

Mas você sabia que casos precoces da doença não são tão incomuns? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 15% dos pacientes com Parkinson têm menos de 50 anos. Entre todos os pacientes, estima-se que 2% tenham menos de 40 anos de idade.

O neurologista e coordenador do Núcleo da Memória no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Diogo Haddad, explica que, independentemente da idade do paciente quando é diagnosticado, os sintomas podem ser bem semelhantes. “Diferente do que costumamos pensar, o tremor não é o principal sintoma de Parkinson de Início Precoce, por isso é preciso estar atento a outros sinais ainda mais importantes”, explica o especialista.

Dentre os sintomas mais comuns estão movimentos involuntários de mãos, braços e pernas; contrações involuntárias de qualquer parte do corpo; lentidão para fazer movimentos simples e rotineiros como andar, pegar objetos, sentar ou se levantar; e alterações de humor, além de ansiedade e depressão.

De causa neurológica, a Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração das células que produzem a dopamina neurotransmissor cerebral, que conduz as correntes nervosas para todo o organismo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando sintomas como rigidez muscular, desequilíbrio motores e tremores.

A recomendação do neurologista é que independentemente da idade, deve-se procurar por uma avaliação médica o quanto antes, caso apresente algum desses sintomas. A forma precoce da Doença de Parkinson pode ter uma origem genética e isso também precisa ser investigado. “Sua progressão é mais lenta e é possível ter qualidade de vida com o tratamento individualizado e medicação adequada”, finaliza o médico.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

 

Trombose do viajante


As longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha. As meias elásticas podem ser a solução para evitar as varizes e melhorar a circulação no período. 

Durante o período de férias a circulação pode ficar comprometida por conta do tempo em que os viajantes passam na mesma posição. Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, explica que passar longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha.

“Quando estamos nessa posição, as pernas ficam paradas para baixo, favorecendo o edema por redução do fluxo venoso, podendo levar a um quadro de oclusão venosa (trombose venosa) que levará a insuficiência venosa crônica e surgimento de varizes a médio prazo”, diz o médico. 

Mais comum em mulheres (acometem elas na proporção de 4 para cada homem), os problemas vasculares costumam ser predispostos pela hereditariedade, idade, raça, obesidade, gestação, uso de anticoncepcionais e, claro, pela postura. A doença, todavia tem tratamento e pode ser prevenido. No caso das viagens, além de fazer uso de medicamentos -- se necessário - também é possível usar meias elásticas para ajudar no retorno venoso dos membros inferiores e, preferencialmente, fazer algumas pausas durante o percurso para se movimentar (no caso do transporte aéreo, vale dar uma voltinha pela aeronave) e, assim, ajudar a manter a saúde e a beleza das pernas.
 

FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten -- Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

drcaiofocassiovascular

TPO é essencial para o diagnóstico correto da alergia alimentar

A prevalência da alergia alimentar vem aumentando ao longo dos anos e, a despeito de todo o avanço científico, a principal medida terapêutica ainda é a exclusão dietética do agente causal, o que gera importantes impactos nutricionais, psicológicos e financeiros, não só para as famílias, como para a rede pública de saúde. Diagnosticar corretamente a alergia alimentar é um desafio, que nos impomos diariamente, na nossa prática clínica.


O Teste de provocação oral é considerado o exame “padrão ouro” para diagnosticar da alergia alimentar. Consiste na oferta do alimento suspeito de estar causando a alergia, em intervalos regulares, sob supervisão médica, para monitoramento de possíveis reações. Dra. Jackeline Motta Franco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica quais são as principais indicações do TPO:


Confirmar ou excluir uma alergia alimentar;

Avaliar aquisição de tolerância em alergias alimentares potencialmente transitórias como a do leite, do ovo, do trigo ou da soja;

Avaliar reatividade clínica em pacientes sensibilizados e nos com dieta restritiva a múltiplos alimentos;

Determinar se alérgenos alimentares associados com doenças crônicas podem causar reações imediatas;

Avaliar tolerância a alimentos envolvidos em possíveis reações cruzadas, e
Avaliar o efeito do processamento do alimento em sua tolerabilidade.

“Quando positivo, o teste traz benefícios relacionados à confirmação do diagnóstico de alergia alimentar, à redução do risco de exposição acidental e da ansiedade sobre o desconhecido, além de validar o esforço do paciente e de seus familiares em evitar o alimento. Se negativo, permite a ingesta do alimento suspeito, reduzindo o risco nutricional e melhorando a qualidade de vida do paciente”, explica Dra. Jackeline.


Como é feito o TPO – Pode ser realizado em pacientes de qualquer idade e com alergia de diferentes mecanismos imunológicos.

O TPO em pacientes com alergia alimentar mediada por IgE, que surge quando os sintomas ocorrem dentro de duas horas, deve ser realizado com doses tituladas, para evitar reações graves, e sempre em ambiente controlado e com equipe capacitada para prestar assistência a um paciente com possibilidade de desenvolver anafilaxia.

Nas alergias não mediadas por IgE, os sintomas, em sua maioria, são predominantemente gastrointestinais, com sintomas tardios, entretanto, um quadro de enterocolite aguda grave pode ocorrer, sendo necessário acesso venoso para hidratação e observação por um período mais prolongado.

A Coordenadora de Alergia Alimentar da ASBAI ressalta que o médico deve permanecer ao lado do paciente durante a realização dos testes de provocação oral. “Na presença de reações clínicas, com o auxílio da equipe de enfermagem, medicações deverão ser administradas e a monitorização periódica dos sinais vitais deverá ser realizada até controle das manifestações clínicas”, explica Dra. Jackeline.

Os sintomas da alergia alimentar são bastante variados e podem se manifestar desde vermelhidão em regiões isoladas do corpo a um colapso cardiovascular. Entre as manifestações possíveis, destacam-se:


- Cutâneas: placas vermelhas localizadas ou difusas por todo corpo (urticária), inchaço de olhos, bocas e orelhas (angioedema), coceira. A dermatite atópica, lesão de pele extremamente pruriginosa (muita coceira), está associada a alimentos apenas nas formas mais graves (dermatite ou eczema disseminados pelo corpo e não apenas em dobras de cotovelos e joelhos).


- Gastrointestinais: diarreia e vômitos imediatos; diarreia com ou sem sangue, refluxo, vômitos persistentes e perda de peso.


- Respiratório: coriza, espirros e chiado no peito (broncoespasmo) podem ocorrer de forma imediata após a ingestão do alimento. Pacientes com asma não controlada são mais predispostos a este sintoma. Mas, é importante ressaltar que sintomas crônicos do sistema respiratório, como rinite e asma, dificilmente são manifestações de alergia alimentar quando não houver alterações cutâneas e/ou gastrintestinais.


- Cardiovasculares: a queda da pressão arterial, levando ao desmaio, à tontura, arroxeamento dos lábios (hipóxia) caracterizando o choque anafilático, podem representar a forma mais grave da doença, com evolução muitas vezes imprevisível.

 

ASBAI -  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Depressão e Saúde Bucal: Você Sabe a Relação?

Depressão e ansiedade são os principais casos desenvolvedores de bruxismo.


A saúde mental faz parte da saúde do ser humano como um todo, não tem como separar. E sorrir pode ser um verdadeiro desafio quando se está enfrentando uma depressão. 

A depressão é uma doença psiquiátrica, em que os distúrbios frequentes de humor e a falta de ânimo podem acabar afetando fisicamente e inclusive a saúde bucal. 

A última pesquisa mais abrangente, da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas, mostrou que diagnósticos de depressão subiram de 9,6% antes da pandemia para 13,5% em 2022. A Associação Brasileira de Psiquiatria cita que um quarto da população tem, teve ou terá depressão ao longo da vida. 

O estudo “The association between poor dental health and depression: findings from a large-scale, population-based study”, realizado por Adrienne O’Neil e Michael Berk, respetivamente das universidades de Deakin e Monash, na Austrália. De acordo com os pesquisadores, que analisaram os dados de mais de 10 mil doentes, a depressão está relacionada com fatores objetivos e subjetivos de uma má saúde bucal. 

Segundo a cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde diante de picos de estresse e ansiedade, o corpo de muitas pessoas pode responder com o aparecimento de aftas e o hábito de apertar ou ranger os dentes durante o dia e/ou noite (bruxismo). Como há uma alta no cortisol, conhecido como "hormônio do estresse", há consequentemente um enfraquecimento do sistema imunológico, que facilita o acesso de bactérias, surgimento de problemas gengivais e hálito. 

De acordo com a Dra. Bruna, uma das principais causas do bruxismo vem de problemas psicológicos, especialmente ansiedade e depressão. O apertamento e ranger dos dentes podem ocasionar diversas consequências ao paciente, como lesões orofaciais, desgaste excessivo dos dentes, distúrbios das articulações da mandíbula, sensibilidade e dor muscular. 

“Pacientes com quadro de ansiedade e depressão são os que mais sofrem com a disfunção da articulação temporomandibular (DTM), que causa dores frequentes de cabeça, estalos na mandíbula e até mesmo dificuldade para abrir e fechar a boca.” salienta a especialista Bruna Conde.

Outro fator se dá ao tratamento com antidepressivos, que podem gerar efeitos colaterais como a diminuição da saliva, podendo ocasionar infecções, cáries, fissuras, doença periodontal, alteração do hálito, entre outros danos. 

Muitos buscam compensações ou desenvolvem compulsão por alimentos ricos em açúcares e carboidratos, que geram uma sensação de satisfação temporária. “Mas, quando consumido em excesso, e com a higienização negligenciada após o consumo, o comportamento aumenta os riscos de cáries, ou seja, uma deterioração da estrutura dentária por causa da presença de bactérias na boca. Esse descuido se explica na grande maioria das vezes, o fato do paciente estar deprimido e com sentimento de incapacidade, insuficiência, tristeza profunda e grande perda de energia que influencia diretamente na ida ao dentista e nos cuidados diários.” destaca a especialista. 

“Caberá a um profissional especializado avaliar cada caso com cautela, oferecendo um atendimento bastante humanizado e individual, de acordo com a condição psicológica de cada paciente.” fala a Dra. Bruna. 

Cuidar da sua saúde mental e da bucal pode ajudar a restaurar o equilíbrio e o bem-estar, por isso, é importante buscar manter corpo e mente sãos.

  

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038

Balão intragástrico é alternativa saudável para inibir consumo excessivo de alimentos

O sobrepeso é um mal que afeta mais de 57% da população brasileira, conforme aponta a pesquisa Vigitel 2021, elaborada pelo Ministério da Saúde. Uma parcela desse número é composta por pessoas que estão dispostas a entrar no próximo verão com corpo em forma. Mas a matrícula na academia e as mudanças de hábitos alimentares ocorrem quase que às vésperas da chegada mais quente do ano.

Além disso, esse comportamento muitas vezes é sazonal: o indivíduo consegue praticar atividades físicas e se alimentar com qualidade durante a semana, mas não resiste ao churrasco e à cerveja do sábado e do domingo. Para esses, o melhor é pensar em alcançar o corpo ideal no verão de 2024 ou 2025.

Mas a ciência avançou, e hoje há métodos inovadores que contribuem para a melhora da alimentação. O balão intragástrico é uma ferramenta poderosa para ajudar nessa mudança de hábitos. “O balão intragástrico é, literalmente, uma bola de silicone, e no seu interior contém 400 a 700 ml de uma solução salina e azul de metileno”, explica o Dr. Leonardo Salles de Almeida, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).

“O benefício que o balão oferece ocorre porque ele ocupa uma boa parte do volume do estômago, diminuindo a quantidade necessária de comida para preencher a região e gerar a sensação de saciedade no paciente. Por isso, o balão inibe o consumo excessivo de comida, levando a uma perda significativa de peso em pouco tempo”, explica o médico.

Segundo o especialista, a perda média do peso corporal chega a 20% em 6 meses, e no período de um ano alcança os 30%. “Esse desempenho é que garante a eficácia do balão nos pacientes. E com a vantagem de não precisar de cirurgia ou corte na introdução ou retirada, nem de internação hospitalar”, explica Leonardo Salles. O balão é instalado ainda vazio dentro do estômago, por meio de endoscopia, e a retirada ocorre pelo esvaziamento e retirada também através do procedimento.


Contraindicações

O uso do balão intragástrico é indicado em diversos casos: para quem sofre com sobrepeso e que esteja com índice de massa corporal (IMC) acima de 27, e também para pacientes que tiveram ganho de peso acima de 10% do peso normal ou que tenham dificuldades de emagrecer pelos métodos convencionais.

“Nós também recomendamos para mães em período pós-gestacional com dificuldade de perda de peso, pois é o momento mais frequente de início do descontrole do peso em mulheres, e para o controle da hipertensão arterial e de diabetes tipo II em pacientes obesos. Há ainda benefícios para pessoas que sofrem de apneia do sono e que têm sobrepeso na adolescência. O balão intragástrico também auxilia no pré-operatório de pacientes obesos em cirurgias, incluindo a bariátrica, Reduzindo os riscos da cirúrgia”, orienta o médico Leonardo Salles.

Por outro lado, ela não é recomendada para quem já passou por uma cirurgia gástrica ou esofágica. O balão também é contra-indicado aos pacientes que sofrem de hérnia de hiato grandes e para dependentes químicos que não estão em controle. Para estes casos, temos outros procedimentos, mas que tem sua indicação analisada caso a caso.


Rotina de consultas com o pediatra é determinante para o diagnóstico precoce, reforça sociedade oncológica

Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica destaca o trabalho dos pediatras em conjunto com oncologistas na luta contra o câncer


Apesar do câncer ser uma doença que exige um alto grau de suspeição, o acompanhamento com o pediatra é fator essencial para o diagnóstico precoce de crianças e adolescentes. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância da rotina de consultas e do olhar atento do especialista aos sintomas para a saúde e bem-estar do público infantojuvenil. 

“O pediatra que já conhece o histórico de desenvolvimento da criança consegue distinguir sintomas que às vezes são muito sutis e tende a efetuar uma suspeita diagnóstica o mais precocemente possível, permitindo que ela chegue ao centro de tratamento com a doença menos avançada. Nessa situação, a chance de cura é muito maior", afirma Dr. Gustavo Ribeiro Neves, médico Oncologista e Hematologista, membro da SOBOPE.  

Para Neves, o acompanhamento regular permite que a criança tenha um apoio, que haja uma orientação aos pais para crescimento, atenção em relação às vacinas e tudo aquilo que envolve os cuidados com a criança, além de possibilitar que sintomas discretos sejam notados mais rapidamente: “Assim, o médico conseguirá realizar um diagnóstico melhor e com mais assertividade”.  

De acordo com o especialista, as visitas de rotina ao pediatra continuam sendo necessárias após o diagnóstico de câncer. Em conjunto com o oncologista, o médico irá observar o desenvolvimento da criança durante e após o tratamento oncológico, que pode vir a deixar sequelas.  

"O pediatra precisa ser, ao menos, orientado pelo oncologista sobre quais são as sequelas esperadas após aquele tratamento. Os oncologistas conseguem ter uma expectativa de complicações baseada no tipo e intensidade do tratamento feito pela criança. O profissional deve estar atento a essas complicações, pois podem acontecer apenas no futuro, quando o oncologista não estará mais tão presente no acompanhamento", conclui Dr. Gustavo Ribeiro Neves.


Mulheres no mercado de TI: a passos lentos, elas ganham cada vez mais espaço

Empresas vêm demandando cada vez mais a presença feminina nos processos seletivos de cargos de liderança e abrem espaço para uma nova realidade

 

O estigma de que o mercado de TI foi feito somente para homens vem caindo ladeira abaixo nos últimos anos. Em diferentes níveis hierárquicos – principalmente cargos C-Level e posições em conselhos – a presença feminina nesse universo vem ganhando cada vez mais relevância. Segundo o estudo Women in the boardroom - realizado pela Deloitte e divulgado em 2022 - até o ano passado, 19,7% dos cargos em conselhos de administração globalmente falando eram ocupados por mulheres. 

No Brasil, essa realidade ainda caminha a passos menos acelerados. No país, esse índice é de 10,4%, mas vem apresentando alta a cada ano. Segundo especialistas, a conscientização sobre a equidade de gênero levou a iniciativa privada a adotar ações mais concretas para promover um aumento da participação feminina nos cargos de liderança. 

Ainda de acordo com o levantamento, do total de 165 empresas pesquisadas no Brasil, há 115 mulheres ocupando cadeira nos conselhos das empresas, mas apenas 4,4% delas são presidentes desses colegiados. Em 2016, esse número era bem menor, apenas 1,6%. 

Na radiografia do estudo da Deloitte, entre os cinco setores econômicos que mais têm mulheres nos conselhos, o mercado de tecnologia, mídia e telecomunicações se destaca com 14,7%.


 

Mulheres CEOs

Ainda olhando o cenário brasileiro, a Grant Thornton fez uma pesquisa com cerca de 250 empresas e constatou que 35% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres, contra uma média global de 24%. 

De acordo com Marcus Giorgi, sócio da EXEC - empresa especializada em Executive Search - e responsável pelos segmentos de TMT (Tecnologia, Mídia e Telecom) e Consultorias, esse movimento vem sendo verificado na prática, a começar pelos processos seletivos. “Quase a totalidade das empresas que atendemos já estão pedindo que pelo menos uma mulher esteja na lista de finalistas para concorrer a uma vaga executiva”, conta.

Outra constatação feita por Giorgi é que uma em cada três vagas estão sendo preenchidas por mulheres. “O número de mulheres nas disputas pelas vagas e nas aprovações segue subindo e a tendência é que essa participação fique cada vez maior perante o público masculino”, enfatiza.


Desafios 

Considerados anteriormente ambientes inóspitos para mulheres, as áreas de TI das empresas hoje oferecem menos obstáculos para as profissionais de liderança, segundo Giorgi. Todavia, o esforço de provar sua competência ainda se faz necessário. “As mulheresenfrentaram situações bem mais complicadas para liderar essas áreas. De toda forma, ainda precisam fazer um esforço extra para provar sua competência e brigar por seu espaço”, explica.
  
O especialista da EXEC destaca que nesse sentido o esforço é dobrado para desmistificar qualquer tipo de preconceito que possa existir nesses segmentos. “Nas fintechs, operadoras de telecomunicações e empresas de software já é possível notar uma bloqueio bem menor em relação à presença das mulheres em cargos como CIOs, por exemplo”. 

Segundo Giorgi, a disputa entre os profissionais hoje ocorre de forma bem mais igualitária, inclusive sob o ponto de vista salarial. Cada vez mais é possível ver mulheres gerindo áreas como vendas, marketing, financeira e TI.


 

Mais do que conhecimento técnico 

Além de serem cobradas para terem um conhecimento técnico acima da média, as mulheres que lideram áreas ligadas à tecnologia precisam reforçar o que se chama de soft skills, habilidades que estão ligadas ao lado comportamental. “As pessoas tendem a julgar as mulheres como mais emocionais do que racionais, o que nem sempre é verdade”, enfatiza Giorgi.

Uma das características fundamentais que uma líder deve ter é a resiliência, aponta o especialista da EXEC. “A mulher vai ser colocada à prova o tempo todo e precisa mostrar que também consegue entregar resultados além de ser cobrada por líderes homens que muitas vezes ainda as julgam como frágeis”. 

Ligada diretamente à resiliência, Giorgi destaca a inteligência emocional como um diferencial na ascensão da liderança, quer seja ela feminina ou masculina. “Dentro dos escritórios hoje já vemos um número cada vez maior de mulheres  e a inteligência emocional está seguramente ligada a este fato. Mulheres geralmente possuem maior capacidade de avaliar, compreender e expressar emoções e sentimentos que facilitem seu trabalho e o da equipe e, além disso, sabem motivar e gerar empatia”, afirma. 

Para o especialista, a presença cada vez maior de mulheres em cargos de liderança em empresas de tecnologia é um caminho sem volta. “Hoje temos empresas que buscam mais colaboração e menos hierarquia, e as mulheres vão continuar a ganhar espaço nessa movimentação”, conclui.


ENEL BRASIL LEVA CAMPANHA DE SEGURANÇA COM A REDE ELÉTRICA PARA O UNIVERSO DOS GAMES


     Jogo tem como objetivo educar e mostrar como evitar situações de riscos com a rede de energia elétrica

 

A Enel Brasil, um dos maiores grupos privados do setor de energia do País, acaba de lançar um game com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos e cuidados com a rede de energia elétrica. O lançamento complementa a campanha "Movimento Pela Vida", que está no ar desde maio, com ações em redes sociais e outras estratégias de comunicação. 

O jogo foi implementado e desenvolvido por meio de uma parceria entre Enel e Gameloft For Brands, com a assinatura da agência Ogilvy Brasil. É um branded game, nas categorias de aventura, educação e entretenimento, com classificação etária livre e está disponível aos clientes das distribuidoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. 

O game funciona da seguinte forma: ao iniciar a partida, o jogador encontra um rol de opções, com três fases de 10", onde o personagem Juca deve agir com segurança para ganhar pontos. A cada etapa, há uma explicação com dicas para evitar os perigos da rede elétrica. A primeira fase é relacionada ao tema de pipas e o jogador precisa desviar da rede elétrica para evitar o risco de choque. O segundo desafio aborda o tema da construção civil, e é preciso executar a tarefa sem encostar na fiação elétrica. Na terceira e última etapa, voltada ao tema do agronegócio, o jogador precisa desviar dos obstáculos que aparecem usando um trator.  Ao final do jogo, o usuário é direcionado ao site da companhia, para conhecer todas as dicas de segurança e prevenção da Enel, buscando reforçar cada vez mais a importância deste tema para a população. 

"Como parte da campanha de segurança, o lançamento do game alia diversão e educação para promover a conscientização sobre os perigos da rede elétrica. A iniciativa integra a campanha Movimento pela Vida, onde abordamos os riscos associados às atividades como construção civil, poda de árvores, pipas, fios partidos, entre outros", explica Fernando Sousa Rodrigues, responsável pela área de Marca da Enel Brasil. “Nosso principal objetivo é educar o público e mostrar que pequenos cuidados e hábitos no dia a dia podem evitar incidentes e salvar vidas, diminuindo assim, o número de acidentes com a rede elétrica”, conclui. 

O game está disponível até janeiro de 2023, e pode ser baixado, gratuitamente, nos dispositivos IOS e no Android. Todo o projeto foi desenvolvido por Vinicius Souza, project Lead da Gameloft for Brands, e o game developer foi Satrio Budi Dharmawan, produtor da Gameloft.

“Os riscos e perigos envolvendo a rede elétrica estão por todos os lados, assim como a quantidade de mensagens que recebemos. É um grande desafio abrir novos caminhos para transmitir uma mensagem tão importante de educação e segurança, e acredito que a gente encontrou um jeito bem divertido com essa iniciativa do anúncio interativo" destaca o Diretor de Criação da Ogilvy Brasil, Paulo Salles.

 

Ficha técnica:

AGÊNCIA: Ogilvy Brasil

CLIENTE: Enel

TÍTULO: “Movimento pela vida - Enel”

PRODUTO/ÁREA:  Institucional

CCO: Sergio Mugnaini

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Ricardo Sciammarella/ Paulo Salles

CRIAÇÃO: Tiago Volpe, Letícia Rossi e Vitor Sayão

ATENDIMENTO: Luis Carlos Franco, Fernanda Gorgatti, Fernanda Monteiro, Rayssa Pizzato

PR: Raphaela Brito

MÍDIA: Pamela Araújo, Debora Barbosa, Veronica Ramos, Crys Oliveira

 

PRODUÇÃO: Gameloft For Brands

PROJECT LEAD: Vinicius Souza

GAME DEVELOPER: Satrio Budi Dharmawan

 

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