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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Alergia ocular pode afetar saúde mental e social do paciente

 10/07 - Dia Mundial da Saúde Ocular

 

A alergia ocular afeta 20% da população e, frequentemente, está associada à rinite. A coceira nos olhos é o sintoma mais característico de alergia ocular, acompanhada de lacrimejamento e que afeta, consideravelmente, a rotina do paciente.

Na maioria dos casos, os sintomas são leves. Porém, a alergia ocular pode ser subdiagnosticada e confundida com outras doenças como a asma e a dermatite atópica. Quando persistente, pode levar a complicações mais graves como úlceras oculares, ceratites da córnea, ceratocone e até mesmo distúrbios visuais permanentes.

A Dra. Elizabeth Mercer Mourão, Coordenadora do Departamento de Alergia Ocular da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), conta que os sintomas oculares podem afetar o estado mental, funcional, físico e social dos pacientes. “Crianças e adolescentes apresentam queda no rendimento escolar, restrição de atividades esportivas, de lazer e sociais. Adolescentes ainda podem sofrer com baixa autoestima e apresentar distúrbios emocionais como depressão e ansiedade”, comenta a especialista.

Disfunção do filme lacrimal ou olho seco está constantemente associado à alergia ocular, principalmente em adultos, que podem se queixar de prejuízos no sono e nas atividades de trabalho, com queda na produtividade.

O diagnóstico da alergia ocular é clínico, baseado no aparecimento dos sintomas, com a exposição de alérgenos de ácaros, pólens e epitélio (pelos de animais domésticos). “Para diferenciar as formas crônicas, é essencial examinar a conjuntiva tarsal superior, os papilos gigantes, a região do limbo para visualizar os nódulos de Horner-Trantas e a presença de muco gelatinoso, que são as características de alergia ocular”, especifica Dra. Elizabeth.

Fotofobia intensa e dor ocular são sinais de alerta e representam emergência médica, segundo a médica. “Esses pacientes precisam ser encaminhados imediatamente para o serviço de emergência para serem examinados por um oftalmologista”, orienta a Coordenadora do Departamento Científico da ASBAI.

Tratamento - O controle ambiental, como não acumular pó e trocar as roupas de cama periodicamente, faz parte do tratamento da alergia ocular. Quando os sintomas não desaparecem, Dra. Elizabeth explica que é indicado o uso de colírios anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos. Em casos persistentes ou graves, corticoides e imunossupressores tópicos podem ser necessários.

“Muito importante lembrar da hipertensão intraocular e o aparecimento de glaucoma com o uso frequente e exagerado de corticoides tópicos, alerta a especialista da ASBAI.

Dra. Elizabeth explica ainda que a imunoterapia está indicada para o tratamento da alergia ocular após ser realizado um teste de provocação conjuntival positivo, mesmo que os testes alérgicos na pele e no sangue sejam negativos e exista história clínica e familiar de alergia. 

 



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Comorbidades exigem atenção especial dos médicos nos casos de cirurgia de coluna

Procedimentos minimamente invasivos oferecem menos riscos à pacientes

 

Apesar dos avanços da medicina e dos recursos tecnológicos disponibilizados em cirurgias da coluna, a avaliação prévia do quadro de saúde do paciente deve ser considerada diante da decisão de uma intervenção cirúrgica. 

Nesta circunstância, diversas doenças podem exigir análise mais detalhada do neurocirurgião, tais como as cardiopatias, as pneumopatias, alergias graves e doenças hematológicas, entre outras, que devem ser avaliadas para que não haja risco para o paciente. 

Normalmente, cirurgias maiores, exigem atenção especial para as doenças do coração devido a perda considerável de sangue. Nestes casos, o cardiologista responde uma avaliação de risco cirúrgico e indica o preparo adequado para cada paciente. No entanto, situações adversas também podem ocorrer e o especialista pode não recomendar a realização da cirurgia, dependendo da gravidade da cardiopatia. 

“Nesses casos, precisamos pensar em alternativas para aliviar o sofrimento do paciente de forma minimamente invasiva, oferecendo um procedimento que possa ser realizado com segurança”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva. 

A endoscopia de coluna é um tratamento cirúrgico indicado para pacientes com comorbidades, incluindo as cardiopatias, isso porque o procedimento é rápido, a perda sanguínea é irrisória, e rapidamente o paciente retoma suas atividades e o uso de medicamentos habituais.  

Antes da cirurgia, o paciente deve ter acompanhamento médico e, muitas vezes, isso inclui interromper alguns medicamentos de uso diário. “Uma situação usual em pacientes cardiopatas é o uso de medicamentos que "afinam o sangue". Os antiagregantes plaquetários como AAS e clopidogrel, geralmente, podem ser suspensos alguns dias antes do procedimento sem risco elevado, no entanto, os pacientes que necessitam de anticoagulantes como o Marevam, Xarelto e outros, precisam de um preparo mais cauteloso antes da cirurgia”, explica o Dr. Amato. 

No pós-cirúrgico, a reintrodução dos medicamentos também deve ser feita com cuidado para que o paciente fique novamente protegido pela anticoagulação e não apresente sangramentos por causa da cirurgia. 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

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Pandemia provoca atrasos em diagnósticos e coloca em risco saúde ocular de brasileiros

Queda de 34% na realização de consultas e exames entre 2019 e 2020 gera revés no setor, que deixa de identificar doenças que podem levar à cegueira 

 

Entre os inúmeros impactos da pandemia da Covid-19, especialistas da Rede de Hospitais São Camilo SP alertam para o aumento de problemas na visão, que vão desde uma Síndrome do Olho Seco até um glaucoma ou catarata.

“Muitos problemas relacionados à saúde ocular são evitáveis a partir de um diagnóstico precoce. O que ocorre agora é que enfrentamos atrasos nesse sentido, gerando um aumento nos riscos de perda da visão no médio e longo prazo”, destaca a oftalmologista da Rede Renata Rabelo.

A partir de um monitoramento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2019 e 2020, houve queda de 34% nos atendimentos oftalmológicos e, segundo a especialista do Hospital São Camilo SP, mesmo após o período mais crítico da pandemia, a procura por consultas e exames segue abaixo do esperado.

É o que mostra um levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Embora tenha sido observada uma tendência de recuperação no primeiro semestre de 2021, o volume de consultas ainda está muito abaixo do período pré-pandemia. Os dados desta análise, realizada junto à rede pública, mostram que, enquanto o primeiro semestre de 2019 registrou mais de 5,2 milhões de consultas oftalmológicas, o mesmo período em 2021 contabilizou 4,8 milhões. 

Os dados, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam ainda que mais de 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo, sendo que, deste total, um bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como erros de refração não corrigidos ou catarata.

“Por mais que a tecnologia tenha evoluído tanto no tratamento de doenças oftalmológicas nos últimos anos, é fundamental que haja a identificação em estágios reversíveis”, finaliza Dra. Renata.

 

Acompanhamento periódico

De acordo com a especialista, além da pandemia, outros fatores também prejudicam a saúde ocular da população. “Muitas pessoas não consideram importante fazer um acompanhamento periódico da visão, ou não seguem as recomendações médicas quando entendem que ‘enxergam bem o suficiente’, e aí um problema que poderia ser facilmente resolvido fica muito mais grave no futuro”, alerta.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, 10% dos entrevistados alegaram nunca terem realizado uma consulta oftalmológica, percentual que chega a 21% entre a população de 18 a 24 anos.

“A perda da visão leva a uma redução na qualidade de vida desses pacientes. Por isso é tão importante mudarmos essa cultura através de ações de conscientização, sobretudo considerando que algumas doenças oculares não apresentam sintomas”, defende a oftalmologista.

Segundo ela, a primeira consulta idealmente deve ocorrer entre os 3 e 4 anos de idade, momento em que as estruturas dos olhos já estão mais maduras. A partir daí, o médico poderá avaliar a periodicidade adequada para cada caso.

Já na fase adulta, a recomendação é de seja feita uma avaliação oftalmológica anual, podendo ser mais frequente em casos de histórico familiar de doenças oculares ou sintomas que indiquem alguma alteração na visão.

“Além disso, quando há lacrimejamento frequente nos olhos, coceira, inchaço ou vermelhidão, visão turva, duplicada ou dificuldade de enxergar objetos de perto ou de longe, deve-se procurar um oftalmologista que irá realizar os exames necessários”, esclarece a médica do Hospital São Camilo SP.

Por fim, outros sintomas que podem indicar problemas na visão são: dores de cabeça frequentes, aumento da sensibilidade à luz, dor atrás dos olhos, necessidade de fechar os olhos para focar melhor em um objeto, dificuldade de enxergar à noite ou necessidade de esfregar os olhos várias vezes ao dia.

 

 Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

 

Pneumologista da Sociedade de Medicina tira dúvidas sobre doenças do inverno

A nova estação, que começou no dia 21, é marcada pela incidência das doenças respiratórias

 

No último dia 21 de junho, começou o inverno, uma época em que as doenças respiratórias são mais comuns, como no outono. Para entender melhor esse quadro, as formas de prevenir e quando procurar um médico, conversamos com o coordenador do Departamento Científico de Pneumologia da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), Dr. Rene Penna Chaves Neto. Confira a entrevista!


Quais a principais doenças de inverno?

Conhecidas como doenças sazonais, as patologias respiratórias, que aumentam sua incidência durante os meses do outono e inverno, são as doenças infecciosas das vias aéreas superiores e inferiores, bem como as exacerbações das doenças respiratórias crônicas, como asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e alergias respiratórias. As infecções virais das vias aéreas se sobrepõem, seguidas pelas rinossinusites bacterianas e, mais seriamente, pelas pneumonias. É bom lembrar que o clima frio não afeta exclusivamente as vias aéreas, sendo destacadas também as doenças cardiovasculares, com maior número de infartos, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) e descompensação de arteriopatias periféricas.


Quais cuidados devemos ter nesse período mais frio para prevenir doenças?

Como nessa época é comum a queda da temperatura e a baixa da umidade relativa do ar, ocorre o ressecamento da mucosa das vias aéreas e a diminuição da ação das defesas locais nas vias aéreas superiores. A aglomeração de pessoas em locais pouco ventilados e ensolarados também contribui para exposição e contaminação horizontal dos patógenos que utilizam os aerossóis expelidos durante a fala, tosse e espirros, para propagação dos surtos de infecção. Nesse raciocínio, manter a temperatura levemente aquecida, bem como a umidade relativa entre 50 a 60%, já torna o ambiente bem favorável na prevenção dessas complicações. O ato de lavar as mãos constantemente e evitar proximidade facial ao conversar e, principalmente, ao tossir e espirrar são fundamentais. Manter-se com as imunizações antivirais e antibacterianas disponíveis na atualidade também é importante.   


Quando procurar um médico?

Todas essas complicações podem ter sua evolução, desde formas leves a mais graves. Sempre que a pessoa sentir dificuldade para respirar, mal-estar por desidratação ou inapetência (falta de apetite) e, principalmente, qualquer alteração de cognição, confusão ou qualquer outra característica que destoe de seus hábitos normais, são sinais de alerta para procurar um serviço médico.


Existe alguma faixa etária mais vulnerável a doenças comuns no inverno?

Como sempre, as faixas etárias mais vulneráveis são os extremos das idades, ou seja, as crianças, com as ocorrências das viroses respiratórias, com ênfase às crises de asma e bronquiolites, assim como os mais idosos, que incidem as exacerbações de DPOC, traqueobronquites, asma e pneumonias.


Quais as principais diferenças entre resfriado, gripe e covid-19?

Embora os sintomas possam ser muito semelhantes, o que dificulta o diagnóstico diferencial entre elas, a diferença entre essas entidades é seu agente causador. Os resfriados são causados por vírus menos conhecidos, sendo os mais comuns o adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, que podem causar até as bronquiolites nas crianças. As gripes são causadas pelos vírus influenza, contra os quais já temos vacinas há muito tempo. E finalmente, a covid é causada pelas variantes mais agressivas do vírus corona, conhecidas como SARS COV-II. Até pouco tempo atrás, em decorrência da dificuldade de acesso a testes de identificação dos agentes virais, os diagnósticos eram feitos de forma epidemiológica, sem confirmação laboratorial, sendo os casos mais leves chamados de resfriado e os casos mais moderados e graves, de gripe. Com o advento da covid, há dois anos e meio, houve uma popularização dos testes e os vírus passaram a ser identificados com acurácia para o diagnóstico etiológico correto. Outro fato que devemos valorizar na pandemia da covid foi alertar que, anteriormente à catástrofe, sempre tivemos uma morbidade e mortalidade significativa por gripes influenza, em todo o mundo, dados pouco valorizados pela população em geral e pelas mídias de informação.


Quando a febre é um sinal de alerta? Quando devemos procurar um médico por causa dela?

A ocorrência de febre em uma pessoa significa presença de um processo inflamatório, que pode ser infeccioso ou não. Toda vez que nosso corpo é agredido por inflamação ou infecção ativas, ele reage com aumento da temperatura, sendo um indicativo para o profissional de saúde localizar o foco da inflamação e/ou infecção. Os perigos da febre alta, acima de 38 graus, podem ser desidratação e confusão mental em crianças e idosos, até o extremo de ocorrências das convulsões febris nas crianças. O mais importante é reconhecer a febre como um sintoma e não uma doença. Medidas devem ser tomadas para estabilização da temperatura normal, como medicações, e, às vezes, compressas de água fria, até que o diagnóstico final seja esclarecido.

 

Óculos de proteção são relevantes para a saúde ocular

Seconci-SP recomenda atenção com a qualidade desses equipamentos

 

Empresas e trabalhadores da construção civil não devem descuidar do uso correto dos óculos de proteção. A recomendação é do dr. Edgard Macedo, oftalmologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia da Saúde Ocular (10 de julho).

“É preciso atentar para a qualidade desses óculos antes de adquiri-los, de modo a evitar distorção nas lentes. Para os trabalhadores que usam óculos, vale a pena a empresa providenciar o equipamento de proteção com o grau do funcionário, e que tenha uma boa vedação”, orienta o oftalmologista.

Segundo o dr. Macedo, caso um corpo estranho entre no olho, a pessoa deve procurar um serviço de urgência de oftalmologia o mais rapidamente possível. O risco de não fazê-lo e passar apenas por um médico clínico é ser diagnosticado equivocadamente, agravando o problema. No Seconci-SP, o oftalmologista é acionado quando estes casos ocorrem.

“Adultos devem consultar anualmente o oftalmologista, ou a cada quatro a seis meses, caso tenham que tratar de patologias e prevenir problemas como glaucoma, catarata e degeneração macular. Exames oculares não devem ser feitos em óticas, pois só os oftalmologistas estão capacitados a interpretar seus resultados e prevenir precocemente problemas”, alerta o especialista.

Ele recomenda que se evite coçar os olhos. A higiene deve ser realizada com água corrente ou soro. Em caso de blefarite (inflamação da pálpebra), deve-se utilizar um shampoo neutro.


Cuidado com telas

Outro cuidado é não passar muito tempo olhando sem piscar para telas de celulares, computadores e TVs, o que resseca a córnea conjuntiva, irritando-a. Também não se devem usar colírios sem prescrição médica, uma vez que aqueles com corticoide podem aumentar a pressão ocular.

Para a saúde ocular, o oftalmologista aconselha uma alimentação equilibrada. Cenoura, abóbora, tomate, leite e fígado de boi, entre outros alimentos, têm vitamina A; óleos vegetais e gérmen de trigo, vitamina E; e peixes, ovos, carnes e cereais integrais, vitamina B12.

“Lentes de contato não devem ser utilizadas por períodos longos nem se deve dormir com elas, para evitar seu ressecamento. É preciso ter sempre óculos com grau atualizado para alternar com as lentes, as quais devem ter sua manutenção feita diariamente para evitar infecções”.

Portadores de diabetes devem manter as taxas de glicemia em nível saudável, para prevenir a cegueira, conclui o dr. Macedo.

 

Síndrome do Pânico na Infância: como identificar?

A doença pode atingir as crianças e os sintomas se assemelham aos encontrados em adultos 

 

A Síndrome do Pânico é uma doença que atinge cerca de seis milhões de pessoas no Brasil. Está associada a momentos de crise de ansiedade, que se apresentam de forma aguda, acompanhadas de muito medo e desespero. Além disso, podem vir combinadas de sintomas emocionais e físicos. Embora comum entre adultos, as crianças podem ser acometidas e é preciso estar atento aos sintomas. 

Entre os pequenos, os episódios são semelhantes aos de outras faixas etárias. Elas acabam evitando os lugares que acreditam que podem ter ataques, ou possuem um medo persistente de estar ou ficar nesses espaços. Além disso, costumam se assustar ou se irritar repentinamente, culpando sempre fatores externos para as crises, por não saberem explicar a situação. 

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine, é preciso debater o tema para desmistificar que a Síndrome do Pânico não atinge o público infantil. “As crianças, por serem mais frágeis, precisam de um maior cuidado e atenção. Alguns pais podem confundir sintomas claros com algo corriqueiro entre os menores, como birra ou malcriação. Entretanto, precisamos começar a falar que os meninos e meninas são acometidos pelo pânico e, quanto mais cedo realizamos o tratamento, melhor”, afirmou. 

São possíveis sinas de pânico entre as crianças: dor no peito; náuseas, dores abdominais; tremor e agitação excessivos; falta de ar; transpiração excessiva; medo muito intenso; palpitação e frequência cardíaca irregular; vertigem e perda de consciência; sensação de confusão; perda involuntária de urina; entre outros.

De maneira geral, a Síndrome do Pânico na infância pode começar com crises de ansiedade aguda, devido a fatores como separação dos pais, ir à escola ou ficar só na casa de um colega de classe. O tratamento é feito com psicoterapia, associada ao uso de medicamentos. 

“Os psicólogos estão habilitados para ajudar nessas situações. Primeiramente, excluímos qualquer outra condição médica que possa estar acometendo a criança, como a fobia, por exemplo. Feito isso, o especialista irá solicitar uma avaliação detalhada, como exame de saúde mental e histórico de ataques de pânico. Recomendamos aos pais manterem a calma e saber ouvir com paciência seus filhos”, concluiu Márcia

 

Conscientização é a chave para reduzir mortes à espera de transplantes

Opinião

 

A crise sanitária, motivada pela COVID-19, trouxe consequências diversas na área da saúde e o número de pacientes que estão perdendo a vida por conta da insuficiente quantidade de doadores de órgãos é motivo de preocupação por parte da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Mesmo diante de um cenário de alívio da pandemia, os dados do primeiro trimestre, relativos ao número de mortes de pacientes à espera de transplante, não melhoraram. O primeiro semestre deste ano registrou 9 mortes por dia. São vidas que não se recuperam. Tais fatalidades servem de alerta para aumentarmos a conscientização sobre o tema em toda nossa sociedade.

Esses efeitos sentidos agora foram acentuados pelo prolongado período da pandemia. Segundo estatística da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), houve uma diminuição de 32% no volume de transplantes, provocando uma elevação de 34% no número de mortes. Os dados são relativos à comparação do primeiro semestre de 2020 (quando a pandemia esteve acentuada) com o ano de 2019. 

Além das limitações físicas, como leitos de UTI, a falta de protocolos homogêneos para tratamentos e as incertezas dos efeitos da imunossupressão na progressão do vírus, resultaram em uma queda significativa nas cirurgias de transplantes. O transplante pulmonar foi o mais atingido pela pandemia, sendo realizado apenas nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. O transplante hepático foi o menos afetado, apresentando uma diminuição de apenas 10,8% nos três primeiros trimestres de 2020, comparado a 2019. Na insuficiência renal crônica avançada, por exemplo, o transplante é uma alternativa que influencia na melhora na qualidade de vida do indivíduo e até mesmo em sua sobrevivência.

O desconhecimento sobre o processo de doação é uma das barreiras mais comuns. Convém ressaltar que o cadastro nacional de receptores segue uma ordem rígida, baseada na compatibilidade, não sofrendo influências externas – políticas ou econômicas. Com um processo bem regulamentado, a doação de órgãos e tecidos é um processo simples, que começa com o cadastro do doador. 

A cédula de identidade é o principal meio de explicitar se você é doador. Mas só isso não basta. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a remoção de órgãos só pode ser realizada após autorização familiar. Não há nenhuma lei que garanta que a vontade do doador seja atendida, isto é, se uma pessoa manifesta seu desejo de doar e, após sua morte, a família nega, seus órgãos não serão doados. A legislação determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo valor a informação de doador ou não doador de órgãos registrada no documento de identidade ou outros. A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada, é fazer com que a família saiba sobre o desejo de doar, por isso a informação e o diálogo são absolutamente essenciais.

Devido ao número de partes do corpo que podem ser cedidas, cada doador pode salvar oito vidas ou mais. Coração e rins são alguns dos órgãos mais frequentemente buscados. No entanto, existem demandas recorrentes de transplantes de pâncreas, pulmão, fígado, medula óssea, ossos, córnea, intestino, vasos sanguíneos e tendões.

Saudamos uma iniciativa aprovada recentemente pelo Ministério da Saúde de formulário de consentimento para pacientes que recebem órgãos de doadores COVID-19 positivos. O documento informa que, para aumentar as chances de receber um transplante, os médicos da Equipe de Transplantes oferecem a opção de receber um órgão de um doador que tenha contraído o vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença chamada COVID-19. O formulário pode ser acessado em https://bit.ly/39Opi2c

Por fim, queremos destacar a importância de apoiarmos a causa da doação de órgãos. Diga em casa que você é doador. Estimule a busca pelo conhecimento sobre o assunto não deixando margem para dúvidas e eventuais inverdades que possam ser ditas sobre o assunto. 

 

 Gerson Junqueira Jr - Presidente da AMRIGS.


Estudo revela conjunto de genes desregulados no câncer de pâncreas e aponta potenciais alvos terapêuticos


Pesquisadores da USP estudaram em amostras de pacientes e linhagens de tumor a expressão de RNAs longos não codificadores – tipo que não dá origem a proteínas – e identificaram um grupo de genes com expressão aumentada no contexto da doença (imagem: Freepik)

 

Entre as muitas descobertas resultantes do Projeto Genoma Humano, concluído em 2003, está o fato de que grande parte dos genes humanos não gera RNAs que codificam proteínas – na verdade, apenas cerca de 5% têm essa função. Trata-se de uma classe que ficou conhecida como DNA lixo e que, durante as duas últimas décadas, foi deixada de lado quando o assunto é o tratamento de doenças como câncer. Se até agora os grandes alvos terapêuticos têm sido os RNAs mensageiros (que servem de molde para a síntese de proteínas), atualmente os pesquisadores chegam cada vez mais perto de descobrir que esses RNAs não codificadores podem, sim, ter funções importantes. É o caso de um estudo publicado recentemente na revista Cellular Oncology, que concluiu que RNAs longos não codificadores (lncRNAs) podem ter atuação no câncer de pâncreas.

O trabalho – que contou com apoio da FAPESP (projetos 13/13844-213/13350-014/03943-6 e 19/04420-0) e foi realizado por uma equipe multidisciplinar composta por bioquímicos, biólogos moleculares e celulares, bioinformatas e médicos – analisou um conjunto de lncRNAs em linhagens celulares de tumor de pâncreas e utilizou, em laboratório, ferramentas específicas para manipular sua expressão gênica. O resultado foi a confirmação de seu caráter oncogênico, ou seja, sua expressão favorece a formação de tumores.

“Percebemos que, ao silenciar os lncRNAs, características da célula tumoral foram reduzidas e ela se tornava menos agressiva e maligna porque se proliferava menos, migrava menos, invadia menos e fazia menos reparo de DNA”, afirma Eduardo M. Reis, professor do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP).

De acordo com o pesquisador, esses resultados fazem avançar a compreensão sobre o câncer de pâncreas, que, mesmo não tendo incidência tão alta quanto outros tipos de tumores, é letal e tem opções de tratamento mais limitadas.

“Desde que se começou a estudar a biologia molecular e a utilizar ferramentas de sequenciamento de nova geração para identificar novos marcadores, diversos tumores passaram a contar com melhores tratamentos, que causaram um impacto muito positivo na sobrevida, por exemplo, de pacientes com câncer de mama, de pulmão e de próstata”, conta Reis. “Infelizmente não foi o caso do câncer de pâncreas.”

O próximo passo agora é manipular e silenciar a atividade desses RNAs longos não codificadores em modelos tumorais in vivo, em que fragmentos de tumores de pacientes são implantados e mantidos em camundongos (xenotumores). A meta é confirmar se é possível reduzir, de fato e na prática, a agressividade do tumor.

Em paralelo, além de fragmentos de tumores, os pesquisadores que atuam com Reis também analisam bancos de dados de sequenciamento de RNA de célula única (do inglês, single-cell RNA-Seq). Com esse tipo de análise é possível obter o transcriptoma (conjunto de RNAs transcritos) de cada uma das células que compõem um tecido, em vez de olhar o tecido como um todo. A ideia é verificar também a atividade desses lncRNAs nos diferentes tipos celulares que compõem o microambiente do tumor e, dessa forma, aprofundar o entendimento de suas funções e possibilidades de uso como biomarcador.

“Diga-me com quem andas…”

Além do aspecto mais aplicado ao tratamento do câncer de pâncreas, o estudo liderado por Reis contribui com uma estratégia para desvendar o mecanismo de ação dos RNAs não codificadores. Sabe-se que eles estão aumentados no tumor e que, quando manipulados, causam efeito na célula. Porém, ainda não se compreende exatamente como isso acontece. Ao contrário dos RNAs mensageiros, cuja função pode ser prevista a partir da proteína codificada em sua sequência, com os lncRNAs isso ainda não é possível.

“É mais ou menos como quando os arqueólogos e pesquisadores encontraram os hieróglifos egípcios em uma língua absolutamente desconhecida e não dispunham da Pedra de Roseta para traduzi-los e entendê-los”, explica Reis. “Para esses lncRNAs, ainda não conhecemos o código que traduz a informação contida na sua sequência primária em uma estrutura tridimensional capaz de exercer funções específicas.”

Para contornar essa limitação, os pesquisadores utilizaram uma abordagem de bioinformática em que a atividade desses RNAs não codificadores é avaliada no contexto de uma rede de coexpressão, junto com a atividade de outros genes codificadores de proteína cuja função já se conhece. Comparando tumores e amostras não tumorais, verificou-se que vários RNAs não codificadores apresentam um padrão de coexpressão semelhante ao de genes codificadores com funções importantes no contexto do câncer. Gerou-se então a seguinte hipótese no estilo “diga-me com quem andas e te direi quem tu és”: se os RNAs têm o mesmo padrão, então podem realizar as mesmas atividades ou estarem submetidos à mesma regulação.

Foi assim que, no estudo, chegou-se à constatação de que o lncRNA UCA1 especificamente é necessário para o reparo de DNA em células tumorais expostas à radiação ionizante. Ou seja, a expressão desse RNA não codificador aparentemente ajuda o tumor a se recuperar dos danos causados pelo tratamento com radioterapia.

Segundo o pesquisador, o estudo contribui com um catálogo relevante de possíveis funções moleculares de lncRNAs oncogênicos que pode ajudar a ampliar as possibilidades de estudo da função dos RNAs não codificadores em cânceres de pâncreas e, consequentemente, levar mais pesquisadores a explorar o desenvolvimento de novas opções terapêuticas.

O artigo Annotation and functional characterization of long noncoding RNAs deregulated in pancreatic adenocarcinoma pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13402-022-00678-5.
 

 

Julia Moióli

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-conjunto-de-genes-desregulados-no-cancer-de-pancreas-e-aponta-potenciais-alvos-terapeuticos/39031/


Varíola: especialista explica tudo sobre a doença

Professora da Faculdade Anhanguera aponta as diferenças entre a Varíola, doença erradicada na década de 1980, e a Varíola dos Macacos, que tem registrado casos pelo mundo

 

Com a redução do número de casos e internações, e tendo a pandemia de Covid-19 sob relativo controle, as pessoas puderam respirar um pouco mais aliviadas. Até que começaram a surgir no noticiário informações sobre casos de Varíola dos Macacos. 

Mas afinal de contas, que doença é essa? A coordenadora do curso de Biomedicina da Universidade Anhanguera, Alessandra Furtado Nicoleti, explica que a varíola foi erradicada (ou seja, não existe mais entre a população) na década de 1980 depois de uma grande campanha internacional de vacinação promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“Os registros apontam que a varíola vitimou mais de 300 milhões de pessoas pelo mundo, antes de ser declarada erradicada. É considerada umas das mais devastadoras moléstias que a humanidade já enfrentou, matando mais até do que as duas grandes guerras mundiais somadas e do que a gripe espanhola”, diz. 

A varíola é causada pelo vírus Orthopoxvirus variolae e a transmissão acontecia de pessoa para pessoa, a partir da inalação de gotículas contendo o vírus, eliminadas ao tossir, espirar ou falar, ou contato direto. Os sintomas eram similares aos de uma gripe comum, mas quando o vírus se instalava no organismo pelo sistema linfático, começavam a aparecer manchas, que evoluíam para pústulas e bolhas de líquido e pus. Ao estourarem, as bolhas podiam deixar marcas na pele para o resto da vida do paciente. 

Na época do surto de varíola, como não havia cura, a recomendação era esperar o organismo do paciente reagir e combater o vírus. Havia dois tipos de varíola: a varíola major, tipo mais radical da doença, que levava 30% dos doentes à óbito; e a varíola minor, um tipo mais leve que levava a óbito apenas 1% dos doentes. 

“Como a doença foi erradicada, o Brasil não oferece mais a vacina em seu calendário do SUS desde a década de 1970. Mas quem tomou a dose naquela época ainda tem algum tipo de proteção contra as Varíola dos Macacos”, explica a especialista.

 

VARÍOLA DOS MACACOS 

A Varíola dos Macacos é uma zoonose silvestre viral (transmitida aos seres humanos a partir dos animais) que ocorre em regiões como as florestas da África Central e Ocidental. A doença é causada pelo vírus Monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, e foi observada inicialmente em macacos em um laboratório em 1958, na Dinamarca. 

Os sintomas da Varíola dos Macacos são semelhantes aos da Varíola, mas com menor gravidade: febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão, além de lesões na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para o corpo. Essas lesões se assemelham à catapora ou à sífilis até formarem uma espécie de crosta, que depois cai. 

A transmissão da doença se dá a partir do contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e objetos e materiais contaminados, como roupas de cama. 

O possível surto foi identificado primeiro em pacientes do Reino Unido que não tinham viajado para regiões endêmicas, e a OMS ainda não identificou a fonte de transmissão desses novos casos. Como surgiram casos em outros países, isso pode significar que está havendo transmissão comunitárias em tais nações. 

“As transmissões atuais têm acontecido por meio de contato físico entre pessoas sintomáticas, então, ficam valendo as recomendações de, identificados sintomas que possam indicar a doença, o paciente deve procurar imediatamente o serviço de saúde para receber tratamento adequado e cumprir as medidas sanitárias necessárias para evitar a propagação”, finaliza Alessandra.



Estudo da VIAVI aponta que 635 novas cidades receberam a rede 5G em 2021, totalizando 1947 cidades em todo o mundo

Pesquisa "The State of 5G" também mostra 23 implantações de Open RAN e 24 redes 5G Standalone pelo mundo 

 

A VIAVI Solutions acaba de divulgar novos dados do levantamento “The State of 5G”, que revela que o número de cidades com redes 5G agora é de 1.947 globalmente. Apesar da pandemia, quase duas cidades por dia passaram a contar com 5G em 2021, totalizando 635 novas cidades no ano, de acordo com o novo relatório da VIAVI, agora em seu sexto ano.

No final de janeiro de 2022, 72 países tinham redes 5G em funcionamento, considerando uma nova leva de nações, como Argentina, Butão, Quênia, Cazaquistão, Malásia, Malta e Ilhas Maurício, nos quais o 5G entrou em funcionamento na segunda metade de 2021. A região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) ultrapassou a APAC (Ásia-Pacífico - incluindo a Grande China), com o maior número de cidades 5G, sendo 839 no total; APAC tem 689 cidades de 5G e as Américas somam 419.

A nível de país, as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, estão em primeiro e segundo lugar em relação ao número de cidades com 5G - a China com 356 e os EUA com 296. As Filipinas permaneceram em terceiro lugar globalmente com um total de 98 cidades com 5G.

Em relação à infraestrutura de 5G existente, atualmente, a maioria das redes implantadas são non-standalone (NSA), o que significa que o equipamento 5G é adicionado à infraestrutura de rede 4G existente. O levantamento da VIAVI indica que, globalmente, existem 24 redes 5G autônomas (standalone; SA), ou seja, com infraestrutura e rede construídas especialmente para o 5G. Neste sentido, especialistas do mercado concordam que o aproveitamento total do 5G, bem como seus novos modelos de monetização e negócios, além da banda larga móvel aprimorada (eMBB), só serão possíveis quando as redes 5G standalone criadas em novas redes principais estiverem plenamente funcionais.

O “The State of 5G” também destaca o crescente ecossistema Open RAN pelo mundo, combinando operadoras móveis e fornecedores de software e infraestrutura que buscam desenvolver uma Rede de Acesso de Rádio (RAN) aberta e virtualizada com controle de Inteligência Artificial (IA) incorporado. Em março de 2022, 64 operadoras anunciaram publicamente sua participação no desenvolvimento de redes Open RAN. Isso se divide em 23 implantações, 34 na fase de teste e outras sete operadoras que anunciaram publicamente que estão na fase de pré-teste.

“O 5G continuou em expansão, apesar das dificuldades de uma pandemia global”, analisa Sameh Yamany, CTO da VIAVI Solutions. “O reforço das redes é o próximo passo para o 5G e isso deve acontecer estruturado em alguns passos. Em primeiro lugar, esperamos ver mais redes 5G standalone, que cumprirão grande parte da promessa do 5G, tanto para as operadoras quanto para o ecossistema mais amplo de usuários. E em segundo lugar, esperamos ver o Open RAN continuar seu rápido desenvolvimento e começar a se tornar o padrão de fato. A VIAVI continuará desempenhando um papel central nos testes dessas novas redes à medida que são construídas e expandidas”, conclui.

O infográfico “The State of 5G” está disponível para download aqui. Os dados da pesquisa foram compilados de fontes publicamente disponíveis apenas para fins informativos, como parte da prática da VIAVI de rastrear tendências de tecnologia de comunicação.

 

 VIAVI

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Em ondas de demissões, a eficiência de comunicação da liderança tem impacto decisivo

O líder deve comunicar demissões de maneira mais humanizada e estar aberto a esclarecimentos

 

Na última semana, a Ebanx anunciou a demissão de cerca de 20% de seu quadro de funcionários, reafirmando uma triste tendência nas maiores startups do Brasil neste último semestre. Ao todo, as empresas que eram consideradas “unicórnios” (startups com grande valor de mercado), como Loft, QuintoAndar, Mercado Bitcoin e Shopee, demitiram quase 2 mil pessoas no país no primeiro semestre de 2022, devido a questões econômicas internas e internacionais.

Especialmente nesses momentos difíceis, a comunicação na liderança tem um papel fundamental. Afinal, dar a notícia de uma demissão tem um grande impacto na vida do colaborador e de sua família.  Será possível amenizar o impacto numa comunicação como essa? Que tom deve ser utilizado na transmissão dessa mensagem?

“Primeiramente, o líder deve entender como o negócio é impactado pelas questões socioeconômicas, ter uma visão macro para definir as prioridades e tomar as melhores decisões”, aponta Vivian Rio Stella, fundadora da consultoria de comunicação VRS Academy. “A partir dessas decisões, o próximo passo é comunicá-las da melhor forma”.

Como exemplo de comunicação eficiente em momentos de crise, a VRS destaca o anúncio do cofundador e CEO do Airbnb, Brian Chesky, que precisou demitir 25% dos colaboradores da empresa em maio de 2020 e explicou sua decisão através de um e-mail.

“O que poderia ser mais um entre os diversos informativos de demissão em massa que foram provocados pela pandemia de COVID-19, tornou-se um exemplo de comunicação mais humana e empática para qualquer liderança, tal a demonstração de atenção e cuidado com as palavras”, destaca Vivian. “Planejar como comunicar uma mensagem difícil como uma demissão, envolve cuidado, clareza, empatia e tantos outros aspectos importantes para um líder”.

De acordo com a consultora, a mensagem foi clara, apresentou subdivisões e envolveu sete técnicas fundamentais para esse tipo de situação-problema: objetivos definidos na mensagem, explicação por meio de dados, demonstração de cuidado e atenção, clareza na escrita, apresentação dos próximos passos, disponibilidade para esclarecimentos e encaminhamento para conclusão.

A análise aprofundada dessa comunicação está disponível no Drive de Conteúdo da VRS Academy, que pode ser acessado gratuitamente neste link. O material também conta com um Glossário e um Teste de Comunicação desenvolvido por Vivian Rio Stella, para que gestores e executivos avaliem se realmente escrevem de forma eficaz, seja por e-mails ou aplicativos de mensagens.

“Dita de maneira adequada com o que o momento pede, uma mensagem difícil como uma demissão pode ser recebida e elaborada de forma mais consciente pelas pessoas mais impactadas. Assim os colaboradores demitidos podem seguir sem carregar o peso de palavras duras ou de uma atitude pouco humanizada de quem dá a notícia”, conclui a consultora. 

 

Vivian Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero. Começou a realizar textos, produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação de e-mails, e do mundo da academia queria migrar para o mundo corporativo. Passou anos como consultora, até que montou a VRS Academy. Ao longo dessa trajetória, Vivian já realizou palestras, workshops e consultorias a mais de 100 empresas, dos mais variados portes.

 

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Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é transformada em autarquia de natureza especial

Para especialista, Medida Provisória vai contribuir para uma atuação mais independente do órgão

 

No último dia 14 de junho, o presidente da República assinou a Medida Provisória (MPV) nº 1.124, tornando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados em autarquia de natureza especial.

Antes dessa decisão, o art.55-A da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18) determinava a criação da ANPD como órgão da administração pública federal, integrante da Presidência da República. Caso a MPV seja aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, transformando-se em lei, a Autoridade, como autarquia especial, passará a ser dotada de autonomia técnica e decisória, assim como a contar com sede própria e foro no Distrito Federal.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) concedeu à ANPD a responsabilidade por zelar pelos dados pessoais com poderes de fiscalização, sanção e regulação, tendo, portanto, um papel importante na construção de uma estrutura jurídica de proteção ao titular, viabilizando o uso adequado de dados pessoais nos diferentes contextos públicos e privados.

Para Cecília Lopes, advogada da banca Aroeira Salles, com essa novidade legislativa, a ANPD terá personalidade jurídica: “o que lhe garantirá não apenas a citada autonomia para o exercício de suas funções, mas também patrimônio próprio para desenvolver suas atividades. Isso, com certeza, contribuirá para uma atuação mais independente e eficiente da ANPD e representa mais um passo no amadurecimento do cenário regulatório brasileiro de proteção de dados”, diz.

Tal medida está alinhada com o desenho inicialmente proposto pelo projeto da LGPD ao proporcionar independência à Autoridade, desvinculando-a da subordinação hierárquica à Presidência da República. “Caso essa alteração seja sancionada, o Brasil se juntará a um extenso e importante rol de países com autoridades de proteção de dados independentes, o que lhe proporcionará uma maior competitividade e facilitará as relações internacionais, além de aprimorar as condições do país de ingresso em organismos e blocos internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, completa Lopes.

 

Aroeira Salles


Home office X Presencial X Semana de 4 Dias. Qual Opção é Melhor?

Semana de 4 dias

De acordo com a CEO e especialista em desenvolvimento humano Madalena Feliciano essa evolução vem quando o colaborador é o centro das mudanças e das melhorias na empresa. Ao valorizar seu capital humano, o setor corporativo tem resultados imediatos e significativos, como o aumento da produtividade e do lucro.

E não somente isso: a sociedade, como um todo, ganha com a semana de 4 dias. Famílias podem ter mais tempo de qualidade e relacionamentos são solidificados. 

Quando o colaborador sente que a sua rotina não é desgastante e entrega seu potencial máximo no trabalho, todos ganham. Portanto, a implementação da semana de 4 dias é uma tendência que ganhará cada vez mais adeptos ao redor do mundo.
 

Home Office

Apesar do modelo híbrido ter se mostrado a maior tendência, algumas empresas já estão atuando integral e permanentemente em ambiente remoto.

É claro que para posições técnicas ou que demandem maior conexão pessoal, incluindo não somente a base operacional, mas também áreas e processos de engenharia, de pesquisa e desenvolvimento, comerciais/relacionamento, entre outros, a presença física pode efetivamente ser um diferencial. Então que assim seja! Mas por que renunciar à possibilidade de flexibilização nas relações de trabalho para os demais profissionais quando esta evolução já foi atingida?

Madalena Feliciano conta que alguns também demonstram relutância com o modelo remoto considerando o caráter social relacionado à impossibilidade de se oferecer esta mesma flexibilidade para os cargos operacionais. Mas dado que existem outras áreas melhor remuneradas e que também demandam presença física, este argumento não se mostra suficiente para frear o trem desta evolução. A menos para empresas que não estejam preocupadas em manter seus talentos. 

Em ambientes pautados pela confiança, por processos estruturados e por objetivos bem definidos, é possível trabalhar por entregas e não somente pelo controle de horas. 

Superadas as dificuldades iniciais, a avaliação dos resultados obtidos é positiva. 50% das empresas disseram que a experiência com o home office superou as expectativas e 44% afirmam que o resultado ficou dentro do esperado. 

Tanto é verdade que 34% das empresas têm a intenção de continuar com o home office para até 25% do quadro, enquanto 29% pretende manter o home office para pelo menos 50% do time ou até todos os funcionários. 

Nos Estados Unidos, um movimento semelhante pode ser observado e 41,8% da força de trabalho americana continua trabalhando remotamente. As projeções apontam que 36,2 milhões de americanos, que representam 22% da força de trabalho, estarão trabalhando remotamente em 2025. O número representa um aumento exponencial de 87% em relação ao total de trabalhadores remotos antes da pandemia. 


Presencial

A CEO Madalena Feliciano comenta que, no mercado corporativo, algumas das grandes empresas adotaram políticas voluntárias de trabalho remoto permanentemente, outras, incluindo o Google, estão pedindo aos funcionários que retornem aos escritórios gradualmente. 

Somente no Brasil, o trabalho em casa foi a estratégia adotada por 46% das empresas durante a pandemia. O estudo também apontou que 67% das companhias relataram dificuldades em implantar o sistema de home office.

Por fim, as 3 alternativas de trabalho, visam o bem estar e a qualidade de vida dos seus colaboradores, para que haja um aumento de produtividade e qualidades dos serviços.

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Mater Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


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