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sábado, 14 de maio de 2022

Saúde mental dos estudantes no pós-pandemia impõe maior acolhimento na rotina escolar


Uma pesquisa realizada pelo governo de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna revelou que dois em cada três (ou seja, 70%) estudantes do 5º a 9º ano do ensino Fundamental e Ensino médio da rede estadual de São Paulo apresentam sintomas de depressão e ansiedade. O levantamento contou com a participação de 642 mil alunos no âmbito do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp).

Ainda não foram divulgadas pesquisas sobre o tema em Minas Gerais, mas nos últimos meses, foram registrados diversos casos de violência nas escolas do estado. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, em 2022, com a volta total das atividades – exceto na rede do Estado, cujo ano letivo começou em abril por conta de greve –, houve 68 ocorrências de lesão corporal e outras 82 de agressões.

Segundo avaliação da psicóloga escolar do Sistema Gabarito de Ensino, Maria Carolina Rodrigues Tomé, a questão do bullying e da violência se aprofundaram em resposta à pandemia. “Antes da pandemia, esse movimento já estava acontecendo, com episódios de intolerância às diferenças e diversidade de opiniões. Dependendo do nível escolar, principalmente no Fundamental 2, fase na qual as crianças estão começando a desenvolver sua identidade jovem, a exclusão acontece de maneira mais intensa, até como um sintoma de insegurança e sentimento de inadequação dos jovens de 10 a 14 anos. Esse fenômeno ganhou uma superdimensão porque as pessoas ficaram isoladas em suas casas e deixaram de estabelecer relações sociais de qualidade, voltando para a escola com resquícios de uma vivência muito individualista/individualizada. Então, lidar com a opinião do outro, com o convívio social, com as diferenças, com regras e com a mediação de conflito, gerou um cenário mais delicado e complexo de gerir”, avalia.

A questão do impacto do isolamento social no comportamento humano vem sendo estudada há um tempo pela psicologia social: a questão dos transtornos de ansiedade e depressão, a sensação de pouca motivação, de fracasso, irritabilidade, insônia, tudo já era previsto em situações de falta de contato social. “Quando você isola as pessoas do contato humano – porque nós somos essencialmente sociais – você tira delas a essência de sua humanidade, então o corpo e a mente começam a responder de maneira aguda. Nesse cenário, realmente o avanço e crescimento dos transtornos mentais foi assustador, com muita busca por atendimentos na área de saúde mental. Nunca foi tão nítido e concreto a noção de que precisamos do outro para nos constituir, essa perspectiva cabe, também à escola e à aprendizagem”- diz a psicóloga.

Volta às aulas

Com o retorno às atividades escolares, as instituições de ensino precisaram se adaptar à nova realidade para promover o acolhimento dos alunos. “Desde o início do ano nós estamos discutindo com toda a equipe pedagógica ações dentro de sala de aula que gerem acolhimento ao aluno. Ao professor foi orientado que abrisse espaço de debate sempre que o tema surgisse para privilegiar a escuta ativa. O Gabarito sempre teve espaço de acolhida, nós promovemos a psicologia escolar como um lugar de acolhimento, orientação de pais e aluno, e agora nós estamos com um projeto muito interessante que chama Gente em Rede para todas as pessoas que fazem parte da formação do aluno, como funcionários, professores, gestores pedagógicos e famílias com a possibilidade de fazer diagnósticos entendendo onde nosso aluno está e para onde que nós devemos ir. Então são movimentos da instituição entender de forma generalizada a importância do acolhimento”, concluiu.

As escolas podem contribuir também para uma melhor saúde mental dos alunos quando percebem que houve uma “defasagem” cognitiva e geram a possibilidade de conquista desse aprendizado. Com calma, construindo isso com os alunos para que eles se sintam seguros na aprendizagem. “Eu percebo que os estudantes chegaram com muitas questões de aprendizagem e isso gera muita ansiedade, então muitos alunos perderam ou diminuíram a capacidade de escrita, de leitura, de produção de texto, de capacidade lógico matemática, e quando chegam na sala e têm que desenvolver um raciocínio mais complexo e não conseguem isso gera uma ansiedade enorme, um sentimento de fracasso. Portanto se a escola conseguir evitar que isso aconteça já é meio caminho andado.” argumenta Maria Carolina.

Aos familiares dos estudantes orienta-se compreender e ter tranquilidade de que o aprendizado que foi perdido vai ser ganho aos poucos. Se a família entende isso vai cobrar menos do aluno e vai também entrar no processo de acolhida, de compreensão, que esse conhecimento vai ser ganho aos poucos. “Mas ao mesmo tempo, é muito importante que as famílias fortaleçam a autonomia dos filhos, estabeleçam boas rotinas de estudo, entendam que mesmo que o filho esteja muito fragilizado ele vai conseguir se resgatar e se reconstruir, então a família acolhe, mas também gera o impulso que estimula a autonomia. A base das nossas relações são nossas famílias, a partir da crença familiar, do apoio, é que o filho vai caminhar”, finaliza a psicóloga.


É normal não estar normal quando as coisas não estão normais

Especialista chama a atenção para esse conceito e alerta que a pandemia só explicitou o que já não vinha bem na saúde mental dentro das organizações

 

Não é mais novidade que o isolamento social, o medo do desconhecido, a mudança de rotina e formato no modo de trabalhar impactaram a todos. Mas a questão é que a pandemia não trouxe algo tão novo assim. Em verdade, fez transparecer que já não vivíamos bem, ou seja, já não levávamos uma forma de vida com a qualidade que poderíamos. Pelo menos é o que afirma Roberto Aylmer, médico psiquiatra, PhD e professor que cita ainda que a saúde mental já está na agenda das organizações.

De acordo com ele, que é consultor em liderança de pessoas no contexto complexo, fomos surpreendidos por uma situação de extrema intensidade, porém estávamos sem reservas, ou seja, como já vínhamos num ritmo ruim, estávamos sem reserva para encarar algo tão imprevisível e impactante. “Estávamos com o “tanque vazio” e diante de uma pressão longa e intensa é inevitável o esgotamento”, afirma o especialista, acrescentando que neste momento de retomada é comum reencontrar as pessoas e perguntá-las se estão bem, mas a resposta, embora seja positiva, não é convincente, pois todos estão bem estressados, cansados, deprimidos.

Segundo ele, isso é mais normal do que se imagina e, por isso, ele chama a atenção para o conceito: “é normal não estar normal quando as coisas não estão normais”, mas a maioria das pessoas resistem a isso. “Infelizmente, ainda há preconceito. As pessoas têm dificuldade em admitir uma crise de ansiedade, que está deprimido etc. O problema é o medo que ainda temos do estigma de ter um problema na saúde mental”, revela o professor.

Mas a conta não está fechando. “O ponto é que gastamos muito mais energia do que tínhamos para gastar”, sinaliza Aylmer. Para ele, o que mais tira a nossa paz e gasta a nossa energia é a incerteza, um futuro imprevisível, no qual nosso cérebro fica buscando resposta, esgotando muita energia com isso. E com a pandemia houve uma peculiaridade na qual todos foram afetados da mesma forma, simultaneamente, independente do segmento da empresa ou cargos. Todos olharam para todos os lados e não viam saída. “Sem contar que muita gente perdeu entes queridos, amigos”.

Aylmer ressalta que, embora a pandemia esteja caminhando para o fim, os danos mentais ainda permanecerão por um bom tempo. Ele destaca, por exemplo, que o número de pessoas afetadas em sua saúde mental tende a ser maior do que aquelas afetadas pelo Covid-19. E lembra que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é duas vezes maior o índice de depressão e ansiedade entre crianças e adolescentes. “De acordo com a Unesco, 9 a cada 10 estudantes foram afetados profundamente na sua capacidade futura de aprendizado. No caso deles o interesse foi quebrado. Perdeu-se o foco”, diz o especialista, complementando que no mercado de trabalho os mais jovens também foram os mais afetados nesse momento, citando levantamento do ADP Research Institute que revelou que 78% da geração Z está sofrendo alto índice de angústia.

O professor cita ainda a própria Síndrome de Burnout, que no início deste ano foi classificada pela OMS como doença ocupacional, ou seja, causada pelo ambiente do trabalho. Isso pode estar ligado a outro dado, este do Ministério do Trabalho, apontando que as empresas obtiveram um aumento de 18% em acidentes no ambiente profissional. “O cérebro com tantos alarmes e tensões perde concentração, atenção. Aí vem o acidente”.

Contudo, Aylmer anuncia a boa notícia. A saúde mental está entrando na pauta dos investidores que estão analisando o quanto as empresas cuidam de saúde mental para avaliar se vão investir ou não nelas. “Dentro da sigla ESG, que fala em meio ambiente, sustentabilidade e governança, hoje, sustentabilidade também está ligada ao indivíduo, uma preocupação que já é obrigatória. E isso é bom, pois na linha do tempo a saúde mental vai ser um diferencial nas organizações. Já está sendo”, conclui.

 

Os 5 melhores exercícios físicos para a terceira idade

Atividade física pode auxiliar na prevenção de quedas, doenças crônicas e no aumento da autoestima. Geriatra do Hospital Santa Catarina -- Paulista aponta quais são as atividades físicas mais indicadas para um envelhecimento saudável.

  

O Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo, com mais de 37 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse número deve crescer nos próximos anos e em 2030, de acordo com o Ministério da Saúde, o número de idosos deve ultrapassar o total de crianças de 0 a 14 anos.    

Diante desse cenário, são necessários alguns cuidados para que o envelhecimento aconteça de forma saudável, aliado à prevenção de doenças. Um dos principais meios para alcançar esses resultados é a prática regular de exercícios físicos. No entanto, é preciso ficar atento a algumas recomendações antes de começá-los.    

“O ideal seria o idoso passar por uma avaliação médica antes de iniciar a atividade física. Os principais objetivos seriam identificar possíveis doenças prévias e atuais, avaliar medicamentos em uso, estado nutricional, limitações osteoarticulares e musculares, definir uma prescrição adequada e personalizada de exercícios físicos”, afirma Márcia Oka, geriatra do Hospital Santa Catarina - Paulista.    

As atividades mais recomendadas para os idosos são aquelas de preferência pessoal e as recomendadas por profissionais, tais como caminhadas, atividades aquáticas (como natação e hidroginástica), alongamento, pilates, musculação e dança de salão. Esses exercícios aliviam dores, fortalecem músculos e evitam o surgimento de doenças crônicas como diabetes, pressão alta e colesterol alto.    

A prática de atividade física não traz somente auxílio para o corpo, mas para a mente também. “As atividades físicas, principalmente as realizadas em grupo, trazem benefícios psicológicos, emocionais e sociais. Aumentam a autoestima, a sociabilização e a rede de suporte social, além de trazer prazer e qualidade de vida”, explica a geriatra.    

“A prática da atividade física em domicílio traz muitos benefícios para quem não pode ou não consegue sair de casa, pois ajuda a manter a massa muscular, a coordenação motora, equilíbrio, diminui o risco de queda e melhora a condição cardiovascular. Os idosos que já têm avaliação médica prévia e já praticam atividade física devem continuar a prática. Para aqueles que são sedentários, o ideal é iniciar aos poucos e, de preferência, com a orientação de um profissional da saúde”, recomenda a médica.    

Confira os cinco melhores exercícios para a terceira idade  

  • Alongamento/Pilates  

    Melhora a flexibilidade e a circulação sanguínea. Além disso, a prática de alongamentos diminui a rigidez dos músculos e articulações, evitando o surgimento de lesões.
     
      
  • Atividades aquáticas  

    As atividades na água são algumas das mais recomendadas para a terceira idade. Elas auxiliam no fortalecimento muscular e das articulações sem tanto impacto, evitando lesões, que são prejudiciais nessa faixa etária. Somado a isso, os exercícios aquáticos ajudam na prevenção de doenças cardíacas e pulmonares.
     
      
  • Caminhadas  

    As caminhadas fortalecem os músculos e as articulações. Também ajudam no controle e melhora do ritmo cardíaco. Se feitas em grupo, podem promover o convívio social, importante para as pessoas com mais de 60 anos. Entretanto, é importante tomar cuidado com a postura e sempre se alongar.
     
     
  • Dança de salão  

    A dança promove mobilidade articular e fortalecimento muscular, que reduzem a possibilidade de queda, algo comum nessa faixa etária. Por ser feita geralmente em grupo, tem o mesmo efeito da caminhada, promovendo convívio social.
     
      
  • Musculação  

A musculação auxilia no fortalecimento muscular, melhora na postura e aumento na densidade óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais fortes, evitando desgaste e riscos de fraturas.  

 

4 hábitos que aumentam a ansiedade e sugam sua energia


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. No primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um estudo recente da OMS. 

“Se já não bastasse o mundo caótico nos deixando em constante estresse, ainda temos que lidar com nossos próprios desafios, como hábitos e comportamentos adquiridos ao longo da vida e que se internalizam, sendo que muitos deles nos impactam negativamente e nem percebemos. São práticas tão automáticas que já viram rotina, mas vão sugando nossa energia diariamente”, afirma Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.  

Segundo ela, o primeiro passo é reconhecer os hábitos nocivos, perceber seus efeitos negativos e se prontificar às mudanças. Para isso, a psicóloga listou alguns dos comportamentos que trazem prejuízos na qualidade de vida, mas que podem ser revertidos:

 

Sabotar a hora de acordar

Quando você faz isso, inconscientemente quer reivindicar o controle da sua vida, como se pensasse “eu decido a hora de levantar”. O problema é que esse hábito faz você entrar em um modo automático de procrastinação e deixar tudo para mais tarde. É realmente dessa forma que você quer começar seu dia? 

Levantar assim que o despertador toca interrompe esse processo e ajuda a começar o dia com tempo suficiente e sem correria. “Adotando isso como regra de vida, passamos a diminuir uma tendência de pensar excessivamente sobre cada detalhe, o que muitas vezes nos paralisa, e partir para a ação no momento em que ela nos chama, decisão que fará toda a diferença quando temos metas a cumprir”, diz Monica Machado.

 

Lotar a agenda sem incluir tempo para você

Passamos muito tempo envolvidos com detalhes da rotina, do trivial e do outro, o que não só reduz nosso tempo, como desvia a atenção do autocuidado. Se não dedicamos tempo para nós e para o que desejamos, ao final do dia só o que sentimos é um vazio, apesar de termos feito mil coisas. 

“Bloquear momentos para nós e para nossas prioridades não é egoísmo, é oxigênio para nossa vida. Se cuidamos de nós, estamos mais potentes para cuidar dos outros. Nossos dias passam a ter mais significado e experimentamos a sensação de satisfação por estarmos caminhando rumo ao nosso objetivo, incluindo nós mesmos”.

 

Alimentar pensamentos negativos

Quando você define uma lente pela qual enxergará o mundo, seu cérebro começa a captar as coisas sempre focado nela. E sempre que acontece algo que valida essa lente, ele manda sinais para prestarmos atenção naquilo. O resultado é que o pensamento negativo gera resultados negativos, que confirmam nossos pensamentos negativos, nos colocando em um espiral direto para o fundo do poço. Passamos a ver só o que é ruim e o que dá errado. 

“A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro. Se focarmos no lado bom das coisas, temos a tendência de ver o copo meio cheio. Um exercício fácil e poderoso para entrar nesse novo modo é praticar a gratidão. Você pode começar agradecendo diariamente por 3 coisas bacanas que aconteceram no seu dia”, aconselha Monica.

 

Comparar-se aos outros e tentar fazer igual

Com as redes sociais nos dando acesso a todas e todos, cair nessa armadilha é muito fácil. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos para tentar agir/ser como alguém que é mais famoso, bonito ou bem-sucedido. Esse é um dos hábitos mais destrutivos que podemos ter. 

“A comparação e a cópia matam sonhos, paralisam e deixam o mundo mais pobre, pois todos perdem quando um ser humano decide não expressar sua criatividade original. Você nunca será uma melhor versão da pessoa que você copia. O que você faz e fala, o post que você publica, a roupa que você veste, tem que ter a sua cara. Sua força está na sua autenticidade”, finaliza Monica Machado.


Características dos pais refletem no comportamento dos filhos; psicólogo explica

 

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Características dos pais refletem no comportamento dos filhos; psicólogo explica

 

Muitas características da personalidade dos pais refletem no comportamento dos filhos. O psicólogo André Barbosa afirmou que a primeira grande referência em construção de personalidade de um sujeito, que acontece na infância até os 9 anos, são os pais. “Obviamente, os comportamentos dos pais vão modelando a forma que eles devem agir e se comportarem no mundo.” 

Segundo o profissional de saúde, é por isso que é importante que os pais sejam coerentes naquilo que falam e fazem. “A criança busca referência do comportamento, principalmente do que é feito diante dos olhos da criança. Aquilo ali é um modelo que ela deve seguir, que ela acaba sendo impactada e influenciada bastante por isso.” 

André explicou que existem outros fatores de influência do comportamento, da personalidade, de construção do sujeito, como, por exemplo, a genética. 

 “A genética dos pais também influencia no comportamento e na construção de personalidade do sujeito. Os amigos também acabam meio que modelando de certa forma o comportamento e o psiquismo da pessoa, porque para entrar nesse modelo social a gente acaba criando tendências de adaptação ao meio. Por isso, o meio também modela, por nós sermos animais sociais, a forma como a gente vai agir lá fora.” 

Ainda conforme o psicólogo, o meio acaba trazendo algumas coisas para o nosso comportamento. “A gente não consegue simplesmente criar caixinhas, né? Caixinhas de como o eu, meu selfie vai se comportar no externo e como meu selfie vai se comportar no interno. A gente acaba sempre carregando algumas essências do que a gente vê lá fora”, disse. 

 Por fim, Barbosa confirmou, mais uma vez, que existe muita influência no comportamento dos pais na construção de personalidade dos filhos e também existe também muita influência e impacto dessa vida social e dos amigos no comportamento do sujeito, dessa criança.

 

 Dr. André Barbosa - psicólogo e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

@opsicologo

 @freudofficial


Como a musicoterapia pode ajudar a saúde mental

Dependendo do tipo de música é desencadeado sensações positivas ou negativas

 

Segundo Estudo publicado na revista JAMA Network Open, a música produz efeitos tão benéficos para a saúde mental como a prática de exercício físico para a perda de peso. O estudo foi realizado com aproximadamente 780 pessoas que mostraram que o impacto positivo em cantar, tocar ou ouvir música, era tão benéfico quanto fazer atividades físicas.

De acordo com Rita de Cassia dos Reis Moura, coordenadora do curso de Pós-graduação em Musicoterapia da Faculdade Santa Marcelina, a Musicoterapia pode ajudar pessoas com ou sem sofrimento mental. “A música estimula diversas áreas encefálicas e promove grande ginástica cerebral desencadeando alterações tanto fisiológicas como emocionais e comportamentais”, disse.

A seguir, Rita de Cassia explica como a Musicoterapia pode ser benéfica para a saúde mental.


Por que ouvir música provoca bem-estar nas pessoas?

As informações auditivas são transmitidas após várias sinapses em diversos locais do cérebro e termina no córtex associativo (multissensorial). A principal função é permitir selecionar o tipo de informação a tratar de forma prioritária; ela está ligada aos centros da vigília, das motivações, assim como aos centros de atenção. Nesse momento, o ouvinte pode optar pela informação que seja mais interessante, cativante ou importante. Sendo assim, áreas do controle cognitivo emocional projetam seus axônios para diversas regiões corticais e subcorticais liberando neurotransmissores que modulam a atividade dessas áreas. Os neurônios colinérgicos excitam os dopaminérgicos que são fundamentais na mediação dos efeitos de recompensa ou prazer nos modificando de forma positiva.


O sentimos ao ouvir música?

Dependendo do tipo de música que a pessoa escuta serão desencadeadas sensações positivas ou negativas. As aferências sensoriais podem ter efeitos emocionais sobre o encéfalo sem que o percebamos conscientemente. A emoção inconsciente pode liberar respostas neurovegetativas em experiências desagradáveis ou agradáveis e evocam uma maior atividade do encéfalo na região da amígdala e sistema límbico (é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais). A sensação de calafrios foi descrita a primeira vez por Goldstein em 1980 e são sentimentos de formigamento que os ouvintes às vezes experimentam. Calafrios são geralmente experiências agradáveis que podem ser acompanhados por reações fisiológicas, como arrepios. Os calafrios parecem estar relacionados a estruturas musicais distintas e ao sistema de recompensa no cérebro. Estudos utilizam os calafrios como indicadores de picos emocionais individuais, eles são indicadores confiáveis, combinando relatos de sentimentos subjetivos com excitação fisiológica: tipicamente a sudorese, secura da boca, tensão no estômago, respiração rápida, taquicardia e tensões musculares; além da percepção emocional: medo, raiva, alegria e tristeza, que são as reações básicas. Temos as emoções secundárias que são estados afetivos ou sentimos emocionais de estrutura e conteúdo mais complexos.  Essas alterações estão diretamente relacionadas a estados comportamentais, emocionais e de relações inter e extra pessoal.


Como a musicoterapia pode auxiliar a saúde mental das pessoas?

A saúde mental está relacionada à forma como as pessoas reagem às exigências, mudanças vivenciadas, desafios, como organiza suas ideias e emoções, claro que todos nós passamos diariamente uma série de experiências emocionais e como enfrentamos cada uma dessas experiências é que pode determinar nosso equilíbrio e saúde mental, estando diretamente relacionado com o bem-estar e qualidade de vida.

A Musicoterapia como uma terapia que utiliza os sons/músicas para acionar grupo de neurônios envolvidos e conectados a diversas regiões cerebrais, promove estimulação de neurotransmissor/hormônios que liberados no meio extracelular poderão promover diferentes formas de comportamentos, entre eles os emocionais/comportamentais.

O Musicoterapeuta tem tanto domínio musical como na área da saúde, os objetivos são bem específicos com o propósito de estimular, regular, modular e ativar funções cognitivas: como memória, motivação, atenção, concentração, controle motor, reflexão, bem como estados emocionais/humor e estados metabólicos.

Nesse sentido a saúde mental é um dos objetivos da musicoterapia no sentido de propiciar diferentes estímulos com intuito de obter equilíbrio, sensação de bem-estar, promover reflexão, harmonia no manejo positivo das adversidades e conflitos, promover o reconhecimento de limites individuais, das deficiências, satisfação em viver, nos relacionamentos, sensação de bem-estar e consequentemente melhor na qualidade de vida.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

ALERTA: PRÁTICAS ESPIRITUAIS ABUSIVAS

 Espiritualista Kélida Marques alerta sobre possíveis golpes no mundo religioso

 

 Fim de relacionamento, luto, autoconhecimento, desemprego são alguns dos motivos em que as pessoas buscam por ajuda de trabalhos espirituais.  No entanto, existem pessoas que fingem saber fazer esse trabalho para se aproveitar das vítimas. 

Nos últimos tempos tem crescido o número de casos, relatos e denúncias de abusos praticados por líderes espirituais, seja em religiões ou práticas de cura energéticas e abusos espirituais.

“Eles se aproveitam da vítima que por sua já está vulnerável, e abusos assim trazem efeitos psicológicos, assim como abusos físicos” pontua a Kélida Marques. 

Ainda segundo Kélida, as mulheres já tinham uma dificuldade muito grande de acessar o sistema de Justiça, com deslocamentos longos até delegacias da mulher, que muitas vezes estão sobrecarregadas ou não existem no local em que as mulheres sofrem violência. Além disso, em muito dos casos, elas não têm nem informação de quem procurar e acabam não denunciando. 

“Tenho uma fundação, a Ordem de Maria Padilha e Maria Madalena, lá ajudamos mulheres de todo o mundo a ter uma prática mais segura de sua espiritualidade sem vínculo religioso, isso é muito importante, nas minhas redes sociais falo mais sobre o assunto.”, comenta a espiritualista Kélida Marques. 

Há uma subnotificação por conta da falta de informação e da dificuldade de acesso ao sistema de justiça, durante a pandemia, passou a existir outra demanda. 

Abaixo a espiritualista traz algumas dicas que ajudam a ficar alerta, confira:

  1. Não existe sala VIP ou lugar mais reservado em templos espiritualistas. Todos os locais são abertos.
  2. O/A Líder espiritual não possui a necessidade ficar sozinho (a) com consulente. Sempre se faz necessário a presença de alguém para segurança do consulente ou do/da líder espiritual.
  3. Não existe a necessidade de ficar nu ou nua para nenhum rito espiritual. Todos são feitos com roupas normalmente.
  4. Em hipótese alguma existe a necessidade de tocar nas áreas intimas dos consulentes, lembre-se energia pode ser enviada à distância.
  5. Jamais fique em um local sozinha (o) com Líder espiritual de olhos fechados. Exceto se você está junto com mais pessoas e com local aberto (público dentro do templo).
  6. Não existe necessidade de práticas sexuais para geração de ectoplasma (Energia vital expelida pelo médium de materialização).
  7. Não existe a necessidade de atender chamadas noturnas para visitas no templo, bem como entidades de trabalho jamais chamarão consulentes ao templo para visitas suspeitas.
  8. Não existe favores sexuais em troca de cura física, emocional ou qualquer tipo de benefício que o consulente deseja obter do tratamento espiritual.

“Cuidado com essas situações que são as mais corriqueiras dentro de falsos templos espiritualistas. Se já foi ou conhece alguém que já passou por isso, fique em alerta e denuncie, é muito importante. ”, conclui a espiritualista Kélida Marques.

 


Cigana Kélida

canais do YouTube

@kelidaoficial

 

Como anda a sua saúde mental?

No Brasil 44% das mulheres se sentem esgotadas


O mês de maio nos EUA é o mês da consciência da saúde mental. Uma em cada 5 pessoas sofrem de doença mental por ano nos EUA, cerca de 40 milhões de pessoas.


Aqui no Brasil o mês de maio a pouco tempo passou a ser um mês que uma causa ganha visibilidade: a saúde mental materna. É o maio furta-cor. A campanha surgiu no ano passado com a ideia de dar mais atenção ao sofrimento mental de mulheres com a extensa demanda da maternidade. A psicóloga, pós graduada em neurociências e CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub lembra que no passado não se falava em maternidade real, sua exaustão e dificuldades vividas por quem, ao contrário do que muita gente pensa, não nasce pronta para o papel de mãe.

“Sem sexismo, temos que reconhecer: as mulheres andam sobrecarregadas e quando se tornam mães o peso só aumenta.” ressalta Shana. As demandas profissionais e do dia a dia não diminuem. Uma pesquisa da Deloitte (empresa de auditoria e consultoria empresarial) aponta que o Burnout cresce entre as mulheres no mundo. As brasileiras sofrem níveis ligeiramente mais baixos de burnout do que no resto do mundo. No Brasil 44% das mulheres se sentem esgotadas, enquanto a taxa global é de 46%.

A psicóloga e pós graduada em neurociências a CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub alerta para a necessidade de prevenir, para que a situação não chegue a pontos extremos. “Com certeza não vamos deixar de sermos mães e poucas são as que acabam largando a carreira e se dedicando somente ao filho ou vice e versa. Então uma das saídas é procurar mudar hábitos e buscar ajuda antes de explodir. Técnicas de mindfulness, por exemplo, trazem muitos benefícios.” O livro “Mindfulness O diário” da Corinne Sweet traz uma lista de benefícios sobre essa técnica. Shana Wajntraub separou alguns:

Diminui o estresse porque altera positivamente a atividade cerebral;


Alivia a dor porque ajuda a identificar e controlar as emoções;

Acalma, aumentando a capacidade de se concentrar, enfrentar dificuldades e controlar as reações diante de situações desafiadoras;

Pode melhorar a memória agindo como força protetora das atividades cerebrais e protegendo contra a perda de memória;

Pode melhorar o desempenho, aumentando a concentração e a confiança. 

Além da técnica do mindfulness é preciso desacelerar, deixar um tempo para o lazer, para a espiritualidade, ter um hobby, cuidar do lado físico que significa ter hábitos saudáveis na alimentação, dormir o suficiente e fazer exercícios. Às vezes até um desequilíbrio hormonal ou falta de alguma vitamina podem influenciar na saúde mental. 

Acalmar os pensamentos e a mente são indispensáveis nos tempos que vivemos hoje. Ou mudamos nossa maneira de encarar e levar a vida, ou viramos estatísticas. Qual caminho você prefere?

 

Shana Wajntraub - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM. Palestrou no CBTD em 2020e 2021e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, vivo, Amil, Magazine luiza, Camil.


São Judas oferece terapia gratuita com animais para público infantil

 Atendimento é realizado nas clínicas de Psicologia e Fisioterapia do campus Mooca; oficinas são ofertadas durante todo o mês de maio

 

Com o propósito de promover bem-estar e melhorar os aspectos emocionais, físicos e cognitivos das crianças, a Universidade São Judas, integrante do Ecossistema Ânima, iniciou um projeto multidisciplinar das clínicas de Fisioterapia e Psicologia no Hospital Veterinário, localizado no campus Mooca. Durante este mês, os pacientes contarão gratuitamente com oficinas de Terapia Assistida por Animais (TAA), que consiste em ter o animal como o principal agente terapêutico durante o tratamento, podendo ser de grande ou pequeno porte. 

“Em crianças, os resultados da zooterapia são muito benéficos visto que o animal torna as sessões mais leves, tranquilas e diminui a resistência em certos tipos de atividades”, destaca Milena Rodrigues, professora de Medicina Veterinária da Universidade São Judas. “Esse tratamento pode ser feito com diversos tipos de animais, porém os cachorros costumam ser os mais escolhidos pelos pacientes, por ser um bicho extremamente companheiro.” 

Os alunos dos cursos de Psicologia, Fisioterapia e Medicina Veterinária auxiliarão em todo o processo de organização do projeto, trabalhando na produção de relatórios e no acompanhamento dos pacientes. Além disso, os professores são responsáveis pela supervisão do tratamento cujo objetivo é registrar e avaliar os resultados das intervenções.


Especialista explica quais efeitos da positividade tóxica no trabalho ou escola

Apesar de todos os benefícios que nos podem ser trazidos pelo otimismo, no pensamento positivo que libera neurotransmissores que causam euforia, recompensa e satisfação, é preciso estar atento ao fato de que, muitas vezes, a positividade tóxica ignora emoções ruins e pode trazer muitas consequências semânticas, negativas.


De acordo com o PhD em Neurociências, mestre em psicologia e Biólogo, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, culpa, vergonha, falta de empatia, desenvolvimento e crescimento profissional prejudicado, incluindo consequências como aumento de ansiedade e seus reflexos na saúde mental, podem ser encarados como efeito espelhado do comportamento na escola e até mesmo no trabalho, já que emoções negativas nos levam a dimensões curativas sobre nossos comportamentos.

Para ele, quando entramos em contato com nossa realidade e o que podemos fazer para performarmos melhor, a tendência é de ampliação de nossa “biblioteca comportamental” tendo um maior e melhor repertório de ações para a vida.

O professor aponta ainda que precisamos aprender a lidar com experiências ruins e dolorosas, pois senti-las e tratá-las, resulta em experiência e melhores opções para melhores resultados.

Ainda conforme Fabiano, a percepção do outro sobre sobre si e até de si mesmo e como se vê de verdade.

“A rede social traz a semântica fantasiosa causadora do egoísmo, falta de empatia e outros indícios narcísicos”, completou.

Fabiano de Abreu Agrela reforçou que o mais importante é tentar alertar amigos e familiares a não caírem nas armadilhas da positividade tóxica. Novamente, para ele, o mais importante é entender os limites do outro.

“Lembre que uma pessoa que está com olhar de extrema positividade acaba ignorando os riscos envolvidos. A inteligência deriva principalmente da capacidade de análise de todo um panorama, seja negativo e positivo para o processo individual, levando a evolução da sociedade, que retorna e reflete em si mesmo”, finalizou.




Dr. Fabiano de Abreu Agrela - diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.


Como a gratidão ajuda a cuidar da saúde mental


Uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) aponta que os casos de depressão dobraram no período de quarentena e que casos de ansiedade e estresse tiveram um aumento de cerca de 80%. Em novembro, um levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostrou que pelo menos 40% dos brasileiros tiveram problemas de ansiedade durante o período. 

Claro, procurar acompanhamento médico e psicológico para manter a saúde mental é essencial, mas segundo um levantamento do Instituto de pesquisas FSB, apenas 10% dos brasileiros fazem isso com regularidade. 

Para a especialista em Saúde Mental e psicóloga da Sami, Simone Matias, “não temos o hábito de auto-perceber nossa saúde mental e por isso não procuramos ajuda. Além disso, poucas pessoas sabem como buscar esse cuidado, por isso alguns problemas se tornam verdadeiras ‘bolas de neve'''. 

Simone identifica que durante a pandemia fomos afetados por um contexto de negatividade que prejudica as sensações que fazem bem para a mente, como esperança, merecimento e gratidão. Esta última representa um importante estado emocional, associado à percepção de benefícios recebidos. 

A gratidão é reconhecida cientificamente por seus efeitos positivos. Um estudo da Universidade da Califórnia (UCLA) aponta que ser grato regularmente modifica algumas moléculas do cérebro, que interferem na nossa felicidade e saúde. Neste estudo, os voluntários foram divididos em 2 grupos: o primeiro deveria listar motivos diários de gratidão, e o segundo deveria listar diariamente seus incômodos durante 10 semanas. A experiência provocou um sentimento de maior disposição no grupo da gratidão, que passou a se exercitar mais e também a oferecer um suporte emocional maior às pessoas de seu convívio. 

Na Sami, cerca de 10% dos atendimentos são de pacientes com queixas ligadas à saúde mental. Destes, 76% estão relacionados à ansiedade e depressão. Para manter a saúde mental dos seus membros em dia, a operadora digital incluiu em seus planos, de forma gratuita, recursos como academias, personal trainers, meditação, yoga, pilates, exercícios de mindfullness e o acompanhamento de Times de Saúde multidisciplinares que cuidam do paciente integralmente. 

Segundo Simone, um dos exercícios que devem ser indicados aos pacientes é o de identificar e de criar momentos de gratidão, seja para agradecer ao outro ou por algo. “Quando é um hábito, ela pode reduzir seu estresse e fortalecer seu sistema imunológico, melhorar sua energia e disposição e diminuir sensações negativas como solidão, medo, inveja e ressentimentos”, destaca a psicóloga. 

Por fim, separamos algumas dicas da especialista para transformar a gratidão em um hábito para uma vida melhor:

  • Faça uma pausa para analisar suas conquistas e como você tem aproveitado as oportunidades do dia a dia;
  • Busque agradecer às pessoas pela importância delas na sua vida, mesmo que virtualmente. Mande mensagens para seus amigos e expresse o quanto vocês vivem boas experiências. Não guarde para si.
  • Espalhe mensagens positivas nos seus materiais de estudo e de trabalho, procurando destacar a importância de percorrer aquele caminho e tudo o que você conseguiu até agora;
  • Procure ser mais presente na vida das pessoas que gosta. Essa é mais uma forma de agradecer e demonstrar afeto através da generosidade;
  • Procure reservar um momento na semana para contemplar a natureza, como céus, pássaros, cachoeiras e agradecê-la por sua beleza natural. A contemplação faz bem à mente e ao corpo.


Descubra os benefícios e os prejuízos que o perfeccionismo causa à saúde mental

Mais que a excelência em todas as tarefas realizadas, a perfeição exagerada pode causar danos e diminuição da autoestima


Tudo que um perfeccionista quer é realizar suas atividades com perfeição, mas, geralmente, esse desejo é para se proteger das críticas, rejeições e desaprovações. Ter esse traço pode ter o seu lado positivo, porém essa necessidade pode causar danos à saúde mental.  

O psicólogo e professor da UNINASSAU Caxangá, Amaro Ferreira, comenta que o perfeccionista tem uma necessidade de atingir os altos e rígidos padrões criados por ele mesmo. "A pessoa tende a seguir regras e, constantemente, realiza autoavaliações que são muito rigorosas, nas quais ela se menospreza e se culpa, porque nunca está satisfeita com sua performance", esclarece.  

O lado positivo do perfeccionismo está no alcance de objetivos, aperfeiçoamento de habilidades e na dedicação e determinação que são despertados no indivíduo. No entanto, na maioria dos casos, ela passa de uma necessidade saudável e se torna uma obsessão. "Os padrões de um perfeccionista são tão altos que nem ele mesmo consegue alcançar, por isso acaba se frustrando e acreditando ser incapaz", comenta.  

As pessoas que possuem perfeccionismo tendem a demonstrar medo constante, frequentes frustrações, busca pela opinião alheia, autossabotagem e pensamentos extremistas. "Quem possui esse traço não gosta de decepcionar ninguém. Ele gosta de ter tudo sob controle. Desta forma, não admite que alguém não se agrade de alguma tarefa e tenta sempre provar a sua habilidade", explica.  

O psicólogo é o especialista mais indicado para equilibrar o desejo da perfeição, entendendo qual a sua origem e os estados emocionais atrelados e tratar os males que ela causou. “Não há problema em buscar a excelência para atingir metas, seja na vida profissional ou acadêmica, mas é importante estar atento para não cometer danos a sua saúde mental”, alerta.


Muito além do laço de sangue: família sob a ótica dos sentimentos

Divulgação FreePik

No sentido tradicional, ao consultar o dicionário Aurélio, família significa: “1. Pessoas aparentadas, que geralmente vivem na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. 2. Pessoas do mesmo sangue (...) 5. Grupo de indivíduos que professam o mesmo credo, tem os mesmos interesses (...)”. Sem dúvida, essas são definições que representam o significado de relação familiar. Entretanto, se pensarmos em família sob a ótica dos sentimentos, o significado se amplia e vai além da condição social que se institui entre as pessoas.

Fato é que a família, se compreendida pelo viés do sentir, transpõe o viés biológico material e constitui, como sendo o seu elemento principal, o vínculo formando entre as pessoas. E isto porque o vínculo não só une, mas, também, teria por função auxiliar na construção da identidade e, assim, oferecer algum sentido à existência. Família é amor, paixão, harmonia, raiva, discórdia, culpa, ódio, remorso, amizade, desarmonia, solidariedade, conquista, derrota, vitória, enfim, sentimentos e sentimentos que colorem a vida das pessoas.

Tem a chamada "família original", aquela que, se tornando geradora de outros núcleos familiares, na continuidade da vida, replica a cultura e seus valores. Tem a família de amigos, trabalho, profissão, tem até a família por tradição. Sem falar da que é formada por amigos ou mesmo aquela que agrupa animais e seres humanos. Enfim, a familiaridade, pelo viés dos sentimentos, se forma, não pelos laços de sangue, mas pelos laços afetivos, melhor, pelo sentimento de pertencimento que une os seus integrantes.

E essa, talvez, seria a razão de que, desde os primórdios da história, independente da forma como seja ou tenha sido instituída, a família culmina por se tornar o grupo ideal para o ser humano aprender a se relacionar, a respeitar, enfim, a evoluir como gente. Até porque, o núcleo familiar, mesmo caminhando entre avenças e desavenças, é um grupo que está sempre aberto a acolher a pessoa que a ele é ligada por um vínculo, ou seja, pelos sentimentos. 

 

Beatriz Breves - psicóloga, psicanalista, física e psicoterapeuta. Sua especialidade é a Ciência do Sentir e os mais de 500 sentimentos listados durante 35 anos de pesquisa.

 


Segurança online: 69% dos solteiros brasileiros compartilham informações sensíveis nos apps de paquera

 

Os aplicativos de paquera são a melhor forma de encontrar um romance ou novas amizades nos dias de hoje, mas eles também podem tornar essa missão cada vez mais complicada, visto que o aumento de trocas entre solteiros em apps pode levantar questões de segurança. E a segurança online é uma prioridade máxima para o happn, um dos principais aplicativos de paquera online do mundo, que lançou, recentemente, uma pesquisa global sobre segurança online.

A pesquisa revelou que muitos usuários brasileiros correm riscos desnecessários quando utilizam os aplicativos para encontrar um Crush: 69% compartilham informações sensíveis, tais como informações pessoais e/ou profissionais, lugares que frequentam (como academia, bares, restaurantes), informações sobre a família, instituição de ensino e contas nas redes sociais.


Vamos facilitar as coisas - aqui está o meu número!

Os brasileiros correm outro risco quando utilizam apps de encontros compartilhando o seu número de telefone pessoal: 38% preferem compartilhar o seu número de telefone ou rede social para continuar a conversa através de outros meios logo nos primeiros momentos da conversa online. Apenas 27% preferem continuar o papo dentro do aplicativo de namoro até ao primeiro encontro.

 

É tudo culpa sua

Outro fato notável da pesquisa é que 20% dos brasileiros acreditam que sua segurança online depende mais da conduta dos outros do que de seu próprio comportamento online. Em comparação, 17% estão cientes de que sua segurança online depende de seu próprio comportamento. Mas quem pensa que os brasileiros seriam as pessoas menos conscientes a este respeito está errado: uma porcentagem ainda menor dos britânicos e franceses considera que sua segurança online depende mais de si mesmos do que dos outros, 7% e 10%, respectivamente.

 

Relações rápidas

Some-se a isso o fato de que mais da metade (57%) dos usuários no Brasil acreditam que uma semana de contato é suficiente para compartilhar informações pessoais. Números semelhantes em outros países: 49% no Reino Unido, 61% na França e 61% na Holanda.

"Estes dados são preocupantes porque mostram um alto nível de confiança no comportamento da outra pessoa, traduzindo-se em uma presença não muito consciente de segurança nas ferramentas de relacionamento. Por exemplo, normalmente, não compartilhamos nosso endereço ou outros dados pessoais com um estranho com quem iniciamos uma conversa na fila do cinema. Por que faríamos isso em um app? Devemos ter claro que o cuidado que tomamos no mundo real deve ser transferido para o mundo digital", adverte Michael Illas, especialista em relacionamentos do happn.

Quem é mais cuidadoso?
A pesquisa também mostra que as mulheres tendem a ser mais desconfiadas e a recorrer a cuidados extras. Ao mesmo tempo, apenas 14% das usuárias brasileiras dizem que se sentem seguras em aplicativos de namoro, este percentual aumenta para 43% entre o público masculino no Brasil. Enquanto 61% das mulheres dizem que frequentemente compartilham sua localização com pelo menos um amigo durante o primeiro encontro (como medida de segurança), apenas 28% dos homens dizem que fazem o mesmo. 

Esta realidade muda nos países europeus. De acordo com a pesquisa, tanto as mulheres quanto os homens se sentem mais seguros dentro dos apps. Na França, 24% do público feminino diz que se sente seguro, enquanto no Reino Unido, este número sobe para 33%, e na Holanda, para 48%. Entre os homens, as porcentagens são ainda mais elevadas: 44% (França), 67% (Reino Unido) e 61% (Holanda), respectivamente. 

Em público
Mas há um consenso positivo entre o público brasileiro: a pesquisa prevê que a grande maioria de ambos os sexos prefere fazer seu primeiro encontro em público - 98% das mulheres e 89% dos homens - e se sentem mais seguros dando um Crush (quando dois perfis se dão like) a um perfil certificado - 75% das mulheres e 72% dos homens.

"Uma informação encorajadora que identificamos nesta pesquisa de segurança global é que 65% de nossos usuários masculinos e femininos, em todos os países pesquisados, se sentem mais seguros no happn do que em outros apps de encontros. Isto nos mostra que estamos no caminho certo para promover um ambiente virtual cada vez mais seguro. Mas, dado o quadro geral, entendemos que podemos fazer ainda mais e que precisamos encorajar nossos usuários a repensar sua atitude ao paquerar, colocando a segurança pessoal em primeiro lugar. Para este fim, compartilhamos dicas básicas e úteis para ter um Crush mais seguro", acrescenta Illas.

> Dicas do happn para uma paquera online mais segura:

1. Dê preferência aos perfis certificados: Sabe aquele selo azul ao lado do nome da pessoa nas redes sociais? Bem, eles também existem em aplicativos de namoro, incluindo o happn. A marca sinaliza que o perfil é real e realmente pertence à pessoa na foto. Portanto, quando você estiver flertando online, tente dar Crush aos perfis com este selo. E também, certifique-se de que seu perfil seja certificado - desta forma, você mostra ao Crush que ele ou ela pode conversar com você sem medo de ser enganado por uma conta falsa.

 

2.  Não tenha pressa para um encontro cara a cara: conheça bem seu Crush através da seção de mensagens do aplicativo, usando todos os recursos de paquera digital que o aplicativo oferece, tais como chamadas de vídeo e chamadas de áudio. Desta forma, você pode ter certeza de que a pessoa que você está encontrando corresponde à pessoa nas fotos, e você pode entender se há química entre vocês antes de sair de casa para um encontro pessoal. Além disso, você também protege suas informações pessoais tais como número de telefone, endereço ou e-mail. 

 

3. Quando chegar a hora de um encontro, escolha o lugar certo: a conversa correu bem no app, fizeram uma chamada de vídeo e áudio dentro do próprio aplicativo e marcaram um encontro? Ótimo, mas escolha o lugar certo para isto. Se você quiser conhecer a outra pessoa, faça-o em um ambiente seguro e público, como um restaurante, bar ou shopping. Durante seu primeiro encontro, fique em contato com seus amigos: diga a um amigo ou parente para onde você vai e a que horas. Certifique-se de ter seu telefone celular com você e de que ele esteja totalmente carregado.

 

4. Não revele muito de sua vida: Lembre-se que a pessoa que você está encontrando ainda é um estranho até que você o conheça a fundo na vida real. Como você faria com qualquer estranho: não compartilhe nenhuma informação pessoal ou sensível sobre sua vida até conhecê-lo melhor. Em vez disso, busque uma conversa mais relaxada sobre hobbies, filmes/música e esportes.

 

5. Ouça seu instinto: se você não se sentir confortável durante o encontro, saia. Não hesite em encurtar o encontro. Se seu instinto lhe diz que algo está errado ou que você não se sente seguro, escute-o. Não há problema em sentir que a química não está no ponto entre vocês, e você pode simplesmente explicar calmamente ao seu Crush e partir.


 happn


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