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sábado, 14 de maio de 2022

Habilidades socioemocionais são tão importantes quanto o desenvolvimento das habilidades acadêmicas, diz psicóloga

Elas são essenciais para que a criança se desenvolva bem em todas as áreas, complementa especialista. Escola busca parceria da família para o desenvolvimento holístico de seus alunos e oferece suporte para os pais.

 

Saber identificar e comunicar sobre suas emoções, aprender a lidar com conflitos, ter atitudes empáticas em relação ao outro, assumir responsabilidades e ter autonomia são algumas habilidades socioemocionais do ser humano que, nos últimos anos, vêm ganhando relevância dentro do ambiente escolar e fora dele.  Tradicionalmente dedicadas ao desenvolvimento intelectual dos alunos, as escolas agora compreendem cada vez mais a importância do desenvolvimento da inteligência emocional e envolvem as famílias para que  compreendem e invistam nesta faceta do desenvolvimento.

É que, embora a capacidade de processar informações e desenvolver o conhecimento acadêmico seja importante, estudos chegaram à conclusão de que ele, sozinho, não basta. Segundo o psicólogo, escritor e Ph. D. de Harvard, Daniel Goleman, ela só é responsável por 20% do sucesso da vida de um adulto. O restante advém de suas habilidades socioemocionais, que ele batizou como Quociente Emocional (QE).

“Infelizmente, nós nos deparamos hoje com grandes profissionais, cientistas e empresários muito capazes intelectualmente em suas áreas, mas com importantes desafios no âmbito socioemocional. As habilidades socioemocionais são fundamentais para que as demais áreas se desenvolvam também com a efetividade e qualidade esperada”, confirma a psicóloga Cida Corrêa, diretora da escola canadense Maple Bear Goiânia, que ofereceu aos pais de alunos um workshop sobre o tema.

A escola adota o modelo educacional dentro da perspectiva holística, por isso, além de suas atividades integradas voltadas para os alunos, também cria oportunidades psicopedagógicas para apoiar as famílias nessa tarefa.

A psicóloga Thaís Nascimento, convidada para ministrar o workshop, lembrou que a escola é responsável por apenas 22% das horas úteis da criança ao longo da semana, por isso, é muito importante que as famílias estejam alinhadas com a escola nessa missão.

“A gente percebe que a família, envolvidos em tantas obrigações e compromissos em sua rotina, muitas vezes têm dificuldade no desempenho de seu papel”, comentou. Para ajudar aos pais, ela deixou algumas dicas práticas para ajudá-los nesse processo:


Desenvolva o autoconhecimento - os pais são os primeiros a precisarem aprender a nomear seus sentimentos para conseguir ajudar os filhos a também alcançarem o autoconhecimento. Afinal, são o exemplo e o espelho. É preciso identificar para si mesmos quando estão angustiados, preocupados, chateados para entenderem melhor suas reações às mais diversas situações.


Coloque a criança em seu papel de aprendiz - os filhos não nascem prontos, eles são aprendizes e precisam de orientação durante a infância. Não espere que eles mudem de comportamento sozinhos, eles precisam que alguém lhes ensine o que fazer nas mais diversas situações.


 Ensinar o filho não é fazer por ele - é comum que os pais fiquem com pena dos filhos e lhes ofereça auxílio, quando isso não é necessário. Deixá-los guardar os brinquedos, arrumar a própria cama, ainda que não o façam com maestria em razão da idade, é um exercício que vai além do propósito de ajudar a família na organização do lar. “Você ajuda a reconhecer sua capacidade, a entender que pode ser autônoma e se sentir empoderada


Faça perguntas - Thaís Nascimento estimulou que os pais, na hora de orientar os filhos, façam perguntas, ao invés de simplesmente dizer o que a criança deve fazer. “Resposta dada não é resposta aprendida, resposta vivenciada é resposta aprendida”, compara. Ela diz que, a criança pode não responder de imediato um questionamento, mas irá refletir sobre ele, o que é muito importante para seu aprendizado.


Saiba como evitar o atraso na linguagem das crianças

 Professora do curso de Fonoaudiologia da Braz Cubas, fala sobre os cuidados que os pais devem ter para estimular corretamente a fala de seus filhos

 

Depois que as crianças começam a caminhar, a próxima etapa é o desenvolvimento da fala, que costuma acontecer um pouco depois, porém, algumas crianças apresentam um atraso na fala. Os motivos são vários, mas a intervenção dos pais no processo deve ser essencial para o estímulo dos filhos.

Segundo a professora do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Braz Cubas, Vanessa Falbo Simões Mariano, o esperado é que a criança comece a falar por volta dos dois anos de idade, porém antes disso muitas coisas vão acontecendo no desenvolvimento, que culminam na fala propriamente dita. “Desde a atenção aos sons da fala muito cedo, quando a criança escuta as pessoas falando e passa a reproduzir a melodia da fala, isso já mostra o início do desenvolvimento de linguagem”, explica Vanessa.

A professora ressalta que existem diversas formas de estimular a linguagem de um modo geral, com mudanças de atitude e sem a exigência de materiais específicos, entre eles: conversar dando uma atenção bem direcionada ao filho, respeitar o tempo de elaboração das respostas, contar histórias e cantar músicas. Todas podem ser consideradas ótimas formas de estímulo da linguagem das crianças.

Para Vanessa, o uso de telas como TV, computadores e smartphones são contraindicados. “Enquanto a criança está fazendo o uso de telas, ela deixa de interagir com o outro e tende a não se comunicar de forma expressiva e precisa. A fala se desenvolve por meio do uso proficiente, das interações, desde as mais simples até às mais complexas. Nós mudamos nosso discurso conforme o interlocutor e por mais interativo que seja um aplicativo ou um desenho, nada substitui o contato com o outro, a percepção do contexto, a observação da expressão facial e corporal, tão importantes na expressão e compreensão da linguagem”, salienta.

Os pais podem perceber se o filho está com atraso, quando se nota que existe dificuldades por parte da criança em entender o que é dito, quando ela não interage muito bem, não conversa muito ou está demorando para falar. De acordo com a especialista, quando todos os indícios citados começarem a aparecer, vale a pena buscar o auxílio do profissional de Fonoaudiologia. “Nem sempre é preciso intervenção, mas o Fonoaudiólogo pode direcionar a família para o desenvolvimento de um ambiente rico e estimulador em relação à linguagem”, esclarece.

A professora da Braz Cubas afirma que com a chegada da pandemia, apesar de muitos pais terem feito um excelente trabalho com os filhos, gerando uma aproximação das famílias, as crianças perderam a possibilidade da interação com outras pessoas em outros contextos. Por exemplo, durante a pandemia, as crianças perderam a possibilidade de se enturmar com indivíduos da mesma faixa etária na escola. “É na escola onde ocorrem grandes interações, momentos dirigidos e espontâneos de aprendizagem e de brincadeiras, tão importantes no desenvolvimento da linguagem”, salienta.

Por fim, a fonoaudióloga destaca que sempre quando os pais tiverem dúvidas em relação ao desenvolvimento dos filhos, é importante consultar um fonoaudiólogo, pois este profissional está habilitado a esclarecer dúvidas e auxiliar a melhor forma de estimular a linguagem e caso necessário, tratá-la.

Abaixo, a professora do curso de Fonoaudiologia elenca as principais dicas que os pais podem usar para estimular a fala das crianças. Confira:

  • Garanta que a criança esteja ouvindo bem, pois a audição é o principal canal de recepção de informações linguísticas. Se a criança não ouve bem, dificilmente terá um bom desenvolvimento de linguagem;
  • Dê valor às falas espontâneas e todas as produções de sons que a criança fizer, se esforçando para compreendê-la, imitando-a, dando atenção e respondendo de forma positiva;
  • Fale devagar e corretamente, dando à criança sempre o modelo correto. Nada de imitar a criança quando ela falar “errado” e evite utilizar palavras no diminutivo sempre;
  • Aproveite ao máximo as situações de diálogo, utilizando palavras com sentidos novos, convidando as crianças à reflexão e oferecendo espaço para questionamentos;
  • Pratique em casa jogos ou brincadeiras que estimulem a fantasia e a imaginação;
  • Conte histórias, cante músicas, façam brincadeiras com palavras, entre outros. Tudo é válido;
  • Favoreça a interação entre a família, escola e amigos, motivando a troca de experiências.

 

Centro Universitário Braz Cubas

 www.brazcubas.br 


Como as mães podem manter a qualidade do sono e o bem-estar na vida atarefada


Não é segredo que as mães possuem uma vida super ocupada. Elas têm muitas responsabilidades, como cuidar da casa, trabalho, filhos, e muitas vezes não possuem o tempo necessário para cuidar de si mesmas. 

No entanto, é importante que as mães mantenham a qualidade e o bem-estar do sono. Nesse período, os radicais livres são metabolizados pelo corpo, o que previne o envelhecimento precoce, obesidade e até mesmo o câncer. Por outro lado, ao não ter uma boa noite de sono, a mamãe tem mais chances de contrair doenças infecciosas e cardiovasculares. 

Aqui estão algumas dicas sobre como as mães podem fazer isso.

 

5 Dicas para mamães manterem o sono em dia 

Organize sua vida diária 

Muitas mães estão tão ocupadas cuidando dos filhos e das tarefas domésticas que não têm tempo para si mesmas. Mas é importante agendar um “horário para mim” todos os dias, mesmo que seja apenas por 15 minutos. Durante esse período, faça algo relaxante, como ler um livro ou tomar banho.

 

Reserve um tempo para cuidar de si mesma 

O autocuidado de uma mãe não é egoísmo, é essencial. Uma boa noite de sono pode ser a diferença entre uma mãe esgotada e uma bem descansada. 

Se necessário, troque de lugar com seu parceiro ou faça arranjos para que outra pessoa cuide das crianças para que você possa descansar um pouco mais.

 

Cuidado com a apnéia e outros distúrbios do sono 

A apneia do sono é um distúrbio potencialmente grave no qual a respiração pára e começa repetidamente. Se você ronca alto e se sente cansado, mesmo depois de uma noite inteira de sono, pode ser um sinal do distúrbio. Existem tratamentos disponíveis que podem ajudar. 

Outros distúrbios do sono incluem narcolepsia, uma condição crônica que causa sonolência diurna severa e episódios de adormecer inesperadamente durante o dia, a Insônia, que é a dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo o tempo suficiente para se sentir descansado, e a síndrome das pernas inquietas (SPI), uma necessidade de mover as pernas quando você está em repouso, o que pode dificultar o sono ou a permanência do mesmo.

 

Faça exercícios relaxantes e prepare o ambiente para dormir 

Existem algumas coisas que as mães podem fazer para manter a qualidade do sono e o bem-estar no ocupado dia a dia. Primeiramente, é importante realizar exercícios relaxantes e preparar o corpo e o ambiente para dormir. 

Isso significa estabelecer uma rotina regular que antecede o sono, ter um colchão confortável, deixar o quarto escuro e fresco e desconectar-se das telas eletrônicas pelo menos uma hora antes de dormir. Além disso, evite a cafeína no final do dia e estabeleça uma hora de dormir regular. 

 

Priorize o seu sono 

Quando se está deprimida, pode ser tentador ficar acordada até mais tarde para assistir TV ou percorrer as mídias sociais. Mas sacrificar o sono é uma receita para o desastre. Uma mãe cansada é uma mãe irritadiça, e isso não faz bem a ninguém. Portanto, se você quiser manter sua sanidade, priorize seu sono e obtenha as 7/8 horas recomendadas todas as noites. 

É importante que a mãe reserve um tempo para si. É fácil esquecer desses cuidados quando há tantas outras pessoas e detalhes que precisam de sua atenção. Mas se você quiser manter sua saúde e bem-estar, é importante se organizar para manter seu descanso em dia.


Saúde mental dos estudantes no pós-pandemia impõe maior acolhimento na rotina escolar


Uma pesquisa realizada pelo governo de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna revelou que dois em cada três (ou seja, 70%) estudantes do 5º a 9º ano do ensino Fundamental e Ensino médio da rede estadual de São Paulo apresentam sintomas de depressão e ansiedade. O levantamento contou com a participação de 642 mil alunos no âmbito do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp).

Ainda não foram divulgadas pesquisas sobre o tema em Minas Gerais, mas nos últimos meses, foram registrados diversos casos de violência nas escolas do estado. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, em 2022, com a volta total das atividades – exceto na rede do Estado, cujo ano letivo começou em abril por conta de greve –, houve 68 ocorrências de lesão corporal e outras 82 de agressões.

Segundo avaliação da psicóloga escolar do Sistema Gabarito de Ensino, Maria Carolina Rodrigues Tomé, a questão do bullying e da violência se aprofundaram em resposta à pandemia. “Antes da pandemia, esse movimento já estava acontecendo, com episódios de intolerância às diferenças e diversidade de opiniões. Dependendo do nível escolar, principalmente no Fundamental 2, fase na qual as crianças estão começando a desenvolver sua identidade jovem, a exclusão acontece de maneira mais intensa, até como um sintoma de insegurança e sentimento de inadequação dos jovens de 10 a 14 anos. Esse fenômeno ganhou uma superdimensão porque as pessoas ficaram isoladas em suas casas e deixaram de estabelecer relações sociais de qualidade, voltando para a escola com resquícios de uma vivência muito individualista/individualizada. Então, lidar com a opinião do outro, com o convívio social, com as diferenças, com regras e com a mediação de conflito, gerou um cenário mais delicado e complexo de gerir”, avalia.

A questão do impacto do isolamento social no comportamento humano vem sendo estudada há um tempo pela psicologia social: a questão dos transtornos de ansiedade e depressão, a sensação de pouca motivação, de fracasso, irritabilidade, insônia, tudo já era previsto em situações de falta de contato social. “Quando você isola as pessoas do contato humano – porque nós somos essencialmente sociais – você tira delas a essência de sua humanidade, então o corpo e a mente começam a responder de maneira aguda. Nesse cenário, realmente o avanço e crescimento dos transtornos mentais foi assustador, com muita busca por atendimentos na área de saúde mental. Nunca foi tão nítido e concreto a noção de que precisamos do outro para nos constituir, essa perspectiva cabe, também à escola e à aprendizagem”- diz a psicóloga.

Volta às aulas

Com o retorno às atividades escolares, as instituições de ensino precisaram se adaptar à nova realidade para promover o acolhimento dos alunos. “Desde o início do ano nós estamos discutindo com toda a equipe pedagógica ações dentro de sala de aula que gerem acolhimento ao aluno. Ao professor foi orientado que abrisse espaço de debate sempre que o tema surgisse para privilegiar a escuta ativa. O Gabarito sempre teve espaço de acolhida, nós promovemos a psicologia escolar como um lugar de acolhimento, orientação de pais e aluno, e agora nós estamos com um projeto muito interessante que chama Gente em Rede para todas as pessoas que fazem parte da formação do aluno, como funcionários, professores, gestores pedagógicos e famílias com a possibilidade de fazer diagnósticos entendendo onde nosso aluno está e para onde que nós devemos ir. Então são movimentos da instituição entender de forma generalizada a importância do acolhimento”, concluiu.

As escolas podem contribuir também para uma melhor saúde mental dos alunos quando percebem que houve uma “defasagem” cognitiva e geram a possibilidade de conquista desse aprendizado. Com calma, construindo isso com os alunos para que eles se sintam seguros na aprendizagem. “Eu percebo que os estudantes chegaram com muitas questões de aprendizagem e isso gera muita ansiedade, então muitos alunos perderam ou diminuíram a capacidade de escrita, de leitura, de produção de texto, de capacidade lógico matemática, e quando chegam na sala e têm que desenvolver um raciocínio mais complexo e não conseguem isso gera uma ansiedade enorme, um sentimento de fracasso. Portanto se a escola conseguir evitar que isso aconteça já é meio caminho andado.” argumenta Maria Carolina.

Aos familiares dos estudantes orienta-se compreender e ter tranquilidade de que o aprendizado que foi perdido vai ser ganho aos poucos. Se a família entende isso vai cobrar menos do aluno e vai também entrar no processo de acolhida, de compreensão, que esse conhecimento vai ser ganho aos poucos. “Mas ao mesmo tempo, é muito importante que as famílias fortaleçam a autonomia dos filhos, estabeleçam boas rotinas de estudo, entendam que mesmo que o filho esteja muito fragilizado ele vai conseguir se resgatar e se reconstruir, então a família acolhe, mas também gera o impulso que estimula a autonomia. A base das nossas relações são nossas famílias, a partir da crença familiar, do apoio, é que o filho vai caminhar”, finaliza a psicóloga.


É normal não estar normal quando as coisas não estão normais

Especialista chama a atenção para esse conceito e alerta que a pandemia só explicitou o que já não vinha bem na saúde mental dentro das organizações

 

Não é mais novidade que o isolamento social, o medo do desconhecido, a mudança de rotina e formato no modo de trabalhar impactaram a todos. Mas a questão é que a pandemia não trouxe algo tão novo assim. Em verdade, fez transparecer que já não vivíamos bem, ou seja, já não levávamos uma forma de vida com a qualidade que poderíamos. Pelo menos é o que afirma Roberto Aylmer, médico psiquiatra, PhD e professor que cita ainda que a saúde mental já está na agenda das organizações.

De acordo com ele, que é consultor em liderança de pessoas no contexto complexo, fomos surpreendidos por uma situação de extrema intensidade, porém estávamos sem reservas, ou seja, como já vínhamos num ritmo ruim, estávamos sem reserva para encarar algo tão imprevisível e impactante. “Estávamos com o “tanque vazio” e diante de uma pressão longa e intensa é inevitável o esgotamento”, afirma o especialista, acrescentando que neste momento de retomada é comum reencontrar as pessoas e perguntá-las se estão bem, mas a resposta, embora seja positiva, não é convincente, pois todos estão bem estressados, cansados, deprimidos.

Segundo ele, isso é mais normal do que se imagina e, por isso, ele chama a atenção para o conceito: “é normal não estar normal quando as coisas não estão normais”, mas a maioria das pessoas resistem a isso. “Infelizmente, ainda há preconceito. As pessoas têm dificuldade em admitir uma crise de ansiedade, que está deprimido etc. O problema é o medo que ainda temos do estigma de ter um problema na saúde mental”, revela o professor.

Mas a conta não está fechando. “O ponto é que gastamos muito mais energia do que tínhamos para gastar”, sinaliza Aylmer. Para ele, o que mais tira a nossa paz e gasta a nossa energia é a incerteza, um futuro imprevisível, no qual nosso cérebro fica buscando resposta, esgotando muita energia com isso. E com a pandemia houve uma peculiaridade na qual todos foram afetados da mesma forma, simultaneamente, independente do segmento da empresa ou cargos. Todos olharam para todos os lados e não viam saída. “Sem contar que muita gente perdeu entes queridos, amigos”.

Aylmer ressalta que, embora a pandemia esteja caminhando para o fim, os danos mentais ainda permanecerão por um bom tempo. Ele destaca, por exemplo, que o número de pessoas afetadas em sua saúde mental tende a ser maior do que aquelas afetadas pelo Covid-19. E lembra que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é duas vezes maior o índice de depressão e ansiedade entre crianças e adolescentes. “De acordo com a Unesco, 9 a cada 10 estudantes foram afetados profundamente na sua capacidade futura de aprendizado. No caso deles o interesse foi quebrado. Perdeu-se o foco”, diz o especialista, complementando que no mercado de trabalho os mais jovens também foram os mais afetados nesse momento, citando levantamento do ADP Research Institute que revelou que 78% da geração Z está sofrendo alto índice de angústia.

O professor cita ainda a própria Síndrome de Burnout, que no início deste ano foi classificada pela OMS como doença ocupacional, ou seja, causada pelo ambiente do trabalho. Isso pode estar ligado a outro dado, este do Ministério do Trabalho, apontando que as empresas obtiveram um aumento de 18% em acidentes no ambiente profissional. “O cérebro com tantos alarmes e tensões perde concentração, atenção. Aí vem o acidente”.

Contudo, Aylmer anuncia a boa notícia. A saúde mental está entrando na pauta dos investidores que estão analisando o quanto as empresas cuidam de saúde mental para avaliar se vão investir ou não nelas. “Dentro da sigla ESG, que fala em meio ambiente, sustentabilidade e governança, hoje, sustentabilidade também está ligada ao indivíduo, uma preocupação que já é obrigatória. E isso é bom, pois na linha do tempo a saúde mental vai ser um diferencial nas organizações. Já está sendo”, conclui.

 

Os 5 melhores exercícios físicos para a terceira idade

Atividade física pode auxiliar na prevenção de quedas, doenças crônicas e no aumento da autoestima. Geriatra do Hospital Santa Catarina -- Paulista aponta quais são as atividades físicas mais indicadas para um envelhecimento saudável.

  

O Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo, com mais de 37 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse número deve crescer nos próximos anos e em 2030, de acordo com o Ministério da Saúde, o número de idosos deve ultrapassar o total de crianças de 0 a 14 anos.    

Diante desse cenário, são necessários alguns cuidados para que o envelhecimento aconteça de forma saudável, aliado à prevenção de doenças. Um dos principais meios para alcançar esses resultados é a prática regular de exercícios físicos. No entanto, é preciso ficar atento a algumas recomendações antes de começá-los.    

“O ideal seria o idoso passar por uma avaliação médica antes de iniciar a atividade física. Os principais objetivos seriam identificar possíveis doenças prévias e atuais, avaliar medicamentos em uso, estado nutricional, limitações osteoarticulares e musculares, definir uma prescrição adequada e personalizada de exercícios físicos”, afirma Márcia Oka, geriatra do Hospital Santa Catarina - Paulista.    

As atividades mais recomendadas para os idosos são aquelas de preferência pessoal e as recomendadas por profissionais, tais como caminhadas, atividades aquáticas (como natação e hidroginástica), alongamento, pilates, musculação e dança de salão. Esses exercícios aliviam dores, fortalecem músculos e evitam o surgimento de doenças crônicas como diabetes, pressão alta e colesterol alto.    

A prática de atividade física não traz somente auxílio para o corpo, mas para a mente também. “As atividades físicas, principalmente as realizadas em grupo, trazem benefícios psicológicos, emocionais e sociais. Aumentam a autoestima, a sociabilização e a rede de suporte social, além de trazer prazer e qualidade de vida”, explica a geriatra.    

“A prática da atividade física em domicílio traz muitos benefícios para quem não pode ou não consegue sair de casa, pois ajuda a manter a massa muscular, a coordenação motora, equilíbrio, diminui o risco de queda e melhora a condição cardiovascular. Os idosos que já têm avaliação médica prévia e já praticam atividade física devem continuar a prática. Para aqueles que são sedentários, o ideal é iniciar aos poucos e, de preferência, com a orientação de um profissional da saúde”, recomenda a médica.    

Confira os cinco melhores exercícios para a terceira idade  

  • Alongamento/Pilates  

    Melhora a flexibilidade e a circulação sanguínea. Além disso, a prática de alongamentos diminui a rigidez dos músculos e articulações, evitando o surgimento de lesões.
     
      
  • Atividades aquáticas  

    As atividades na água são algumas das mais recomendadas para a terceira idade. Elas auxiliam no fortalecimento muscular e das articulações sem tanto impacto, evitando lesões, que são prejudiciais nessa faixa etária. Somado a isso, os exercícios aquáticos ajudam na prevenção de doenças cardíacas e pulmonares.
     
      
  • Caminhadas  

    As caminhadas fortalecem os músculos e as articulações. Também ajudam no controle e melhora do ritmo cardíaco. Se feitas em grupo, podem promover o convívio social, importante para as pessoas com mais de 60 anos. Entretanto, é importante tomar cuidado com a postura e sempre se alongar.
     
     
  • Dança de salão  

    A dança promove mobilidade articular e fortalecimento muscular, que reduzem a possibilidade de queda, algo comum nessa faixa etária. Por ser feita geralmente em grupo, tem o mesmo efeito da caminhada, promovendo convívio social.
     
      
  • Musculação  

A musculação auxilia no fortalecimento muscular, melhora na postura e aumento na densidade óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais fortes, evitando desgaste e riscos de fraturas.  

 

4 hábitos que aumentam a ansiedade e sugam sua energia


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. No primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um estudo recente da OMS. 

“Se já não bastasse o mundo caótico nos deixando em constante estresse, ainda temos que lidar com nossos próprios desafios, como hábitos e comportamentos adquiridos ao longo da vida e que se internalizam, sendo que muitos deles nos impactam negativamente e nem percebemos. São práticas tão automáticas que já viram rotina, mas vão sugando nossa energia diariamente”, afirma Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.  

Segundo ela, o primeiro passo é reconhecer os hábitos nocivos, perceber seus efeitos negativos e se prontificar às mudanças. Para isso, a psicóloga listou alguns dos comportamentos que trazem prejuízos na qualidade de vida, mas que podem ser revertidos:

 

Sabotar a hora de acordar

Quando você faz isso, inconscientemente quer reivindicar o controle da sua vida, como se pensasse “eu decido a hora de levantar”. O problema é que esse hábito faz você entrar em um modo automático de procrastinação e deixar tudo para mais tarde. É realmente dessa forma que você quer começar seu dia? 

Levantar assim que o despertador toca interrompe esse processo e ajuda a começar o dia com tempo suficiente e sem correria. “Adotando isso como regra de vida, passamos a diminuir uma tendência de pensar excessivamente sobre cada detalhe, o que muitas vezes nos paralisa, e partir para a ação no momento em que ela nos chama, decisão que fará toda a diferença quando temos metas a cumprir”, diz Monica Machado.

 

Lotar a agenda sem incluir tempo para você

Passamos muito tempo envolvidos com detalhes da rotina, do trivial e do outro, o que não só reduz nosso tempo, como desvia a atenção do autocuidado. Se não dedicamos tempo para nós e para o que desejamos, ao final do dia só o que sentimos é um vazio, apesar de termos feito mil coisas. 

“Bloquear momentos para nós e para nossas prioridades não é egoísmo, é oxigênio para nossa vida. Se cuidamos de nós, estamos mais potentes para cuidar dos outros. Nossos dias passam a ter mais significado e experimentamos a sensação de satisfação por estarmos caminhando rumo ao nosso objetivo, incluindo nós mesmos”.

 

Alimentar pensamentos negativos

Quando você define uma lente pela qual enxergará o mundo, seu cérebro começa a captar as coisas sempre focado nela. E sempre que acontece algo que valida essa lente, ele manda sinais para prestarmos atenção naquilo. O resultado é que o pensamento negativo gera resultados negativos, que confirmam nossos pensamentos negativos, nos colocando em um espiral direto para o fundo do poço. Passamos a ver só o que é ruim e o que dá errado. 

“A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro. Se focarmos no lado bom das coisas, temos a tendência de ver o copo meio cheio. Um exercício fácil e poderoso para entrar nesse novo modo é praticar a gratidão. Você pode começar agradecendo diariamente por 3 coisas bacanas que aconteceram no seu dia”, aconselha Monica.

 

Comparar-se aos outros e tentar fazer igual

Com as redes sociais nos dando acesso a todas e todos, cair nessa armadilha é muito fácil. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos para tentar agir/ser como alguém que é mais famoso, bonito ou bem-sucedido. Esse é um dos hábitos mais destrutivos que podemos ter. 

“A comparação e a cópia matam sonhos, paralisam e deixam o mundo mais pobre, pois todos perdem quando um ser humano decide não expressar sua criatividade original. Você nunca será uma melhor versão da pessoa que você copia. O que você faz e fala, o post que você publica, a roupa que você veste, tem que ter a sua cara. Sua força está na sua autenticidade”, finaliza Monica Machado.


Características dos pais refletem no comportamento dos filhos; psicólogo explica

 

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Características dos pais refletem no comportamento dos filhos; psicólogo explica

 

Muitas características da personalidade dos pais refletem no comportamento dos filhos. O psicólogo André Barbosa afirmou que a primeira grande referência em construção de personalidade de um sujeito, que acontece na infância até os 9 anos, são os pais. “Obviamente, os comportamentos dos pais vão modelando a forma que eles devem agir e se comportarem no mundo.” 

Segundo o profissional de saúde, é por isso que é importante que os pais sejam coerentes naquilo que falam e fazem. “A criança busca referência do comportamento, principalmente do que é feito diante dos olhos da criança. Aquilo ali é um modelo que ela deve seguir, que ela acaba sendo impactada e influenciada bastante por isso.” 

André explicou que existem outros fatores de influência do comportamento, da personalidade, de construção do sujeito, como, por exemplo, a genética. 

 “A genética dos pais também influencia no comportamento e na construção de personalidade do sujeito. Os amigos também acabam meio que modelando de certa forma o comportamento e o psiquismo da pessoa, porque para entrar nesse modelo social a gente acaba criando tendências de adaptação ao meio. Por isso, o meio também modela, por nós sermos animais sociais, a forma como a gente vai agir lá fora.” 

Ainda conforme o psicólogo, o meio acaba trazendo algumas coisas para o nosso comportamento. “A gente não consegue simplesmente criar caixinhas, né? Caixinhas de como o eu, meu selfie vai se comportar no externo e como meu selfie vai se comportar no interno. A gente acaba sempre carregando algumas essências do que a gente vê lá fora”, disse. 

 Por fim, Barbosa confirmou, mais uma vez, que existe muita influência no comportamento dos pais na construção de personalidade dos filhos e também existe também muita influência e impacto dessa vida social e dos amigos no comportamento do sujeito, dessa criança.

 

 Dr. André Barbosa - psicólogo e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

@opsicologo

 @freudofficial


Como a musicoterapia pode ajudar a saúde mental

Dependendo do tipo de música é desencadeado sensações positivas ou negativas

 

Segundo Estudo publicado na revista JAMA Network Open, a música produz efeitos tão benéficos para a saúde mental como a prática de exercício físico para a perda de peso. O estudo foi realizado com aproximadamente 780 pessoas que mostraram que o impacto positivo em cantar, tocar ou ouvir música, era tão benéfico quanto fazer atividades físicas.

De acordo com Rita de Cassia dos Reis Moura, coordenadora do curso de Pós-graduação em Musicoterapia da Faculdade Santa Marcelina, a Musicoterapia pode ajudar pessoas com ou sem sofrimento mental. “A música estimula diversas áreas encefálicas e promove grande ginástica cerebral desencadeando alterações tanto fisiológicas como emocionais e comportamentais”, disse.

A seguir, Rita de Cassia explica como a Musicoterapia pode ser benéfica para a saúde mental.


Por que ouvir música provoca bem-estar nas pessoas?

As informações auditivas são transmitidas após várias sinapses em diversos locais do cérebro e termina no córtex associativo (multissensorial). A principal função é permitir selecionar o tipo de informação a tratar de forma prioritária; ela está ligada aos centros da vigília, das motivações, assim como aos centros de atenção. Nesse momento, o ouvinte pode optar pela informação que seja mais interessante, cativante ou importante. Sendo assim, áreas do controle cognitivo emocional projetam seus axônios para diversas regiões corticais e subcorticais liberando neurotransmissores que modulam a atividade dessas áreas. Os neurônios colinérgicos excitam os dopaminérgicos que são fundamentais na mediação dos efeitos de recompensa ou prazer nos modificando de forma positiva.


O sentimos ao ouvir música?

Dependendo do tipo de música que a pessoa escuta serão desencadeadas sensações positivas ou negativas. As aferências sensoriais podem ter efeitos emocionais sobre o encéfalo sem que o percebamos conscientemente. A emoção inconsciente pode liberar respostas neurovegetativas em experiências desagradáveis ou agradáveis e evocam uma maior atividade do encéfalo na região da amígdala e sistema límbico (é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais). A sensação de calafrios foi descrita a primeira vez por Goldstein em 1980 e são sentimentos de formigamento que os ouvintes às vezes experimentam. Calafrios são geralmente experiências agradáveis que podem ser acompanhados por reações fisiológicas, como arrepios. Os calafrios parecem estar relacionados a estruturas musicais distintas e ao sistema de recompensa no cérebro. Estudos utilizam os calafrios como indicadores de picos emocionais individuais, eles são indicadores confiáveis, combinando relatos de sentimentos subjetivos com excitação fisiológica: tipicamente a sudorese, secura da boca, tensão no estômago, respiração rápida, taquicardia e tensões musculares; além da percepção emocional: medo, raiva, alegria e tristeza, que são as reações básicas. Temos as emoções secundárias que são estados afetivos ou sentimos emocionais de estrutura e conteúdo mais complexos.  Essas alterações estão diretamente relacionadas a estados comportamentais, emocionais e de relações inter e extra pessoal.


Como a musicoterapia pode auxiliar a saúde mental das pessoas?

A saúde mental está relacionada à forma como as pessoas reagem às exigências, mudanças vivenciadas, desafios, como organiza suas ideias e emoções, claro que todos nós passamos diariamente uma série de experiências emocionais e como enfrentamos cada uma dessas experiências é que pode determinar nosso equilíbrio e saúde mental, estando diretamente relacionado com o bem-estar e qualidade de vida.

A Musicoterapia como uma terapia que utiliza os sons/músicas para acionar grupo de neurônios envolvidos e conectados a diversas regiões cerebrais, promove estimulação de neurotransmissor/hormônios que liberados no meio extracelular poderão promover diferentes formas de comportamentos, entre eles os emocionais/comportamentais.

O Musicoterapeuta tem tanto domínio musical como na área da saúde, os objetivos são bem específicos com o propósito de estimular, regular, modular e ativar funções cognitivas: como memória, motivação, atenção, concentração, controle motor, reflexão, bem como estados emocionais/humor e estados metabólicos.

Nesse sentido a saúde mental é um dos objetivos da musicoterapia no sentido de propiciar diferentes estímulos com intuito de obter equilíbrio, sensação de bem-estar, promover reflexão, harmonia no manejo positivo das adversidades e conflitos, promover o reconhecimento de limites individuais, das deficiências, satisfação em viver, nos relacionamentos, sensação de bem-estar e consequentemente melhor na qualidade de vida.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

ALERTA: PRÁTICAS ESPIRITUAIS ABUSIVAS

 Espiritualista Kélida Marques alerta sobre possíveis golpes no mundo religioso

 

 Fim de relacionamento, luto, autoconhecimento, desemprego são alguns dos motivos em que as pessoas buscam por ajuda de trabalhos espirituais.  No entanto, existem pessoas que fingem saber fazer esse trabalho para se aproveitar das vítimas. 

Nos últimos tempos tem crescido o número de casos, relatos e denúncias de abusos praticados por líderes espirituais, seja em religiões ou práticas de cura energéticas e abusos espirituais.

“Eles se aproveitam da vítima que por sua já está vulnerável, e abusos assim trazem efeitos psicológicos, assim como abusos físicos” pontua a Kélida Marques. 

Ainda segundo Kélida, as mulheres já tinham uma dificuldade muito grande de acessar o sistema de Justiça, com deslocamentos longos até delegacias da mulher, que muitas vezes estão sobrecarregadas ou não existem no local em que as mulheres sofrem violência. Além disso, em muito dos casos, elas não têm nem informação de quem procurar e acabam não denunciando. 

“Tenho uma fundação, a Ordem de Maria Padilha e Maria Madalena, lá ajudamos mulheres de todo o mundo a ter uma prática mais segura de sua espiritualidade sem vínculo religioso, isso é muito importante, nas minhas redes sociais falo mais sobre o assunto.”, comenta a espiritualista Kélida Marques. 

Há uma subnotificação por conta da falta de informação e da dificuldade de acesso ao sistema de justiça, durante a pandemia, passou a existir outra demanda. 

Abaixo a espiritualista traz algumas dicas que ajudam a ficar alerta, confira:

  1. Não existe sala VIP ou lugar mais reservado em templos espiritualistas. Todos os locais são abertos.
  2. O/A Líder espiritual não possui a necessidade ficar sozinho (a) com consulente. Sempre se faz necessário a presença de alguém para segurança do consulente ou do/da líder espiritual.
  3. Não existe a necessidade de ficar nu ou nua para nenhum rito espiritual. Todos são feitos com roupas normalmente.
  4. Em hipótese alguma existe a necessidade de tocar nas áreas intimas dos consulentes, lembre-se energia pode ser enviada à distância.
  5. Jamais fique em um local sozinha (o) com Líder espiritual de olhos fechados. Exceto se você está junto com mais pessoas e com local aberto (público dentro do templo).
  6. Não existe necessidade de práticas sexuais para geração de ectoplasma (Energia vital expelida pelo médium de materialização).
  7. Não existe a necessidade de atender chamadas noturnas para visitas no templo, bem como entidades de trabalho jamais chamarão consulentes ao templo para visitas suspeitas.
  8. Não existe favores sexuais em troca de cura física, emocional ou qualquer tipo de benefício que o consulente deseja obter do tratamento espiritual.

“Cuidado com essas situações que são as mais corriqueiras dentro de falsos templos espiritualistas. Se já foi ou conhece alguém que já passou por isso, fique em alerta e denuncie, é muito importante. ”, conclui a espiritualista Kélida Marques.

 


Cigana Kélida

canais do YouTube

@kelidaoficial

 

Como anda a sua saúde mental?

No Brasil 44% das mulheres se sentem esgotadas


O mês de maio nos EUA é o mês da consciência da saúde mental. Uma em cada 5 pessoas sofrem de doença mental por ano nos EUA, cerca de 40 milhões de pessoas.


Aqui no Brasil o mês de maio a pouco tempo passou a ser um mês que uma causa ganha visibilidade: a saúde mental materna. É o maio furta-cor. A campanha surgiu no ano passado com a ideia de dar mais atenção ao sofrimento mental de mulheres com a extensa demanda da maternidade. A psicóloga, pós graduada em neurociências e CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub lembra que no passado não se falava em maternidade real, sua exaustão e dificuldades vividas por quem, ao contrário do que muita gente pensa, não nasce pronta para o papel de mãe.

“Sem sexismo, temos que reconhecer: as mulheres andam sobrecarregadas e quando se tornam mães o peso só aumenta.” ressalta Shana. As demandas profissionais e do dia a dia não diminuem. Uma pesquisa da Deloitte (empresa de auditoria e consultoria empresarial) aponta que o Burnout cresce entre as mulheres no mundo. As brasileiras sofrem níveis ligeiramente mais baixos de burnout do que no resto do mundo. No Brasil 44% das mulheres se sentem esgotadas, enquanto a taxa global é de 46%.

A psicóloga e pós graduada em neurociências a CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub alerta para a necessidade de prevenir, para que a situação não chegue a pontos extremos. “Com certeza não vamos deixar de sermos mães e poucas são as que acabam largando a carreira e se dedicando somente ao filho ou vice e versa. Então uma das saídas é procurar mudar hábitos e buscar ajuda antes de explodir. Técnicas de mindfulness, por exemplo, trazem muitos benefícios.” O livro “Mindfulness O diário” da Corinne Sweet traz uma lista de benefícios sobre essa técnica. Shana Wajntraub separou alguns:

Diminui o estresse porque altera positivamente a atividade cerebral;


Alivia a dor porque ajuda a identificar e controlar as emoções;

Acalma, aumentando a capacidade de se concentrar, enfrentar dificuldades e controlar as reações diante de situações desafiadoras;

Pode melhorar a memória agindo como força protetora das atividades cerebrais e protegendo contra a perda de memória;

Pode melhorar o desempenho, aumentando a concentração e a confiança. 

Além da técnica do mindfulness é preciso desacelerar, deixar um tempo para o lazer, para a espiritualidade, ter um hobby, cuidar do lado físico que significa ter hábitos saudáveis na alimentação, dormir o suficiente e fazer exercícios. Às vezes até um desequilíbrio hormonal ou falta de alguma vitamina podem influenciar na saúde mental. 

Acalmar os pensamentos e a mente são indispensáveis nos tempos que vivemos hoje. Ou mudamos nossa maneira de encarar e levar a vida, ou viramos estatísticas. Qual caminho você prefere?

 

Shana Wajntraub - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM. Palestrou no CBTD em 2020e 2021e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, vivo, Amil, Magazine luiza, Camil.


São Judas oferece terapia gratuita com animais para público infantil

 Atendimento é realizado nas clínicas de Psicologia e Fisioterapia do campus Mooca; oficinas são ofertadas durante todo o mês de maio

 

Com o propósito de promover bem-estar e melhorar os aspectos emocionais, físicos e cognitivos das crianças, a Universidade São Judas, integrante do Ecossistema Ânima, iniciou um projeto multidisciplinar das clínicas de Fisioterapia e Psicologia no Hospital Veterinário, localizado no campus Mooca. Durante este mês, os pacientes contarão gratuitamente com oficinas de Terapia Assistida por Animais (TAA), que consiste em ter o animal como o principal agente terapêutico durante o tratamento, podendo ser de grande ou pequeno porte. 

“Em crianças, os resultados da zooterapia são muito benéficos visto que o animal torna as sessões mais leves, tranquilas e diminui a resistência em certos tipos de atividades”, destaca Milena Rodrigues, professora de Medicina Veterinária da Universidade São Judas. “Esse tratamento pode ser feito com diversos tipos de animais, porém os cachorros costumam ser os mais escolhidos pelos pacientes, por ser um bicho extremamente companheiro.” 

Os alunos dos cursos de Psicologia, Fisioterapia e Medicina Veterinária auxiliarão em todo o processo de organização do projeto, trabalhando na produção de relatórios e no acompanhamento dos pacientes. Além disso, os professores são responsáveis pela supervisão do tratamento cujo objetivo é registrar e avaliar os resultados das intervenções.


Especialista explica quais efeitos da positividade tóxica no trabalho ou escola

Apesar de todos os benefícios que nos podem ser trazidos pelo otimismo, no pensamento positivo que libera neurotransmissores que causam euforia, recompensa e satisfação, é preciso estar atento ao fato de que, muitas vezes, a positividade tóxica ignora emoções ruins e pode trazer muitas consequências semânticas, negativas.


De acordo com o PhD em Neurociências, mestre em psicologia e Biólogo, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, culpa, vergonha, falta de empatia, desenvolvimento e crescimento profissional prejudicado, incluindo consequências como aumento de ansiedade e seus reflexos na saúde mental, podem ser encarados como efeito espelhado do comportamento na escola e até mesmo no trabalho, já que emoções negativas nos levam a dimensões curativas sobre nossos comportamentos.

Para ele, quando entramos em contato com nossa realidade e o que podemos fazer para performarmos melhor, a tendência é de ampliação de nossa “biblioteca comportamental” tendo um maior e melhor repertório de ações para a vida.

O professor aponta ainda que precisamos aprender a lidar com experiências ruins e dolorosas, pois senti-las e tratá-las, resulta em experiência e melhores opções para melhores resultados.

Ainda conforme Fabiano, a percepção do outro sobre sobre si e até de si mesmo e como se vê de verdade.

“A rede social traz a semântica fantasiosa causadora do egoísmo, falta de empatia e outros indícios narcísicos”, completou.

Fabiano de Abreu Agrela reforçou que o mais importante é tentar alertar amigos e familiares a não caírem nas armadilhas da positividade tóxica. Novamente, para ele, o mais importante é entender os limites do outro.

“Lembre que uma pessoa que está com olhar de extrema positividade acaba ignorando os riscos envolvidos. A inteligência deriva principalmente da capacidade de análise de todo um panorama, seja negativo e positivo para o processo individual, levando a evolução da sociedade, que retorna e reflete em si mesmo”, finalizou.




Dr. Fabiano de Abreu Agrela - diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.


Como a gratidão ajuda a cuidar da saúde mental


Uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) aponta que os casos de depressão dobraram no período de quarentena e que casos de ansiedade e estresse tiveram um aumento de cerca de 80%. Em novembro, um levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostrou que pelo menos 40% dos brasileiros tiveram problemas de ansiedade durante o período. 

Claro, procurar acompanhamento médico e psicológico para manter a saúde mental é essencial, mas segundo um levantamento do Instituto de pesquisas FSB, apenas 10% dos brasileiros fazem isso com regularidade. 

Para a especialista em Saúde Mental e psicóloga da Sami, Simone Matias, “não temos o hábito de auto-perceber nossa saúde mental e por isso não procuramos ajuda. Além disso, poucas pessoas sabem como buscar esse cuidado, por isso alguns problemas se tornam verdadeiras ‘bolas de neve'''. 

Simone identifica que durante a pandemia fomos afetados por um contexto de negatividade que prejudica as sensações que fazem bem para a mente, como esperança, merecimento e gratidão. Esta última representa um importante estado emocional, associado à percepção de benefícios recebidos. 

A gratidão é reconhecida cientificamente por seus efeitos positivos. Um estudo da Universidade da Califórnia (UCLA) aponta que ser grato regularmente modifica algumas moléculas do cérebro, que interferem na nossa felicidade e saúde. Neste estudo, os voluntários foram divididos em 2 grupos: o primeiro deveria listar motivos diários de gratidão, e o segundo deveria listar diariamente seus incômodos durante 10 semanas. A experiência provocou um sentimento de maior disposição no grupo da gratidão, que passou a se exercitar mais e também a oferecer um suporte emocional maior às pessoas de seu convívio. 

Na Sami, cerca de 10% dos atendimentos são de pacientes com queixas ligadas à saúde mental. Destes, 76% estão relacionados à ansiedade e depressão. Para manter a saúde mental dos seus membros em dia, a operadora digital incluiu em seus planos, de forma gratuita, recursos como academias, personal trainers, meditação, yoga, pilates, exercícios de mindfullness e o acompanhamento de Times de Saúde multidisciplinares que cuidam do paciente integralmente. 

Segundo Simone, um dos exercícios que devem ser indicados aos pacientes é o de identificar e de criar momentos de gratidão, seja para agradecer ao outro ou por algo. “Quando é um hábito, ela pode reduzir seu estresse e fortalecer seu sistema imunológico, melhorar sua energia e disposição e diminuir sensações negativas como solidão, medo, inveja e ressentimentos”, destaca a psicóloga. 

Por fim, separamos algumas dicas da especialista para transformar a gratidão em um hábito para uma vida melhor:

  • Faça uma pausa para analisar suas conquistas e como você tem aproveitado as oportunidades do dia a dia;
  • Busque agradecer às pessoas pela importância delas na sua vida, mesmo que virtualmente. Mande mensagens para seus amigos e expresse o quanto vocês vivem boas experiências. Não guarde para si.
  • Espalhe mensagens positivas nos seus materiais de estudo e de trabalho, procurando destacar a importância de percorrer aquele caminho e tudo o que você conseguiu até agora;
  • Procure ser mais presente na vida das pessoas que gosta. Essa é mais uma forma de agradecer e demonstrar afeto através da generosidade;
  • Procure reservar um momento na semana para contemplar a natureza, como céus, pássaros, cachoeiras e agradecê-la por sua beleza natural. A contemplação faz bem à mente e ao corpo.


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