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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Setembro verde: projeto de transplantes do PROADI-SUS salva vidas de crianças recém-nascidas

 Doação de parte do fígado salvou a vida de 72 crianças em 2020; líder do projeto pelo Hospital Sírio-Libanês fala sobre transplante hepático pediátrico

 

O TransPlantar, iniciativa conduzida pelo Hospital Sírio-Libanês, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) do Ministério da Saúde, é responsável por realizar transplantes de fígado e intervenções cardíacas a pacientes de todo o país atendidos pelo SUS, além de dar apoio em todas as etapas do processo de reabilitação intestinal. Além disso, é responsável por quase 40% dos transplantes pediátricos no país: só em 2020, a iniciativa salvou a vida de 72 crianças.

Em 25 de junho deste ano, foi a vez de Maísa Kivia, hoje com 11 meses: natural de Catalão, no interior do Goiás, a menina estava em seu terceiro mês de vida quando foi diagnosticada com atresia de vias biliares, uma doença do fígado e ductos biliares que ocorre em recém-nascidos e faz com que a bile se acumule no fígado, podendo levar à lesão hepática irreversível.

A mãe, Alba Kivia, relata que a menina foi encaminhada ao Hospital Menino Jesus, para iniciar seu tratamento pelo projeto TransPlantar. Assim que foi constatada a necessidade do procedimento, seu marido se candidatou imediatamente para doar parte de seu fígado à filha, mas a detecção de um tumor impossibilitou a cirurgia. Enquanto buscavam por uma nova opção, o quadro clínico da menina se agravou consideravelmente e foi por meio de uma campanha nas redes sociais que encontraram a nova doadora: a filha de uma amiga da família.

"O transplante foi autorizado em quatro dias, mas nesse intervalo, Maisa teve mais uma piora e precisou ficar internada por cinco dias, sendo alimentada por sonda. E tudo poderia acontecer com ela a qualquer momento. Quando a cirurgia foi realizada, ela tinha apenas 1% do fígado funcionando. Cheguei a pensar que iria perder a minha filha, mas hoje é outra criança", relata, emocionada.


Jovem doou parte do fígado à sobrinha

Em maio deste ano, a família de Júlia Franchini, de um ano e meio, comemorou um ano do transplante de fígado também realizado por meio do TransPlantar. Em uma história similar a de Maísa, Júlia começou a apresentar a pele amarelada com dois meses de vida e logo precisou de internação. Sua tia e madrinha Vitória Franchini, de 22 anos, se ofereceu como doadora assim que o cunhado, pai da menina, precisou interromper os processos após ser diagnosticado com tuberculose.

Vitória relata que a sua cirurgia foi rápida e sem complicações. A de Júlia, no entanto, teve oito horas de duração, tornando o dia memorável pela angústia e pelo medo de perder a afilhada. Apesar do sucesso do procedimento, a menina precisou permanecer internada por mais um mês após complicações do pós-operatório, além de algumas semanas por confirmação de coronavírus. Apesar do susto, dois meses depois Júlia estava em casa, saudável.

"A gente tinha muito medo no início, porque ela era muito nova, mas começou a engatinhar logo depois e não teve nenhuma sequela. Hoje, ela é um bebê completamente saudável. A rapidez da mudança do corpo dela foi brutal, quando ela recebeu o fígado saudável parecia que tinha virado uma chavinha. Ela estava inchada e amarela, era muito ruim olhar, dava vontade de chorar. A gente não podia pegá-la no colo. E, então, ela parecia totalmente saudável, que tinha acabado de nascer. É muito gratificante viver isso", conta.


Desafios do transplante hepático pediátrico

O Dr. Eduardo Antunes Fonseca, do departamento de Serviço de Transplante Hepático do Hospital Sírio-Libanês e um dos líderes do projeto TransPlantar, explica que diversas doenças podem motivar o transplante hepático. Em adultos, a principal causa é a doença hepática crônica em decorrência da hepatite C, além de outras causas como cirrose pelo álcool, esteatose hepática etc. Nas crianças, a principal indicação é a atresia de via biliares, que acomete recém-nascidos em decorrência de uma obstrução de ductos biliares que causa cirrose, se não tratada a tempo.

No entanto, o procedimento pediátrico traz inúmeros desafios. "Poucos centros no Brasil e no mundo fazem transplantes em crianças de baixo peso (abaixo de 10kg). O principal desafio é a dificuldade da reconstrução vascular de veias e artérias de pequeno calibre nesta população pediátrica. Além disso, existem questões como a gravidade destes candidatos, que chegam para o transplante desnutridos e com risco maior de mortalidade enquanto aguardam", explica.

Fonseca ressalta, ainda, que um trabalho publicado pela equipe do hospital em agosto deste ano na revista Pediatric Transplanation mostrou que os resultados dos transplantes pediátricos tiveram resultados similares antes e durante a pandemia. "Desta forma, concluímos a segurança da atividade de transplante hepático pediátrico durante a pandemia. Isto evidencia que as doenças não podem ser negligenciadas durante a pandemia com risco de progressão da doença e de mortalidade. Isto foi conseguido graças à construção de fluxos seguros nos hospitais, minimizando os riscos para estes pacientes", conclui.


Setembro verde

As histórias de Júlia e Maísa fazem parte dos 89.558 transplantes realizados no Brasil nos últimos dez anos e dos 3.195 só do primeiro semestre de 2021 - dados do Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Ainda de acordo com a ABTO, em dezembro de 2020, o país contava com 43.643 pessoas aguardando o surgimento de um doador para passar pelo procedimento.

Do total de potenciais doações, cerca de 40% não têm autorização da família, e outros 10% são perdidos por falhas no manejo clínico do paciente em morte encefálica. Neste contexto, a campanha Setembro Verde tem como objetivo sensibilizar a população para se declarar doadora de órgãos e tecidos. Para ser um potencial doador, não é necessário deixar algo por escrito, mas é fundamental comunicar o desejo, visto que, em casos de morte encefálica, é a família quem tem a decisão final.

"Não estou vivendo um luto hoje, porque alguém se entregou para poder salvar uma vida em um ato de amor. Não mudou só a minha, como a de milhares de pessoas que esperaram e ainda esperam por uma oportunidade assim, de ter a vida de um familiar salvo. Não temos muita noção do quanto é importante a doação. Quero conscientizar a quem eu puder sobre a importância de ser doador e dispor às famílias para a doação também. As pessoas precisam saber: a situação é grave, mas que pode e deve ser cuidada", afirma a mãe de Maísa.


O projeto TransPlantar

Iniciativa conduzida pelo Hospital Sírio-Libanês por meio do PROADI-SUS, o projeto TransPlantar dá apoio em todas as etapas do processo de identificação, diagnóstico e tratamento das hepatopatias pediátricas e falência intestinal, realizando transplantes de fígado e intestino, bem como a reabilitação intestinal. O projeto entrega cuidado de excelência com elevado rigor técnico e ainda mais alto cuidado humano e social.

Além da assistência, o projeto também promove a qualificação de profissionais no SUS e realiza intervenções cardíacas. O Sírio-Libanês é líder em transplante de fígado pediátrico e intervivos no Brasil, além de ter uma das maiores casuísticas mundiais em transplante de fígado em crianças.

Além disto, é a única instituição no Brasil a fazer "transplante dominó" de fígado pediátrico para crianças portadoras de leucinose. Por fim, a iniciativa é responsável por quase 40% dos transplantes pediátricos no país e, no último ano, capacitou seis instituições; treinou 52 profissionais; realizou 72 transplantes pediátricos de fígado; dois procedimentos cardíacos; e três implantes de dispositivo de longa permanência.


Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde - PROADI-SUS, https://hospitais.proadi-sus.org.br

 

Do varejo à tecnologia: dez empresas que utilizaram seus recursos para minimizar impactos da pandemia

Após um ano e meio de distanciamento social, relembre as iniciativas de companhias que não pouparam esforços para ajudar a sociedade no combate à Covid


A solidariedade se mostrou uma grande aliada na pandemia, independentemente de qual fosse a área ajudada e também fez (e ainda faz) a diferença quando falamos de iniciativas para auxiliar no combate ao coronavírus. Neste mês de setembro, o Brasil completa um ano e meio de pandemia, desde que o isolamento social foi decretado em março de 2020.

Neste cenário, empresas dos mais diversos segmentos e portes se mobilizaram e colocaram em prática projetos e ações que ajudaram a contribuir de alguma forma para a diminuição do impacto da Covid-19 no país. E, para relembrar, listamos algumas companhias que se esforçaram para auxiliar a população com as mais diversas iniciativas durante a pandemia do coronavírus:



Nubank
O Nubank criou um fundo de R$ 20 milhões para apoiar seus clientes em atendimento médico e psicológico remoto via vídeo, pedidos de supermercados e farmácias, entre outros serviços. A empresa segue praticando ações para minimizar os impactos do coronavírus na vida financeira de seus clientes, avaliando casos relativos a empréstimo pessoal e pagamento da fatura estão em canais de atendimento.



Positivo Tecnologia
A Positivo Tecnologia a companhia mobilizou suas equipes no Brasil, China e Taiwan, negociando prazos e preços de peças específicas para aumentar a capacidade de produção de ventiladores pulmonares da empresa Magnamed no Brasil. O projeto entregou 6.500 unidades do dispositivo ao Ministério da Saúde em tempo recorde. Além disso, apoiou a Hilab, empresa que realiza testes digitais para identificar anticorpos reagentes ao coronavírus. A colaboração permitiu aumentar a capacidade de produção para 20 milhões de testes por mês. O teste rápido de sangue, fornece o resultado - se a pessoa está ou não com o vírus - em apenas 10 minutos.
Para além dos esforços tendo a tecnologia e sua expertise como foco, outra importante iniciativa foi a doação de 60 cilindros de oxigênio, com capacidade de 50 litros, feita pela Positivo Tecnologia a instituições públicas de saúde da região metropolitana de Manaus (AM), em meio à crise de falta de oxigênio na região. Além disso, ajudou a diminuir as barreiras no processo de vacinação, com adesão ao Movimento Unidos pela Vacina. Por meio do projeto idealizado pelo Grupo Mulheres do Brasil, a Positivo Tecnologia doou computadores a secretarias municipais de saúde, após o levantamento da necessidade desses equipamentos para que os dados de imunização se mantivessem atualizados.



McDonald’s
A rede de restaurantes fast food doou, durante um fim de semana, refeições para profissionais da saúde no estado de São Paulo, projeto foi expandido para uma semana por meio do programa Bom Vizinho, oferecendo a alimentação para 29 instituições em 22 cidades. A empresa ultrapassou a marca de 50 mil combos entregues a quem estava na linha de frente do combate ao novo coronavírus. A campanha refletiu o caráter humano empregado no dia a dia da empresa, em mensagens de apoio e agradecimento enviadas junto com as refeições.



Westwing
Em maio, a Westwing, plataforma de casa decoração e lifestyle, promoveu a campanha solidária "Fome de Ação" em parceria com a CUFA (Central Única das Favelas), para beneficiar as Mães da Favela. Por meio do engajamento dos clientes da companhia, foi possível apoiar as mães, chefes de família e moradoras de favelas, mulheres com dificuldades para prover o sustento de sua casa. A iniciativa arrecadou cestas digitais que puderam ser revertidas também em outras necessidades da família, como o gás de cozinha ou algum alimento de fora de uma cesta básica convencional. Durante o período da campanha, a empresa destinou R$ 3,00 a partir de cada pedido realizado para a ação.



XP Inc.
Por meio da plataforma "Juntos Transformamos", a XP Inc. arrecadou doações destinadas à compra de cestas básicas para repasse a famílias em situação de vulnerabilidade social. A companhia doou R$ 25 milhões que devem ser destinados a ajudar 100 mil famílias na compra das cestas, sendo distribuídas com a ajuda das ONGs Gerando Falcões, Amigos do Bem e Visão Mundial.



Google e Zoom
O Google doou quase R$ 150 milhões apenas no Brasil para aliviar os efeitos da crise no país, o valor foi enviado a companhas de combate à fome, grupos mais impactados e como forma de crédito em anúncios. Além disso, a empresa e o Zoom disponibilizaram ferramentas de videoconferência, antes exclusivas para assinantes, para que empresas e famílias pudessem se comunicar à distância com mais facilidade.



Banco BV
O BV doou R$ 30 milhões e realizou uma campanha para arrecadar recursos que foram destinados à compra de insumos hospitalares e distribuiu itens de primeira necessidade a projetos sociais que já mantinha relacionamento. Adquiriu 50 respiradores em parceria com o governo do estado de São Paulo e entregou auxílios de R$ 300 em Vale-Alimentação a 1.400 famílias em estado de vulnerabilidade no Rio de Janeiro, atendidas pelo Instituto Reação. Outra grande campanha da instituição financeira foi a arrecadação online realizada por meio da plataforma Abrace uma Causa, em que a cada um real doado por pessoa física, o banco BV doou a mesma quantia, até chegar ao total de R$ 10 milhões de reais. Os valores arrecadados beneficiarão todas as regiões do país, priorizando as localidades mais impactadas pelo novo coronavírus, assim como hospitais, famílias atingidas pela doença e em estado de vulnerabilidade social.



Magazine Luiza
Dentre tantas iniciativas da companhia, a grande rede de varejo doou R$ 10 milhões de reais em equipamentos e outros itens de tratamento da doença. Com o valor, foram comprados respiradores artificiais, leitos, colchões e travesseiros para equipar hospitais públicos e filantrópicos no Brasil. Além disso, a Magalu doou monitores cardíacos para o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, e ventiladores pulmonares para uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS), que fica na Vila Guilherme, bairro onde está a sede da empresa, também em São Paulo, e para a Santa Casa de Franca, no interior do estado.
Além dessas ações, por meio da Communitas, organização da sociedade civil que promove parcerias entre os setores público e privado, a companhia destinou mais R$ 2 milhões para a compra de ventiladores pulmonares para São Paulo, R$ 1 milhão para a ONG Amigos do Bem e quatro mil colchões e travesseiros para os governos estaduais do Pará e da Bahia.



Banco Itaú
Por meio da Fundação Itáu para Educação e Cultura e do Unibanco, a instituição ajudou na infraestrutura hospitalar e na compra de cestas básicas e kits de higiene doando mais de 150 milhões. O objetivo da empresa foi reforçar que os recursos de grandes companhias são uma forma de apoiar comunidades vulneráveis, auxiliando no tratamento dos doentes e a conter o vírus.
Ao implementar essas iniciativas, as companhias inspiraram novas responsabilidades e uniram forças para minimizar os impactos causados pela pandemia, demonstrando que há maneiras de fortalecer a sociedade, se cada uma fizer sua parte, usando a sua própria expertise e seus recursos.

 


Positivo Tecnologia

www.positivotecnologia.com.br

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Como estimular a inclusão dos negros no mercado de trabalho?


A inclusão racial no mercado de trabalho ainda é uma realidade distante para muitos. Dados divulgados pela Síntese de Indicadores Sociais (SIS) mostram que os negros enfrentam mais dificuldade de encontrar um emprego do que trabalhadores brancos, mesmo tendo a mesma qualificação. Como resultado, 46% dos negros colocam uma boa colocação profissional como o seu principal objetivo, segundo estudo realizado pela consultoria Mindset e pelo Instituto Datafolha. Por mais difícil que ainda possa ser, importantes incentivos já estão sendo sinalizados como forma de reduzir essa disparidade.

Numericamente, os negros representam cerca de 55% da população brasileira, segundo dados da Rede Brasil do Pacto Global. Mesmo sendo a maioria, apenas 5% chegam a ocupar cargos de liderança. Por muitos anos, a falta de preparo e qualificação profissional foi utilizada como justificativa para tal discrepância – argumento que hoje, se tornou inválido diante de tantas políticas públicas voltadas para este objetivo.

Em âmbito educacional, a Lei de Cotas foi uma das principais criadas até hoje como forma de proporcionar um maior acesso à educação de qualidade pelos jovens negros. Junto com outras políticas públicas, contribuíram para que o número de alunos negros em universidades públicas crescesse quase 400% entre 2010 e 2019, segundo um estudo realizado pelo Quero Bolsa.

Ainda, existem diversos programas e cursos profissionalizantes criados para aperfeiçoar ainda mais essa inclusão. A SEDA College Online, por exemplo, criou em parceria com a DiverX, o projeto Pretos que Voam, idealizado pelo Quilombo Aéreo. Com a proposta de aumentar a diversidade e inclusão dentro do setor aéreo por meio da educação, qualificação e empregabilidade, foram disponibilizadas 12 bolsas de estudos de inglês e outras 12 para espanhol para que os profissionais aperfeiçoassem seus conhecimentos nos idiomas.

Uma base sólida de educação, preparação e qualificação é uma das principais formas de proporcionar uma maior empregabilidade – principalmente, dentre a população negra que, ainda hoje, enfrenta enormes desafios e preconceitos estruturais. Mas, muito mais do que isso, a inclusão deve permear as políticas internas das empresas, com profissionais preparados para acolher e reter esses trabalhadores.

Não à toa, o projeto Pretos que Voam corrobora dessa visão, buscando sempre parcerias que estejam engajadas no mesmo propósito de oferecer incentivos para pessoas negras e pardas, em busca de qualificação para entrarem no mercado de trabalho. Contudo, não há como estimular tal inclusão sem a participação ativa no quadro interno organizacional, junto com ações externas que incentivem e ampliem as oportunidades por meio da educação.

Diante de um cenário ainda mais devastador durante a pandemia, o estímulo à maior entrada desses jovens no mercado de trabalho se tornou ainda mais importante. No caso específico das mulheres negras, sua taxa de participação no mercado de trabalho caiu nove pontos percentuais no primeiro trimestre do ano, quando comparado ao anterior. Foi a maior variação entre os grupos analisados, em um estudo inédito feito pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS).

São dados preocupantes, mas que, com a devida atenção e preocupação perante as organizações, podem ser revertidos. Não há como negar a forte discriminação que muitos ainda enfrentam. Entretanto, com pequenas ações de incentivo como essas, junto com o devido preparo interno em cada empresa, poderemos finalmente caminhar rumo à maior inclusão dos negros no mercado de trabalho.

 

Tiago Mascarenhas - CEO do Grupo Educacional SEDA.

 

Estudo clínico preserva fertilidade em pacientes com câncer de colo de útero

Técnica cirúrgica, que remove tumores em estágio inicial, foi conduzida em parceria com São Camilo Oncologia


O sonho de engravidar pode se tornar uma realidade para mulheres com câncer de colo de útero, graças a uma pesquisa clínica proposta pela Universidade do Texas - MD Anderson Cancer Center, que contou com a participação de outras instituições, entre elas o São Camilo Oncologia, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. 

A iniciativa tem como objetivo, por meio do estudo ConCerv, avaliar a segurança e viabilidade da cirurgia conservadora, ampliando as chances de preservar a fertilidade da paciente. Os resultados desse estudo foram publicados em um dos mais importantes periódicos científicos da área, International Journal of Gynecological Cancer (acesse aqui o estudo completo).

Segundo o médico do departamento de ginecologia do São Camilo Oncologia Dr. André Lopes, quando a mulher é diagnosticada com câncer de colo do útero em fase inicial, o tratamento habitual para preservação da fertilidade é uma cirurgia com probabilidade de gravidez entre 20% e 50%, além de um risco de perda fetal e parto pré-termo.

“Esse estudo, pioneiro no mundo, tem como proposta realizar uma cirurgia menos radical que o tratamento atual, que, além da infertilidade, também podem causar disfunção urinária, sexual e complicações próprias da cirurgia”, destaca. 

O especialista, que também é um dos investigadores da Pesquisa Clínica do São Camilo Oncologia, afirma que o projeto recrutou 100 mulheres com diagnóstico em estágio inicial de câncer restrito ao colo do útero (tumores de até 2 cm). 

Ele explica que as participantes realizaram uma cirurgia de conização, com preservação do útero. “O procedimento consiste na remoção dos tumores em formato de cone, sem a necessidade de retirar o órgão.”

Feita a cirurgia, as pacientes aguardam por, pelo menos, seis meses, período em que seguem com acompanhamento oncológico para avaliar a possibilidade de recidiva da doença. “Após esse tempo, continua o acompanhamento oncológico, mas pode-se iniciar o projeto de gravidez”, acrescenta. 

Para a paciente Candy Maria Garcia, 36 anos, o sonho de ser mãe só foi possível graças ao estudo. Ela foi diagnosticada com o tumor há três anos, em um exame de rotina. Apta a participar da pesquisa, realizou a cirurgia e foi acompanhada de perto pelos especialistas envolvidos. 

“Saber que seria um procedimento menos agressivo e que conservaria meu útero, pronto para receber um bebê, parecia um sonho diante de um pesadelo”, lembra.

Candy teve sua primeira filha em fevereiro deste ano, dois anos após a realização da cirurgia. Com apoio dos médicos, já planeja a segunda gestação para um futuro próximo.

“Sempre agradeço a Deus por ter me colocado no lugar certo, na hora certa, e por ter colocado os médicos do São Camilo Oncologia em meu caminho, sem isso eu não estaria com meu milagre em meus braços hoje”, conta.

Para o médico, estudos clínicos como este reforçam a importância da pesquisa para o futuro da medicina em prol do bem-estar da humanidade. “Investir na ciência, em busca do constante aprimoramento das técnicas e procedimentos médicos, é parte fundamental para nossa evolução, cujo resultado é a melhoria da qualidade de vida”, ressalta.

“Acredito que eu tenha sido um instrumento para participar deste estudo e possibilitar que muitas outras mulheres se sintam mais acolhidas e fiquem menos angustiadas ao descobrir o diagnóstico do câncer. Apesar da notícia tirar o nosso chão, existem profissionais sempre em busca de meios para que nosso sonho de ser mãe não seja tirado de nós”, finaliza Candy.

Como participar de um estudo clínico?

O São Camilo Oncologia foi um dos hospitais que mais recrutou pacientes para o estudo ConCerv, sendo o único centro na cidade de São Paulo. 

Para fazer parte de uma pesquisa, não é necessário ser paciente da instituição, basta que se enquadre nos critérios estabelecidos pelo Centro de Pesquisa Clínica do São Camilo Oncologia. 

Os interessados devem encaminhar o relatório médico e os exames que comprovam seu diagnóstico para o e-mail recrutamento.pesquisa@hospitasaocamilosp.org.br. Caso o paciente esteja apto a receber o tratamento com segurança, a equipe de recrutamento entrará em contato, agendando uma consulta, onde será feita a orientação e o encaminhamento para o estudo clínico proposto.

Vale frisar que, durante todo o estudo, o paciente receberá acompanhamento assíduo, sempre alinhado ao tratamento padrão, não oferecendo, portanto, quaisquer prejuízos à sua saúde.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Como os movimentos feministas ocidentais podem ajudar as mulheres no Afeganistão?


Em primeiro lugar, quando analisamos as mulheres no Afeganistão, temos que dissociar o que está acontecendo da crítica à cultura islâmica. Para mim, reduzir toda essa discussão ao ponto religioso parece ser ingênuo e preconceituoso.

 

É essencial entender o que é o Talibã e como ele surge. O Talibã é um grupo extremista cujo objetivo é fazer cumprir uma lei islâmica que age de acordo com sua interpretação.

 

O Talibã esteve no poder no Afeganistão entre 1996 e 2001, marcado por fortes violações dos direitos humanos, especialmente dos direitos das mulheres e crianças.

 

No entanto, é importante lembrar que todas as religiões podem desencadear a formação de grupos extremistas de forma fundamentalista. Nenhuma religião está isenta de interpretar e usurpar seus valores para consolidar grupos extremistas.

 

Além disso, é essencial ter em mente que a agenda política do Talibã não é muito diferente da dos países ocidentais, especialmente dos países latino-americanos, com governos conservadores que não pregam o Islã.

 

Portanto, é tão essencial não generalizar experiências. As mulheres ocidentais nunca saberão pelo que o povo afegão está passando e, portanto, quando nos colocamos à disposição para ajudar, temos que conceber nossas ações reconhecendo que vemos o mundo de um lugar de privilégio.

 

Reconhecer esses privilégios é crucial porque podemos estudar e trabalhar, e não temos ideia de como é não ter mais esses direitos. Além disso, é preciso garantir que essa ajuda não se transforme em uma espécie de colonização e islamofobia.

 

Por isso, sempre recomendo antes de agir, entrar em contato com os movimentos locais para iniciar um diálogo. Mas, antes de mais nada, é preciso ouvir quem sofre com suas demandas ao invés de assumir as necessidades das pessoas a partir de sua perspectiva ocidental.

 

Mayra Cardozo - advogada especialista em Direitos Humanos e trabalha com Empoderamento Feminino.


Inteligência Artificial: 3 formas de aplicar a tecnologia em sua empresa

CEO da Rupee dá dicas e revela importância do investimento dessa tecnologia para pequenas, médias e grandes empresas, que tem revolucionado o mercado

 

A busca por inovação e ferramentas que possam auxiliar nos negócios cresce à medida que o mercado se torna mais competitivo. Assim, a tecnologia é uma aliada muito importante e necessária no dia a dia. Uma das mais utilizadas por grandes instituições é a Inteligência Artificial - IA, ferramenta que permite máquinas inteligentes interpretarem dados e utilizarem informações para resolver e realizar tarefas específicas.

 

Para Guilherme Baumworcel, CEO da startup Rupee, plataforma que une metodologia Kanban e IA aplicada em nuvem para otimizar tempo na realização de tarefas fiscais, de folha, contábil e paralegal de empresas, é impossível não esbarrar em alguma propaganda, aplicativo ou empresa que use essa tecnologia. “A Inteligência Artificial está cada vez mais presente no dia a dia da sociedade, quer tenhamos ou não conhecimento disso. Segundo o levantamento Emerging Jobs Report 2021 do LinkedIn, uma das principais profissões em ascensão é a do profissional que trabalha com essa tecnologia. A maior culpa disso é a enorme demanda por essa ferramenta”, explica ele.

 

Em outras palavras, Inteligência Artificial é uma tendência no mercado. Um estudo produzido pela Morning Consult revelou que 40% das empresas brasileiras implantaram IA em algum processo de seus negócios. “É provável que esse número dobre nos próximos anos, principalmente para quem quer inovar e facilitar a experiência do usuário ou cliente”, informa Guilherme.

 

O especialista elencou 3 formas de aplicar Inteligência Artificial nos negócios:

 

Automatização de tarefas rotineiras

“A vantagem de aplicar a tecnologia para realização de algumas tarefas é permitir que a equipe de colaboradores possa se dedicar para outras mais complexas ou para atender demandas específicas que necessitem de uma atenção especial”, comenta Baumworcel. 


Todas as tarefas podem ser automatizadas, das mais fáceis às mais complexas. Outra vantagem que a automatização traz é a eficiência na realização, visto que não será feita manualmente e, se bem programada, não entregará erros. 

 

Marketing personalizado para vendas

“Já reparou que depois que fez uma pesquisa sobre um determinado produto ou serviço, propagandas com produtos e serviços similares começaram a aparecer para você em suas redes sociais? É uma inteligência artificial feita especialmente para o marketing digital”, comenta o CEO. Essa estratégia de marketing é muito utilizada na venda de produtos dentro de sites, onde a ferramenta é capaz de associar a busca do consumidor e apresentar para ele algumas opções que se encaixam no que ele procurou, auxiliando no aumento de vendas. 

 

O marketing também se dedica em melhorar a experiência do usuário e na fidelização dele. Para isso, mensurar estratégias de relacionamento entre a instituição e o consumidor é uma das principais vantagens de aplicar a tecnologia nas tarefas da empresa. A IA permite que a empresa possa personalizar o atendimento ao cliente, coletar dados e ser capaz de responder perguntas e passar informações precisas, além de possibilitar algumas técnicas de fidelização.

 

Gestão e gerenciamento

“A IA permite grandes empresas de terem gestão inteligente da atuação de seus colaboradores. Com essa ferramenta, é possível acompanhar a realização de tarefas com mais detalhes, facilitando para o gestor quem está desempenhando as tarefas com eficiência e quais possíveis dificuldades estão surgindo”, explica Guilherme.

 

Analisar a performance de cada colaborador da equipe com essa tecnologia permitirá ao coordenador estruturar melhor seus colaboradores, otimizando a produtividade diária deles e encontrando soluções para possíveis problemas que possam surgir. Assim, a tecnologia auxilia a melhorar a qualidade do serviço ao mesmo tempo que ajuda o profissional a realizá-lo.

 


Rupee

www.rupee.com.br

7 recursos de tecnologia essenciais para melhorar a qualidade de vida do usuário no transporte público

Da compra de bilhetes a integração de modais de transporte, as inovações tecnológicas assumirão o protagonismo da mobilidade urbana nos próximos anos

 

Na última década, o transporte público mundial teve um avanço significativo no que diz respeito ao uso da tecnologia. No Brasil, não foi diferente, e a chegada de aplicativos com foco na mobilidade urbana passou a ser uma das principais alternativas para uma melhor experiência do usuário. Isso, somado aos importantes investimentos realizados pelas grandes metrópoles na infraestrutura e monitoramento dos deslocamentos, colocam o país no caminho certo para uma mobilidade mais sustentável e centrada nas pessoas.

Segundo Luisa Peixoto, especialista em mobilidade da Quicko, primeiro aplicativo 100% brasileiro de transporte e mobilidade urbana, os próximos anos serão fundamentais para a consolidação de novas maneiras pelas quais a tecnologia irá desempenhar um papel crucial na melhoria do transporte público. "A diversidade de novos serviços de transporte, integração, pagamentos e recargas digitais, informação em tempo real e a personalização dos serviços serão a tônica do uso da tecnologia na mobilidade urbana sustentável. Ou seja, ela será a protagonista de um mundo com serviços de transporte mais sustentáveis, igualitários e com maior qualidade ", comenta.

Apesar dos muitos desafios pela frente, a sociedade vem avançando na construção de uma mobilidade mais qualificada nas cidades brasileiras. Somente o município de São Paulo, por exemplo, investiu mais de R 325 milhões na expansão e manutenção de ciclovias e ciclofaixas. Outra metrópole brasileira que passou por uma grande transformação é Salvador. A capital baiana, que em 2015 tinha pouco mais de 6 quilômetros em linhas de metrô, possui atualmente mais de 33 quilômetros com uma expectativa de chegar a 41 nos próximos anos. Cidades como Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Distrito Federal entre outras regiões, também seguem com a implementação de políticas e projetos para melhorar a qualidade do deslocamento das pessoas.

A especialista da Quicko elencou sete recursos essenciais já disponíveis para auxiliar os usuários no uso dos modais públicos:

Veja abaixo:

1. Bilhete móvel

Uma das principais inovações é a bilhetagem eletrônica. A Quicko, por exemplo, oferece em algumas cidades a compra e recarga de bilhetes móveis com integração entre os modos de transporte, como ônibus, metrô e trem. Essa funcionalidade envolve a instalação de validadores eletrônicos de tarifas nos veículos, que são usados ​​para registrar créditos comprados por meio de um aplicativo móvel - como o Quicko app. Com a tecnologia NFC (Near-Field Communication - Comunicação de Campo Próximo, em inglês) já disponível em alguns modelos de celular, as tarifas são debitadas sem contato e eliminam completamente a necessidade de lidar com qualquer dinheiro físico ou cartões - bastante conveniente em tempos de pandemia.

2. Insights de dados e otimização de rota

Utilizar os dados agregados que vêm de tecnologia inteligente, como bilhetagem móvel e mesmo os registros dos usuários via aplicativo, pode ajudar as empresas e autoridades municipais de transporte a criar novas práticas mais eficientes enquanto aumentam a acessibilidade para os cidadãos.

Veículos públicos que tenham um GPS instalado e conectado às redes móveis das cidades podem enviar os dados de deslocamento e permitir insights em tempo real para monitorar o desempenho das linhas, aumentar a comunicação e reduzir o tempo de resposta com problemas operacionais.

3. Antecipação de eventos inesperados

Circunstâncias imprevistas às vezes podem atrapalhar o transporte público, como greves e manifestações populares, avarias nos veículos, interdições de ruas por mau tempo, acidentes etc. No caso de um imprevisto, o aplicativo pode notificar os passageiros com antecedência, enviando alertas para seus celulares, por exemplo.

4. Acessibilidade multimodal

É necessário que o transporte público ofereça uma interface cada vez mais amigável para o usuário, objetivando oferecer experiências simplificadas e intuitivas - ainda mais nas grandes capitais e em meio à pandemia. Ter um aplicativo que ofereça a opção de comprar e resgatar passagens de ônibus é uma coisa, mas ter um aplicativo que engloba pagamento e integração com metrô, trens, táxis, bicicletas e outros diversos serviços de transportes urbanos é a base da nova mobilidade. Esta promove cada vez mais a complementaridade entre os modais e amplia o acesso da população aos sistemas de transportes.

5. Múltiplas opções em uma única conta

Tendo o usuário em mente, a tecnologia no transporte público vem permitindo a criação de uma experiência de viagem muito mais personalizada. Uma mudança neste cenário é a cobrança automática de tarifas com registro em uma única conta. Assim, todo o histórico de viagens, documentos e informações de contas dos passageiros são reunidos em um único painel personalizável.

Com essa tecnologia, fica muito mais fácil ao passageiro usar diferentes meios de transporte e salvar rotas ou viagens específicas para uso posterior. Isso também elimina o incômodo de ter de gerenciar várias contas de usuário, métodos de pagamento e informações financeiras dos diversos modais.

6. Aumento no número de passageiros

Com um foco contínuo na sustentabilidade e na necessidade de tornar a cidade mais igualitária, a priorização do transporte público e dos serviços de transportes mais sustentáveis são a solução. Com um maior investimento em tecnologia, é possível qualificar a experiência da população em seus deslocamentos diários e portanto atrair mais usuários do carro privado para a utilização do transporte público. Além disso, a integração entre meios de transporte cria uma experiência porta a porta, fluida e conveniente. A tecnologia ajuda a promover um ambiente onde a escolha mais fácil para o indivíduo é também a melhor escolha para as cidades.

7. Sistemas de transporte público sob demanda

Esse é o próximo passo. Imagine se você não precisasse planejar sua jornada em torno das rotas de ônibus ou trem; em vez disso, você pode chamar o ônibus para buscá-lo. Este não é apenas um sonho, isso já é realidade em diversas cidades ao redor do mundo e também no Brasil, que oferecem um serviço de ônibus sob demanda. Usando um smartphone, o usuário indica onde ele deseja ser pego e deixado dentro das áreas designadas. As empresas de ônibus podem agregar essas demandas por meio de algoritmos para calcular qual a melhor rota. Assim, itinerários vazios são evitados e os passageiros podem esperar bem menos.

 

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Como o Business Intelligence pode ajudar a superar momentos de crise

Análise complexa de dados ajudam a tomar decisões mais assertivas para empresas e negócios, sendo essencial em momentos de retração econômica

 

A coleta de dados é uma realidade no dia a dia de qualquer empresa, desde os micros aos megaempresários. Seja por tabelas prontas de redes sociais ou pesquisas com clientes, há diversas formas de obter informações sobre a recepção do seu empreendimento. O que nem todos sabem é como de fato analisar esses dados para tomar decisões relevantes para a empresa. Em tempos de retração econômica, nos quais os riscos se tornam maiores, é fundamental saber o que vale a pena ou não adaptar ao seu negócio.

O mercado empresarial sempre é instigado ao máximo para que tenha autoconhecimento, especialmente nos momentos de crise, como aponta Walter Muller Garcia Xavier, Professor de Gestão de Dados e Business Intelligence do ISAE Escola de Negócios. “Para isso, ferramentas de Business Intelligence são a melhor opção”, destaca. “Pode ser desde um Excel a uma grande ferramenta de mercado, mas ter em mãos as suas informações e poder cruzá-las e compará-las a outros concorrentes se torna vital para identificar oportunidades e lacunas nos momentos de crise”. O professor lembra, ainda, que a análise inteligente de dados é essencial para além dos tempos de retração econômica: “Não se esqueça também que, fora da crise, é este tipo de informação que vai ajudar a sua empresa a crescer e ser um diferencial de mercado”.

Para tomar decisões que sejam baseadas em dados relevantes é que surgiu o Business Intelligence (B.I), também chamada de Negócios Inteligentes. A expressão destaca a importância de pensar um empreendimento de forma inteligente, estruturada em análise empresarial, infraestrutura de informações e práticas adotadas a partir da análise complexa desses dados.

“Dados obtidos não são meramente valores passivos para amostras em painéis, são valores que devem fomentar decisões assertivas que impactem os ativos do seu negócio de modo positivo”, conta Francisley Valdevino da Silva, CEO da Intergalaxy SA (www.intergalaxy.io), empresa especializada em tecnologia e comunicação que desenvolve softwares, interfaces e aplicativos através da rede Blockchain. “Os dados coletados constituem as Baselines, resultados básicos do modelo de negócio atual que servirão de base para melhorar as estratégias da empresa”, complementa Silva.

Ferramentas como Inteligência Artificial e Machine Learning ajudam a entender o comportamento do consumidor a partir de suas ações no mundo digital – de compras online a atividades em redes sociais – que podem servir como baseline. O acúmulo destas informações é conhecido como Big Data. “O Business Intelligence busca entender e analisar da melhor maneira os dados de Big Data. Reações positivas de consumidores são interessantes, mas as negativas também possuem seu valor: se uma quantidade considerável de clientes não gostou do seu produto, é uma oportunidade de entender o que eles buscam e como melhorar seus serviços para atingi-los”, explica o especialista.

Mas analisar apenas se a receptividade de um produto não é suficiente. Por isso, o B.I tem ganhado destaque. A análise complexa vai além disso, registrando pontos fortes e fracos da empresa e construindo conclusões inteligentes baseadas em informação, de maneira otimizada, direcionada e segura. “Estamos tratando de um trabalho extremamente detalhado e que leva em consideração vários fatores que movem uma empresa. Com uma análise precisa, baseada em dados importantes e ações de gestão e monitoramento, o Business Intelligence pode ser um grande diferencial para o sucesso de empresas dos mais variados portes e de diferentes setores no mercado”, completa Silva.

Confira a lista preparada pelo especialista da Intergalaxy com 8 benefícios da inteligência empresarial:

  1. Ajuda o empreendedor conhecer todos os detalhes do negócio;
  2. Fortalece a eficiência dos processos de tomada de decisões, com base em dados reais;
  3. Consolida uma base de dados que dará suporte à gestão;
  4. Reduz o risco de erros nos processos da empresa;
  5. Traz dados assertivos e personalizados, no tempo certo, para profissionais dos mais variados setores da empresa;
  6. Identifica os pontos fracos na área comercial e ajuda a criar oportunidades;
  7. Traz respostas rápidas a qualquer consulta sobre a empresa;
  8. Detalha informações relevantes sobre o comportamento dos clientes.

 

Poupatempo de Itaquera é o primeiro da capital a atender presencialmente serviços do Sebrae

A solicitação deve ser feita pelo site e o agendamento é obrigatório para ser atendido; serão oferecidas, em média, 36 vagas por dia 


O Poupatempo de Itaquera incorporou à sua grade de atendimento presencial os serviços do Sebrae. Com a chegada do órgão no primeiro posto da capital paulista, o objetivo é auxiliar cidadãos que buscam por orientações ou pretendem abrir um negócio, além de atender microempresários que precisam resolver pendências cadastrais e financeiras junto à Receita Federal.  

O atendimento será feito em duas mesas, com a oferta de sete serviços, sendo um para cidadãos que desejam se formalizar no mercado de trabalho, como Microempreendedor Individual (MEI), dois voltados ao público geral (Orientações Técnicas Gerais e Ideia de Negócio) e os outros quatro para atender pessoas já enquadradas na categoria de MEI (Impressão de Guia DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional –, Parcelamento de Débitos, Baixa e Atualização Cadastral). Serão oferecidas, em média, 36 vagas por dia.  

“Estamos muito felizes com mais uma parceria com o Sebrae. Agora, o Poupatempo de Itaquera, que também disponibiliza atendimentos de órgãos como o Detran.SP, IIRGD, Sabesp, ProconSP, entre outros, passa oferecer opções de serviços que poderão ajudar muitos cidadãos a alavancar suas carreiras e potenciais negócios. Nossa verdadeira missão é poder contribuir para facilitar a vida dos moradores da região, incentivando talentos a crescerem, movimentando a economia do nosso Estado por meio de geração de renda e empregos”, afirma Murilo Macedo, diretor da Prodesp – Empresa de Tecnologia de São Paulo, que administra o Poupatempo.  

Para ter acesso aos serviços do Sebrae no Poupatempo é necessário agendar data e hora previamente pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br. Além de Itaquera, a unidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana e a de Catanduva, no interior, também disponibilizam atendimentos para o órgão.   

 

Programa Poupatempo   

Administrado pela Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado – o Programa Poupatempo tem 23 anos de existência e já realizou cerca de 630 milhões de atendimentos à população. 

Com o início da pandemia, em março de 2020, o programa acelerou o processo de digitalização dos serviços, para melhor atender a população. Até o fim deste ano, o objetivo é chegar a 180 serviços digitais, e a mais de 240 em 2022. 


Afeganistão, mulheres e o povo hazaras, uma crise humanitária mundial

A Comissão de Direito e Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Santos considera que o retorno ao poder do Talibã no Afeganistão é uma notícia dramática sob múltiplos pontos de vista.

O declínio dos direitos e liberdades do povo afegão já é um fato e a vontade de promover a democracia desmoronou tão rapidamente quanto a comunidade internacional decidiu abandonar sua missão no país. Estamos particularmente preocupados com a situação que as mulheres terão de enfrentar, que voltarão a ser vítimas de uma visão fundamentalista, retrógrada e autocrática da vida em sociedade.

Em relação a esse cenário, afirmo que a Comissão de Direito e Relações Internacionais da OAB Santos é totalmente desafiada pelo drama humanitário que se desenrola no Afeganistão.  A comunidade internacional deve abandonar imediatamente sua atual posição de não beligerância em relação ao regime do Talibã e exigir respeito inabalável pelos direitos humanos.

Acreditamos que as necessidades urgentes do povo afegão e especialmente da população feminina precisam ser atendidas. A intervenção da NATO tinha fornecido duas décadas de progresso na igualdade e da defesa dos direitos das mulheres. O fato de as mulheres serem novamente forçadas a abandonar a escola e a vida pública, bem como a sofrer todo tipo de violência física e social, é uma tragédia que a comunidade internacional deve enfrentar imediatamente.

Os hazaras são um povo que sofre profunda discriminação étnica dentro do seu próprio país, pois a maioria fundamentalista sunita, viam os hazaras como infiéis que mereciam morrer. Eles não tinham a aparência que devia ter um afegão e não faziam suas devoções como devia fazer um muçulmano. Dizia um ditado afegão: "Aos tadjiques o Tadjiquistão, aos usbeques o Usbequistão, e aos hazaras o goristão (cemitério)."Os hazaras são vítimas de vários ataques terroristas, cometidos por grupos armados, em particular Daëch e o Taliban. Facilmente reconhecíveis por seu rosto asiático, eles costumam ser sequestrados durante suas viagens entre as principais cidades.

Celebramos a evacuação de todos os que fugiram do regime talibã, mas acreditamos que o desafio nesta área também é grande.

E para que, sendo Santos uma Cidade de Acolhimento e Refúgio, nos empenharemos, em colaboração com todas as administrações, para que a advocacia, os profissionais do Direito e da Justiça e, em geral, todos os cidadãos afegãos que não queiram viver sob o jugo do Talibã, possam continuar suas vidas em países onde seus direitos e liberdades são respeitados.

 


Richard Geraldo Dias de Oliveira - presidente da Comissão de Direito e Relações Internacionais da OAB Santos.


 

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