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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Dia Mundial da Voz especialista ensina cuidados básicos para mantê-la sempre saudável

Comemorado no dia de 16 de Abril, o país se mobiliza todos os anos para realizar ações que atuem na conscientização sobre os cuidados e preservação da voz. "Muitas pessoas não se dão conta de que as alterações vocais podem ser sinais de doenças, como o câncer de laringe, por exemplo", alerta a otorrinolaringologista Dra. Maura Neves do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP.

A médica explica que entre os principais sintomas de alerta para problemas vocais estão, rouquidão, tosse frequente, alterações no timbre da voz, pigarro, dor ou cansaço para falar. Os sintomas podem esconder laringites (infecção viral ou bacteriana na laringe e cordas vocais). Muitas vezes associada a sintomas de gripe e resfriados - dor de cabeça, obstrução nasal, coriza e tosse.

A rouquidão nestes casos tem resolução em poucos dias. Nódulos, cistos e pólipos são alterações benignas e os pacientes com algum desses problemas apresenta rouquidão mais prolongada. Podem ocorrer também cansaço ou dor (na garganta) para falar. No caso do câncer, Dra. Maura explica que a doença pode atingir as pregas vocais ou outras partes da laringe (garganta). Nestes casos a duração da rouquidão é maior. Pode ocorrer ainda, dor para falar ou engolir além de surgimento de gânglios (ínguas) no pescoço.

Apesar de muitas vezes a voz rouca ser considerada "normal", uma rouquidão sugere um problema nas cordas vocais. Quando estamos sem voz e continuamos a falar a tendência é que ocorra uma piora da qualidade da voz. Ou seja, ficamos cada vez mais roucos. E isso também significa mais inflamação ou lesão nas pregas vocais. Em alguns casos essa inflamação provoca uma cicatriz, ou seja, uma rouquidão mais permanente. Por isso é importante ficar atento aos sinais da voz.

Abaixo Dra. Maura Neves lista 12 cuidados que garantem a saúde vocal.

• Não gritar ou falar alto;

• Evite falar em tom que não seja o seu;

• Evite cochichar;

• Falar pausadamente com boa articulação das palavras;

• Não fumar;

• Evite bebidas gasosas ou alimentos que causem dificuldades de digestão;

• Evite bebidas alcoólicas;

• Evitar falar excessivamente durante exercícios físicos, quando gripado ou com alguma crise alérgica;

• Realize pausas para repouso vocal durante o trabalho;

• Beber bastante agua (temperatura fresca ou ambiente);

• Não pigarrear excessivamente;

• Evite ambientes com poeira, mofo ou cheiros fortes.

 

 


Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP

Cirurgia Robótica é alternativa para tratamentos de doenças ginecológicas durante a pandemia

 

Freepik

Com 82 plataformas espalhadas pelo Brasil e menos invasiva, cirurgia proporciona uma recuperação mais rápida para as pacientes

 

Desde 2020, a rotina médica foi alterada devido aos efeitos causados pela Covid-19. Com isso, muitos procedimentos realizados no dia a dia dos hospitais estão sendo adiados por conta do risco de contágio do Sars-Cov-2. Isso também acontece em alguns quadros ginecológicos. Apesar da atual situação, a cirurgia robótica tem ganhado destaque nestes procedimentos, principalmente nos casos de endometriose e miomas, em que a tecnologia já se mostrou capaz de ajudar as pacientes na rápida recuperação destas doenças.

 

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica do Capítulo do Rio de Janeiro (SOBRACIL-RJ), Dr. Thiers Soares, este tipo de procedimento possibilita que a internação e a alta hospitalar da paciente seja rápida, garantindo, assim, uma redução de tempo dentro da unidade e diminuindo seu tempo de exposição e risco ao coronavírus. 

Mesmo com a suspensão de cirurgias e exames eletivos ao redor do país, foram realizadas mais de 14 mil cirurgias robóticas, no Brasil, em 2020. No segmento ginecológico, a orientação é realizar essas intervenções, a fim de evitar o agravamento das doenças, principalmente neste período de difícil acesso a acompanhamentos médicos. 

A cirurgia robótica chega como uma ferramenta valiosa, que garante para os profissionais da saúde a precisão e a excelência dos procedimentos realizados nas salas de cirurgia. "Com quatro braços, o robô Da Vinci possibilita uma visão 3D dos órgãos e ainda amplia a atuação médica com mais mobilidade durante o procedimento. Este robô tem uma capacidade de articulação maior do que teria manualmente, com movimentos muito mais angulados", aponta o Dr. Thiers Soares. 

De origem norte-americana, o robô Da Vinci é uma plataforma que tem a aparência de um ‘polvo’, com três braços para os instrumentos cirúrgicos e um braço para visualizar os órgãos do paciente. Como em um microscópio, o cirurgião encaixa a face no visor do robô e manuseia o aparelho todo pelos controles do console. Embora ofereça vários benefícios, a cirurgia robótica ainda é pouco praticada no Brasil. "Esta tecnologia está presente no país desde 2008, entretanto, existem apenas 82 plataformas do robô Da Vinci responsáveis pelas intervenções robóticas em todo o país e apenas duas variedades de equipamento, que concentram outros tipos de especialidades, como urologia e cirurgias bariátricas", explica o especialista. 

De acordo com a Rede D’OR São Luiz, uma das redes hospitalares líderes de cirurgia robótica no Brasil, foram realizados mais de 4 mil procedimentos nos últimos 3 anos em todo o território nacional. 

O cirurgião realiza diversos cursos ao redor do Brasil para capacitar os profissionais da área para as cirurgias robóticas ginecológicas. Em 2020, realizou cursos em Curitiba, Brasília e São Paulo. A expectativa é expandir estes cursos para diversos profissionais médicos brasileiros.




Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica - capítulo Rio de Janeiro - RJ e médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.

 

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Excesso de gordura e saúde não combinam

Dra. Marcella Marinho aponta o emagrecimento como uma ação de qualidade de vida e não apenas estética


A pandemia de covid-19 trouxe dois problemas para quem cultivava hábitos saudáveis: o fechamento das academias e limitações de uso de espaços públicos para práticas de atividades físicas e o aumento do consumo de alimentos ultra processados consequentemente gerando sobrepeso nas pessoas.

Algumas pessoas ainda buscaram nas aulas on-line uma alternativa para manter o ritmo, mas pesquisas apontam um aumento generalizado de peso na população por conta do sedentarismo, agravado neste período.

Para a médica Marcella Marinho, emagrecer não é mera questão de estética ou de seguir padrões e a classe médica tem obrigação de esclarecer e conscientizar os pacientes sobre os riscos e malefícios da obesidade para a saúde e qualidade de vida.

Segundo a médica, excesso de gordura e saúde não são condições metabolicamente compatíveis para o corpo. “Esse desequilíbrio gera uma sobrecarga danosa aos nossos sistemas de reparo, endócrino, cardíacos e musculoesquelético”, detalha. 

Dra. Marcella ainda aponta que as primeiras alterações e pequenos danos ocorrem silenciosamente. “Chamamos isso de inflamação crônica subclínica, e esse é o ponto-chave que precisa ser falado (e tratado), pois se esses processos não forem silenciados ou desacelerados ao longo dos anos, o acúmulo dessas injúrias constantes causa um maior desgaste dos órgãos e ‘de repente’ todas as doenças do envelhecimento como hipertensão, diabetes tipo 2, artrite, aterosclerose, doenças cardíacas, trombose, distúrbios do sono e cognitivos disparam de uma vez”, alerta. 

Para a médica, um dos grandes aliados para manter a saúde e o bom funcionamento do corpo ao longo da vida é, sem dúvidas, a prática regular de exercícios físicos. “Não é apenas um bom conselho, é um dever médico promover saúde e orientar sobre a importância do exercício físico regular, que está incluído nos 6 pilares da Medicina do Estilo de Vida”, indica.


Consequências da falta de atividade física

Dra. Marcella Marinho aponta os principais males causados pelo excesso de gordura e falta de exercícios físicos:

  • Doenças metabólicas: obesidade, diabetes tipo 2, dislipidemia e formação de cálculos na vesícula.
  • Doenças cardiovasculares: doença arterial coronariana, angina, hipertensão, claudicação intermitente, trombose, aterosclerose, alteração da adesão e agregação plaquetária.
  • Doenças Pulmonares: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
  • Câncer: mama, endométrio, cólon, próstata.
  • Doenças neurológicas: desordens do humor, cognitivas, memória e aprendizado.
  • Desordens musculoesqueléticas: dores crônicas, limitações osteoarticulares, osteoartrite, osteoporose, sarcopenia.
  • Constipação e disbiose intestinal.
  • Adiposidade abdominal: esse é o tipo de gordura que se acumula entre os órgãos, dentro do abdômen e produz as citocinas inflamatórias, que aumentam o risco de diabetes e doenças cardiovasculares. Esse ambiente metabólico inflamado aumenta também o próprio risco de alguns tipos de câncer.

A médica ainda ressalta que além dos efeitos diretos, a falta de atividade física causa outros impactos na qualidade de vida durante o envelhecimento, como limitação física e da performance de habilidades, menor mobilidade e maior dependência. “Essa falta de autonomia gera outros tipos de problemas como estresse, desânimo, menor sensação de bem-estar, ansiedade e até depressão. Ou seja, exercício físico é remédio e deve ser regularmente praticado em todas as idades”, finaliza.

 



Marcella Marinho - especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É pós graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo Hospital do Servidor Estadual (IAMSPE), em Sexualidade Humana pela USP, em Ciências da Longevidade Humana – Grupo Longevidade Saudável e pós graduada em Nutrologia pela Instituto Israelita de ensino e pesquisa Albert Einstein. Realiza acompanhamento preventivo de mulheres em todas as fases da vida, da adolescência até a menopausa, priorizando o atendimento integral, com práticas de promoção de saúde, suplementação nutricional, emagrecimento, equilíbrio hormonal, práticas ortomoleculares e qualidade de vida. Como obstetra, dedica-se em estar junto a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram @dramarcellamarinho, por e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com


Estudo avalia eficácia na redução de sessões de radioterapia para pacientes com câncer de mama

 Pesquisa Clínica do São Camilo Oncologia iniciou levantamento em fevereiro deste ano e deve recrutar 36 pacientes


O Centro de Pesquisa do São Camilo Oncologia deu início a um estudo destinado a pacientes com diagnóstico de câncer de mama em fase inicial, submetidas à cirurgia conservadora da mama. O levantamento tem como objetivo verificar a eficácia do tempo de exposição da paciente a sessões de radioterapia.

O estudo exploratório, chamado Lapidary – que traz o significado de lapidação da radioterapia –, vai analisar, além da linha de radioterapia com irradiação da mama toda em 15 sessões (hipofracionada) por três semanas, o experimento de irradiação da mama total em apenas 5 sessões (acelerada) e, ainda, a irradiação parcial da mama em 5 sessões (acelerada parcial), ou seja, apenas no leito tumoral. Nos dois últimos, o tratamento seria feito em apenas uma semana.

As técnicas de simulação e tratamento não se modificam, de acordo com o Dr. Eduardo Barbieri, médico radio-oncologista do São Camilo Oncologia e idealizador do estudo. O que muda é o volume de tratamento e o número de sessões.

“Existem dados na literatura que indicam resultados favoráveis, com redução de frações de radioterapia e ajustes de doses, permitindo o controle local do tumor e a redução dos eventos adversos tardios. O menor tempo de tratamento traz benefícios, como, por exemplo, um menor número de visitas da paciente ao hospital (de 3 a 4 semanas para uma semana), sem repercussão no controle local da lesão e/ou impacto no resultado estético pós-radioterapia”, complementa o especialista.

Além dessa redução no período de tratamento, o estudo avalia também a radioterapia acelerada parcial da mama, que consiste no procedimento apenas no leito tumoral em 5 sessões, preservando a maior parte da mama, impactando em menos efeitos colaterais e melhor resultado estético.

“O racional da radioterapia parcial da mama é baseado na evidência de que mais de 85% das recaídas locais acontecem no leito tumoral inicial”, acrescenta o Dr. Barbieri.

Ainda segundo o médico, essa redução no tempo de tratamento impacta no acesso à terapia e nos custos ao sistema de saúde, pois permite tratar mais pacientes no Brasil, onde a demanda por radioterapia é reprimida, reduzindo a necessidade de deslocamento das pacientes e a quantidade de horas de trabalho. “Um desafio no tratamento das pacientes é reduzir a morbidade, sem comprometer sua capacidade de cura do câncer.”

Radioterapia no Brasil

A radioterapia pode ser realizada exclusivamente ou associada a outras modalidades terapêuticas. Inicialmente, a radioterapia pós-operatória de mama era realizada com 25 a 30 sessões, numa frequência de 5 vezes por semana, resultando num período de 5 a 6 semanas. A partir de publicações de seguimento a longo prazo, esse esquema de hipofracionamento em 15 a 20 sessões começou a ser adotado amplamente no Brasil.

“Embora tenha uma maior utilização do regime hipofracionado, não temos dados comparativos sobre o regime ideal de tratamento radioterápico de pacientes com câncer de mama, em estágio inicial, na nossa população. A redução desse tipo de tratamento, com os benefícios associados, é o que pretendemos comprovar”, finaliza.

A expectativa é recrutar 36 pacientes para o estudo, que teve início em fevereiro de 2021. Quem se enquadrar nos critérios clínicos exigidos, pode entrar em contato com o Centro de Pesquisa Clínica.

Mais informações pelo e-mail recrutamento.pesquisa@ibcc.org.br ou pelo tel: (11) 3474-4264.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Tratamento para doença hepatica gordurosa não alcoólica e obesidade desenvolvido pela Boehringer Ingelheim e Zealand Pharma avança para fase 2 de testes clínicos

 • Novos estudos marcam um importante avanço das áreas de metabolismo, obesidade e doença hepatica gordurosa não alcoólica da Boehringer Ingelheim.

• O agonista duplo de GLP-1 e glucagon denominado BI 456906 pode oferecer benefícios importantes tanto no manejo de sobrepeso crônico quanto na melhoria da doença hepatica gordurosa não alcoólica.

• Os estudos da fase 2 da molécula BI 456906 em obesidade e doença hepatica gordurosa não alcoólica fazem parte da colaboração de longo prazo entre a Boehringer Ingelheim e a Zealand Pharma, sendo que um estudo prévio da Fase 2 em pessoas com diabetes tipo 2 foi iniciado em 2020.

 

A Boehringer Ingelheim e Zealand Pharma anunciaram o início de dois estudos da Fase 2 do agonista duplo de GLP-1 e glucagon denominado BI 456906 para adultos com sobrepeso ou obesidade e para adultos com esteatohepatite não alcoólica. O composto foi licenciado pela Zealand, em 2011, e está sendo investigado em um estudo de Fase 2, em pessoas com diabetes do tipo 2. A terapia, feita uma vez por semana, pode oferecer benefícios adicionais tanto no manejo crônico do peso, quanto na melhoria e prevenção da progressão para cirrose em comparação com os tratamentos disponíveis atualmente com compostos agonistas simples do GLP-1.

"Obesidade e hepatite não alcoólica são necessidades médicas não atendidas e com poucos tratamentos aprovados e disponíveis, atualmente. As doenças estão associadas à baixa qualidade de vida e ao aumento da mortalidade", explica Arun J. Sanyal, professor de Medicina, Fisiologia e Patologia Molecular na Virginia Commonwealth University School of Medicine em Richmond, Virgínia. "Espero que essa nova abordagem traga uma opção de tratamento para os profissionais de saúde prescreverem a pessoas que sofrem com obesidade ou doença hepatica gordurosa não alcoólica".

A Boehringer Ingelheim e a Zealand têm uma parceria produtiva de longa data, reunindo a expertise da Zealand na descoberta de medicamentos inovadores à base de peptídeos com a experiência da Boehringer Ingelheim na pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos para doenças cardiometabólicas. "Estamos muito animados em ver o início dos testes da Fase 2 do BI 456906 para obesidade e hepatite não alcoólica", diz Adam Steensberg, vice-presidente executivo e diretor médico da Zealand Pharma. "Combinando os dois mecanismos de terapia agonista GLP-1 e do glucagon, acreditamos que nosso agonista duplo tem o potencial de alcançar uma maior perda de peso, melhorando o metabolismo do paciente, e também tem potencial para controlar a hepatite não alcoólica, reduzindo muito a esteatose".

"Nossa área de pesquisa e desenvolvimento está se dedicando a descobrir novos tratamentos para obesidade e doença hepatica gordurosa não alcoólica e consequentemente atender à grande necessidade desses grupos", expllica Dr. Waheed Jamal, MD, Lider da área de cardiometabolismo na Boehringer Ingelheim. "Estamos explorando uma série de abordagens únicas, com grande potencial para ajudar as pessoas que vivem com obesidade ou doença hepatica gordurosa não alcoólica. Acreditamos que os agonistas duplos são candidatos a medicamentos de próxima geração, com potencial para maior eficácia na perda de peso, prevenção ou melhoria da cirrose e hepatite não alcoólica".

De acordo com o acordo de licenciamento do agonista duplo de GLP-1 e glucagon, a Boehringer Ingelheim financia todas as atividades de pesquisa, desenvolvimento e comercialização, enquanto a Zealand tem direito a receber até 345 milhões de euros nas próximas fases do projeto. Nenhum pagamento precisa ser feito no início da Fase 2 dos estudos. Quanto às vendas globais, o acordo também inclui uma porcentagem de royalties que gira em torno de 10%.

Sobre os Estudos

A fase 2 terá um braço de estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo e avaliará o BI 456906 em pessoas com obesidade ou que estão acima do peso com IMC 27 kg/m2 ou superior e sem diabetes (NCT04667377). Os participantes receberão uma injeção subcutânea de BI 456906 ou placebo uma vez por semana durante a duração do estudo clínico. O objetivo final primário do estudo é a variação percentual do peso corporal na semana 46 em comparação com o placebo.

Outro braço do estudo, também duplo-cego randomizado controlado por placebo, avaliará o BI 456906 em pessoas com doença hepatica gordurosa não alcoólica e fibrose hepática classificadas como F2 e F3 com ou sem diabetes (NCT04771273). O objetivo principal deste estudo é a melhora histológica da hepatite não alcoólica sem agravar a fibrose após 48 semanas de tratamento. Os participantes receberão uma injeção subcutânea semanal das doses de BI 456906 ou placebo durante os testes.


Sobre obesidade

A obesidade é uma doença crônica complexa que requer cuidados contínuos de longo prazo. Está entre os principais fatores de risco para diversas doenças cardiometabólicas, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral isquêmico, doenças hepáticas, incluindo hepatite não alcoólica, diabetes tipo 2 e também uma série de cânceres. O índice de obesidade mundial triplicou desde 1975, dados de 2016 mostram que quase 2 bilhões de adultos estão acima do peso (IMC ≥ 25 kg/m2), dos quais 650 milhões são considerados obesos (IMC ≥ 30 kg/m2).


Sobre hepatite não alcoólica

Esteato-hepatite não alcoólica ou "NASH" (nonalcoholic steatohepatitis) é causada pelo acúmulo de gordura no fígado e é uma das principais causas de fibrose hepática e cirrose. É considerada uma necessidade médica não atendida e sem tratamentos aprovados atualmente. A hepatite não alcoólica é a forma mais grave de doença hepática gordurosa não alcoólica, que é a doença hepática mais comum em nações industrializadas ocidentais. Hepatite não alcoólica e hepatite gordurosa não alcoólica são, na maioria das vezes, prevalentes em pessoas com distúrbios metabólicos, como diabetes tipo 2 e obesidade. Atualmente, um em cada quatro adultos é dianosticado com doença hepatica gordurosa não alcoólica. Estima-se que a prevalência da hepatite não alcoólica varie entre 6,67% na Ásia e 29,85% na América do Norte para pessoas com hepatite gordurosa não alcoólica leve, atingindo o pico de 63% entre pacientes com hepatite gordurosa não alcoólica com indicação em biópsia, número esse duas vezes maior do que há 20 anos.



Boehringer Ingelheim

www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil.

 Zealand Pharma A/S

www.zealandpharma.com


Alimentação inflamatória aumenta risco de doenças cardiovasculares

Uma alimentação balanceada pode prevenir graves enfermidades, como o infarto e o derrame cerebral. Confira dicas de alimentos que não podem faltar no cardápio de quem deve cuidar da saúde.

 

As doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam no mundo. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), tais enfermidades são a principal causa de morte no mundo. No Brasil, dados preocupantes apresentados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia lembram que essas patologias associadas ao sistema circulatório causam duas vezes mais óbitos que todos os tipos de câncer somados. 

Além disso, os fatores comportamentais e alimentares têm forte relação com esses índices. Segundo o cardiologista Dr. Roberto Yano, deve-se lembrar que a alimentação está diretamente ligada à saúde do coração. “Sabe-se que uma dieta composta por alimentos pró-inflamatórios pode resultar no aceleramento da aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias das coronárias e levar ao infarto. Outro fator é que comer de maneira inadequada pode ter como consequência o aumento da pressão arterial, piora da glicemia, aumento dos níveis de colesterol ruim e dos triglicérides, assim como elevação de peso e, por consequência, a obesidade. Todas essas alterações podem levar a um ambiente mais inflamado e propício a doenças cardiovasculares”, alerta o médico. 

Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ele explica que alimentos inflamatórios são aqueles capazes de induzir inflamação no organismo, o que a longo prazo traz prejuízos não apenas para saúde do coração, como para todo o organismo. “Exemplos clássicos de alimentos inflamatórios são os multiprocessados, embutidos, açúcar, farinha refinada, frituras e álcool em excesso. Esses alimentos vão levar o nosso organismo a um estado pró-inflamatório, elevando o risco de doenças cardíacas como o infarto e a insuficiência cardíaca”, diz.  

A dica do médico para evitar o desbalanço metabólico é se atentar às restrições e apostar em substituições. “Assim como um diabético não deveria consumir jamais açúcar refinado, e sim substituir esse carboidrato por adoçantes naturais ou açúcares de absorção lenta, os pacientes cardiopatas devem evitar alimentos processados, sal em excesso, assim como refeições gordurosas”, acrescenta. 

“Já os pacientes com dislipidemia, por exemplo, precisam cortar o consumo de embutidos, alimentos com gordura trans e excesso de gordura saturada, pois isso aumenta os seus níveis de LDL-colesterol e dos triglicérides. Da mesma forma, um paciente hipertenso não deve ingerir mais de 5 gramas de sal por dia”, reforça o médico. 

No caso do cardiopata, deve-se controlar todos os fatores de risco que levam a piora da sua doença cardíaca. Afinal, “a sua dieta deve ser balanceada para manter seus exames sempre dentro dos valores de referência”, reforça Dr. Yano.

 

Sugestões para melhorar o cardápio 

Diante desta situação em que a alimentação influi diretamente nas doenças do coração, o nutrólogo Dr. Sandro Ferraz apresenta elementos que podem fazer parte de qualquer prato de comida e só tendem a beneficiar a saúde:

 

Abacate – “ajuda a melhorar os níveis de colesterol no sangue, deixando as veias e artérias livre de obstrução”;

 

Romã – “rica em antioxidantes, protegendo assim todo sistema cardiovascular”;

 

Brócolis – “rico em vitamina K, evita que o cálcio se acumule nas artérias gerando enrijecimento, ou seja arteriosclerose”;

 

Cúrcuma – “conhecido como açafrão poderoso anti-inflamatório sistêmico e também reduz chances de coágulos”;

 

Berinjela – “repleta de fibras, vitaminas e minerais, previne os casos de hipertensão”;

 

Caqui – “rico em polifenóis e antioxidante, ambos trabalham na redução do colesterol LDL (colesterol ruim), e previne a pressão alta”;

 

Spirulina – “alga que regula níveis de lipídeos no sangue e é uma excelente fonte de proteína”;

 

Chá verde – “evita a retenção de líquidos, acelera o metabolismo e dificulta a absorção do colesterol por ser rico em catequinas”.

 

“Em um mundo perfeito, todo cardiopata deveria ser acompanhado por um nutricionista, além do seu cardiologista é claro e seguir à risca tudo o que for prescrito em sua dieta, assim como faz com suas medicações”, completa Dr. Roberto Yano.

 



Créditos - MF Press Global

 

Dia Mundial da Voz

 Uso abusivo de medicamentos pode afetar as cordas vocais


Cuidar da voz nem sempre é algo que as pessoas se preocupam. Aquela sensação de arranhado na garganta ou pigarro, muitas vezes, passa despercebida. E os motivos podem ser diversos: uma inflamação ou infecção, cigarro, poluição, alergia e até câncer. Mas você sabia que até o uso de medicamentos pode afetar as cordas vocais? Um probleminha corriqueiro, se não for avaliado e tratado da forma adequada, pode se agravar. Pra quem é profissional da voz, então, isso pode ser um grande inconveniente diário e permanente. Foi o que aconteceu com o cantor Bruno Gouveia da banda de rock Biquíni Cavadão. O músico conta que, antes da pandemia, o grupo, que possui 36 anos de história, chegava a fazer de dois a quatro shows num fim de semana.

“É um ritmo muito intenso que exige uma condição de atleta da voz para poder realmente realizar todos os shows. Você não dorme, não come direito e se sacrifica muito nessa correria toda. Teve um momento na minha vida que isso foi tão intenso que, por várias vezes, procurei um médico para resolver rapidamente o problema porque não dava pra ficar quieto com a minha voz por sete dias. Eles naturalmente me recomendaram corticoides e vários outros medicamentos. Tudo bem por aí, sem problemas, até o momento que eu achei que já não precisava ir mais lá (no médico) para falar sobre nenhum problema e eu mesmo me automedicava”, afirmou Bruno Gouveia.

O resultado foi que o músico ficou dependente dos medicamentos para manter a voz plena. E com a orientação de uma fonoaudióloga conseguiu buscar soluções não farmacológicas para manter a saúde vocal. “As pessoas não têm ideia do que o corticoide causa. Hoje meu fígado está comprometido por conta de remédios. Hoje eu me trato com o hepatologista por causa dos corticoides que foram sendo tomados ao longo de tantos anos. Eu tenho uma série de problemas hoje até mesmo com o próprio corticoide. Quando é necessário usar, o meu corpo não responde da mesma forma. E eu recomendo a todo mundo que usa a voz profissionalmente, para se aconselhar muito com o médico e nunca se automedicar.  De remédio pra veneno é só virar uma chave”, revela o cantor.

No Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril, especialistas da área da saúde sempre alertam sobre cuidados necessários para manter a saúde das cordas vocais. A data surgiu a partir das realizações da Semana Nacional da Voz no Brasil, em 1999, e ganhou destaque internacional. A atividade foi criada por médico otorrinolaringologistas, inicialmente, com o intuito de prevenir o câncer de laringe. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) tem defendido fortemente a orientação sobre os riscos da automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos, como aconteceu com o músico da banda Biquini Cavadão.  As cordas vocais são pregas mucosas flexíveis localizadas na laringe e compostas por músculo e ligamento. A passagem do ar por estas pregas produz vibração e dá origem a voz.

Muitos medicamentos podem ocasionar danos às pregas vocais de modo direto ou indireto. É o que explica a farmacêutica Alessandra Russo, da Coordenação Técnica e Científica do CFF. “Alguns medicamentos tornam a saliva mais viscosa, outros diminuem a produção de saliva, o que interfere na lubrificação e hidratação das pregas vocais e irá interferir na qualidade da produção da voz. Temos como exemplos, os corticoesteroides de uso tópico, administrados por meio de dispositivos inalatórios para o tratamento da asma. Medicamentos anticolinérgicos utilizados para o tratamento da doença de Parkinson, incontinência urinária, anti-histamínicos para tosse, os broncodilatadores utilizados para o tratamento da asma. Os medicamentos simpaticomiméticos diminuem a produção de saliva. Temos, como exemplo, aqueles utilizados para a congestão nasal, como a pseudoefedrina”.

Alessandra também cita como um caso preocupante o que ocorre com mulheres que utilizam esteroides anabolizantes para aumento de massa muscular. Já que o uso destes medicamentos ocasiona a virilização da voz feminina, com mudança do seu timbre, quadro que não se resolve nem com a interrupção do uso do medicamento. Outros fármacos também possuem efeitos indesejáveis. A especialista explica que fazer repouso vocal ajuda. Ela explica que ficar sem usar a voz o máximo de tempo que puder, vibrando a língua a cada hora para ir drenando as cordas vocais é um bom exercício. E, é claro, procurar especialistas da área da saúde para fazer esse acompanhamento. Isto mostra a grande importância do farmacêutico se engajar em ações de prevenção e promoção da saúde vocal, principalmente, no que diz respeito a orientação sobre o uso de medicamentos que possam ocasionar danos diretos ou indiretos à voz, bem como para informar sobre os graves riscos da automedicação.


Abril Marrom: o que é importante saber sobre prevenção à cegueira

Avanços tecnológicos facilitam diagnósticos e trazem melhores resultados e qualidade de vida aos pacientes


Abril Marrom é o mês dedicado à campanha de saúde sobre prevenção da cegueira. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, há mais de 1,2 milhão de cegos no Brasil. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis, ou seja, mais de 950 mil brasileiros que perderam a visão poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento apropriado e em tempo adequado.

“A prevenção não pode parar nem em tempo de pandemia. Procure o oftalmologista para um check-up e prevenção das principais causas de cegueira no mundo: catarata, glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI)”, alerta o Dr. Takashi Hida, oftalmologista-chefe do Setor de Catarata do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty. Todas as unidades da Opty seguem rigorosos protocolos para atender com segurança os pacientes.

O médico também alerta para outras questões trazidas pelo novo coronavírus que merecem atenção. Desde o início da pandemia, a Academia Americana de Oftalmologia vem divulgando diversas pesquisas relacionados à disseminação do vírus e às suas repercussões sistêmicas e oculares. Recentemente apresentou uma série de casos de perda de visão em paciente com COVID-19 decorrente de oclusão vascular da retina*.  “Pesquisadores lutam para entender e combater as consequências causadas pela COVID-19. Apesar de não ser claro o que o vírus causa nos pacientes recuperados, já está comprovado que essa doença pode originar danos cardiometabólicos**, como diabetes e hipertensão podendo gerar de leves a graves implicações indiretas, retinopatia diabética, catarata e retinopatia hipertensiva entre elas”, comenta o Dr. Takashi. “Ainda não há pesquisas sistemáticas de longa data com resultados robustos sobre o assunto por ser uma doença recém diagnosticada, mas recomendamos fortemente que pessoas que tiveram COVID-19 façam acompanhamento regular com o oftalmologista para detecção de possíveis sequelas”, afirma.

Principal causa – A OMS estima que a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo, sendo a principal causa de cegueira adquirida em todo o mundo. A doença provoca a perda progressiva, porém reversível, da visão, podendo ser imperceptível pelo paciente nos estágios iniciais. A cirurgia da catarata consiste na remoção do cristalino opaco e sua substituição por uma lente intraocular artificial transparente. Paralelamente, a presbiopia, a diminuição progressiva da capacidade de focar nitidamente objetos a curta distância, é um dos principais problemas que podem surgir com o envelhecimento e costuma ocorrer a partir dos 40 anos de idade. “É cada vez mais comum encontrarmos pessoas entre 40 e 50 anos se submetendo a cirurgias de catarata, resolvendo, assim, essas perdas graduais de visão”, conta o Dr. Takashi.

O implante de lentes intraoculares multifocais é uma opção que tem se tornado frequente para aqueles que têm interesse em reduzir a dependência de óculos no pós-operatório da cirurgia de catarata. “Há evidências, inclusive, que as lentes multifocais podem ajudar a diminuir acidentes domésticos e o risco de queda de idosos”, explica o oftalmologista.

Avanços tecnológicos, como as Lentes Intraoculares (LIOs) Trifocais, têm demonstrado melhores resultados para esses pacientes tanto refrativos quanto visuais. “As Lentes Intraoculares Bifocais apresentam apenas dois focos principais: longe e perto. No entanto, atualmente, o foco intermediário tem sido cada vez mais exigido, com o uso muitas vezes excessivo de telas, como computadores, smartphones e tablets. Essa necessidade estimulou o desenvolvimento das lentes com três pontos focais”, destaca o Dr. Lucas Perez Vicente, do HCLOE, uma empresa do Grupo Opty em São Paulo. “Estudos clínicos recentes, como o realizado em 15 localidades e publicado no Journal of Cataract & Refractive Surgery (novembro/2020), têm demonstrado o quanto essas lentes mais modernas têm beneficiado esse público, apresentando melhor desempenho visual em distâncias próximas e intermediárias, além de baixa incidência de fenômenos fóticos”, completa. A diminuição da sensibilidade ao contraste e a presença de reflexos/halos são preocupações potenciais para pacientes que recebem lentes intraoculares multifocais (bifocais), que frequentemente relatam aumento de distúrbios visuais em comparação com aqueles que recebem LIOs monofocais.

Outros alertas – Já o glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo (12,3%), superado apenas pela catarata (47,8%), de acordo com a OMS. Há cerca de 900 mil glaucomatosos no Brasil. Contudo, o Ibope Inteligência constatou recentemente que 40% das pessoas desconhecem essas doenças. O glaucoma pode causar cegueira permanente, uma vez que a perda de visão não pode ser recuperada. O tratamento consiste em controlar os sintomas por meio de colírios ou uso de stents medicamentosos inseridos em procedimentos cirúrgicos pouco invasivos. “A detecção precoce de uma doença silenciosa como o glaucoma somente é possível por meio do exame oftalmológico rotineiro, o que torna a prevenção fundamental”, alerta o Dr. Lucas Perez Vicente.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI), por sua vez, é uma doença crônica progressiva que ocorre na parte central da retina chamada mácula e que leva à perda progressiva da visão central. É a principal causa de perda irreversível da visão entre as pessoas acima de 50 anos. Atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI, de acordo com a OMS. Condições ambientais, alimentação e predisposição genética também são fatores de risco, porém o maior deles é a idade: o problema acomete 10% de pacientes entre 66 a 74 anos e 30% com mais de 75 anos.

“Vale destacar que, hoje em dia, a inteligência artificial no mapeamento de retina é uma aliada na detecção precoce de retinopatia diabética, DMRI e glaucoma. O exame também consegue identificar a catarata, através da sombra que ela causa no próprio exame. Hoje existe um software inteligente, com big data baseado em 300 ou 400 mil exames, que já faz uma leitura precisa desses achados”, conta o Dr. Takashi Hida.  

 

*American Academy Ophthalmology, Renée Solomon, 26/02/2021

**Diabetes, Obesity and Metabolism, 27/11/2020

 


Grupo Opty

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Andar na ponta dos pés pode indicar problema ortopédico

Médica orienta pais e cuidadores sobre o que fazer se a criança não encosta o calcanhar no chão ao caminhar


Uma das principais ansiedades de pais e mães, em especial os de primeira viagem, é ver a criança dar os primeiros passos. Durante o desenvolvimento da marcha, é possível que a criança caminhe sem encostar o calcanhar no chão. No entanto, isso tende a se normalizar entre os dois e três anos e, quando não acontece a correção, é necessária a avaliação do médico ortopedista.

São muitos os motivos que podem fazer com que a criança caminhe na ponta dos pés e, segundo a Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica do HSPM-SP, o mais comum é a marcha em equino idiopática, ou seja, sem que haja um motivo determinado e o diagnóstico é por exclusão.

"Devemos descartar outras causas do caminhar na ponta dos pés, como paralisia cerebral, autismo, distrofias musculares, deformidades congênitas, alterações na coluna, hiperatividade e síndromes genéticas", diz a médica.

O médico vai avaliar desde antecedentes gestacionais até antecedentes familiares para tentar descobrir o que causa a pisada na ponta dos pés. Os papais e mamães ajudam muito quando se lembram de informações importantes como: a idade que a criança começou a sentar, engatinhar ou andar; se percebem que andam na pontas dos pés com os dois pés ou um só, enquanto elas andam se chegam a encostar o calcanhar no chão e por quanto tempo conseguem andar dessa forma; se tem dor no pé ou perna, entre outras", enumera Dra. Natasha.

O exame físico ortopédico também vai avaliar a presença de calos ou deformidades, comprimento das pernas, amplitude de movimento, avaliar os membros inferiores e coluna, além de exame físico neurológico.

O tratamento depende do diagnóstico. Nos casos idiopáticos, Dra. Natasha conta que são indicados acompanhamento ortopédico, fisioterapia, uso de órteses, gesso e até toxina botulínica.

"Quando a criança anda na pontas dos pés após os 5 anos de idade, é comum que eles tenham dificuldade de encostar o calcanhar no chão passivamente, além de queixas para usar calçados, praticar esportes e atividades recreativas. Nesse caso, eles podem ser elegíveis para tratamento cirúrgico e são vários os procedimentos que podem ser feitos para alongar o tendão calcâneo", finaliza a médica, demonstrando o quanto o diagnóstico precoce é importante para o bem-estar infantil.

 

 

Dra. Natasha Vogel - • Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil • Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil • Especialização - Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia Pediátrica • Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia e Traumatologia • Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Covid-19: ausência na segunda dose da vacina atrapalha imunização e controle da doença

O Ministério da Saúde anunciou que mais de 1,5 milhão de brasileiros que contemplam o grupo prioritário do Programa de Imunização Nacional (PNI) ainda não compareceram aos pontos de vacinação para tomarem a segunda dose da vacina. São Paulo lidera a lista de estados com as maiores taxas de ausência, contabilizando cerca de 343 mil atrasos, logo depois vem Bahia (148 mil) e Rio de Janeiro (143 mil). 

Com esses indicadores e o atraso na vacinação como um todo, em comparação a outros países, o Brasil parece estar cada vez mais distante de um plano de imunização efetivo e o consequente controle da pandemia. Além disso, a desinformação e falta de medidas restritivas de isolamento ainda são obstáculos para as autoridades científicas. 

 O Prof. Dr. Euclides Matheucci, diretor científico da DNA Consult, alerta que a vacinação é a forma mais efetiva de conter a disseminação do vírus, somada às normas de restrição e uso de máscara. “Algumas pessoas foram infectadas mais de uma vez pelo coronavírus e a chance disso ocorrer é muito maior com as variantes que circulam pelo país. Os atrasos na segunda dose atrapalham o plano de contenção do vírus, já que a imunização não é eficaz quando se toma apenas uma dose de vacinas que demandam duas aplicações”, explica Matheucci.  

Em relação à variante P1, identificada em Manaus, o especialista adverte sobre o seu maior poder de propagação e infecção. “A variante P1 é muito mais infecciosa do que as outras variantes. Ela possui 17 mutações no genoma do vírus, sendo que 3 dessas mutações estão justamente na proteína Spike, que conecta o vírus à célula humana, facilitando a infecção nas pessoas. Além disso, estudos estão demonstrando que a variante P1 consegue afetar e causar problemas sérios em pessoas mais jovens”, completa.  

“Um dos grandes problemas no país hoje com essa pandemia que tem atingido níveis descontrolados é que quanto mais pessoas são infectadas, mais o vírus se prolifera e cada vez que o vírus se prolifera dentro de uma célula, ele acumula mutações. Essas mutações podem ser benéficas para o vírus tornando-o mais forte, como no caso da P1.  Existe o risco ainda de surgirem mutações que se sobrepõem às vacinas, reinfectando pessoas que já têm anticorpos. Por isso é tão importante acelerar o processo de vacinação”, finaliza Matheucci.


A ameaça do infarto precoce

 

Divulgação
O Dr. Thiago Librelon Pimenta, Cardiologista do Hospital Albert Sabin de SP, fala das possíveis causas de infarto em jovens e como evitá-lo.

 

Os infartos em jovens vêm crescendo 2% a cada ano nos últimos 10 anos, segundo um estudo publicado em 2019  pela American College of Cardiology e cabe ressaltar que nesses pacientes há maior chance de serem fulminantes.  O risco entre os jovens abaixo dos 50 anos é maior entre os homens, contudo, após passarem pela menopausa, as mulheres apresentam aumento relativo da possibilidade de sofrer um infarto, aproximando-se estatisticamente aos homens da mesma faixa etária.

“Por ser um órgão com metabolismo bastante intenso, o coração sofre rapidamente quando seu fluxo de sangue e nutrientes é interrompido e, nessa idade, o tempo entre o início da doença e a ocorrência do infarto é curto, não demandando tempo hábil para desenvolver a "circulação colateral" - um mecanismo de defesa que garantiria um caminho alternativo para que o sangue alcançasse a região enfartada - tornando maior a chance de o indivíduo jovem apresentar uma falência cardíaca fatal”, explica o Dr. Thiago Librelon Pimenta, Cardiologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).

O infarto agudo do miocárdio, ou simplesmente infarto, é uma manifestação grave e pode ser consequente à várias disfunções orgânicas distintas. Pode decorrer do uso de drogas ilícitas, de doenças reumatológicas, genéticas, infecciosas, arritmias, dentre outras. Doenças que afetam o sistema cardiovascular, como diabetes, hipertensão e doença renal crônica com o passar dos anos também são grandes causadoras do infarto.

Em jovens, a despeito de peculiaridades, o principal mecanismo de infarto é a formação de placas ateroscleróticas formadas nas paredes dos vasos que levam sangue ao coração, impedindo a circulação de oxigênio e nutrientes vitais para o bom funcionamento cardíaco. “Sedentarismo, dieta com abundância de gorduras animais, tabagismo, estresse, doenças como colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes são os principais fatores que contribuem para ocorrência de infarto em pacientes jovens”, diz o Dr. Pimenta. O médico alerta sobre a importância de se destacar que tais fatores de risco também valem para as demais faixas de idade.

A recuperação após o infarto nessa idade é bastante variável, assim como as sequelas que poderão persistir. O retorno às atividades cotidianas deverá ser gradativo e acompanhado por um médico cardiologista. É possível, em muitos casos, atingir e até ultrapassar os níveis de atividade física praticados antes do desenvolvimento da doença. “A adoção de hábitos de vida saudáveis, com alimentação regrada, 50 minutos de atividade física por, pelo menos, três vezes na semana, evitar o tabagismo, o uso de drogas ilícitas e o excesso de álcool são importantes sugestões para a redução dos riscos. Visitas frequentes ao cardiologista, com o intuito de prevenção e/ou eventual diagnóstico precoce de alguma anomalia também são ferramentas de grande valia para evitar o infarto agudo do miocárdio”, conclui o médico do HAS.

 



Fonte estudo: https://www.acc.org/about-acc/press-releases/2019/03/07/08/45/heart-attacks-increasingly-common-in-young-adults

 

 

HAS

https://www.youtube.com/watch?v=M7W28Af8tKI 

Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI 

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