Avanços
tecnológicos facilitam diagnósticos e trazem melhores resultados e qualidade de
vida aos pacientes
Abril Marrom é o mês dedicado à campanha de saúde
sobre prevenção da cegueira. De acordo com o Conselho Brasileiro de
Oftalmologia, há mais de 1,2 milhão de cegos no Brasil. No entanto, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 80% dos casos de
cegueira são evitáveis e/ou tratáveis, ou seja, mais de 950 mil brasileiros que
perderam a visão poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento
apropriado e em tempo adequado.
“A prevenção não pode parar nem em tempo de
pandemia. Procure o oftalmologista para um check-up e prevenção das principais
causas de cegueira no mundo: catarata, glaucoma e a degeneração macular
relacionada à idade (DMRI)”, alerta o Dr. Takashi Hida, oftalmologista-chefe do
Setor de Catarata do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo
Opty. Todas as unidades da Opty seguem rigorosos protocolos para atender com
segurança os pacientes.
O médico também alerta para outras questões
trazidas pelo novo coronavírus que merecem atenção. Desde o início da pandemia,
a Academia Americana de Oftalmologia vem divulgando diversas pesquisas
relacionados à disseminação do vírus e às suas repercussões sistêmicas e
oculares. Recentemente apresentou uma série de casos de perda de visão em
paciente com COVID-19 decorrente de oclusão vascular da retina*.
“Pesquisadores lutam para entender e combater as consequências causadas
pela COVID-19. Apesar de não ser claro o que o vírus causa nos pacientes
recuperados, já está comprovado que essa doença pode originar danos
cardiometabólicos**, como diabetes e hipertensão podendo gerar de leves a
graves implicações indiretas, retinopatia diabética, catarata e retinopatia
hipertensiva entre elas”, comenta o Dr. Takashi. “Ainda não há pesquisas
sistemáticas de longa data com resultados robustos sobre o assunto por ser uma
doença recém diagnosticada, mas recomendamos fortemente que pessoas que tiveram
COVID-19 façam acompanhamento regular com o oftalmologista para detecção de
possíveis sequelas”, afirma.
Principal causa – A OMS
estima que a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira
no mundo, sendo a principal causa de cegueira adquirida em todo o mundo. A
doença provoca a perda progressiva, porém reversível, da visão, podendo ser
imperceptível pelo paciente nos estágios iniciais. A cirurgia da catarata
consiste na remoção do cristalino opaco e sua substituição por uma lente
intraocular artificial transparente. Paralelamente, a presbiopia, a diminuição
progressiva da capacidade de focar nitidamente objetos a curta distância, é um
dos principais problemas que podem surgir com o envelhecimento e costuma
ocorrer a partir dos 40 anos de idade. “É cada vez mais comum encontrarmos
pessoas entre 40 e 50 anos se submetendo a cirurgias de catarata, resolvendo,
assim, essas perdas graduais de visão”, conta o Dr. Takashi.
O implante de lentes intraoculares multifocais é
uma opção que tem se tornado frequente para aqueles que têm interesse em reduzir
a dependência de óculos no pós-operatório da cirurgia de catarata. “Há
evidências, inclusive, que as lentes multifocais podem ajudar a diminuir
acidentes domésticos e o risco de queda de idosos”, explica o oftalmologista.
Avanços tecnológicos, como as Lentes Intraoculares
(LIOs) Trifocais, têm demonstrado melhores resultados para esses pacientes
tanto refrativos quanto visuais. “As Lentes Intraoculares Bifocais apresentam
apenas dois focos principais: longe e perto. No entanto, atualmente, o foco
intermediário tem sido cada vez mais exigido, com o uso muitas vezes excessivo
de telas, como computadores, smartphones e tablets. Essa necessidade estimulou
o desenvolvimento das lentes com três pontos focais”, destaca o Dr. Lucas Perez
Vicente, do HCLOE, uma empresa do Grupo Opty em São Paulo. “Estudos clínicos
recentes, como o realizado em 15 localidades e publicado no Journal of Cataract & Refractive Surgery
(novembro/2020), têm demonstrado o quanto essas lentes mais modernas têm beneficiado
esse público, apresentando melhor desempenho visual em distâncias próximas e
intermediárias, além de baixa incidência de fenômenos fóticos”, completa. A
diminuição da sensibilidade ao contraste e a presença de reflexos/halos são
preocupações potenciais para pacientes que recebem lentes intraoculares
multifocais (bifocais), que frequentemente relatam aumento de distúrbios
visuais em comparação com aqueles que recebem LIOs monofocais.
Outros alertas – Já o glaucoma
é a segunda causa de cegueira no mundo (12,3%), superado apenas pela catarata
(47,8%), de acordo com a OMS. Há cerca de 900 mil glaucomatosos no Brasil.
Contudo, o Ibope Inteligência constatou recentemente que 40% das pessoas
desconhecem essas doenças. O glaucoma pode causar cegueira permanente, uma vez
que a perda de visão não pode ser recuperada. O tratamento consiste em
controlar os sintomas por meio de colírios ou uso de stents medicamentosos
inseridos em procedimentos cirúrgicos pouco invasivos. “A detecção precoce de
uma doença silenciosa como o glaucoma somente é possível por meio do exame
oftalmológico rotineiro, o que torna a prevenção fundamental”, alerta o Dr.
Lucas Perez Vicente.
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI),
por sua vez, é uma doença crônica progressiva que ocorre na parte central da
retina chamada mácula e que leva à perda progressiva da visão central. É a
principal causa de perda irreversível da visão entre as pessoas acima de 50
anos. Atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI, de acordo com
a OMS. Condições ambientais, alimentação e predisposição genética também são
fatores de risco, porém o maior deles é a idade: o problema acomete 10% de
pacientes entre 66 a 74 anos e 30% com mais de 75 anos.
“Vale destacar que, hoje em dia, a inteligência
artificial no mapeamento de retina é uma aliada na detecção precoce de
retinopatia diabética, DMRI e glaucoma. O exame também consegue
identificar a catarata, através da sombra que ela causa no próprio exame. Hoje existe
um software inteligente, com big data baseado em 300 ou 400 mil exames, que já
faz uma leitura precisa desses achados”, conta o Dr. Takashi Hida.
*American Academy Ophthalmology, Renée Solomon,
26/02/2021
**Diabetes, Obesity and Metabolism, 27/11/2020
Grupo Opty
www.opty.com.br