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quinta-feira, 4 de junho de 2020

A relação família e escola em tempos de Covid-19



A relação família e escola é sempre uma questão que suscita diferentes perspectivas, concepções e representações acerca dos papéis desempenhados por cada sujeito que faz parte do processo educativo. Algumas famílias já possuem o hábito de participar mais ativamente do universo escolar de seus filhos, outras já nem tanto, porém, devido a situação que estamos vivenciando, de isolamento social e com escolas fechadas, esse cenário trouxe questões importantes a serem refletidas por ambas as instituições.

Por um lado, temos as instituições sejam públicas ou privadas buscando alternativas para minimizar o impacto da ausência das aulas e atividades presenciais, cada uma delas com suas preocupações, mas tentando pesquisar ferramentas que possam envolver o maior número de alunos possíveis.

No âmago dessas instituições temos os professores, preocupados com a aprendizagem de seus alunos, alguns até com a própria manutenção de seus empregos. E pode-se perceber em depoimentos e desabafos nas redes sociais que esses profissionais, alguns com mais familiaridade com ferramentas tecnológicas, outros menos, estão passando por um momento delicado de redescoberta e de frustrações. Muitos estão se empenhando ao máximo para preparar as aulas, gravar seus vídeos, tentar criar um cenário, recursos e materiais que possam chamar à atenção de seus alunos, preocupados não só com o conteúdo, mas com a produção do vídeo, a iluminação, os ruídos ao seu redor que podem atrapalhar a gravação.

Nas propostas das atividades, ficam divididos, pois se colocam muitas, recebem reclamação dos pais, se deixam menos, são cobrados por estarem tratando a situação com superficialidade. Os vídeos não podem ser longos, principalmente para as crianças da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, mas nem por isso não demandam bastante preparação para que sejam realizados. Ao se colocarem à disposição, muitos docentes relatam que pais os procuram nos grupos de WhatsApp com frequentes reclamações e cobranças.
Por outro lado, temos os pais, preocupados, alguns atarefados também com o teletrabalho, outros perdendo seus empregos e ainda os que não pararam de trabalhar e estão buscando alternativas para questão educacional de seus filhos. Alguns desabafos encontrados em redes sociais também demonstram uma sobrecarga, muitos pais dizem acompanhar os filhos, mas que as aulas pela TV ou vídeos não tem explicação clara, às vezes contém muita cópia de exercícios e pouco tempo para isso, e que estão sendo passadas muitas atividades que os alunos não conseguem realizar sozinhos e os pais não conseguem ajudá-los. Outros pais reclamam que são propostas atividades que demandam materiais recicláveis e que não são avisados previamente e na hora do vídeo precisam providenciar e improvisar gerando frustração neles e nas crianças.

E não menos importante, aliás como centro de todo o processo, as próprias crianças, e será que elas realmente têm sido consideradas? Seus sentimentos também estão sendo levados em consideração? Principalmente, as crianças menores que precisam, pelas etapas de seu desenvolvimento, de mais acompanhamento, afeto, devem estar sentindo falta das rodas de conversas com seus colegas e professores, das atividades em grupo, das explicações, dos jogos e momentos da rotina escolar e, nesse sentido, creio a questão central está nesse exercício do “olhar” para o outro.

Dessa forma, a partir do exercício do “olhar”, que os pais possam olhar para o professor e a instituição, e o professor e a escola para os pais, e ambos para as crianças, e nesse exercício de empatia, saibamos nos colocar no lugar uns dos outros.

Todos sabemos que perante nossa Constituição Federal de 1988 e nossa LDBEN nº 9394/96 a Educação é direito de todos e deve atuar em regime de colaboração entre Estado e família, ou seja, sempre ela deve ocorrer em parceria. E esse momento traz essa reflexão , vamos saber “ olhar”  e ouvir mais , baixar um pouco o nervosismo e a ansiedade para que todos os sujeitos pensem juntos em alternativas e encaminhamentos pedagógicos que possam ser viáveis às realidades e contextos específicos de cada instituição escolar e que tenhamos mais empatia e menos julgamentos, mais sugestões positivas que reclamações, pois o diálogo é sempre a melhor via para uma educação que almeja ser pautada no exercício da cidadania e como pontua nossa Lei de Diretrizes e Bases, que essa educação realmente possa ser inspirada nos “ princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”.





Vanessa Queirós Alves - professora e tutora na Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.



Psicologia e tecnologia são aliadas indispensáveis em tempos de pandemia


Pacientes internados minimizam distância com uso de celular e videochamadas


O isolamento e distanciamento social necessário para conter a pandemia de Covid-19 transformou o cotidiano de toda população. A rotina no ambiente hospitalar foi alterada para se adaptar aos protocolos e às medidas de prevenção e controle recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A psicóloga Raphaella Ropelato, coordenadora da Psicologia do Hospital VITA, localizado na Linha Verde Norte, conta que as visitas não foram proibidas, e que mesmo neste período de tantas restrições foram mantidas com os devidos cuidados que o momento requer.

O VITA ajustou os horários de visita e reforçou os cuidados quanto acompanhantes. “Houve uma preocupação da direção e da chefia de UTI de não impedir que as pessoas estivessem próximas de seus entes queridos. A gente acabou reduzindo o número de visitas de rotina e nosso atendimento tem sido personalizado para cada paciente” relata Raphaella.

“Dependendo do quadro clínico e da fase em que o paciente está, temos flexibilizado”, acrescenta a psicóloga. Segundo ela, pacientes que não estão com Covid-19, que não estão sedados e que devido às restrições de circulação os familiares não podem ir até o hospital, foi liberado o uso de celular para que mantenham a comunicação com os parentes. Da mesma forma é feito com os pacientes em isolamento, que não podem receber visitas. “Desta maneira, mantemos a premissa de que o sucesso do tratamento e recuperação dos pacientes estão diretamente ligados à humanização e ao ambiente hospitalar. Vários estudos demonstraram que o clima dentro dos apartamentos e nas Unidades de Terapia Intensiva pode influenciar positiva ou negativamente nos resultados clínicos”, ressalta Raphaella.

“Fazemos questão que nossos pacientes não percam a conexão com a família neste momento tão delicado que estamos passando. Da mesma forma acontece com o suporte psicológico para pacientes que necessitam de isolamento”, evidencia.

De acordo com a coordenadora de Psicologia, oferecer apoio psicológico e disponibilizar atividades que possam ser realizadas dentro deste ambiente têm como objetivo ampliar as estratégias de enfrentamento, manter funções cognitivas e atingir uma resposta de relaxamento. “Sabe-se que o momento do adoecimento e internação hospitalar é gerador de estresse e ansiedade, situações estas que podem comprometer o restabelecimento da saúde”, explica.

Raphaella conta que o psicólogo é um facilitador, deve refletir sobre todos os pontos, para tudo tem um cuidado, não basta liberar o celular e deixar uma comunicação ativa, deve avaliar o quanto é benéfico ou prejudicial. “Liberar celular para um paciente que vai ser bombardeado com notícias e mensagens, talvez seja prejudicial”, esclarece. Segundo ela, é dever orientar o que é adequado, benéfico. Uma opção pode ser o uso de outro número, que apenas pessoas mais próximas tenham acesso. Além do uso de celular para realizar videochamadas e trocar mensagens com os familiares, Raphaella relata que outro recurso que pode ser oferecido aos pacientes é o uso de leitor de livros digitais. 

Outro ponto destacado pela psicóloga, é quanto aos cuidados com pacientes oncológicos. “Quando estão em fase avançada e restam apenas os cuidados paliativos, deve-se primar com o máximo de atendimento familiar, por isso, é necessário liberar visita e, inclusive, o horário de permanência para a família”, conclui.




Rede VITA


As barras de access


Terapia que permite expandir a consciência em relação aos mais diversos aspectos da vida

Sabe-se que, cuidar da saúde mental é um dos pilares mais importantes para se ter uma vida plena. Em um momento tão delicado como este de pandemia, é essencial que a mente esteja limpa e bem estabelecida.

As Barras de Access são um conjunto de ferramentas que permitem liberar, limpar e ressignificar as crenças, emoções tóxicas e padrões repetitivos de comportamento. Estas ferramentas foram criadas em 1990, por Gary Douglas, fundador do Access Consciouness, e está presente em 173 países, sendo utilizada por mais de 30 mil pessoas.

Dentre estes instrumentos de expansão mental, existem processos físicos, que são 32 pontos mapeados na cabeça, que durante a terapia são tocados suavemente pelo aplicador das barras, e os processos verbais, que são inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas diariamente.

Bianca Drabovski Chemin que é Facilitadora de Barras de Access, apresenta quais são os benefícios da técnica:

-Ajuda a amenizar os quadros de ansiedade e depressão;

-Ajuda no déficit de atenção;

-Diminui o estresse;

-Diminui o falatório interno;

-Ajuda na presença mais ancorada do corpo físico;

-Maior qualidade de sono;

-Mais tranquilidade antes de provas e exames;

-Relaxamento profundo logo após a primeira sessão;

-Ajuda no desbloqueio mental, emocional, físico e energético.

Conforme propõe a Access Consciouness, a consciência é o Todo: inclui tudo e nada julga, os conceitos de certo ou errado, bom ou mal, não existem. Para acessar a consciência, é necessário estar aberto a tudo. Com as barreiras energéticas diluídas após a aplicação da terapia, o fluxo de energia natural pode circular livremente, sem julgamentos, as crenças limitantes são apagadas e a consciência se abre para uma nova forma de se perceber o mundo a volta.

Bianca explica, “A técnica pode ser aplicada por qualquer pessoa que faça o curso de formação, que tem duração de apenas um dia. Este curso não possui restrições e é recomendado para todos que desejam ter mais consciência sobre suas vidas e saúde, bem como, para aqueles que desejam auxiliar familiares e amigos, também pode ser utilizado profissionalmente.

A certificação é válida internacionalmente. As Barras de Access são reconhecidas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), como uma contribuição à saúde mental. Há também, um projeto de lei em tramitação, para incluir a prática no SUS, como parte das terapias integrativas.





Bianca Drabovski Chemin - Bioterapeuta, Facilitadora de Consciência, Saúde integrativa.
Whatsapp: 41.98896.1704

Prazer assim como o almoço, nunca é de graça.


Existem diversos tipos de prazer, porém todos eles estão ancorados em uma sensação ou emoção agradável, ligada à satisfação de uma vontade ou necessidade que se encontra nos domínios físicos, emocionais e/ou mentais.
Porém nenhum prazer, saudável, é mais polêmico do que o sexual. Para muitos de nós o prazer sexual é tratado com tabu, superficialidade e com o único objetivo, o gozo. Não falo apenas das mulheres, que certamente estão em situação de desigualdade em relação aos homens. 
Criamos homens com a liberdade de e estímulo para verem pornografia, se estimularem desde cedo e a serem satisfeitos na relação sexual, cujo maior objetivo é o gozo. 
Criamos meninas para serem tratadas igualmente em casa, na escola, no emprego, mas não em suas vidas pessoais. A maioria das mulheres não experienciam orgasmo durante a relação sexual até os 20 ou até os 30 anos. 
Um estudo com mais de 8 mil mulheres, do Prof. Osmo Kotunla, um finlandês, demonstrou que 4 fatores são importantes para o orgasmo: a importância que tem o orgasmo para a pessoa; o tamanho do desejo sexual; a autoestima e autoconfiança sexual; e a abertura para a comunicação sexual com o parceiro. 
Ele aponta como um fator importantíssimo para o orgasmo, a capacidade de prestar atenção no presente. Ou seja a atenção, pode fazer toda a diferença entre o gozo e o orgasmo. Explico. O gozo é a capacidade de chegar ao “fim” da relação sexual, tanto para homens quanto para mulheres. É a experiência do prazer físico e tudo que ele traz, como o relaxamento, a ejaculação, o “alívio”  e com sorte o carinho, a gratidão pelo momento. 
Já o orgasmo é tudo isso com o plus emocional, a conexão, a intimidade, o alcance de um espaço no qual não há sujeito, não há diferença entre os parceiros, o lugar da união física e emocional. No qual os pensamentos dão lugar ao flow, à sensação de total presença no aqui e agora, ao silêncio e quietude. 
Lições do Kamasutra, escrito pelo indiano Vatsyayana Mailanaga, em 1883. Kamasutra está longe de tratar de posições sexuais, como muitos de nós conhecemos ou pensamos. Kama significa prazer, desejo e está relacionado aos 4 objetivos, finalidade da vida humana, denominado pelo termo purushartha. São eles, entender a natureza do amor, encontrar um parceiro, manter uma vida sexual saudável e outros aspectos de prazer na vida humana. 
A maioria do livro é sobre a praticidade do amor, métodos para o cortejo e namoro, um estudo do que detona o desejo e o mantém. 
Ele discorre como tornar-se atraente, descreve diferentes uniões sexuais: abraços, beijos, arranhões, mordidas, posições, atos, estimulações orais e genitais em detalhes, parte esta que tem a maior atenção do público mundial.  Descreve, também, como encontrar um parceiro, aprofundar na arte da sedução, causas de resistências, inclinações sexuais e reconstrução de relações quebradas, métodos de identificação de relutância ou paixão e, por fim, conta a medicina da atração, fertilidade e da saúde sexual. 
Não é incrível há 1400 anos, Vatsyayana escreveu um livro explorando a sexualidade que, ainda hoje, muitos de nós considera um tabu e hesita em falar sobre isso abertamente? 
É hora de mudar nossa atitude, rever nosso preconceitos, conceitos equivocados, incluirmos e expressarmos o erotismo em nosso cotidiano e tratarmos o assunto com a maturidade e a profundidade que ele pode nos oferecer de autoconhecimento, criatividade e comunicação. verbal e não verbal. Em outras palavras, construir intimidade, entrega e confiança.  
Você pode me perguntar, então qual o primeiro passo? Eu lhe respondo, é simples. Aproveite o dia dos namorados para experimentar colocar toda a sua atenção no momento presente e perceber o que seu corpo pede a cada momento da sua relação e quem sabe ela possa lhe agraciar com um orgasmo. 





Roberta Ribeiro - Médica infectologista (Unifesp), Instrutora de Mindfulness pela Escola Médica da Universidade de Massachusetts e podcaster do Mindful Moment.


Dia dos Namorados: Sexóloga Danni Cardillo dá dicas para surpreender seu parceiro na hora do sexo


Em tempos de pandemia e com restrições de passeios, o inesquecível pode estar na cama


O Dia dos Namorados deste ano será um tanto diferente já que estamos no meio de uma pandemia. Mas isso não significa que você não possa surpreender o seu namorado(a), principalmente na hora do sexo. A sexóloga Danni Cardillo deu algumas dicas para tornar esta data inesquecível:

A preparação do ambiente: Prepare o ambiente com velas e incensos para dar um ar místico e romântico ao casal.

Massageie : Promova um momento para que seu parceiro se sinta mimado através da exploração sensorial do maior órgão do corpo humano “a pele” doando a massagem pelas suas mãos ou uma versão mais apimentada como as manobras tailandesas. Não esqueça de usar um bom óleo aquecido. Se desejar uma opção aromática, a lavanda será o tempero perfeito para aflorar a sensualidade entre o casal.

Massagem tailandesa é um diferencial: A massagem tailandesa é uma ótima oportunidade para você mostrar que gosta de massagens eróticas e que também gostaria de recebê-las. Na massagem tailandesa, o segredo é usar seu próprio corpo para massageá-lo. Isso pode ser também incorporado nas preliminares das relações sexuais. Deixar seu corpo encostar no dele é uma forma muito sensual de excitar um homem e vice-versa.  

Brinquedo eróticos podem trazer um tempero a mais: Surpreenda com um presente íntimo como vibrador para as mulheres e anel peniano para homens. Nestes brinquedos a opção é gerar outros estímulos por mais tempo entre o casal.

Faça algo que vocês nunca fizeram, claro, desde que ambos concordem: Todo o investimento para realização de fetiche é válido nesta data, que poderá ser usado como um aprouxe. O foco é no prazer de ambos e não uma moeda de troca. Se não houver desejo de ambas as partes, será apenas um paliativo, uma vez que nem para o homem nem para a mulher é satisfatório. Se não há entrega, não há prazer.


O que o Harry Potter nos ensinou sobre os relacionamentos amorosos


Carolina Ferraz faz uma análise dentro de estudos da semiótica e da psicanálise sobre a relação dos objetos e os sentimentos


Criados sob a cultura do “Felizes para sempre”, quando terminamos um relacionamento experimentamos a sensação de fracasso. Independentemente se vivemos momentos alegres ou de quem partiu o término.

Os objetos que trazemos dessa relação - cartas, presentes, lembranças de viagens - tornam-se amargos num primeiro momento porque representam “o que não deu certo” e escancaram a frustração, mas aos poucos - com a elaboração do sentimento - entendemos que são parte do nosso aprendizado.

Por isso, recomendo que ao término da relação retire os objetos de vista e coloque em uma caixa de difícil acesso. Não jogue fora porque a intensidade do sentimento atrapalha nosso poder de decisão e quando terminamos um relacionamento de muito tempo - ou muito intenso - precisamos de tempo para separar o nosso “eu” do “outro”. É um momento de revisão de rotinas, hábitos e até amizades.

Quando isso estiver estabelecido - geralmente umas semanas são necessárias - encare a caixa novamente. Primeiro avalie o que não faz mais sentido, desapegue de objetos que não gosta e mantenha objetos que te trazem apenas sentimentos bons. É importante dizer que só podemos desapegar do que é nosso. Itens compartilhados devem ser discutidos e os que são da outra pessoa, devolvidos.

É provável que você se desfaça de muita coisa nesse momento, já que as emoções não estão mais à flor da pele, mas às vezes, mais visitas são necessárias com o passar do tempo.

Claro, a decisão de manter ou não um objeto depende muito do tipo de relação que atravessamos. No caso das sadias, conseguimos desassociar, já em relacionamentos que envolvem abuso ou violência física ou mental os itens podem desencadear sofrimento psíquico e emocional.

Casos como esses muitas vezes precisam de um ritual de encerramento - algumas pessoas passam por experiências tão traumáticas que só a destruição do objeto é capaz de abrir caminho para o novo. Outras pessoas precisam dar um novo propósito a ele. É uma forma de entender que algo de bom foi tirado daquela relação. Nesse caso, a doação para projetos sociais é uma boa opção. Caso a pessoa seja acompanhada por um psicólogo ou psicanalista é interessante levar o assunto para o divã para entender o momento específico que ele simboliza.

Uma mulher que passou pelo processo comigo e vivenciou uma relação abusiva apelidou as coisas que encontrava do ex como Horcrux - uma referência à magia dos livros de Harry Potter, em que o bruxo do mal guardava sua alma em objetos - A analogia é ótima para entender que eles carregam e representam sentimentos e o que antes era alegre, pode não ser mais e muitas vezes assombrar o presente e o futuro.

Isso não significa que precisamos nos desfazer de tudo. Alguns presentes muitas vezes representam tanto nossa personalidade, experiências e anseios que o fato de ser dado por um ex não faz a menor diferença e cai no esquecimento frente à representação do nosso eu. Manter uma foto ou outra e até algum bilhete também não significa que estamos apegados ao relacionamento - pode ser só uma forma de ter uma memória física do que passamos.

Não é porque o relacionamento teve fim que conseguimos ou precisamos apagá-lo completamente da nossa história, afinal os aprendizados que tivemos com essa relação é o que aguça e lapida nosso olhar para que possamos nos encontrar ou encontrar alguém para partilhar o futuro.


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5 Dicas para chegar ao Clímax


55% das mulheres brasileiras não atingem o orgasmo durante a relação sexual



Segundo o estudo de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos do ProSex realizado pela USP (Universidade de São Paulo), 55% das mulheres brasileiras não atingem o orgasmo durante a relação sexual. O principal fator que atinge 59% delas, é a dor sentida durante o sexo.
“Muitas mulheres tem dificuldade em chegar ao orgasmo e isso pode estar relacionado a diversos fatores, como: doenças, problemas psicológicos, baixa autoestima, uso de drogas e álcool, insegurança, falta de conhecimento do próprio corpo.  Ou seja, às vezes são apenas alguns detalhes que precisam ser ajustados,” afirma Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual.

- Relaxar a mente: Não fique pensando em problemas, inseguranças ou medos, também não tente controlar as reações do seu corpo. Relaxe e curta o momento de forma tranquila.

- Conheça o seu corpo: É muito importante que toda mulher tenha conhecimento das áreas do seu corpo que lhe proporcionam mais prazer.

- Tenha intimidade com o seu parceiro: Estar à vontade durante a relação sexual, sem ter vergonha e expressando o que gosta ou não ao parceiro é fundamental.

- Estimule o clitóris: Ele é a parte mais sensível do corpo da mulher, exclusivo para o prazer. Além disso, é importante ter cuidado para não entrar em contato com ele sem lubrificação vaginal, pois pode causar desconforto.
- O parceiro deve conduzir as preliminares com calma, afinal a mulher leva mais tempo para ficar excitada. “O uso de lubrificantes também é indicado, pois ajudam a deixar a pele mais sensível aos estímulos” indica a médica.

“Vale lembrar, que o orgasmo é uma reação que varia de mulher para mulher. Cada uma pode chegar ao clímax de uma forma diferente e é bem importante que o parceiro saiba disso, para procurar outras formas de proporcionar prazer para a parceira” finaliza a ginecologista.






Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual CRM-SP 124.315 | RQE 36685 - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


Como lidar com a ansiedade com o adiamento do Enem


Coordenador do Ensino Médio do Colégio Marista Arquidiocesano tira dúvidas e dá dicas sobre como diminuir o stress com a indefinição sobre a prova 


O Enem 2020 não acontecerá mais nos dias 1 e 8 de novembro, como estava previamente programado. O Ministério da Educação (MEC) anunciou o adiamento do exame no último dia 20 de maio. Será aberta uma consulta no final de junho, na qual os estudantes inscritos poderão optar por um adiamento de 30 a 60 dias da data inicial.

Essa indecisão, aliada ao isolamento social, pode aumentar a ansiedade dos estudantes?

O Coordenador do Ensino Médio do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), Dionei Andreatta explica que o isolamento contribui para o aumento da ansiedade ao passo que deixa os jovens apreensivos e tensos diante desse período de incertezas, como se algo de negativo pudesse acontecer a qualquer momento. “As indefinições quanto ao futuro e inseguranças são fatores que contribuem para um estado de angústia e de preocupação constantes”, avalia.

Dionei explica que, para tentar minimizar o estresse e a ansiedade no período é importante estabelecer marcadores de rotina, como tempo dedicado ao sono, ao lazer, à espiritualidade, às atividades domésticas e ao estudo.

“É importante introduzir nessa rotina algumas atividades que promovam a conexão com o tempo presente, com o corpo e a com a alma e que dêem uma satisfação pessoal, como leitura, atividades físicas e meditação, integrados a uma boa alimentação. Manter a mente tranquila e o corpo saudável contribuem para o sucesso nesta jornada”, reforça o professor.

Outro ponto destacado por Dionei é que os jovens procurem manter as interações sociais, mesmo que por meio da tecnologia. “Essa atividade é determinante para ajudar a reduzir os prejuízos emocionais da quarentena”, explica.

A combinação de uma rotina intensa de estudos, a pressão da tomada de decisão e o medo do futuro geram sintomas como irritação, cansaço, desânimo e insônia. Com a tensão, muitos ainda deixam de se divertir e praticar atividades que geram prazer, o que pode contribuir para agravar esses sentimentos.

Além de se dedicar aos conteúdos que serão avaliados, Dionei lembra que, para ter sucesso no resultado do Enem, é importante que os estudantes tenham consciência sobre si mesmos e acerca dos obstáculos que precisam ser enfrentados.




Rede Marista de Colégios (RMC)


Casos de feminicídio crescem 22% em 12 estados durante pandemia

Números da violência contra a mulher caíram em apenas três estados

Publicado em 01/06/2020 - 14:34 Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil - São Paulo


Na primeira atualização de um relatório produzido a pedido do Banco Mundial, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) destaca que os casos de feminicídio cresceram 22,2%,entre março e abril deste ano, em 12 estados do país, comparativamente ao ano passado. Intitulado Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19, o documento foi divulgado hoje (1º) e tem como referência dados coletados nos órgãos de segurança dos estados brasileiros. 
Feminicídio é o assassinato de uma mulher, cometido devido ao desprezo que o autor do crime sente quanto à identidade de gênero da vítima. Nos meses de março e abril, o número de feminicídios subiu de 117 para 143. Segundo o relatório, o estado em que se observa o agravamento mais crítico é o Acre, onde o aumento foi de 300%. Na região, o total de casos passou de um para quatro ao longo do bimestre.  Também tiveram destaque negativo o Maranhão, com variação de 6 para 16 vítimas (166,7%), e Mato Grosso, que iniciou o bimestre com seis vítimas e o encerrou com 15 (150%). Os números caíram em apenas três estados: Espírito Santo (-50%), Rio de Janeiro (-55,6%) e Minas Gerais (-22,7%).

Em comunicado à imprensa, a entidade novamente torna públicos registros que confirmam queda na abertura de boletins de ocorrência, evidenciando que, ao mesmo tempo em que as mulheres estão mais vulneráveis durante a crise sanitária, têm mais dificuldade para formalizar queixa contra os agressores e, portanto, para se proteger.

Os fatores que explicam essa situação são a convivência mais próxima dos agressores, que, no novo contexto, podem mais facilmente impedi-las de se dirigir a uma delegacia ou a outros locais que prestam socorro a vítimas, como centros de referência especializados, ou, inclusive, de acessar canais alternativos de denúncia, como telefone ou aplicativos. Por essa razão, especialistas consideram que a estatística se distancia da realidade vivenciada pela população feminina quando o assunto é violência doméstica, que, em condições normais, já é marcada pela subnotificação.

É o que diz a diretora executiva da organização, Samira Bueno, cuja avaliação assenta-se no fato de que o quadro de violência contra meninas e mulheres no Brasil já é grave, tendo somente piorado com a pandemia. Entre os fatores adicionais que as vítimas precisam transpor, Samira cita a queda da renda e o desemprego, que podem atrapalhar a mulher na hora em que cogita sair de casa para fugir do agressor.

Tais circunstâncias podem refletir a redução de casos de lesão corporal dolosa (quando há intenção de cometer a agressão), que foi de 25,5%, nível semelhante ao de países como Itália e Estados Unidos, em que as vítimas também enfrentam obstáculos para se deslocar a postos policiais, conforme escreve o FBSP. Os estados que tiveram queda mais significativa foram Maranhão (-97,3%), Rio de Janeiro (-48,5%), Pará (-47,8%) e Amapá (-35%). O fórum destaca que, mesmo em São Paulo, que implementou o boletim de ocorrência eletrônico para facilitar a oficialização de queixa contra os agressores, houve queda de 21,8%. 

Um indicativo que mostra que as mulheres continuam sofrendo agressões, embora não procurem com tanta frequência as delegacias, é uma informação trazida pela primeira compilação do relatório, publicada no fim de abril e que revelava, entre outros pontos, que os chamados atendidos pela Polícia Militar no estado de São Paulo aumentaram 44,9% em março deste ano, em contraste com 2019.

No relatório mais atual, o FBSP menciona, ainda, o aumento de denúncias feitas por telefone, que, na comparação entre os meses de março de 2019 e 2020, foi de 17,9%. Em abril deste ano, a quarentena já havia sido decretada em todos os estados brasileiros, e foi exatamente quando a procura pelo serviço cresceu 37,6%.

Em São Paulo, as comunicações pelo 190, canal de atendimento da Polícia Militar, saltaram de 6.775 para 9.817. O mesmo padrão de alta ocorreu entre março e abril de 2019 e de 2020, no Acre, que totalizava, inicialmente, 752 ligações, e depois somava 920. No Rio Janeiro, chamadas passaram de 15.386 ligações para 15.920.


Homicídios e medidas protetivas

O FBSP também desmembra dados referentes a homicídio de mulheres. Quanto a isso, informa que houve aumento no número de vítimas em metade dos oito estados que encaminharam seus respectivos resultados: Amapá (100%), Acre (75%), Ceará (64,9%) e Rio Grande do Norte (8,3%). O grupo em que se viu uma redução no índice é composto por São Paulo (-10%), Pará (-7,7%) e Espírito Santo (-6,7%). 

Os registros de ocorrência relacionados a violência sexual, que levam em conta os crimes de estupro e estupro de vulnerável, tiveram redução média de 28,2%, o que, pondera o FBSP, mais uma vez pode  estar relacionado à dificuldade das vítimas em registrar as ocorrências. "Os casos de violência sexual, pela gravidade e exigência de exame imediato de corpo de delito exigem necessariamente a presença da vítima na delegacia, sendo essa a hipótese para explicar a redução tão abrupta deste crime", diz a entidade. 

O relatório acrescenta que o único estado que puxou essa taxa para cima foi o Rio Grande do Norte. Lá, o acréscimo na quantidade de casos reportados foi de 118%, que o FBSP associa à ampliação na cobertura da informação, com a implantação do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Sobre as medidas protetivas de urgência o FBSP fornece informações que abrangem quatro estados, todos com retração. O Acre fica no topo da lista (-31,2%), seguido por Rio de Janeiro (-28,7%), Pará (-8,2%) e São Paulo (-3,7%).

As medidas protetivas foram consolidadas como um direito das vítimas a partir da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), em vigor desde 2006, e podem ser concedidas por um juiz mesmo que não tenha sido instaurado inquérito policial ou processo cível.


Como denunciar

Com a pandemia, as mulheres vítimas de violência acabam tendo sua rede de apoio comprometida, em virtude das medidas de quarentena, além de ter de conviver com o agressor. Muitas delas também não sabem para onde correr, quando decidem romper o ciclo de violência, que geralmente abrange aumento da tensão entre vítima e agressor, a consumação da violência e demonstrações de arrependimento e perdão por parte do agressor.

A violência, conforme elucida o Instituto Maria da Penha, não necessariamente é física, podendo ser também de natureza psicológica, moral, patrimonial e sexual. Para facilitar o acesso das vítimas a locais aos quais podem recorrer, a Agência Brasil publicou um guia detalhando o papel de cada um e como podem conseguir atendimento.



Edição: Nádia Franco




Fonte: Agência Brasil

Pandemia faz com que setor da construção civil adote novas estratégias e se recicle


Segmento pode ser o grande carro-chefe para a recuperação da economia e geração de empregos

Quando o setor da construção civil no Brasil começava a apresentar sinais de sua recuperação, veio a pandemia do coronavírus (Covid-19). O segmento foi um dos poucos que deram sinais claros de recuperação em 2019. O ano marcou a retomada do crescimento do mercado, após cinco anos seguidos de queda. O setor, que viveu uma grande crise nos últimos anos – a queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) da construção de 2014 a 2018 chegou a 30% –começava a apresentar sinais de sua recuperação com crescimento do PIB em 2019 na casa dos 2% e previsão de 3% para 2020, o dobro da previsão para a expansão da economia.
“Começamos o ano bem. Com bons sinais e boas expectativas. A economia estava com indicadores positivos”, afirma o empresário do segmento, Anderson Ney Passos da Costa, sócio da Brasloc Locação de Equipamentos e Movimento Vertical, com matriz em Belo Horizonte e filiais em Goiânia e Cuiabá.
Mas a pandemia acelerou a corrida das empresas por estratégias mais assertivas. Especialistas em vendas tentam antecipar tendências, analisando as necessidades e expectativas dos clientes. E todos querem apenas uma resposta: em um cenário de crise como este, ainda existem oportunidades a serem exploradas?
Não há dúvidas de que 2020 vai ser difícil para a economia. No entanto, para Anderson, a construção civil deverá ser o grande carro-chefe para a recuperação da economia e geração de empregos, após a pandemia, para reduzir os impactos no setor produtivo, debilitado devido ao Covid-19.
“As empresas de locação, por exemplo, tem sofrido com as dificuldades e variações cambiais, pois grande parte dos insumos e equipamentos utilizados na construção são importados”, pontua. No entanto, segundo ele, a expectativa para recuperação do setor é vista positivamente. “Ela caminha de mãos dadas com os níveis de capacidade de injeção de capital tanto governamental quanto das empresas privadas. Historicamente, o nível da capacidade de endividamento financeiro das empresas do ramo estão dentro do patamar regular, o que facilita a recuperação econômica”, aponta Anderson.
O empresário faz uma outra observação relacionada à expectativa global após a crise: “A redução da dependência produtiva da China. O mundo demorou muito a perceber esta dependência gigantesca do setor industrial chinês. Este aspecto tem uma importância relevante no setor, pois nossos equipamentos são basicamente produzidos no oriente”, destaca.
Segundo Anderson, embora a construção civil seja uma área ainda bastante engessada, é preciso entender que é hora de se reciclar. A Prospecta Obras, startup que mapeia as obras em andamento no Brasil, realizou um levantamento com quase 35 mil proprietários e profissionais de obras em andamento ou a iniciar para entender suas necessidades e anseios. O estudo apontou, por exemplo, que a mão de obra é o item do setor que mais precisa ser melhorado, seguido pela diminuição da burocracia e o modelo ainda engessado do comércio.
“Novas estratégias para atingir cliente, planos em ação, ajustes de tempos em tempos e muito conhecimento sobre o setor, podem ser o caminho para encontrar grandes oportunidades mesmo em meio à crise”, conclui Anderson.

O Instituto Não Aceito Corrupção recebeu mais de 40 denúncias relacionadas à pandemia em menos de uma semana


Desde o lançamento do Corrptovírus, o INAC recebeu em média cinco denúncias por dia pela ferramenta


O Instituto Não Aceito Corrupção lançou uma nova ferramenta de denúncias: o Corruptovírus. A plataforma, que está disponível no site do Instituto, recebe queixas dos cidadãos brasileiros relativas à pandemia do novo coronavírus. Apoiam a iniciativa mais de dez entidades, entre associações de classe, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, como por exemplo a Transparência Brasil, Contas Abertas, Transparência Partidária, Ministério Público Democrático e outras (confira a lista completa ao final do release).

Em menos de uma semana, já foram mais de quarenta denúncias recebidas pelo instituto, que já estão sendo apuradas para serem encaminhadas para o Ministério Público. A ferramenta tem recebido uma média de cinco denúncias por dia.

“A ideia do Corruptovírus é empoderar as pessoas que, nesse momento de isolamento social, se sentem incapazes de agir quando veem desvios, crimes contra a saúde ou ao patrimônio público”, conta Roberto Livianu, Procurador de Justiça no Estado de São Paulo e Presidente do Instituto.

As denúncias apresentadas no Corruptovírus serão enviadas para o Ministério Público, para abertura de inquérito civil ou policial. Antes, porém, passarão por uma triagem técnica interna. Trata-se de uma tríade de membros do MP, que por meio de uma parceria com o INAC fará uma primeira análise sobre a consistência mínima das denúncias.

“O Corruptovírus nasce a partir do momento que observamos a quantidade de casos de desvios, fraudes e suspeitas de crimes durante essa, que é a maior crise sanitária, econômica e social dos últimos cem anos”, conta Livianu. “Entendemos que, como Instituto que combate a corrupção há pelo menos cinco anos, neste país, precisávamos fazer algo pela sociedade civil”, complementa o Procurador.  

Para fazer a denúncia é só entrar aqui e relatar o fato que será encaminhado para o Ministério Público competente, e, dependendo da natureza do fato, para o MP especializado (criminal, saúde pública etc.). O acompanhamento da denúncia deve ser feito no próprio site do Instituto.


QUEM APOIA O PROJETO

MAS (Movimento Acorda Sociedade)
PSAG (Public Sector Accounting & Governance) 
Indústria Nacional Design
Transparência Partidária
APMP (Associação Paulista do Ministério Público)
Ouvidor Digital
MPD (Movimento do Ministério Público Democrático)
Ética Saúde
Eseni (Escola Superior de Ética Corporativa, Negócios e Inovação)
Contas Abertas
Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público)
Cloud Suite
CNSP (Confederação Nacional dos Servidores Públicos)
CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial)
Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil)
Instituto ARC
Apamagis (Associação Paulista dos Magistrados)
ANTC (Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil)
AMPCON (Associação Nacional do Ministério Público de Contas)
IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial)
AUDTCU (Associação da Auditoria de Controle Externo do TCU)
CNPGC(Conselho Nacional dos Procuradores Gerais de Contas)
Conacate (Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas do Estado)
ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República)
FECC (Frente Ética contra a Corrupção)


Instituto Não Aceito Corrupção (INAC)

O Instituto Não Aceito Corrupção é uma associação civil, nacional e apartidária, sem fins econômicos, criada em 2015. Fundada e presidida pelo Promotor de justiça Dr. Roberto Livianu, a entidade conta com a participação ativa de seus membros. A associação concentra esforços no combate estratégico da corrupção, lutando para que a ética e a transparência passem a vigorar no país.

“Fique em casa, mas não fique parado”, alertam pesquisadores



 Em artigo de revisão publicado no American Journal of Physiology, grupo da USP apresenta evidências científicas sobre o impacto de curtos períodos de inatividade física no sistema cardiovascular e defende a prática de exercícios no ambiente domiciliar durante a quarentena (foto: Pixabay)

Entre os efeitos colaterais das medidas de isolamento social adotadas para conter a COVID-19 está o aumento do sedentarismo, que pode contribuir para a deterioração da saúde cardiovascular mesmo em curtos períodos de tempo. Idosos e portadores de doenças crônicas tendem a ser os mais afetados.
O alerta foi feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) em artigo de revisão publicado no American Journal of Physiology. Segundo os autores, o apelo feito por governantes e profissionais da saúde para que as pessoas “fiquem em casa” é válido na atual conjuntura, sem dúvida. Mas deve vir acrescido de uma segunda recomendação: “não fiquem parados”.

“Uma pessoa precisa fazer ao menos 150 minutos de atividade física moderada a intensa por semana para ser considerada ativa, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde [OMS] e das sociedades médicas. O uso de academias e centros esportivos ficará limitado nos próximos meses, mesmo após o fim da quarentena. A atividade física realizada no ambiente domiciliar surge como uma alternativa interessante”, afirma Tiago Peçanha, bolsista da FAPESP de pós-doutorado e primeiro autor do artigo, que apresenta uma série de evidências científicas relacionadas ao impacto de curtos períodos de inatividade física sobre o sistema cardiovascular.
Alguns dos estudos avaliados mostraram, por exemplo, que manter uma pessoa acamada durante 24 horas pode induzir atrofia cardíaca e redução significativa no calibre dos vasos sanguíneos em um período que variou entre uma e quatro semanas. Peçanha ressalta se tratar de um modelo agressivo, que não representa o que ocorre durante a quarentena. “Mas há outros experimentos relatados no artigo que são bastante representativos”, diz o pesquisador.
Em um deles, voluntários foram induzidos a reduzir de 10 mil para menos de 5 mil o número de passos diários durante uma semana. Ao final, notou-se redução no diâmetro da artéria braquial (principal vaso do braço), perda da elasticidade dos vasos sanguíneos e danos ao endotélio (camada de células epiteliais que recobre o interior das veias e artérias).
Há ainda experimentos em que os voluntários foram mantidos sentados continuamente durante períodos que variavam entre três e seis horas. O tempo de inatividade foi suficiente para promover alterações vasculares, aumento nos marcadores de inflamação e no índice glicêmico pós-alimentação.
“Essas primeiras alterações observadas nos estudos são funcionais, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos dos voluntários saudáveis passaram a funcionar de forma diferente em resposta à inatividade física. Caso a situação se prolongue, porém, a tendência é que se transformem em alterações estruturais, mais difíceis de reverter”, explica o pesquisador.
Se indivíduos saudáveis podem correr atrás do prejuízo – literalmente –, o impacto do sedentarismo prolongado tende a ser nefasto para pessoas com doenças cardiovasculares e outras condições crônicas de saúde, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer. No caso dos idosos pode também agravar a perda generalizada de massa muscular – quadro conhecido como sarcopenia – e aumentar o risco de quedas, fraturas e outros traumas físicos. O grupo da FM-USP publicou artigo a respeito no Journal of the American Geriatrics Society.
“Essas populações mais vulneráveis aos efeitos do sedentarismo também integram o grupo de risco da COVID-19 e, portanto, precisarão se resguardar em casa durante os próximos meses. O ideal é que encontrem estratégias para se manterem ativas, seja realizando tarefas domésticas, caminhando até o jardim, subindo escadas, brincando com os filhos ou dançando na sala. As evidências científicas indicam que a prática de exercícios no ambiente domiciliar é segura e eficaz para controlar a pressão, melhorar as taxas lipídicas, a composição corporal, a qualidade de vida e de sono”, afirma Peçanha.
Para os pacientes de maior risco, principalmente aqueles não habituados à prática de exercícios, o pesquisador recomenda supervisão por profissionais de saúde, ainda que a distância, por meio de câmeras, aplicativos de celular e outros dispositivos eletrônicos. “Estudos mostram que as pessoas tendem a aderir melhor à atividade física quando se cria um ambiente on-line que favoreça o suporte social e a interação entre os praticantes.”
Novas evidências
Dados divulgados nos últimos meses por empresas que comercializam relógios inteligentes e aplicativos para monitoramento de atividade física indicam queda no número de passos diários de seus usuários desde o início do confinamento.
“A norte-americana Fitbit, por exemplo, apresentou em seu blog, em 22 de março, dados de 30 milhões de usuários que mostraram uma redução entre 7% e 33% no número de passos dados por dia. No Brasil, há um levantamento feito pelo pesquisador Raphael Ritti-Dias pela internet com mais de 2 mil voluntários. Mais de 60% afirmam ter reduzido seu nível de atividade física após o início da quarentena”, conta Peçanha. “Essas ainda são evidências preliminares, mas há estudos em andamento que visam medir o efeito para a saúde da inatividade física durante a quarentena.”

Uma dessas iniciativas está sendo conduzida na FM-USP, pelo grupo vinculado ao Projeto Temático “Reduzindo tempo sedentário em populações clínicas: o estudo take a stand for health”, coordenado pelo professor Bruno Gualano, coautor do artigo publicado no American Journal of Physiology.
“Acompanhamos alguns grupos clínicos no âmbito do Temático, como mulheres com artrite reumatoide, pacientes submetidos a cirurgia bariátrica e idosos com comprometimento cognitivo leve. O objetivo é induzir o aumento da atividade física nessas populações por meio de ações do cotidiano, como passear com o cachorro ou descer dois pontos antes ao andar de ônibus, e avaliar os efeitos na saúde”, conta Peçanha.
Agora, durante a quarentena, os pesquisadores têm monitorado mais assiduamente o grupo das mulheres com artrite reumatoide para medir o nível de atividade física e comparar com o do período anterior ao confinamento. “As pacientes estão usando acelerômetros [dispositivo que permite medir a atividade física e distância percorrida pelo indivíduo durante um período de tempo] em casa e ligamos com frequência para saber como está a qualidade de vida e a nutrição. Um grupo de pesquisadores vai até a residência para fazer medidas de peso, composição corporal, pressão e coleta de sangue”, explica.
Metade das voluntárias será submetida a uma intervenção para estimular a prática de atividade física em casa. “Vamos mandar metas diárias, cartilhas e mensagens de texto. Ao final, vamos comparar as diferenças entre os dois grupos”, conta o pesquisador.
 


Karina Toledo
Agência FAPESP 
http://agencia.fapesp.br/fique-em-casa-mas-nao-fique-parado-alertam-pesquisadores/33316/


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