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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Equilíbrio mental: a prevenção de muitos males


JANEIRO BRANCO, UMA INICIATIVA DE TODOS.


Apesar de vivermos em um século em que a tecnologia e os acontecimentos surgem na velocidade da luz ainda existem alguns temas que são tabus na sociedade contemporânea. Saúde mental é um deles.

Do ponto de vista deste enfoque saúde mental envolve o equilíbrio entre a vida mental, a vida cognitiva e a vida fisiológica.

A percepção de eventos e a tomada de decisão geralmente envolve o processo das emoções e da razão, esse processo pode ter consequências tanto positivas quanto negativas a depender da sensatez e da coerência não só da percepção como das ações. De modo que resultados positivos tendem a causar sensações de prazer e resultados negativos podem gerar sentimentos de frustração, insegurança e culpa.

A forma como o indivíduo irá encarar os diversos fatos a vida vai depender do quanto ele vem investindo no equilíbrio da sua saúde mental, envolvendo ações como noites de sono bem dormida, alimentação saudável, relações de confiança mútua com o próximo, altruísmo, vida profissional satisfatória associada aos entretenimentos do dia a dia e sobretudo amor próprio.

Infelizmente muitas pessoas ainda associam doença mental com loucura, esse tabu embora atenuado ainda impede que muitas pessoas deixem de buscar auxílio psicológico e muitas vezes psiquiátrico, essa atitude por vezes impede o crescimento da pessoa como um todo, soterrando sonhos, anseios e progressos. Aprender que saúde mental envolve um conglomerado de fatores e que muitas vezes o primeiro passo é reconhecer que existe uma doença pode salvar vidas.

O indivíduo que não pede ajuda, em um momento de necessidade, está se ausentando da própria existência.




Fernanda Machado - Psicóloga e neuropsicóloga


Ptose Congênita atinge crianças desde o nascimento e tem tratamento



Pálpebra caída pode ocasionar a falta da visão completa


A Ptose Congênita Infantil, mais conhecida como pálpebra caída, consiste na dificuldade em levantar a pálpebra superior adequadamente desde o nascimento, podendo obstruir parcialmente ou totalmente a pupila, ocasionando a falta da visão completa. “A Ptose acontece quando os músculos que elevam a pálpebra não são fortes o suficiente para fazer o comando corretamente”, explica André Borba, oftalmologista especialista em oculoplástica, doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP).

A alteração palpebral, pode ser percebida pelos pais apenas por meio do aspecto da pálpebra e por posição compensatória da cabeça. “É importante perceber se a criança inclina a cabeça para trás, para conseguir ver debaixo da queda da pálpebra, se o bebê tenta levantar as pálpebras movendo de forma evidente as sobrancelhas, ou seja, manobras de cabeça e faciais são sinais que a criança está tentando usar os dois olhos para enxergar perfeitamente”, alerta Borba.

O Cirurgião Oculoplástico alerta que, se a queda da pálpebra na infância for grave e não tratada, pode causar outras condições como a baixa visão por falta de uso, conhecida como Ambliopia. “Por isso é de extrema importância que esse distúrbio seja tratado logo cedo, antes de interferir no desenvolvimento da visão e levar a problemas emocionais e sociais”.

Segundo Borba, atualmente existem várias técnicas que permitem corrigir a Ptose em crianças. “Duas técnicas têm se mostrado muito eficientes, adequadas e seguras para a correção congênita como a Ressecção do músculo levantador, que tem o objetivo de encurtar o músculo permitindo sua ação mais direta na margem palpebral e a cirurgia de Ptose com elevação ao músculo frontal, ou do próprio músculo frontal”, explica o especialista.

A idade ideal para se corrigir a Ptose é a partir dos dois anos e meio a três anos, pois desta forma é possível definir a técnica exata a ser utilizada na cirurgia. “A correção pode ser feita até os sete anos de vida da criança, porém o ideal é que ela seja realizada até os três, pois desta forma a criança pode recuperar a visão plenamente, estimulando os olhos e corrigindo a visão”, finaliza André Borba.




André Borba –CRM SP-82835 - Cirurgião Oculoplástico, especialista em Cirurgia Reconstrutiva e estética das pálpebras e via lacrimal e doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP). Revisor científico da Pan American Journal of Ophthalmology dos EUA, é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCP), da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME) e da European Society of Ophthalmic Plastic & Reconstrutive Surgery (ESOPRS).



No Dia Nacional da Mamografia, descubra algumas curiosidades sobre o exame



A data é comemorada desde 2013


O dia 05 de fevereiro é o Dia Nacional da Mamografia, data comemorada desde 2013 que tem como objetivo ressaltar a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte no Brasil entre mulheres. Segundo estudos, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 95%. Apesar das campanhas divulgadas constantemente sobre o assunto pela mídia e órgãos de saúde, algumas pessoas costumam ter dúvidas sobre o exame. Pensando nisso, o Dr. André Mattar*, médico mastologista do Laboratório Rocha Lima, listou alguns tópicos importantes sobre a Mamografia:


- Como é feita a mamografia?

Muita gente tem receio de fazer o exame, seja por medo de sentir dor ou até mesmo em ver o resultado, mas na verdade a mamografia é um exame rápido e simples. A mama é posicionada no mamógrafo, um aparelho que usa a mesma radiação do raio-x tradicional, e capta quatro imagens, sendo duas de cada mama. O seio é pressionado por um curto período. Após a mamografia, outros exames são solicitados pra um diagnóstico mais preciso.


- Existe alguma idade mais indicada para o exame?

Por ser um exame essencial, todas as mulheres devem fazer o exame de mamografia, principalmente no caso de mulheres após os 40 anos de idade. Antes de chegar aos 40, um exame a cada três anos é o ideal. Ao completar os 70 anos de idade, a mamografia deve ser feita com indicações médicas.


- Homens também devem fazer o exame de mamografia?

É raro encontrar homens que tiveram câncer de mama, tanto que eles correspondem apenas entre 0,5 a 1% dos casos. Porém, segundo pesquisas feitas nos último 25 anos, foi constatado um aumento de aproximadamente 26% nas incidências do câncer de mama em homens. Além disso, a mamografia acaba sendo mais precisa nos homens do que nas mulheres, já que eles não possuem mamas densas ou outras alterações que possam interferir no exame.


- O tamanho do peito influencia em algo?

Mulheres com peitos avantajados e principalmente que estão abaixo dos 40 anos precisam ter um cuidado maior, já que o tecido mamário pode dificultar a visualização do mamógrafo.


- Quem tem prótese de silicone pode realizar a mamografia?

Pode, mas no caso de mulheres com implante de silicone é necessário que sejam feitas duas manobras a mais, uma em cada mama, para que seja possível analisar o tecido mamário com precisão. A compressão que é feita durante a mamografia também não causa nenhum dano na prótese.




Dr. André Mattar - Doutor pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, especialização
em Mastologia. Atualmente o responsável pelos núcleos de oncologia
clínica e lesões não palpáveis do Hospital Pérola Byington.

Rocha Lima

Medicamento inédito é aprovado no Brasil para combater linfoma agressivo


Novo tratamento mais que dobrou a sobrevida global mediana dos pacientes e diminuiu em 64% o risco de progressão da doença ou morte

Um tipo de câncer que pode surgir em qualquer área do corpo e prejudicar o sistema de defesa do organismo representava uma necessidade não atendida para parte dos pacientes que não respondiam aos primeiros tratamentos e não podiam fazer o transplante de medula. Reconhecendo a gravidade da doença e sua condição debilitante, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente um medicamento inédito no país. O polatuzumabe vedotina, em combinação com bendamustina e rituximabe, recebeu indicação para o tratamento de linfoma difuso de grandes células B quando as terapias iniciais falharam.

De acordo com o estudo GO29365, que embasou a aprovação pela Anvisa, a adição de polatuzumabe vedotina à combinação rituximabe e bendamustina aumentou significativamente a taxa de resposta completa ao final do tratamento, significando que nenhum câncer foi detectado no momento da avaliação, quando comparada à combinação isolada (40% versus 17,5%). Esse resultado mais que dobrou a sobrevida global mediana dos pacientes tratados (12,4 versus 4,7 meses) e diminuiu em 64% o risco de progressão da doença ou morte. O perfil de segurança foi compatível com a combinação isolada.

O polatuzumabe vedotina é estudado desde 2017 e agora chega ao Brasil, já tendo sido aprovado no ano passado pela agência regulatória dos Estados Unidos (FDA) e em janeiro pela Comissão Europeia.

“Esta opção terapêutica vem atender uma grande expectativa dos especialistas para esse perfil de pacientes, que estavam órfãos de tratamento eficaz”, explica Jayr Schmidt Filho, chefe do Centro de Referência de Neoplasias Hematológicas do AC Camargo Cancer Center. Segundo o médico, o novo tratamento beneficiará principalmente os pacientes mais debilitados, os idosos e aqueles com outras doenças, as chamadas comorbidades.


Linfoma difuso de grandes células B – entenda

É o subtipo mais comum entre os Linfomas não Hodgkin, respondendo por aproximadamente 30% nessa classificação e por 80% de linfomas agressivos em geral. No mundo todo, isso equivale a 120 mil pessoas diagnosticadas a cada ano com este subtipo. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer é de que sejam 3 mil novos casos anualmente no Brasil.

Este tipo de câncer é chamado de difuso porque as células cancerosas se espalham dentro do tumor, deformando os linfonodos, que são pequenas estruturas presentes em todo o organismo responsáveis por filtrar substâncias nocivas – processo essencial para o sistema imunológico combater infecções e destruir germes. É caracterizado como agressivo porque avança de forma rápida e, se não tratado de imediato, o paciente vive menos de um ano, em média, após o diagnóstico.

Devido à sua natureza agressiva, sintomas como linfonodos aumentados costumam aparecer precocemente. Quatro a cada dez pacientes são diagnosticados nos estágios iniciais da doença, quando a taxa de cura é de 60%. No entanto, até 40% dos pacientes apresentam recidiva, momento em que as opções de terapia de resgate são limitadas e a expectativa de vida é em torno de três a quatro meses.

Aproximadamente metade desses pacientes não são elegíveis ao transplante de medula por fatores como outras doenças (as chamadas comorbidades), idade avançada ou coleta de células-tronco malsucedida. Esse perfil de pacientes é de alto risco e possui chance remota de cura; portanto, tem como objetivo de tratamento a estabilização da doença e o aumento da sobrevida.


Mecanismo de ação

O polatuzumabe vedotina faz parte de uma nova classe de imunoterapias direcionadas para o câncer conhecidas como anticorpo-droga que, diferentemente da quimioterapia tradicional, atuam sobre células específicas. O medicamento é o primeiro a ter como alvo específico o CD79b, com capacidade de se ligar a esta proteína, encontrada apenas em células B (um tipo de glóbulo branco). Uma vez acoplado ao alvo, libera a quimioterapia dentro da célula do câncer, preservando as saudáveis.




Roche


Especialista comenta a incidência de cânceres entre idosos



Segundo médica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 60% dos tumores atingem população com 60 ou mais


Recentemente, a notícia sobre o diagnóstico e tratamento de um câncer de pulmão de Ana Maria Braga levantou um debate sobre o desenvolvimento de tumores entre pessoas idosas. Com 70 anos, a apresentadora de TV fumou há mais de quatro décadas.

Segundo a Drª Theodora Karnakis, médica geriatra e presidente da Comissão de Oncogeriatria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), aproximadamente 60% dos cânceres acometem pessoas com 60 anos ou mais. Além disso, cerca de 70% das mortes por câncer acontece com idosos.

“Cânceres como o de próstata, nos homens, e de mama, nas mulheres são mais comuns nessa fase da vida. Outros tipos de tumores, como o de pulmão, também, pois, normalmente, estão relacionados a uma maior exposição ao tabagismo com o decorrer da idade”, explica a médica geriatra.

Apenas para o câncer de pulmão, que afeta a apresentadora Ana Maria, estima-se que no Brasil foram 18.740 novos casos entre homens, em 2019, e 12.530 entre mulheres, no mesmo período. No país, esse tipo de tumor é o segundo mais frequente entre homens e o quarto, entre mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Dados da American Cancer Society e do INCA também apontam que o câncer de pulmão ocorre principalmente entre pessoas com 65 anos ou mais.

A especialista da SBGG alerta que, com o crescimento na taxa de expectativa de vida da população brasileira, é preciso uma atenção com a prevalência também dos diferentes tipos de câncer, devido às comorbidades que podem estar relacionadas: “Isso requer avaliações mais específicas e monitoramento constante do tratamento, prezando pela segurança e pela qualidade de vida”.


Comissão de Oncogeriatria

A presidente explica que a criação da Comissão de Oncogeriatria pela SBGG já começou a ser discutida há mais de cinco anos e se referencia em outras instituições como a International Association of Gerontology and Geriatrics (IAGG), que têm iniciativas similares.

“Recebo e-mails de especialistas de todo o país, interessados no assunto envelhecimento e câncer ou solicitando orientações. Para este ano, alinhados à Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, pretendemos iniciar o desenvolvimento de diretrizes para direcionar o trabalho e, acima de tudo, para trazer benefícios a essa população”, conclui Karnakis.


Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

Especialistas alertam para os riscos da cirurgia de enxaqueca


A enxaqueca ou migrânea é uma doença complexa e incapacitante. Nos últimos anos, os avanços nos estudos desse tipo de cefaleia foram muito importantes para o desenvolvimento de tratamentos neurológicos. Contudo, nem todos os pacientes respondem da mesma maneira às terapias disponíveis. Nesse contexto, a cirurgia de enxaqueca foi trazida para o Brasil prometendo diminuir a intensidade e a frequência das dores de cabeça.
                                                                                   
Criada pelo cirurgião plástico americano Bahman Guyuro, a técnica promete descomprimir e liberar ramos dos nervos trigêmeo e occipital. Há pouco mais de um ano, veio sendo aplicada no Brasil por outros especialistas da área. Recentemente, foi abordada em uma publicação de grande alcance. Porém, de acordo com o dr. Fernando Kowacs, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia e professor adjunto de Neurologia do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a enxaqueca é uma doença crônica de origem genética, cujas crises são causadas inicialmente por alterações cerebrais. “A proposta de atuar unicamente sobre os  nervos periféricos, não leva em conta muito do que já se sabe sobre as causas e mecanismos da migrânea”, afirma.

Como o efeito placebo é muito presente nos estudos envolvendo tratamento da doença, o especialista explica que, em qualquer nova modalidade terapêutica, é preciso passar por uma avaliação da eficácia através da metodologia científica apropriada. A chamada cirurgia da enxaqueca, contudo, está sendo adotada como tratamento de rotina antes de ter a sua utilidade comprovada de forma adequada. “Os estudos que embasam sua aplicação não respeitam a estrutura lógica requerida pelas principais instituições de saúde, pois praticamente todos foram realizados por um único pesquisador e divulgados em uma revista científica sem qualquer tradição na área da cefaleia”, critica.

A dra. Célia Roesler, secretária do Departamento Científico de Cefaléia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), concorda e acrescenta: “A Academia Brasileira de Neurologia (ABN), a Sociedade Brasileira de Cefaleia e a American Headache Society, não indicam esse procedimento, porque, além de não existirem estudos conclusivos, não entra nos protocolos de manejo da enxaqueca”. Segundo a neurologista, é uma técnica muito invasiva que não resolve o problema, visto que a migrânea está ligada ao desequilíbrio químico e genético de neurotransmissores.

O principal risco da aplicação da cirurgia de enxaqueca é, além dos perigos comuns a qualquer cirurgia, a possibilidade de provocar prejuízos em longo prazo, devido à manipulação dos nervos periféricos.

Atualmente, não existem cirurgias ou cura para a enxaqueca. “Nós indicamos tratamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente, diminuindo a frequência, intensidade e duração das crises de dores de cabeça. Sabe-se que a toxina botulínica e os anticorpos monoclonais injetáveis possuem ótimos resultados e estarão em breve disponíveis nacionalmente”, aponta a dra. Célia. Há ainda técnicas que complementam os recursos medicamentosos, como acupuntura, neuromodulação, procedimentos de relaxamento, entre outros.

Para o dr. Kowacs, a cirurgia está sendo adotada, não devido a comprovação real de sua eficácia, mas por ser mostrada aos pacientes como uma solução milagrosa. “Não existe milagre no tratamento de doenças crônicas, ainda mais no caso da enxaqueca”, pontua.

A recomendação é que o indivíduo acometido pela migrânea procure um médico clínico ou neurologista qualificado, de preferência com experiência no tratamento desse tipo de cefaleia, a fim de receber o diagnóstico correto e tentar opções não invasivas com eficácia comprovada. Para os especialistas, esse procedimento deveria estar sendo aplicado apenas de maneira experimental, em estudos adequadamente conduzidos, e não na rotina dos consultórios ao redor do país.

Batidas na cabeça requerem atenção: fique atento aos sinais!


Saiba quando é preciso buscar ajuda médica

O cérebro é um órgão delicado e extremamente importante para o funcionamento do nosso organismo. Uma pancada na cabeça pode levar a uma lesão e deixar sequelas severas e até mesmo ocasionar o óbito. Mas, o que fazer caso aconteça um acidente que provoque um trauma nessa região?
Segundo o neurocirurgião da NeuroAnchieta, Dr. Marco Sainz, deve-se ter atenção aos sintomas após a batida. “Em casos graves pode haver desmaio, convulsão – perda de consciência associada a movimentos involuntários -, sangramento ou perda de líquido claro pelos ouvidos, dilatação de uma pupila e falta de resposta a estímulos. Nas situações mais leves, dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão borrada, sonolência e desorientação. Nesses casos, a procura pelo serviço de pronto atendimento médico é adequada”, orienta.
Ainda de acordo com o especialista, na maioria das vezes os sinais aparecem rapidamente, ou seja, logo após a ocorrência da pancada. O tratamento e a observação podem levar de um a dois dias. “Porém, principalmente em pessoas idosas, pode haver demora de até algumas semanas no surgimento de sintomas mais severos”, alerta.
Para quem passa por um trauma na cabeça, o exame clínico foca primordialmente no estado de consciência e orientação, resposta do indivíduo à fala e a estímulos diversos. Além disso, realiza-se a avaliação de alteração neurológica. “O paciente é classificado como caso leve ou severo, o que serve para acompanhar a evolução e para recomendar exames radiológicos. Após a avaliação clínica, alguns pacientes passam por tomografia computadorizada do cérebro que pode apontar edemas ou hematomas cerebrais, fraturas da cabeça, corpos estranhos penetrantes e até presença de ar na região cerebral”, explica o médico.

Existe tratamento?
De acordo com o neurocirurgião, os casos mais leves podem ser apenas observados ou até receber medicações para combater o inchaço. Já os mais graves, podem necessitar de cirurgias para retirada de hematomas, corpos estranhos, ossos fraturados ou fechamento de falhas que permitem a saída do líquido que protege o tecido cerebral e a medula espinhal e a entrada de infecções.

Sequelas
A depender da gravidade e do tempo que se leva para iniciar o tratamento, a pessoa pode se recuperar totalmente, não apresentando nenhuma sequela. Mas, casos mais sérios podem levar a dores de cabeça crônicas, perdas de função neurológica específica – visão, equilíbrio, motricidade, memória -, até transtornos mais graves que prejudicam a consciência e a interação da pessoa com o mundo ao seu redor.

Quedas na infância
É bastante comum que as crianças sofram quedas quando começam a dar os primeiros passos e mesmo mais velhas, durante as brincadeiras em casa, na escola ou na rua. Nem sempre os tombos representam uma preocupação, mas quando ocorre uma batida na cabeça e o aparecimento de alguns sintomas, os pais devem se atentar para a necessidade de procurar ajuda médica. “Desmaio, falta de resposta adequada a estímulos ou à fala, convulsões, sangramentos pelos ouvidos ou nariz, perda de líquido claro pelas mesmas extremidades, manchas roxas ao redor dos olhos, afundamento evidente da cabeça, sonolência ou vômitos. Todos esses são sinais de alerta de que algo não está normal e precisa ser avaliado por um especialista.

Exames recomendados
Segundo o radiologista do Anchieta Diagnósticos, Dr. Felipe Landeira, em casos de pancadas na cabeça podem ser solicitados radiografia (raio-X) e tomografia computadorizada de crânio e da coluna cervical para avaliar possíveis traumas.
O especialista explica que os exames de imagem são utilizados em contextos de gravidade moderada e alta. Já nos traumas do tipo leve, seu uso é criterioso. “Nos casos mais leves, alguns sinais de alerta que indicam a realização dos exames são suspeita de fratura no crânio, saída de sangue ou secreção pelo nariz ou ouvidos, olhos arroxeados, episódios repetidos de vômitos, crises convulsivas, perda de consciência por tempo superior a cinco minutos, entre outros”, pontua.
O Anchieta Diagnósticos conta com estrutura e corpo técnico capacitado para realização desses exames, que são rápidos e indolores. “No caso da tomografia computadorizada, o paciente fica deitado numa cama que passa por dentro de um aparelho em forma de tubo, e permanece imóvel durante a aquisição que dura até cerca de um minuto. No exame de raio-X, o aparelho fica à distância e o procedimento dura apenas alguns poucos segundos”, relata o médico.

Aumento dos casos de câncer no Brasil: quais são os desafios nacionais


Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais

O Dia Mundial do Câncer, comemorado em 4 de fevereiro, tem o objetivo de gerar conscientização sobre a doença a fim de reduzir o número de casos. Por outro lado, com as mudanças significativas no estilo de vida da sociedade Brasileira e com a modernização da tecnologia para o diagnóstico precoce do câncer, especialistas observam um aumento significativo do número de casos da doença.
Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, há uma previsão de 20 milhões de diagnóstico para 2026. No Brasil, estimou-se, para o biênio de 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer para cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. 
Essas estimativas refletem o perfil de um país que possui, entre os mais incidentes, os cânceres de próstata, pulmão, mama feminina, cólon e reto. Entretanto, ainda apresenta altas taxas de cânceres do colo do útero em regiões como o Nordeste – fato este que pode ser modificado com o aumento do acesso ao rastreamento e prevenção, como a vacinação anti-HPV, medida já implementada pelo Ministério da saúde.
O dr. Frederico Muller, oncologista do Hospital São Lucas Copacabana, analisa tais dados: “É sabido que a segunda maior causa de morte no mundo é neoplasia, e este aumento se deve à expansão populacional, ao seu envelhecimento e aumento da exposição a fatores de risco. Dentre estes, se destacam o tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada, consumo de bebida alcoólica em excesso e algumas infecções virais – como o HPV, HCV e o HBV”, comenta.
As chances de cura do câncer aumentam significativamente quando o diagnóstico precoce é aliado ao tratamento adequado. No entanto, os desafios nacionais são muitos, visto que o acesso à medicina no Brasil é um mosaico complexo”, acrescenta Muller.
O diagnóstico precoce associado a mudanças no estilo de vida da população são fatores importantes que podem modificar o prognóstico e a incidência da doença. Portanto, é de suma importância a manutenção de políticas públicas no combate ao tabagismo, o acesso a exames de rastreio, como mamografia, Papanicolaou e colonoscopia, o incentivo à prática de exercício físico e as orientações de dietas balanceadas (ricas em legumes, verduras, frutas e pobres em enlatados e embutidos).


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