As transformações proporcionadas pela tecnologia impactam
todos os setores da economia. São evoluções que influenciam e conduzem os
mercados a um novo momento. No setor educacional, a situação é semelhante.
Escolas vivenciam um cenário de múltiplas oportunidades e ferramentas que
possibilitam preparar os alunos para contexto atual e para as necessidades e
interesses da indústria 4.0.
A origem do termo “Educação 4.0” está na preparação
do aluno para a indústria dessa Era. Mas o conceito é mais abrangente,
principalmente por se tratar de preparar o aluno para o mundo em
evolução. Vivemos em um mundo cada vez mais dinâmico, com mudanças muito
rápidas. Porém, não fomos preparados para acompanhar essa realidade na mesma
velocidade. É preciso, portanto, qualificar os estudantes para este mundo em
constante evolução e torná-los cada vez mais habilidosos para lidar com estas
situações.
Os desafios da “Educação 4.0” estão na criação de
metodologias que potencializem estas novas habilidades e trabalhe com a questão
da formação de professores. É fundamental que docentes estejam afinados com a
proposta de novas formas de aprendizado. No entanto, é preciso compreender que
a tecnologia em si não transforma o ensino. O bom uso dela é que pode fazer a
diferença e conectar a escola com os demais âmbitos da vida dos estudantes.
Convém-se apresentar as diversas possibilidades das
tecnologias e instigar os alunos a dominarem o pensamento computacional para
ajudá-los no desenvolvimento do pensamento criativo e inventivo. É importante o
professor permitir a autonomia de aprendizado dos alunos. Na maioria das vezes,
os estudantes têm facilidade de dominar as novas tecnologias e o professor,
dentro de seu papel, deve ter a função de instigar a curiosidade e provocar
novas ideias.
Inserir a tecnologia como ferramenta na rotina
educacional permite despertar o lado inventor dentro de cada aluno.
Potencializa habilidades para trabalhos em equipe como colaboração e escuta
ativa, além de capacidade de raciocínio e comunicação, competências essenciais
para a vida pessoal e profissional futura.
Um exemplo de iniciativa pautada pelo conceito
“Educação 4.0” é o Micro:bit, um hardware baseado em uma pequena placa
programável criado pela Micro:bit Foundation, instituição sem fins
lucrativos com sede na Inglaterra. O dispositivo motivou uma parceria entre a
fundação e a unidade de tecnologias educacionais da Positivo. O resultado foi a
criação do Inventura, solução concebida para transformar crianças em inventores
ao ensinar programação computacional de maneira fácil, imersiva e estimulante.
O uso do Micro:bit na educação aumentou
consideravelmente o interesse de alunos por programação. Pesquisa realizada em
2016 na Inglaterra com alunos do 7º ano trouxe esse indicativo. Mais de um
milhão de Micro:bit foram distribuídos aos estudantes. Após um ano de uso, 90%
deles disseram que o dispositivo demonstrou que qualquer pessoa pode programar.
Além disso, foi constatado também o aumento de 45% do interesse de meninas pela
disciplina de Programação.
Em 2019, a experiência foi repetida no Brasil com
resultados muito positivos também. A percepção da facilidade de programação
ficou igualmente evidente. Antes de conhecerem o Micro:bit e o Inventura
(currículo de invenção baseado no Micro:bit), 23% dos alunos acreditavam que
era fácil fazer programas de computador. O percentual elevou-se para 43%, após
três meses de utilização.
Ambas as soluções, totalmente inseridas no conceito
de “Educação 4.0”, realmente ajudam na formação de alunos e os preparam para um
cenário de transformações tecnológicas permanentes. Possibilitam aos estudantes
serem protagonistas nesse processo evolutivo com estímulo ao pensamento
crítico, respeito ao ser humano e à natureza que os cerca.
O Micro:bit e o Inventura são exemplos que
comprovam as valiosas contribuições da tecnologia no ambiente educacional.
Confirmam também o compromisso de empresas e instituições de ensino para criar
e disponibilizar as melhores soluções para facilitar a formação de cidadão que
o mundo realmente precisa.