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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

DMRI : falta de consciência sobre a doença e atrasos no tratamento colocam pacientes em risco


O maior objetivo é acabar com a doença macular, financiando pesquisas que levarão à cura para essa condição cruel. Mas até que isso aconteça, é absolutamente vital oferecer um melhor aconselhamento ao paciente


Um novo estudo  descobriu que os profissionais de saúde e o público em geral ainda não têm consciência da forma mais comum de perda de visão central: a degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

O estudo, publicado no BMJ Open Ophthalmology, destaca que os atrasos no diagnóstico de pessoas com doença macular ocorrem devido ao fato de que pacientes e nem todos os profissionais conhecerem o significado dos sintomas. Também revela que muitos pacientes não entendem a urgência de procurar ajuda, o que potencialmente poderia levar a danos permanentes e intratáveis em sua visão. Outras razões para o atraso incluem pacientes com dificuldade em obter consultas e falha profissional no diagnóstico ou ao comunicar o diagnóstico da degeneração macular relacionada à idade durante as consultas iniciais.

O estudo constatou que apenas um terço dos entrevistados conseguiu detectar os sintomas da DMRI, sendo que 64% dos que reconheceram ter um problema com a visão procuraram ajuda de um profissional de saúde imediatamente. A pesquisa revelou que 27% dos pacientes cuja consulta inicial foi adiada por mais de uma semana tinham DMRI úmida tratável, exigindo intervenção urgente para evitar a perda de visão evitável.

Além de reconhecer a necessidade de aumentar a conscientização sobre a doença macular, o estudo também destacou a necessidade de uma melhor sinalização para apoiar os serviços para pessoas afetadas pela doença macular quando diagnosticadas.

A doença macular é a maior causa de perda de visão no Reino Unido. Atualmente, quase 1,5 milhão de pessoas são afetadas e muitas outras estão em risco. À medida que a doença progride, ela pode ter um efeito devastador na vida das pessoas, deixando-as incapazes de dirigir, ler ou ver rostos, mesmo que alguma visão periférica seja mantida. O tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) visa estabilizar a doença e tentar limitar ou impedir o seu avanço. Uma vez controlada a doença, poderá ser utilizada o que restou da retina funcional na região macular, que poderá ser estimulada para recuperação parcial da visão por meio de lentes ópticas de visão subnormal ou de baixa visão. “A perda da visão central (igual ou menor a 20/200 (0,10)) significa cegueira legal e não cegueira total, pois ainda que com certas limitações o portador poderá deambular, se alimentar, fazer higiene pessoal com certa independência. A DMRI é a forma mais comum de doença macular, afetando mais de 600.000 pessoas, geralmente com mais de 50 anos”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

“Há, no entanto, um tratamento para a forma úmida da DMRI, que impede ou retarda a deterioração da visão. Quanto mais cedo o tratamento for administrado, mais visão será preservada. A forma seca da doença geralmente progride mais lentamente que a úmida. No entanto, a DMRI que começa como seca pode se transformar em DMRI úmida e progredirá rapidamente, a menos que seja tratada”, informa o oftalmologista Juan Caballero, que também integra o corpo clínico do IMO.

Os sintomas mais comuns da DMRI incluem alteração ao focalizar linhas retas, como batentes de portas ou postes de luz que parecem distorcidos ou dobrados; deterioração da visão ou visão embaçada; lacunas ou manchas escuras que aparecem na visão.

Pesquisas sobre a DMRI úmida mostram que quanto mais cedo as pessoas são tratadas, maior a chance de o tratamento ser bem-sucedido. Mas este estudo mostra que estão ocorrendo atrasos que podem fazer a diferença entre receber o tratamento imediato que o paciente precisa ou sofrer perda irreversível da visão central.

“As descobertas destacam a necessidade urgente de conscientizar a população sobre os sintomas da doença macular e a necessidade de procurar ajuda urgente de um oftalmologista, o mais rápido possível”, defende Juan Caballero.

O estudo também ilustra que as pessoas não estão sendo totalmente informadas sobre os tratamentos disponíveis para a doença macular, bem como sobre a evolução e a gravidade da mesma. A forma seca da doença também pode evoluir para a úmida e requer tratamento urgente. As pessoas com DMRI precisam saber como monitorar sua condição para detectar problemas futuros a tempo de o tratamento ser eficaz.

“A conscientização sobre a doença macular está aumentando no mundo todo, mas este estudo serve como um lembrete importante de quanto trabalho ainda há por fazer. Precisamos urgentemente continuar a educar o público e os profissionais de saúde sobre a condição, seus sintomas e a necessidade de diagnóstico rápido. Dessa forma, aqueles com DMRI úmida podem ser tratados imediatamente e aqueles com DMRI seca podem ser aconselhados sobre monitoramento e suporte”, defende o oftalmologista Juan Caballero.




IMO-Instituto de Moléstias Oculares
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Medicina avança no tratamento do câncer de pele


Opinião


O verão é sinônimo de diversão na praia, nas praças e piscinas. Porém, é, também, motivo de preocupação na prevenção ao câncer de pele. A boa notícia é que os avanços da medicina proporcionam cada vez mais formas eficazes de combate à doença.

A Cirurgia Micrográfica de Mohs é uma técnica cirúrgica altamente eficaz e especializada indicada para vários tipos de cânceres de pele e mucosas de alto risco. Pode ser considerada o padrão ouro no tratamento destes tumores. Foi desenvolvida e aperfeiçoada, há quase um século, pelo dr Frederic E. Mohs de Wisconsin, EUA. Apresenta as mais altas taxas de cura por ser a única técnica que realiza o controle microscópico completo das margens cirúrgicas, durante a cirurgia, através de inclusão e congelamento do material modificado, confecção de lâminas e análise microscópica. Permite encontrar a localização precisa de resquícios de tumor, para serem removidos e submetidos a nova análise. Consequentemente, o tecido sadio é poupado, promovendo melhores resultados estéticos. Difere das técnicas convencionais de retirada com margens amplas, pela avaliação destas ser por amostras de partes representativas, podendo não serem detectados remanescentes de tumor nas bordas não examinadas.

É principalmente indicada para carcinomas basocelulares e espinocelulares de alto risco. São os localizados em têmporas, orelhas, pálpebras e sobrancelhas, nariz, região labial, mãos, pés e genitais. São zonas em que é necessário poupar tecido ou de mais reincidências. Também indicada para os de comportamento biológico agressivo como carcinomas basocelulares esclerodermiformes e infiltrativos, ou para espinocelulares pouco ou indiferenciados. A invasão em profundidade ou em nervos ou vasos favorece maior risco de destruição local e metástases. A técnica também beneficia os tumores de contornos pouco nítidos, os incompletamente removidos, em imunossuprimidos, em pele previamente irradiada ou se são recorrentes.

A incidência e diagnóstico de malignidades cutâneas estão crescendo. Nos Estados Unidos são realizadas 876.000 cirurgias micrográficas/ano, no Brasil não chegando a 1% deste valor. São apenas 94 cirurgiões micrográficos certificados pela SBD, com conhecimento na técnica, em patologia e reconstrução. Este número tende a aumentar.



Médica associada da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS, Suzana Hampe


Dicas para um bom retorno à rotina escolar



Apoio da família auxilia a criança a retomar suas atividades


As aulas voltam em breve. E agora? Muitas vezes pode ser bem difícil fazer essa transição, já que as crianças acostumam a não ter muitas regras a seguir durante as férias. Mas a coordenadora pedagógica do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP), Juliana Christina Rezende de Souza, dá algumas dicas para ajudar os alunos e familiares a retomarem a rotina escolar.


Cobrança na medida certa

Como o momento é de readaptação, cobranças fora da medida podem assustar ainda mais a criança. Por isso, procurar entender se ela apresentar alguma resistência em ir à escola é o melhor caminho para resolver o problema.


Tranquilizar sobre os novos desafios

Matérias e conteúdos novos podem assustar, por isso é importante tranquilizar a criança, explicando que a transição não é nenhum bicho de sete cabeças e que os professores estarão sempre presentes para ajudá-la no que for necessário.


Integração com novos amigos

Deixar claro que a criança pode encontrar novos amigos no ano que se inicia é importante. Incentive-a a fazer amizades e a interagir com os colegas para que não se sinta deslocada. Converse com o professor sobre isso.


Estar presente

Nos primeiros dias de aula, é importante que os pais visitem a escola, conheceçam o novo professor e se mantenham inteirados sobre a rotina escolar. Essas atitudes certamente vão trazer mais segurança ao aluno, além de deixá-lo feliz por saber que professor e pais têm uma boa relação.


Ajudar a superar medos

É natural que a criança fique ansiosa e até com medo ao enfrentar o recomeço na escola. Ajude seu filho a superar esse momento conversando, ouvindo-o e reforçando que estará sempre a seu lado para enfrentar a situação.


Ser breve na despedida

Ao deixar seu filho na escola, seja breve e carinhoso na despedida, deixando bem claro que alguém vai buscá-lo ao término da aula. Transmita tranquilidade e segurança para que ele não se sinta esquecido na escola.


Retomar a rotina alimentar

É natural que nas férias não exista uma rotina muito rígida nas refeições. Retomar essas práticas é importante. Se alimentar bem e nos horários adequados é necessário para que seu filho apresente bons resultados na escola.


Dormir na hora certa

Crianças e adolescentes precisam de boas noites de sono para apresentar rendimento escolar satisfatório. Combine com seu filho horários para dormir e acordar, assim ele terá mais condições de estudar com tranquilidade.


Organizar o material

É interessante que as crianças tenham autonomia para organizar suas mochilas. Esse processo deve ser feito antecipadamente para que não seja tumultuado. Organizar o material de forma tranquila também auxilia o aluno a ter uma boa transição.


Horários de estudo

Não deixe que a tarefa de casa se acumule. Ajude seu filho a organizar uma rotina de estudos. Esse hábito vai ajudá-lo a apresentar um bom rendimento escolar e a ter uma participação mais assídua e segura em sala de aula.


Valorize os estudos

Deixe claro a importância da escola na vida da criança para que ela se sinta mais confiante e determinada. Mostre que estudar pode ser prazeroso e divertido, assim ela terá mais vontade de ir para a escola.


Momentos de lazer

Apesar das férias terem terminado, é importante que a criança continue desfrutando de momentos de lazer. Incentive seu filho a concluir suas tarefas para aproveitar melhor as brincadeiras em casa com amigos ou familiares. Reserve um momento para isso.

Certamente, existem muitas outras dicas para um bom retorno às aulas, mas essas devem contribuir para que esse processo seja feito com mais tranquilidade.




Rede Marista de Colégios (RMC)
 www.colegiosmaristas.com.br


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