Alexander Gomes de Azevedo também elencou o que deve ser evitado por
quem sofre com a doença
No mês de
setembro é realizada a campanha de conscientização sobre a prevenção do
suicídio criada em 2015. O assunto que já foi um tabu maior, ainda
enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por
ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação.
Existe várias doenças que podem causar o suicídio, uma delas é a
depressão, que é considerada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) como o "Mal do Século". A
doença, que atinge pessoas de qualquer idade, sexo ou classe social, se
apresenta de forma recorrente, apresentando sintomas de tristeza profunda,
desânimo, baixa autoestima, perda do prazer, entre outros. A ajuda está no
tratamento médico e psicológico, além de uma boa alimentação. O médico
nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo elencou os principais alimentos que ativam os neurotransmissores da
felicidade, responsáveis pelo bom humor e sensação de
bem-estar:
Proteínas:
Alimentos como carnes, ovos e leites (e derivados) possuem grandes quantidades
de triptofano, um aminoácido que atua na formação da serotonina.
Aveia: É
fonte de triptofano, contém selênio que é considerado um mineral que colabora
para a produção de energia. Os carboidratos também presentes no alimento elevam
os níveis de insulina e facilitam a absorção de triptofano.
Banana:
Fonte de carboidratos que estimulam a produção de serotonina, ela contém
vitamina B6, importante na condução dos impulsos nervosos e na prevenção da
ansiedade e irritação.
Oleaginosas:
Alimentos como nozes, castanhas e amêndoas são fontes dos minerais magnésio,
cobre e selênio, que reduzem o estresse e melhoram a memória.
Pimenta: A capsaicina é o
princípio ativo da pimenta que causa a ardência. Ela estimula o cérebro a
produzir mais endorfina, hormônio responsável pela sensação de euforia e
redução do estresse.
Chocolate: É
um dos produtos que tem o poder de causar sensação de prazer. Isso acontece
porque a versão amarga (que possui pelo menos 70% de cacau na composição) é
fonte de triptofano e ainda possui teobromina, um alcaloide da família da
cafeína que tem efeito estimulante.
Mel: a serotonina é produzida no intestino e o
mel é um importante regenerador da microflora intestinal.
Chocolate: O triptofano é um componente químico que estimula a serotonina,
um hormônio ligado à sensação de prazer e bem-estar. Portanto, o consumo
de chocolate aumenta a produção de serotonina e faz aumentar a
sensação de felicidade.
Segundo Azevedo, quem sofre
de depressão é importante que evite alimentos que aumentam as oscilações de
humor, como bebidas alcoólicas, fast food, refrigerantes e alimentos ricos em
gorduras e açúcares, como frituras, doces e sobremesas.
“Esses alimentos provocam
alterações bruscas no nível de açúcar no sangue, levando a mudanças na produção
de hormônios no corpo e ao aumento do peso, fatores que aumentam as chances de
ter e de piorar a depressão”, explica o médico.
Dietas “zero carbo” ou com
níveis muitos baixos de carboidratos também podem agravar ou até causar quadros
de depressão, de acordo com o nutrólogo.
“O carboidrato é
importante na vida de qualquer indivíduo. Além de ser nossa principal fonte de
energia, ajuda o cérebro a produzir uma substância chamada serotonina. A sua
falta pode causar alterações de humor, chegando até a depressão. A ausência de
carboidratos na dieta pode levar a uma piora no quadro de depressão”,
alerta.
Caso precise de ajuda, acione o CVV (Centro de Valorização
da Vida) pelo site ou pelos números 188 e 141. O CVV
promove o apoio emocional e a prevenção do suicídio, de forma voluntária e
gratuita.
Alexander Gomes de Azevedo- nutrólgo. Escritor e pesquisador, o Dr. Alexander é Médico Nutrólogo, Pós-Graduado em Saúde de Família pela USP, Doutor em Ciências Biomédicas, com Pós-Doutorado em Investigação e Docência Universitária. Além disso, é Presidente do Instituto de Assitência das Américas (IAA), uma Organização Social sem fins econômicos, que tem projetos sociais na área de saúde para crianças e idosos, com foco nas populações menos favorecidas.