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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Campanha Junho Vermelho destaca a importância da doação de sangue no Brasil


Hoje, 14 de junho, é Dia Mundial do Doador de Sangue e a ABHH chama a atenção da população brasileira para a importância da doação de sangue regular e voluntária no país, como forma de salvar e garantir a manutenção da vida de pessoas que necessitam de transfusões contínuas.

A doação de sangue é fundamental para aqueles pacientes atendidos em emergências com grande perda sanguínea. O número de doadores (1,8%), por mais que esteja dentro dos parâmetros, ainda não alcança a média de 3% estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os pacientes que dependem de transfusão de sangue podem ter dificuldade de atendimento se as diminuições nas doações de sangue forem significativas. A ABHH orienta sobre o procedimento que salva vidas, com esclarecimentos das principais dúvidas da população sobre o ato, que é indolor, rápido, voluntário e que pode salvar pacientes, desde aqueles submetidos a cirurgias ou em casos de emergências.

Confira os principais fatos ou fakes sobre a doação de sangue:

  1. Idosos não podem doar sangue. FAKE. A partir de 2013, houve aumento na idade máxima dos doadores de sangue pelo Ministério da Saúde. Atualmente, pessoas entre 16 e 69 anos podem realizar o ato de doação.
     
  2. A doação é restrita a pessoas sem piercing e tatuagem. FAKE. Apenas pessoas com piercing na cavidade oral não podem realizar a doação, pois a boca está mais receptiva a infecções do que outras áreas do corpo. Sobre pessoas com tatuagens, é indicada que a doação seja feita após um ano da realização do desenho, pois é o tempo adequado para manifestações de doenças contagiosas que possam ser transmitidas pela agulha.
     
  3. O peso influencia na doação. FATO. O peso do voluntário deve ser a partir de 50 quilos.
     
  4. Gestantes e lactantes não podem doar. FATO. Mulheres grávidas ou que estejam amamentando não devem doar. As lactantes devem aguardar 12 meses após o parto. E no período pós-parto, a mulher poderá ser doadora após 90 dias, em casos de parto normal e 180 dias em cesárias.
     
  5. Descanso e alimentação influenciam na doação. FATO. É necessário estar descansado e não ter praticado atividades físicas intensas pelo menos cinco horas antes da doação. Em relação à alimentação, é preciso estar bem nutrido, com refeições prévias leves e sem gordura. Além disso, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas até 24 horas antes da doação.
     
  6. Doadores estão suscetíveis a doenças transmissíveis via sangue. FAKE. A partir da implementação do teste NAT, doenças como HIV, Hepatites B e C são detectadas pelo procedimento que tem capacidade de identificar se a pessoa está contaminada, mesmo que haja um curto período entre o dia de contaminação e a doação.
     
  7. O doador pode realizar o ato a cada 30 dias. FAKE. A doação de sangue deve realizada com intervalo mínimo de 60 dias para homens e 90 dias, para as mulheres, ou seja, em um período de 12 meses, há possibilidade de doação de até quatro vezes por ano no caso de doador masculino e três, em caso de doadora.



Sobre a ABHH

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (
ABHH) é uma associação privada para fins não econômicos, de caráter científico, social e cultural. A instituição congrega médicos e demais profissionais interessados na prática hematológica e hemoterápica de todo o Brasil. Hoje, a instituição conta com mais de dois mil associados.


Polineuropatia Amiloidótica Familiar


Neurologistas de todo o Brasil em campanha para alertar médicos e cidadãos sobre doença rara e mortal  

A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) inicia campanha nacional para conscientizar os cidadãos sobre uma doença genética rara conhecida como PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar ou Paramiloidose. A ação também visa disseminar informações para a própria classe médica, já que muitos sintomas são também comuns a outros males, dificultando diagnóstico e tratamento adequado. 

Brasília será sede de uma dessas ações. A partir das 9 horas, o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal fornecerá palestras para pacientes do ambulatório.  

Dra Ingrid Faber, neurologista especialista em doenças neuromusculares pela Unicamp, acredita que o evento é essencial “É importante conscientizar e possibilitar o diagnóstico precoce de uma doença grave e potencialmente fatal, que possui opções de tratamento.”, acrescentou.  
A PAF é popularmente chamada de “doença dos pezinhos”. Isso 
porque, na polineuropatia, os pés acusam a consequências primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa. Como sintoma inicial também pode haver perda involuntária de peso.

 Em seguida os sintomas acometem as mãos e braços e ocasionam também fraqueza e atrofia, muitas vezes com perda da capacidade de deambular. O acometimento do sistema nervoso autonômico é outra característica da doença, gerando sintomas como diarreia, incontinência urinária, disfunção sexual, boca seca e turvação visual. 

Além do sistema nervoso periférico pode afetar outros órgãos, como coração, rins e olhos. O pico de início da doença ocorre entre 25 a 33 anos, podendo levar a morte cerca de 10 a 15 anos após o início dos sintomas.  

Mais comum em descendentes de portugueses (onde a  prevalência pode chegar a 1 caso a cada 1000 habitantes) estima-se que a PAF seja subdiagnosticada no Brasil. É decorrente de uma variante patogênica (mutação) no gene que produz a proteína transtirretina (TTR), a proteína anormal não pode ser adequadamente degradada pelo organismo se acumulando nos tecidos, onde é chamada de amilóide.  

São centenas mutações no gene TTR que podem levar à doença. Comumente, os portadores brasileiros manifestam a predominante também entre os portugueses, a V30M. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública. Até então, a única opção de tratamento modificador de doença era o transplante de fígado.  

Mundialmente, junho é destacado como Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista lusitano Mário Corino da Costa Andrade, falecido no dia 16/ano 2005, seu descobridor nos idos de 1950.
 

Uso incorreto de fones de ouvido acarreta doenças auriculares


Nível de decibéis, tempo de uso e falta de higiene adequada podem resultar em surdez e contaminação por fungos e bactérias


O uso do fone de ouvido tem se tornado um hábito cada vez mais popular, pois permitem privacidade ao ouvir músicas e filmes, principalmente em ambientes públicos. Entretanto, segundo o padrão de segurança da Organização Mundial da Saúde, o nível do som em fones de ouvido, de acordo com o tempo de uso, deve ser no máximo 80 decibéis.

Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, “Alguns hábitos são extremamente necessários para manter a saúde auditiva e prevenir doenças, como não deixar que o volume do fone se sobreponha aos sons ambientes; evitar ficar próximo das caixas de sons em locais com sons muito altos, como shows e baladas;  dar preferência aos fones em formato de concha e não ficar exposto a sons altos por um longo período de tempo. Lembrando que na presença de sintomas como perda auditiva ou zumbido, é de extrema importância realizar uma avaliação com um otorrino para obter o diagnóstico e o tratamento precoce”.

Além do volume, existem outras preocupações que devem ser levadas em consideração, como  infecções. Os fones intra-auriculares, que por serem colocados dentro do canal auditivo podem promover micro-escoriações, favorecendo a ocorrência de infecções externas. Sendo assim, o compartilhamento dos fones é arriscado porque, além da presença de micro-organismos, a flora auditiva de uma pessoa é diferente da outra, o que resulta em uma contaminação cruzada.

A Dra. Milena também alerta que fones intra-auriculares podem empurrar e impactar o cerume para porção mais interna do conduto, ocasionando sensação de perda auditiva.   "Lembre-se de procurar um otorrino se sentir dor de ouvido, coceira excessiva, diminuição de audição, zumbido, desconforto ao toque ou secreções”, diz.


Limpeza

A limpeza dos fones e headfones deve ser feita todos os dias, antes e após o uso, ou, no mínimo, uma vez por semana com álcool isopropílico – nunca com água e sabão – para não prejudicar os condutos eletrônicos do aparelho. Com um cotonete ou um pedaço de algodão, o usuário deve passar o produto nos fios e na parte que fica em contato com a orelha afim de higienizá-los.

Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e também fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.   


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