Pesquisar no Blog

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Cirurgia estética, cirurgia reparadora e plano de saúde


A cirurgia plástica estética é um procedimento médico voltado para pessoa interessada em aperfeiçoar a sua aparência. Entre os procedimentos estão a correção de cicatriz, a lipoaspiração e o implante de prótese na mama e no glúteo.

A cirurgia plástica reparadora é uma intervenção cirúrgica feita por razões médicas. Ela tem como objetivo corrigir lesões e defeitos congênitos ou adquiridos. Mesmo assim, muitos planos de saúde tratam essa operação como sendo estética. Essa atitude gera diversos problemas para os usuários.

Felizmente, os tribunais têm entendido que se o médico credenciado do plano de saúde solicita a cirurgia reparadora a um paciente, o convênio não pode negar atendimento sob o argumento de que o tratamento não é previsto junto ao rol da ANS (Sumula 90 do TJSP).

Deste modo, o consumidor deve protocolar seu pedido de cirurgia reparadora com a sua operadora e aguardar o prazo de até 48 horas para a resposta.

A operadora de plano de saúde é obrigada a justificar, por escrito, a negativa de cobertura ao beneficiário. Essa informação deve ser feita em linguagem clara, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que fundamente a decisão.

Se confirmada a recusa, o enfermo pode ingressar com ação judicial para a realização da operação. E buscar também no judiciário a reversão das cláusulas de exclusões abusivas. Para isso, é preciso juntar a carta resposta, cópias da requisição do médico, exames e cópia do contrato/carteirinha do plano de saúde.

O paciente de plano de saúde tem muitos direitos. A negativa de cobertura de tratamentos médicos e exames podem ser revertidos. Para mais informações procure um advogado de sua confiança, a OAB, a Defensoria Pública ou o órgão de defesa do consumidor da sua cidade.



 


Fabrício Posocco - professor universitário, coautor de livros jurídicos e advogado sócio-proprietário do escritório Posocco & Associados Advogados e Consultores (www.posocco.com.br). Foto: Roberto Konda


Atenção fumantes: o vício do cigarro também pode causar perda de audição


 70% dos fumantes têm mais risco de desenvolver perda auditiva em comparação com os não fumantes 

 
É fato que ao longo da vida os indivíduos vão perdendo a audição, em maior ou menor grau. Estudos indicam que um entre cinco adultos começam a ter dificuldades para ouvir a partir dos 40 anos. Uma série de fatores influenciam nesse processo: alguns maus hábitos adquiridos no dia a dia, como o de frequentar ambientes barulhentos e fazer uso de medicamentos ototóxicos, além de fatores hereditários. O que muitos não sabem é que o vício do cigarro, além de trazer riscos de se contrair uma série de doenças, também prejudica a audição. A nicotina presente no tabaco pode causar danos à audição similares àqueles causados por medicamentos ototóxicos. “Fumar libera substâncias tóxicas que exercem ação nociva no ouvido interno. As áreas mais afetadas costumam ser o vestíbulo, a estria vascular e as células ciliadas da cóclea,  responsáveis pela audição”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.

Pesquisa realizada pelo jornal da Associação Médica Americana constatou que 70% dos fumantes têm mais risco de desenvolver perda auditiva em comparação com os não fumantes. E ainda: quanto mais o individuo fumar, maiores são as chances de sofrer danos auditivos. O estudo também concluiu que pessoas não fumantes, que vivem com fumantes e estão expostas à fumaça do cigarro, têm quase duas vezes mais chances de desenvolver mais rapidamente a perda auditiva, já que o ar repleto de fumaça tem três vezes mais nicotina e monóxido de carbono.

“Junto com a nicotina, o fumante inala cerca de 2.500 substâncias lesivas ao organismo, entre elas, o monóxido de carbono (CO), um dos principais causadores do efeito ototóxico na audição, que reduz os níveis de oxigênio na cóclea. Os danos causados são irreversíveis, já que as células ciliadas da cóclea responsáveis pela audição, quando morrem, não se regeneram, resultando em perda auditiva”, explica a fonoaudióloga.

Outro estudo recente, publicado pela Oxford University Press, analisou os efeitos da nicotina e do tabaco em mais de 50.000 pessoas, ao longo de 8 anos. Foi observado um aumento de 1,2 a 1,6 de perda auditiva entre fumantes atuais em comparação com quem nunca fumou. Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, Huanhuan Hu, do Centro Nacional do Japão para Saúde e Medicina Global, há fortes evidências de que o tabagismo é fator de risco de perda auditiva. “Os resultados mostram que o vício de fumar é um fator real para a perda de audição e que é preciso controle severo no uso do tabaco", enfatiza.

E uma outra pesquisa, essa feita na Europa, também deixa um alerta. ”Para aproximadamente 20% da população fumante do Reino Unido  - e acima de 60% de alguns países - o fato de fumar pode representar uma causa significante de perda auditiva. Quanto mais cigarros a pessoa fuma e quanto mais tempo mantém o vício durante a vida maior o risco de prejuízos à audição”, explica o pesquisador Piers Dawes, do Centre of Human Communication and Deafness, da Universidade de Manchester (UK).

Aproximadamente 36,5 milhões de adultos nos Estados Unidos fumam e 16 milhões deles têm alguma doença relacionada ao cigarroNo Brasil, cerca de 18 milhões de adultos são fumantes.

“É importante ressaltar que o vício do tabagismo, além de provocar várias doenças, como propagado em campanhas antifumo, também aumenta os riscos de surdez. A perda de audição,  quando não tratada, traz muitos prejuízos, afetando a qualidade de vida, gerando isolamento, perda de amigos e até mesmo afastamento do trabalho. Por isso, ao menor sinal de dificuldade para ouvir, é importante procurar um médico otorrinolaringologista. Por meio de um exame chamado audiometria é possível verificar o grau de perda auditiva e iniciar  o tratamento. O uso de aparelho auditivo é em geral a melhor opção para o indivíduo voltar a ouvir”, conclui a fonoaudióloga da Telex.



Setembro Amarelo: Sete principais causas que as pessoas sinalizam antes de cometer o suicídio


Desde 2015, setembro se tornou o mês da conscientização do suicídio, um dos principais problemas de saúde pública no mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), no Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa atenta contra a própria vida e, pelos números oficiais fornecidos pela entidade, são cerca de 25 brasileiros mortos por dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio já tem taxa de mortalidade superior às vítimas de HIV.

Existem diversos fatores que desencadeiam esses episódios. Suas raízes ainda são profundas e muito estudadas pelos psiquiatras, e seus motivos diferem de indivíduo para indivíduo. Abaixo, estão algumas das principais causas e sinais que um suicida pode dar antes de tirar a própria vida:



Depressão e doenças mentais: indivíduos com esses quadros devem sempre receber uma atenção maior, pois é considerada uma doença silenciosa. É imprescindível que o diagnóstico seja feito o quanto antes;



Drogas: o uso de drogas ilícitas também pode desencadear o problema. Nos casos onde pessoas depressivas fazem o uso de álcool ou drogas, a vigilância deve ser redobrada, pois a combinação de ambos os fatores resulta no maior número de mortes no mundo inteiro;



Insatisfações: frases como: "eu quero sumir", "não aguento mais" e, principalmente, "eu queria morrer" podem ser um pedido de ajuda inconsciente. É necessário se atentar àqueles que externam seus sentimentos;



Adolescência: já conhecida por ser uma das fases mais atribuladas e difíceis da vida, a adolescência mascara muitos sinais de suicídio, que acabam sendo confundidos por amigos e familiares como um comportamento normal da idade. Devemos ter muito cuidado com esses jovens, oferecendo ajuda quando for preciso;



Mudanças: a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento, a mudança de casa ou trabalho, podem desestruturar um indivíduo e dar espaço a pensamentos negativos. Esses episódios podem gerar perda de interesse em atividades e eventos, levando a um quadro depressivo e ao possível suicídio;



Falsa melhora: Muitas pessoas que já tentaram o suicídio alegam ter melhorado para tranquilizar familiares e amigos a fim de diminuir suas preocupações e, enfim, poderem colocar em prática o ato. Cuidado redobrado!



O mito do suicídio: Uma das frases mais ouvidas por aí e de que um suicida não ameaça, e isso é um engano. Quem quer tirar a própria vida fala do ato e deixa sinais, sim.


É preciso falar sobre o assunto não só em setembro e sim durante todo o ano, de forma transparente, sem banalizar, julgar, condenar e opinar diante a essa situação. Se conhece alguém nessa situação, incentive-o a procurar um profissional especializado para que possa receber todo o suporte necessário.






Milene Rosenthal é co-fundadora da TelaVita, marketplace de saúde e psicóloga especializada em Terapia Cognitiva com certificações em Cybercounsellor pela Universidade de Toronto.


Posts mais acessados