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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Síndrome do Pensamento Acelerado: estímulos e informações em excesso esgotam mente e corpo

Para absorver todos os novos impulsos, o cérebro, já esgotado, acaba tomando para si a energia que deveria ser utilizada para o funcionamento de outros órgãos e músculos, resultando no desgaste físico


 

Identificada pelo psiquiatra e escritor Augusto Cury, a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) gera dificuldade em organizar os pensamentos, podendo saturar o córtex cerebral e resultar em uma mente hiper pensante (em busca permanente de informações e estímulos), agitada, impaciente, com bloqueio criativo e baixo nível de tolerância.

 

“Diariamente, ficamos expostos a uma quantidade enorme de estímulos, nos motivando a fazer várias tarefas simultaneamente. O problema é que o cérebro não está acostumado a receber tantos estímulos e a processar inúmeras informações de uma vez só. O resultado é o esgotamento mental, e para absorver todos os novos impulsos, o cérebro acaba tomando para si a energia que deveria ser utilizada para o funcionamento de outros órgãos e músculos, o que justifica o desgaste físico”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Segundo o Instituto Augusto Cury, a SPA atinge cerca de 80% da população brasileira. Mesmo sendo comum, a síndrome é pouco discutida. Muitas pessoas sofrem com os sintomas sem saberem que estão lidando com este problema de ordem psicológica, pois, ainda que não seja considerada uma doença, a SPA está relacionada a quadros de transtorno de ansiedade.

 

“As redes sociais, por exemplo, são responsáveis por diversos quadros de ansiedade, já que muitas pessoas passam o tempo todo checando notificações e mensagens. Além disso, dentro de um curto período na internet, o indivíduo absorve uma quantidade absurda de textos e imagens, fator que gera cansaço e esgotamento mental”, reforça Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea.


 

Sintomas


A SPA está associada ao fluxo intenso de pensamentos, ou seja, não há relação com o conteúdo deles, mas com a quantidade e a velocidade em que são produzidos pelo cérebro. Confira os principais sintomas de quem é acometido pela síndrome:

 

- Ansiedade


- Dificuldade de atenção e concentração


- Pensamentos distorcidos


- Prejuízos à memória, como lapsos


- Cansaço excessivo


- Dificuldade para pegar no sono


- Irritabilidade fácil


- Não conseguir descansar o suficiente e acordar cansado


- Inquietação


- Excesso de estímulos visuais e sonoros


- Sofrimento por antecipação


- Intolerância ao ser contrariado


- Mudança de humor repentina


- Insatisfação constante


- Sintomas psicossomáticos, como dor de cabeça, dor nos músculos, queda de cabelo e gastrite


 

Quem pode ter


Normalmente, a síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente atentas, produtivas e sob pressão. A SPA é muito comum em executivos, profissionais de saúde, escritores, professores e jornalistas, por exemplo.

 

“São pessoas que não conseguem parar um segundo sequer para evitar o comprometimento do trabalho, já que tudo acontece em um ritmo extremamente acelerado, com muitos projetos e pouco prazo de entrega. Nestes casos, a SPA acaba dificultando o desenvolvimento de capacidades, de criatividade, reflexão e memória, podendo prejudicar o rendimento do trabalho”, pondera a Dra. Cristiane Romano, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, e pós-graduada em Gestão e Estratégia de Marketing pela PUC-MG.

 

Cristiane aconselha evitar longas jornadas de trabalho. Para conseguir realizar as tarefas somente no horário do expediente, é preciso disciplina e organização. Outra dica é, ao invés de tirar um mês de férias, tirar 4 ou 5 dias de férias a cada 4 meses. “Dessa forma, você espaça seu tempo para descansar e desligar a mente”, diz Romano.


 

Atenção com as crianças


No entanto, a SPA não se limita ao âmbito profissional. Segundo Danielle Admoni, que também é psiquiatra da infância e adolescência na UNIFESP, qualquer pessoa pode desenvolver a síndrome.

 

“Crianças e adolescentes são bombardeados por informações a todo momento e submetidos ao excesso de tarefas, estímulos sociais e preocupações. Isso acaba por estressar e desgastar o cérebro, especialmente em se tratando de indivíduos em pleno desenvolvimento neuro psicomotor, cuja estrutura cerebral é afetada, provocando disfunção no sistema neurológico e endocrinológico, podendo gerar danos irreversíveis”, alerta a psiquiatra.

 

“Caso seu filho apresente quadro de ansiedade, dificuldade de concentração, falta de memória, irritabilidade, cansaço físico e mental, busque ajuda imediatamente, antes que o seu desenvolvimento intelectual possa ser comprometido”.


 

Tratamento


O diagnóstico da SPA deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. Pode ser com base nos sintomas e nos relatos sobre os hábitos cotidianos do paciente, como também por meio de um questionário específico que auxilia a identificar pontos que podem ter ficado de fora.

 

O psicólogo ajuda no entendimento dos pensamentos, dos sentimentos e dos comportamentos. Já o psiquiatra poderá entrar com medicações, caso seja necessário. “O importante é haver um acompanhamento multidisciplinar para descartar outras hipóteses e garantir o diagnóstico correto”, ressalta a psicóloga Flávia Teixeira.

 

Segundo ela, adotar mudanças de hábitos e rotina pode ajudar no tratamento da síndrome: praticar atividades físicas regularmente, dar pausas para descanso entre as tarefas do dia, limitar-se ao uso de redes sociais e de telas em geral, e passar a praticar um hobby ou alguma atividade que dê prazer, como pintar, ler, cozinhar, entre diversas outras opções que proporcionam o bem-estar que sua mente e seu corpo tanto precisam.


Inteligência artificial e sono, parceria inédita no Brasil para o tratamento da insônia

EMS e Vigilantes do Sono são pioneiros no oferecimento de terapia digital que vai além da venda de medicamentos e visam melhorar saúde e qualidade do sono


Em investimento inédito, a EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, firma parceria com a startup Vigilantes do Sono, indicando o uso da plataforma para o tratamento de pacientes com dificuldades para dormir. Com isso, a farmacêutica se torna a primeira do ramo a oferecer a terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I).

A metodologia utilizada pelo Vigilantes do Sono abrange técnicas cientificamente comprovadas, com resultados melhores para o tratamento do sono, que vão além da higiene do sono, que permite às pessoas aprenderem o relaxamento necessário para descansar durante a noite e dormir bem.

Para o diretor da unidade de prescrição da EMS, Joaquim Alves, a parceria é benéfica para a ampliação do diagnóstico e tratamento da insônia, agora de fácil acesso com o App, permitindo resultados ainda mais eficazes numa abordagem combinada com medicamentos e técnicas comportamentais. A meta é alcançar 10 mil médicos, que poderão usar a tecnologia por quatro meses gratuitamente com seus pacientes.

Estudos apontam que a Terapia combinada (Terapia Medicamentosa + Terapia Comportamental) é a melhor abordagem possível para melhoria do sono e remissão da insônia. Recentemente foi publicado um artigo japonês na Revista "Sleep Medicine" de referência internacional, que evidenciou estatisticamente que a utilização dessa terapia comportamental em pacientes que já faziam uso de Drogas Z (indutores do sono) além de aumentar a satisfação durante o tratamento tiveram também uma melhoria ainda mais significativa na qualidade de sono.

O Vigilantes do Sono é o primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil. A tecnologia alia Ciência Comportamental e Inteligência Artificial (AI), utilizando um ChatBot para interagir com os usuários. O programa é considerado padrão ouro de tratamento pelos principais consensos de sono pela sua alta eficácia e comprovação científica.

O programa é composto por até 50 sessões, onde 4 em cada 5 pessoas que as completam, melhoram o sono. É comprovado que o paciente pega no sono 50% mais rápido e acorda 60% menos durante a noite.

Segundo o fundador do Vigilantes do Sono, Lucas Baraças, a parceria é de extrema importância, uma vez que a indústria de medicamentos busca um caminho alternativo para o tratamento de quem passa a noite em vigília. "Essa é uma parceria inédita e que trará bons resultados para os dois lados. Vemos a parceria com a EMS como algo inovador, mostrando que a empresa está aberta a buscar novos caminhos para prover a melhoria na saúde dos brasileiros".

O programa no formato digital traz algumas novidades para profissionais de saúde. Através da ferramenta do Vigilantes do Sono, os médicos podem oferecer uma terapia com telemonitoramento do sono aos seus pacientes, ganhando tempo e enriquecendo as consultas, com acolhimento além do horário da consulta.

O projeto conta com o apoio de algumas referências em sono no Brasil, como a Dra. Cristina Salles (otorrinolaringologista - Médica do sono), Dra. Helena Hachul (ginecologista - Pesquisadora do sono), Dr. Caio Bonadio (psiquiatra - Especialista em sono) e suporte de médicos parceiros em todo o território nacional em prol de difundir os bons hábitos de sono. Segundo a Dra. Helena Hachul, este projeto é de grande importância, pelo potencial de impacto social no cuidado do sono e saúde da população ao oferecer uma alternativa mais acessível para todos os brasileiros.

 


Vigilantes do Sono

https://www.vigilantesdosono.com/

 

EMS

https://www.ems.com.br


Por que meu filho não me obedece?

Entre tantas noções sobre o que é certo e errado na postura dos pais em relação aos filhos, criamos uma espécie de senso comum de que precisamos ter “controle” sobre o comportamento das crianças. Ao longo do tempo, isso se “resolvia” por meio de punições e castigos físicos. Disciplina era sinônimo de punição física. Foi assim também que, no passado, os pais colocavam crianças para trabalhar por longas jornadas em minas de carvão, em fábricas ou em roças de algodão, embora vejamos isso, hoje, como uma barbaridade (e é!). Parece distante e sem sentido, mas até 1970, no Brasil, utilizava-se de palmatória para “ensinar” uma criança.

Hoje, a ideia de castigos físicos, palmadas e punições está superada. Mas é difícil abrir mão da lógica que orientava esse tipo de postura: a ideia de controlar os filhos.

Eu era um adolescente de 13 anos quando o cinto de segurança se tornou obrigatório no Brasil, em 1994. Ainda recordo de adultos com imensa dificuldade em usar o cinto porque não entendiam seu sentido. O que ocorre com a educação dos filhos é semelhante ao motorista cinquentão que tem a informação de que os cintos reduzem em 40% as colisões fatais e em 60% os traumatismos, mas não consegue fazer uso rotineiro, automático e natural.

Ou seja, o que nossos pais viveram, o que nós vivemos na infância e tudo que aprendemos em nosso ambiente social está relacionado com a nossa percepção sobre a infância e sobre a criação de filhos. Isso tudo criou os conceitos e as verdades em que acreditamos. E explica muitas das dificuldades que você vive hoje. Antes de tentarmos mudar o comportamento das crianças, precisamos mudar a nós mesmos.

Existe muita informação, muito conhecimento, muita pesquisa, descobertas da ciência sobre a infância e sobre a educação de filhos a que nossos pais não tiveram acesso, e que não podemos aprender pelos meios convencionais. Só conseguiremos aprender o novo se desaprendermos algumas ideias e jeitos que fomos assimilando sem perceber, ao longo dos anos.

O mais difícil desses conceitos que você deve abandonar está relacionado à autoridade: entender que os filhos não precisam obedecer aos pais. Essa ideia de obediência irrestrita cria uma hierarquia vertical; é a principal causa de desestruturação de inúmeras famílias e um dos motivos de relacionamentos com pouco diálogo, adolescentes revoltados e pais altamente estressados.

Essa maneira de se relacionar com os filhos estabelece a noção equivocada de que filhos que não obedecem são “malcriados”. Cria culpa nos pais por situações que as crianças vivem na infância que são resultado de comportamentos naturais, típicos, que toda a criança vive, como as célebres birras.

A ideia de que pais estão em uma hierarquia superior deu origem também à seguinte preocupação, que assombra muitas famílias: será que sou muito permissivo, será que sou muito autoritário?

Essa nova forma de pensar a educação e a criação dos filhos embute um conceito importante para substituir a obediência pelo relacionamento. Tudo que envolve uma criação positiva de filhos, menos estressante para todos, passa pela construção de relacionamentos saudáveis e atenciosos. Não significa que você precisa ficar brincando com seu filho o dia todo ou atender tudo o que ele quer. Relacionamento significa olhar para a criança e entender que ela tem necessidades semelhantes as suas, tem desejos, vontades, fragilidades, interesses e capacidades diferentes.

E nosso desafio é conseguir orquestrar isso tudo de forma que não prejudiquemos seu desenvolvimento e não prejudiquemos também a nossa saúde mental. Criar filhos não é algo fácil – é a maior aventura da vida. Seremos responsáveis e sofremos os impactos de seus destinos e escolhas ao longo de nossa vida também. Essas orientações ajudarão você a conseguir uma relação com mais empatia, entendimentos e colaboração no dia a dia. E, no futuro, relações saudáveis, próximas, e uma família convivendo em equilíbrio e harmonia.

 

 

Marcio André Bosse - psicólogo, especialista em desenvolvimento infantil (Instagram: @papaimarcio)

www.papaimarcio.com.br


RELACIONAMENTOS, PESSOALIDADES

Indivíduo: “o ser humano considerado isoladamente na comunidade de que faz parte; cidadão” (Houaiss). Isso é uma invenção da burguesia. O indivíduo, nesse sentido, como ente destacado da indistinção, é uma criação da Revolução Francesa. O sujeito de direitos, ou com direitos, pela tão só condição de estar no mundo, é uma construção intelectual do Iluminismo. Antes, em não sendo nobre nem clérigo, uma pessoa não era um sujeito; era vassalo, plebeu, um nada, um ninguém.

Qual a condição para ser sujeito? Além das afirmações de direitos, que vêm certificando com essa qualidade pessoas que não eram assim consideradas, sujeito, nas relações cotidianas, é o indivíduo com determinação sobre si, responsável e responsabilizável por seus atos. Ou seja, sujeito é o corpo com capacidade de pensar e de se determinar conforme seu pensamento. Se um corpo não tem capacidade de autodeterminar-se, não pode assumir compromissos, não responde por seus gestos. Onde há um sujeito, pois, há deliberação, há vontade.


Os burgueses, quando inventaram e afirmaram a individualidade, fizeram-no para opô-la aos nobres e ao clero. Hoje, com mais ou menos consciência disso, já nascemos indivíduos com uma lista de direitos, o que torna difícil compreender a nossa condição de objeto das condições sociais. É de se registrar que os burgueses iluministas foram traídos pela burguesia positivista e se estabeleceu outra ordem conservadora, com uma hierarquia social que releva a disposição do dinheiro; não obstante, restou um bom avanço.


Um desdobramento da individualidade foi a privacidade. A vida privada é a resguardada da vida pública. Associa-se vida privada à vida íntima, contudo, há uma diferença importante. A vida privada é aquela em que o Estado ou os governos não se devem meter; é aquela esfera da vida cidadã que não deve ser governada, sobre a qual deve incidir o mínimo de especificações legais. Já a vida íntima é o meu mínimo individual, no sentido de absolutamente particular, indevassável.


Nesse espaço meu que só a mim pertence nem mesmo outros indivíduos privados, ainda que de minha relação próxima ou mesmo afetiva, se deveriam imiscuir. Mas creio que a reserva da intimidade, ainda que seja coisa sobre a qual muito se fala, tem sido aviltada. As pessoas não se conservam o seu mínimo íntimo e não se furtam de invadir o âmago existencial de outrem.


Amiga minha, por suas queixas, seria vítima de um casamento machista típico. Mas, vista a coisa com olhos de querer ver, não era bem assim, ou isso não dizia tudo. É verdade que o marido exercitava bisbilhotices: controlava o hodômetro do carro, o celular, o combustível, o perfume, o GPS, o cheiro da calcinha, o lixo do banheiro; usava aplicativos cibernéticos e não descuidava das fofocas. Fazia o que podia (na verdade, não podia; ninguém pode).


Bem, mas, e daí? A mulher seria vítima disso? Nesse caso específico, mais ou menos. Primeiro, ela era bem instruída, trabalhava e tinha renda suficiente para viver com dignidade sem o marido; segundo, filhos não eram empecilho à sua liberdade; terceiro, o que tristemente importa: ela fazia a mesma coisa que o marido, ou pelo menos tentava: xeretava tudo da vida dele, e não era “retribuição”, era exercício de controle “independente”. Como ele, ela pretextava cuidados de amor.


Claro, o marido levava os benefícios de ser “macho” em uma sociedade machista. Então, dados os hábitos dominantes, ele tinha bastante vantagem relativa. Mas, estranhamente, a mulher não se rebelava contra o estado de coisas em si. Ela só lamentava não dispor de igual poder controlador. Despudoradamente, dizia que fazia o mesmo e, se pudesse, faria mais; também e igualmente, escarafunchava coisas e movimentos do marido.


Eis um ambiente compartilhado de invasão de intimidade. Esse casal tem cidadania, tem privacidade, mas cada parte sofre invasão de intimidade pela outra. Tem meios, tem esclarecimento, tem, enfim, condições de abdicar do que faz, mas nunca esteve em pauta revogar o fazê-lo. É como se houvesse um acordo canalha em que as partes se reconhecem na sua canalhice: sabem a indignidade em que vivem, vivem em acordo tácito a vida indigna.


A vida civilizada pede o conceito de pessoalidade. É imperativo que haja um conjunto de qualidades e de condições de viver que defina o humano além do macaco evoluído em bando. Um humano que meramente cumpre os costumes que o encerram é um humano como espécie, mas é pouco humano como cultura. Prender-se como escolha em pequenezes não é existencialmente humano.


Anoto que estou falando de quem pode fazê-lo. Quero, todavia, eu mesmo controverter o que digo. O feminismo não pode ser reduzido a uma noção individualista de empoderamento: “É importante que mulheres sejam financeira e emocionalmente independentes? Com certeza. Mas, considerando que esse estilo de vida é completamente inacessível para a maior parte das mulheres, nem contribui para que se torne acessível, não traz bem coletivo nenhum.


O empoderamento individual ainda não representa uma mudança concreta na violência doméstica e sexual que as mulheres sofrem enquanto grupo (apesar da ‘moda’ do feminismo de mercado, há índices assustadores de agressões a mulheres e o Brasil é destaque em feminicídio); não nos livra de ter os empregos e subempregos menos valorizados; não põe fim à tripla jornada de trabalho; nem, no caso das mulheres negras, faz com que elas deixem de viver em condições mais precárias do que todo o resto da população.


Essas são questões que não se resolvem quando decidimos que queremos ser donas das próprias bucetas ou afirmamos que ninguém manda em nós. São problemas sociais e políticos complexos que só podem ser enfrentados com luta política contínua, dentro e fora das instituições de poder. É isso que o feminismo representa: um movimento antissistêmico. Ou, pelo menos, é o que deveria representar” (Como o Feminismo de Mercado Engana Você, Bruna de Lara, The Intercept Brasil, 15jan19).


A questão é mesmo estrutural. Mas estruturas movem-se, ou são movidas. “A construção de um mundo de todos, mais livre e mais igual, não ocorrerá sem a construção de um mundo de cada um, que diga alguma coisa aos interesses concretos [...] Inobstante o ‘um’ depender do ‘todos’, cabe seleção do que vai ser utilizado para alicerce de si próprio, e exibir os resultados, influenciando pessoas próximas, na tentativa de desencadear processos que levem a formas de viver a vida e vê-la vivida que possam ser nomeadas democracia” (Léo Rosa de Andrade, Liberdade Privada e Ideologia, Acadêmica, 1993).

 

Na Tradição Ocidental não há humanidade como vida culturalmente construída sem privacidade e intimidade (um mínimo pessoal). A humanização dos humanos não adveio da repetição de maus hábitos, mas da invenção de modos inteligentes e dignos de viver. Nesta quadra em que as mulheres marcam sua independência, certos comportamentos não se autorizam mais. Restos de machismo, doenças da paixão, o que sejam, algumas atitudes, por quem pode fazê-lo, devem ser remetidas ao lixo da História.

 

 



Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


5 erros comuns que brasileiros cometem ao falar inglês

Dominar um outro idioma pode ser uma tarefa árdua e, ao longo desse processo de aprendizagem e consolidação, erros recorrentes acabam surgindo no caminho de quem busca a fluência. Embora esses equívocos sejam bastante comuns e façam parte do processo natural de aprendizado, é importante ter em mente a origem dos erros para conseguir monitorá-los com mais facilidade. 

De acordo com o assessor de conteúdo do PES English, Esrom Adriano Freitas Irala, uma das principais causas de pequenos (e até grandes) equívocos nesses casos é a interferência que a língua mãe exerce sobre quem está tentando falar uma outra língua que não seja a nativa. "A língua mãe serve como base para o nosso pensamento, como uma âncora para aprendizagem de uma segunda, terceira ou quantas línguas forem. Principalmente no início, ela pode interferir na aquisição de outra língua e, em alguns casos, ela bloqueia a comunicação. Se eu não consigo comunicar a minha mensagem por causa de uma interferência da minha língua mãe, a língua adicional não cumpre sua função, que é comunicar", explica Freitas.

Como exemplo, o especialista cita alguns dos principais erros que podem ocorrer na comunicação em inglês por interferência do português:


Tradução literal

Esse é o tipo de equívoco que pode trazer problemas na comunicação e levar a muitas situações cômicas numa comunicação real. Por exemplo: um calouro brasileiro em uma universidade americana, em seu primeiro dia por lá, está interagindo com seus colegas pela primeira vez e uma das perguntas é sobre a idade deles. O calouro brasileiro pergunta em tradução literal do português para o inglês: "How many years do you have?" (Quantos anos você tem?). Um dos colegas responde, meio sem entender: "Two!". Em inglês não se utiliza essa construção de frase para perguntar a idade de alguém. O certo é "How old are you?" Em uma tradução literal seria como perguntar: “Quão velho você é?”. Logo, o que o colega americano provavelmente entendeu quando o calouro fez a pergunta "How many years do you have?" foi “Quantas orelhas você tem?” e, de pronto, ele respondeu: “Duas”. Years (anos) e Ears (orelhas) não têm exatamente a mesma pronúncia, mas são bastante semelhantes e por isso, nesse contexto, é possível a confusão. Essa é a armadilha da tradução literal de expressões, frases e perguntas do português para o inglês, pois, muitas vezes, a maneira de dizer a mesma coisa é diferente! "É importante ficar atento às diferentes maneiras de dizer a mesma coisa em português e em inglês. Deve-se procurar anotar essas diferenças sempre que elas aparecerem, pois assim fica mais fácil para internalizar e evitar esse erro no futuro", aconselha o especialista. 


Estrutura da língua

Essa é uma continuação do item anterior, porém menos danosa à comunicação, não causando maiores problemas de entendimento. Muitas vezes, falantes do português costumam omitir o sujeito da frase em frases como “Está um dia maravilhoso!”, “Está chovendo hoje.” Na verdade, em português, essa é uma típica oração sem sujeito, ou seja, ela possui um verbo impessoal, que não se refere a nenhuma pessoa. Em inglês é diferente. É preciso sempre usar o sujeito. A mesma frase seria dita assim: "It’s  a wonderful day!". O It é parte obrigatória da estrutura da frase, não estando correto dizer somente "Is a wonderful day!" ou "Is raining". Isso afeta a comunicação e compreensão? Não. Mas é um equívoco causado por uma interferência do português.


Pronúncia

Esse é o tipo de erro que pode muitas vezes causar grandes problemas de comunicação. Em primeiro lugar, vale esclarecer que problemas com pronúncia são diferentes de dificuldades com sotaque. "O sotaque todo mundo tem e não há nenhum problema nisso. Como falantes do português, temos o nosso sotaque característico e isso não importa – desde que saibamos pronunciar corretamente e sejamos compreendidos", destaca Freitas. Mas e se a pronúncia ou entonação erradas levarem a um problema na compreensão da mensagem? Por exemplo: um brasileiro entra em uma cafeteria, em Londres, vai até o balcão e pede: "Cough, please!". A pessoa do outro lado do balcão, levando em tom de brincadeira, olha e... tosse! O brasileiro não entende e pede novamente: "Cough, please!". E a pessoa tosse novamente. Na verdade, a palavra cough (/kɒf/), que significa “tossir, tosse”, tem uma pronúncia semelhante à palavra coffee (/ˈkɑː.fi/), que significa café, e tal detalhe não foi percebido pelo falante de português, mas é algo completamente diferente aos ouvidos de um falante nativo de Inglês.

"A pronúncia equivocada de sons, entonações, sílabas tônicas, mesmo que não seja por interferência direta da língua portuguesa, muitas vezes pode interferir na comunicação. Mais importante que o sotaque é a entonação e a sílaba tônica das palavras. Preste atenção a isso", alerta.


Falsos cognatos (ou falsos amigos)

Também chamados de “falsos amigos”, os falsos cognatos são palavras em inglês que possuem semelhança, fonética ou ortográfica, com um termo da língua portuguesa. E, por conta da semelhança, muitas vezes acabam confundindo os falantes de língua portuguesa, que acham que estão dizendo uma coisa e, na verdade, estão dizendo outra. Exemplo: a palavra exquisite, ao contrário do que possa parecer, não significa “esquisito” e, sim, “delicioso”. A pessoa deve ter cuidado ao usar esse adjetivo em inglês porque, em vez de criticar, como poderia ser a intenção, ela pode, sem saber, acabar fazendo um elogio. Nem tudo que parece é! "Para evitar equívocos como esse, a dica é assistir a muitos filmes, séries e ler muito em inglês para, aos poucos, internalizar os diferentes significados das palavras cognatas em seu contexto", aconselha Freitas.


Empréstimos de palavras do inglês para o português

Existem muitas palavras em inglês que, no dia a dia, são utilizadas nas interações em português. A frase “Você viu aquele outdoor da nova Ferrari? Ela é linda!” provavelmente será compreendida por todos os brasileiros. Já um falante de inglês nativo pode achar estranho. Isso porque o brasileiro “empresta” a palavra outdoor do Inglês e dá a ela uma nova roupagem. Em inglês americano, o mais comum seria dizer: "Did you see that Ferrari billboard? It’s gorgeous!". Os americanos usam a palavra outdoor para dizer “ao ar livre”, “fora de casa”. Por exemplo, outdoor activities (atividades ao ar livre). A mesma confusão pode acontecer com palavras como no-break (em inglês é chamado UPS - Uninterruptible Power Supply), chip (em inglês é SIM Card) e pen drive (em inglês é flashdrive).

"Esses empréstimos de palavras funcionam bem aqui no Brasil, quando falamos a nossa língua, mas podem causar confusão quando utilizados na língua inglesa. Portanto, desconfie do uso de algumas palavras em inglês no meio de frases em português. Para nós, brasileiros, pode parecer claro, mas muitas vezes essa palavra pode não ser a mesma que utilizaremos no mesmo contexto se estivermos falando em inglês", acrescenta.

 


PES English


Como a obesidade está relacionada com problemas emocionais?

 Entenda porque a gordura pode ser uma forma de proteção do corpo

 

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade é um dos problemas de saúde mais graves que a população em geral enfrenta. Segundo a mesma fonte, a obesidade, até 2025, deve afetar mais de 700 milhões de pessoas pelo mundo. No Brasil, 19,8% da população sofre desse problema.

Segundo a fisioterapeuta e especialista em medicina integrativa, Ana Peixoto, “a obesidade é um problema de saúde comum porque as suas causas afetam muitas pessoas”. Desse modo, muito além do simples fato de ingerir mais calorias do que se utiliza por dia, as pessoas obesas, têm, em sua maioria, causas comuns que originam o problema.

Dentro do estudo das 5 Leis Biológicas, teoria criada pelo médico alemão Dr. Hamer, a maneira como vivemos determinadas situações impactam diretamente nas nossas dores e problemas físicos. “Com a obesidade, não é diferente”, afirma a especialista em emoções e patologias. “Colocamos gordura onde precisamos proteger”. A gordura está relacionada à necessidade de proteção, ao quanto a pessoa se sente julgada, bem como aos medos que ela tem de faltar algo como comida, amor, reconhecimento.

Engordamos também quando sentimos que não tivemos o valor que gostaríamos de ter tido para o outro. Desse modo, esse sentimento de ser menosprezado e não ganhar a valorização que merece, é, muitas vezes, expressado pela gordura corporal, que gera a obesidade.

Na carência e no medo da falta acontece a mesma coisa. Pessoas com pais ausentes ou que vivem em famílias que não têm grandes vínculos afetivos, tendem a buscar esse vazio na comida. “Essa falta de amor, de carinho, de calor humano e de afeto, pode facilmente se desenvolver em forma de obesidade”, explica a especialista.

Como ela disse, a gordura surge como forma de “proteger” de toques indesejados, de julgamentos e até pela necessidade de proteger alguém, quando a gordura se concentra mais na barriga. Ana afirma que “pessoas que apanharam muito na infância podem desenvolver uma gordura localizada onde sofria as agressões como forma de proteger o local de futuras dores”. Não só crianças, contudo, pessoas adultas que também tiveram contato com algum tipo de violência ou vulnerabilidade física, tendem a desenvolver gordura nesse local de dor. Em mulheres que tiveram algum relacionamento abusivo e violento com relação à sexualidade, a gordura tende a aparecer em forma de culote.

“A gordura, assim como todas as nossas patologias está ligada aos nossos problemas emocionais”, alerta a fisioterapeuta. Desse modo, mais do que apenas tratar o resultado que foi manifestado pelos problemas, é importante também ficar atento às verdadeiras causas do problema, para que ele seja erradicado totalmente.

 


Ana Peixoto – Fisioterapeuta. Terapeuta especialista em medicina germânica. Idealizadora das técnicas de Reprogramação Bio-muscular e Anatomia Emocional

@anapeixoto.oficial

https://anapeixoto.com.br/


Não, não é a plena igualdade o que todos nós precisamos

 

Conte-me mais sobre você. Qual a sua cor favorita? Qual o gênero musical mais legal do mundo, na sua opinião? Você gosta de cinema? Qual seu filme favorito? Junto com as diferentes respostas para cada uma dessas perguntas, vai existir desigualdade até mesmo nas nossas opiniões sobre quais são as causas da desigualdade. Mas uma das maiores falácias é aquela que trata de temas como esse. Algumas pessoas batem no peito, defendendo que todos devem ser tratados com igualdade, mas muitos ainda não pararam para pensar do que se trata "falar de igualdade".

Tratar a todos com igualdade, no sentido de justiça, pressupõe que as pessoas que irão fazer essa prova estão em condição de igualdade. A questão é que as diferenças entre as pessoas vão sempre existir. Essas diferenças podem ser biológicas, sociais, culturais ou históricas e são uma parte muito rica da nossa sociedade. Mas o fato de os indivíduos serem diferentes não implica que deva haver desigualdade. Essa é uma questão ética e, portanto, cabe à sociedade decidir como resolvê-la.

Mas quando estamos falando de redução da desigualdade, não estamos pensando em uma sociedade feita de pessoas iguais, nem mesmo em termos de renda e riqueza. Estamos falando de equidade. A ideia por trás desse conceito é a proposição de direitos diferentes de modo a buscar a correção da desigualdade de oportunidades observada na sociedade. Essa desigualdade de oportunidades pode se dar a partir das desigualdades de renda, de riqueza ou por outros motivos como discriminações por causa do gênero, cor da pele ou classe social.

É por meio da equidade que se atinge a justiça social, proporcionando resultados iguais para pessoas diferentes. E só atingimos essa meta tratando os diferentes de maneira diferente. Na prática, a equidade pode ser alcançada por meio de ações afirmativas ou, também chamadas, políticas compensatórias. O objetivo é eliminar a exclusão social, cultural e social de modo que, se a vida fosse uma corrida, todos partissem do mesmo ponto de largada.

Mas o que poderia ser feito para resolver o problema da desigualdade? Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2016) a erradicação da fome no mundo custa cerca de US$ 267 bilhões de dólares por ano, durante quinze anos de investimento em áreas rurais e urbanas e em proteção social. A riqueza concentrada das 2.189 pessoas mais ricas do mundo, segundo dados do PwC e UBS Group AG, bateu seu valor recorde, em julho de 2020: US$ 10,2 trilhões. Somando os quinze anos de investimento, necessários para se acabar com a fome no mundo, o valor total é de US$ 4 trilhões. Ou seja, a renda das 2.189 pessoas mais ricas do planeta seria suficiente para resolver o problema da fome duas vezes e ainda sobraria dinheiro.

Alguns poderiam levantar a questão da legitimidade de nos contrapormos a um dos valores fundamentais do capitalismo, a propriedade privada, em nome da justiça social. Mas pouco se fala da legitimidade de pessoas nascerem bilionárias, sem qualquer aspecto meritocrático, ainda que a meritocracia seja um dos valores mais defendidos pela sociedade neoliberal e democrática.

 


Walcir Soares da Silva Junior

 

 

*Este artigo é parte do livro recém publicado “Mill Sentidos da Vida: um café com futuros economistas" pelo professor Walcir Soares Junior (Dabliu), doutor em Desenvolvimento Econômico com foco em políticas públicas educacionais e professor de Economia na Universidade Positivo.


Sedentarismo: como combatê-lo?

 Educador físico, membro da Doctoralia, fala sobre necessidade de praticar atividades físicas e dá dicas para começar a movimentar o corpo


O início dos Jogos Olímpicos de Tóquio se tornou o foco de parte da população que adora acompanhar as competições de diferentes categorias esportivas. Entretanto, o assunto chama atenção para outro tema bastante relevante: o sedentarismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 25% dos adultos em todo o mundo são sedentários e, entre os adolescentes, essa taxa piora, chegando a 81% de jovens que não praticam exercícios.

Porém, a prática de atividade física é essencial e, além dos benefícios que oferece em qualquer tempo, tanto para a saúde física quanto mental, ela é especialmente importante neste momento, devido a pandemia da Covid-19.

"De acordo com os dados divulgados pela OMS, mais de 5 milhões de pessoas morrem anualmente em razão do sedentarismo. Por isso, em tempos de pandemia e UTIs lotadas, os exercícios físicos são de extrema importância para combater tanto a Covid-19, quanto o sedentarismo", alerta o educador físico e membro da Doctoralia , Werico Rodrigues .

Além disso, a longo prazo, a prática frequente diminui os riscos de desenvolver diversas doenças, que vão da gripe ao câncer, passando por diabetes, hipertensão, depressão e doenças articulares. As atividades físicas rotineiras também deixam o corpo mais saudável, ou seja: elas resultam na melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, além da redução do risco de queda e de fratura de quadril e vertebral.


E como começar?

Werico explica que para aqueles que desejam iniciar do zero, sem experiência prévia na prática de atividade física, a melhor coisa a se fazer é buscar por um profissional de educação física para ter um atendimento personalizado. "Provavelmente, ele irá te orientar de forma individualizada, considerando sua realidade e condição física, o que é bastante importante", detalha. No entanto, para aqueles que não possuem problemas de saúde e buscam começar aos poucos, uma caminhada leve, de meia hora, é o suficiente para o início de uma rotina mais ativa.

"A melhora na qualidade de vida e na saúde começa com pequenos passos. Se achar necessário, busque por um profissional que possa te orientar, mas outra opção interessante é investir em caminhadas ou passeios de bicicleta, por exemplo. Dessa forma, estará ao ar livre, fazendo algo leve e até mesmo divertido, que também pode ser uma oportunidade para relaxar e espairecer a mente", completa.


Alongue-se!

O alongamento geralmente está relacionado ao início ou ao final de algum exercício, isso porque essa práticaprepara a musculatura para determinada ação que irá ocorrer e, também, pode ser utilizada como um trabalho de resfriamento para acalmar o corpo. Trata-se de uma atividade física que tem como objetivo aumentar a amplitude articular, então não deixe de incluí-la pelo menos antes de iniciar algum exercício!

Além disso, o alongamento também pode ser o exercício principal da sua rotina, sabia? "Pessoas com dores articulares no quadril, por exemplo, ou até mesmo com dores na lombar, podem aderir a prática como atividade diária, uma vez que o exercício promove a sensação de alívio, trabalhando a mobilidade e fazendo com que as dores sejam menos intensas", explica Werico.


Foque na constância

Há quem diga que é necessário praticar exercícios todos os dias para ter uma vida realmente saudável, mas, todos sabem que, entre a correria do trabalho e a vida pessoal, nem sempre sobra espaço para a prática diária. Segundo a OMS, o ideal é que se pratique atividades físicas no mínimo três vezes por semana, dando preferência para os exercícios aeróbicos e neuromusculares. "Tente definir um horário no dia que será destinado ao exercício físico escolhido, mantendo a constância de pelo menos três vezes na semana. Caso não consiga ir no dia X, tente repor no dia seguinte e assim por diante. O importante é não desanimar!", completa o educador físico.



Doctoralia


A caridade do autoconhecimento

 Você sabe mesmo qual a melhor forma de caridade?

 

A caridade é uma virtude muito prestigiada por todos. Isso porque, uma pessoa caridosa entende que o poder que ela tem na sua vida pode ser usado para ajudar o próximo, de uma maneira que tanto ela, como centro da sua vivência, como o outro podem aproveitar as belezas que a vida oferece. Ser caridoso, entretanto, não é apenas doar algumas roupas ou alimentos em determinadas épocas do ano.

Segundo o assessor de autoconhecimento , João Gonsalves, a melhor das caridades é aquela que “estimula a independência de consciência da pessoa”. Em outras palavras, uma caridade efetiva e que se torna mais do que apenas um ato isolado, mas sim algo duradouro e que muda a vida da pessoa, acontece somente por meio da propagação do conhecimento, a saber, o autoconhecimento.

Ser caridoso é mais do que apenas dividir, mas sim oportunizar formas da pessoa poder viver da melhor forma possível. Por isso, por meio da autosofia, técnica de autoconhecimento desenvolvida por João Gonsalves, as pessoas têm acesso a um mundo, até então desconhecido, que permite uma maior compreensão sobre a vida, a realidade e sobre as suas decisões e atitudes.

“A autosofia emancipa as pessoas, de modo a torná-las donas da própria vida”, afirma o criador da técnica. Desse modo, mais do que apenas uma caridade momentânea, propagar essa técnica e fazer as pessoas reconhecerem que são elas que criam a sua realidade, é fazer com que ela tenha a possibilidade de uma vida toda de felicidade e plenitude.
Com anos de estudo intensivo, o assessor de autoconhecimento conseguiu entender que “a caridade é uma dádiva que utilizamos e que pode transformar vidas”. Assim, mostrar ao mundo que eles também podem ser donos das suas próprias realidades é algo possível de executar e que causa um resultado positivo enorme na vida do presenteado.

 


João Gonsalves - Terapeuta e assessor de Autoconhecimento

E-mail: joaodedeusjd@uol.com.br

www.joaogonsalves.com.br

Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo

 

10 dicas para meditar melhor

Se você já medita há algum tempo e deseja aproveitar melhor a sua prática meditativa, siga as dicas a seguir:

1. Prepare o local escolhido para a prática como se fosse receber uma visita muito especial: VOCÊ! Deixe o local limpo e organizado.

2. Utilize velas, incensos ou aromaterapia, conforme a sua preferência e intenções.

3. A escolha da trilha sonora pode ser um elemento de conexão que facilita a introspecção para quem está começando. Escolha um mantra, frequência, música clássica, algo que eleve a sua vibração na intenção da prática que está se dispondo realizar. Porém, meditar em silêncio é totalmente possível e bem-vindo nestes momentos de contemplação interna.

4. Utilizar uma iluminação branda e indireta auxiliará você a criar uma atmosfera propícia para a prática meditativa. Tornando assim, o ambiente mais acolhedor para o seu relaxamento.

5. Lance mão da Cromoterapia com Lâmpadas LED RGB. Precisa tonificar algum chakra? Utilize a cor correspondente à ele.

6. Em dias ensolarados, deixe o ambiente respirar. Nos dias frios, se aqueça! Trate a você e o seu corpo com absoluto carinho. O corpo ficará feliz e mais disposto à vivência meditativa escolhida para o dia de hoje. Este é um momento especial e, tudo o que puder proporcionar para que a sua mente flua sem que o seu corpo sinta dores ou desconfortos, melhor!

7. Deixe um copo de água por perto. Ou faça um chá de sua preferência nos dias frios.

8. Caso esteja utilizando o som do seu celular para tocar a música escolhida, acione a função "não perturbe" e deixe o seu aparelho no modo "silencioso". Hidrate-se após à prática.

9. Retome suas atividades após uns 5 minutos em Savasana ou simplesmente, vire de lado e descanse.

10. Sempre que for meditar lembre-se: Você é o grande amor da sua vida. Priorize-se! A sua saúde física e mental agradecem.

Desejo ter sido uma contribuição positiva em suas meditações. Gostou? Gratidão!

 

 

Gracce Dorta - terapeuta integrativa, ativista do amor, desadestradora de padrões e especialista em felicidade e bem-estar corporativos.


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