Pesquisar no Blog

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Desmitificando a cultura mulçumana ... o que é permitido ou proibido?

A comunidade muçulmana aumenta ano após ano. De acordo com o Instituto Americano Pew Research Center, atualmente, há cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos no mundo, sendo a Indonésia o país que mais abriga essa população, hospedando hoje cerca de 230 milhões de mulçumanos. Mas, apesar de a Indonésia estar longe do Brasil não é preciso ir lá para conhecer a cultura da religião.

No Brasil, o último censo do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou 35 mil muçulmanos vivendo no país e toda esta população segue os preceitos da religião à risca, mesmo estando longe de suas origens religiosas. Dentre as regras, há o consumo de produtos “halal”, que significa lícito em árabe e são comercializados de acordo com as regras de Deus escrita no Alcorão, ou seja, seguem 100% todas as normas da jurisprudência islâmica para consumo dos muçulmanos. Para saber se o produto segue estas regras, a empresa precisa estar certificada e levar na embalagem o selo halal.

Para entender melhor a cultura mulçumana e sobre a certificação halal, os brasileiros podem seguir influenciadores digitais como Carima Orra no Instagram. A jovem usa a rede social para conscientizar sobre a religião e mostrar o dia a dia da mulher mulçumana.

Para começar, vamos entender um pouco mais sobre a origem. O islamismo é governado pela Sharia, um código de conduta que engloba regras sobre as práticas religiosas e o que é ou não é permitido no comportamento do muçulmano.


Uso do lenço pelas mulheres

 

Influencer Carima Orra

Na maioria dos países árabes, como Afeganistão, Irã e Arábia Saudita, é obrigatório a utilização do abaya (longo manto preto) e do niqab (véu que cobre todo o rosto) que juntas cobrem todo o corpo e deixa, apenas uma abertura para os olhos.


De quem é a responsabilidade num casamento?

De acordo com o código de conduta, o homem deve prover o sustento da família e a mulher deve se ocupar com os afazeres da casa e cuidar da vida familiar, inclusive da educação dos filhos. Ela pode trabalhar, se quiser, mas desde que não interfira no bem-estar de seu casamento.


Casamento

É verdade que eles se casam entre a comunidade. Muitos muçulmanos buscam mulheres que conheçam para que o casamento dê certo. É a família do homem (noivo) que busca uma moça ideal para seu casamento. O casal só pode sair a sós e se tocar depois de realizado o casamento religioso, antes disso, somente conversa e respeito são as bases do relacionamento. “Muitos casais mulçumanos acabam fazendo o casamento religioso antes da festa para poderem sair e decidir juntos detalhes da celebração”, relata a influencer.

Outro ponto curioso levantado pela influenciadora foi a questão do dote, que segundo ela é um direito da mulher e pode ser utilizado quando ela solicitar, de acordo com a jurisprudência islâmica. “O dote é uma segurança para a mulher. É uma garantia, principalmente, porque optou por se dedicar a família”, ressalta Carima. Ele pode ser solicitado a partir da concretização do casamento e por isso essa garantia, que pode ser em dinheiro, imóveis, e outros bens, deve ser guardada para um caso de necessidade da parceira.

O casamento muçulmano é uma verdadeira festa e acontece por diversos dias. E toda a comida servida nestes eventos é halal, ou seja, não há presença de bebidas alcoólicas e nem alimento com qualquer procedência de suínos. É extremamente proibido e conhecido como haram.



 Influencer Carima Orra - parceira da Cdial Halal

www.cdialhalal.com.br

instagram @cdialhalal @carimaorra


Adolescentes precisam ser ouvidos e acolhidos, alertam especialistas

A adolescência é uma fase crítica da vida que requer atenção redobrada de pais e educadores e o isolamento social provocado pela pandemia tornou o cenário ainda mais preocupante


O aumento indiscriminado do uso da internet e redes sociais, a falta de políticas públicas de combate ao suicídio e as mudanças sociais no país são os motivos apontados por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) para justificar o aumento desproporcional do suicídio entre adolescentes que vivem nos grandes centros urbanos do país: 24% de 2006 para 2015. O estudo, publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria, mostra que a depressão é a chave e o fator de risco para o suicídio. Em um ano em que a pandemia alterou drasticamente a vida de todos, comprometendo a socialização de jovens em uma fase tão determinante da vida, o assunto deve ser motivo de preocupação não só para os pais, mas também para escolas e educadores.

Especialistas afirmam que é fundamental que os adolescentes aprendam a lidar com suas emoções a fim de controlar o comportamento e moldar as atitudes. Ajudar os jovens nesse caminho é um dos principais desafios da Educação contemporânea. De acordo com a diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Acedriana Vogel, é preciso desenvolver as competências socioemocionais desses adolescentes que, além de passarem por mudanças hormonais e particularidades típicas da fase, estão cada vez mais expostos aos problemas do mundo adulto.

Segundo a pedagoga, a capacidade de lidar com as próprias emoções é essencial no período escolar e será ainda mais útil no futuro profissional desses jovens. Já contemplada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), muitas escolas começaram a trabalhar o desenvolvimento dessas competências em sala de aula durante o ensino remoto. As reflexões levantadas por professores fazem os alunos aprenderem sobre identidade e autoconhecimento, projeto de vida, autoestima, entre outros temas. “As aulas constituem momentos oportunos para que os professores abordem temas que gerem discussão e reflexão, provendo um espaço para ouvir os estudantes. Quanto mais abertura para que eles possam se expressar, mais produtivo será o trabalho em sala de aula”, explica. 

Segundo Acedriana, é na escola que, em geral, os adolescentes se deparam com os primeiros grandes desafios, onde aprendem a socializar e começam a entender que as frustrações fazem parte da vida. "É o momento ideal para ajudarmos esses alunos a entenderem melhor suas questões. Às vezes, tudo o que eles precisam é serem ouvidos e terem alguém que os ajude a identificar os sentimentos", acrescenta a educadora. Segundo ela, neste ano, por conta da pandemia, do isolamento social e da suspensão das aulas presenciais, a falta de atividades em grupo e do relacionamento com indivíduos da mesma idade geraram dificuldades ainda maiores para crianças e adolescentes. "Para 2021, isso precisará ser considerado por gestores escolares e professores que vão precisar incluir nos planejamentos de trabalho maneiras de compensar esse cenário, trabalhando fortemente não apenas as habilidades e competências cognitivas para ajudar a desenvolver a inteligência emocional, mas também o acolhimento e a escuta ativa", conclui.


O que esperar de 2021?

 

Freepik

Psicóloga dá dicas de como traçar metas para o ano novo, mesmo diante de incertezas

 

Todo fim de ano é a mesma coisa. Avaliar o que foi feito no ano que passou e fazer planos para o ano que se aproxima é prática comum em toda parte do mundo. Mas como fazer planos para um ano de incertezas? De acordo com a professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Janete Knapik, muita gente pode estar desmotivada por ter planejado muita coisa para 2020 e não ter conseguido colocar em prática. "Porém, só o fato de pensar sobre o que queremos ou o que está faltando já é um ganho, nos traz esperanças de um ano melhor", acredita.

Segundo a psicóloga, para não se frustrar novamente, é preciso colocar as resoluções em prática, fazer acontecer. Separar o realizável do desejável. "Como 2021 ainda estará sob o impacto da pandemia, é importante pensar em metas realistas e também definir metas voltadas ao autocuidado e à saúde mental, que foi muito afetada neste ano de 2020", indica. A professora listou sete pontos para levar em consideração na hora de fazer as resoluções de ano novo.

  1. Priorize o que é mais importante: definir uma quantidade grande de metas pulveriza muito os esforços e dificulta um planejamento. Estabelecer um número menor, mas com metas mais significativas, as mais importantes, ajuda na hora de colocar em prática e de ver os resultados acontecerem. "2021 é ainda um ano que temos que nos moldar com as exigências sanitárias da pandemia e com a limitações impostas pelas restrições econômicas, considere isso na hora de estabelecer as metas", lembra Janete.
  2. Estabeleça uma forma de acompanhar e mensurar as metas: o fato de ver o progresso e que o planejamento está tendo bons resultados tem efeito psicológico reforçador, ou seja, é um estímulo para não perder o entusiasmo. Por exemplo, ver um gráfico com uma curva descendente em uma meta de emagrecimento mobiliza a querer ver a curva descer cada vez mais. Existem aplicativos que fazem esse monitoramento.
  3. Defina metas factíveis:  2021 é ainda um ano de incertezas. Por isso, é importante priorizar metas mais práticas, com prazos menores. "Escolha o que faz mais sentido, que tem mais impacto e relevância com teus propósitos. O que é difícil, às vezes dá vontade de “chutar o balde” e de desistir", aconselha.
  4. Deixe um espaço para metas de autocuidado: várias pesquisas identificaram aumento da ansiedade, do estresse e da depressão em 2020; outras mostraram que quem passou muito mais tempo em casa acabou exagerando na comida e na bebida. Sendo assim, metas que envolvam atividades físicas, uma alimentação equilibrada, uma disciplina que contemple o descanso, o lazer e boas risadas são sempre muito bem-vindas.
  5. Descreva as metas com detalhamentos: o detalhamento ajuda a colocar em prática. Estabeleça qual o objetivo e quais as etapas necessárias para se atingir. "Coloque no papel, acompanhe e faça as mudanças e adaptações que se fizeram necessárias. Na vida nada é estático, mudanças e adaptação são frutos de aprendizados", pondera.
  6. Estabeleça prazos: não existe meta sem prazo. "Uma data nos coloca em movimento para atender esse prazo", reforça Janete. Também é importante considerar a rotina na hora da definição dos prazos.
  7. Comemore as conquistas: rituais de comemoração nos trazem uma sensação de vitória. Por isso, é importante se presentear nas pequenas conquistas.

 

Papo reto com o Papai Noel

 Saudades dos tempos normais né, amigos? Esse ano nada, nada está sendo fácil. Nunca percorri caminhos tão óbvios com tantas dificuldades e incertezas. Eu, sinceramente, ando com uma nostalgia imensa. 


Quando poderíamos prever um fim de ano que teríamos que substituir o Papai Noel "físico" pelo virtual? As vendas online já estavam chegando e todos nós já estávamos nos preparando para grandes mudanças no varejo. Mas, e o Papai Noel?

Pensei muito, e como essa época é de reflexão e avaliação, decidi ter uma conversa sincera com ele, ter um papo reto mesmo, olho no olho, assim como as crianças fazem quando querem pedir seus presentes tão desejados.

Abri meu coração. Quando decidi que teríamos o Papai Noel "de verdade" no shopping, falei para ele de todos os protocolos e dos cuidados que precisamos ter com todos nesse momento tão difícil. Minha intenção era escutar também um pouquinho a opinião dele, que é tão sensato com todos, afinal, se nós esperamos ansiosamente essa data, imaginei que ele também esperaria.

Sabemos que os protocolos são rígidos e respeitá-los é fundamental. Em nossa conversa, ele entendeu e concordou, mas em seguida ele me contou que os empregos estavam em baixa esse ano. E olha que ele, que só trabalha mesmo nessa época, esperou o ano inteiro para poder escutar os pedidos de presente, dar bons conselhos e desejar um Feliz Natal. Deixou bem claro que a decisão era minha (esperto ele viu), mas que desejava mesmo só isso: estar presente.

Então, com todo cuidado, lembrei de conselhos tão antigos que sugerem que nos coloquemos no lugar do outro, que a gente decida com a razão, mas que uma pitada de emoção pode sim ser fundamental.

E lá está ele! Muito bem protegido em uma redoma de vidro! Feliz, conversando e alegrando crianças e adultos.

Quando sentei para fazer meu pedido, ele fez um breve agradecimento dizendo que poucos amigos estão trabalhando neste ano. Que, na idade dele, esperar mais um ano não é fácil e que é bem diferente de 365 dias para os jovens. Disfarcei a emoção. Eu queria mesmo era dar um abraço nele. Mas quem sabe a gente consiga no ano que vem, né?!

Para finalizar, curiosa, perguntei sobre os pedidos que ele tem recebido e ele me contou: “Sabe, as crianças continuam pedindo mesmo os brinquedos, e aguardando suas balinhas. Aqueles que não gostam muito de estudar, chegam mais seguros, pois sabem que não vou falar em notas, nem se passaram de ano. Mas todas as crianças falam das saudades que sentem dos colegas da escola”, ele me disse.

“E os adultos?”, eu perguntei. A resposta foi: “Bem, neste ano as viagens para Europa ou Disney com a família praticamente desapareceram. Poucos pedem algo material, mas todos, todos mesmo, pedem saúde e que mantenha sua família mais próxima”.
Eu não pedi nada. Só agradeci pela oportunidade que tenho em conseguir proporcionar momentos inesquecíveis para tantas pessoas. Continuo com saudades dos meus dias normais, mas confesso que aprendi muito com tantos desafios.

Feliz Natal.

 


Cida Oliveira - diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping


Assédio ou brincadeira

Em uma semana onde muito tem se falado sobre assédio em ambiente corporativo, como identificar quando a intimidade no local de trabalho entre os colegas, passa dos limites e ultrapassa a barreira de uma simples brincadeira ou descontração para ser um assédio moral, psicológico ou até sexual? Vamos primeiro falar o que vem a ser o assédio. Assediar é o fato de expor o indivíduo a situações de constrangimento e/ou humilhações. O constrangimento e humilhação em alguns casos pode estar associado ao ambiente laboral da pessoa, que acaba sendo exposta a situações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, permeadas de relações desumanas, sem ética, negativas e psicologicamente prejudiciais ao trabalhador.  

Muitos confundem o assédio como sendo legitimado apenas por ações realizadas através de piadas, críticas, insultos e ameaças. Mas não é só isso, o assédio pode estar vinculado a pressão excessiva, a uma proposital sobrecarga de tarefas, imposições de horários absurdos, isolamentos, instruções imprecisas, que podem induzir ao erro, exposição da pessoa, e também a utilização do seu poder de liderança para assediar sexualmente um parceiro de trabalho. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função  

Olhando com um olhar mais apurado e cuidado para o assédio sexual ou moral, que é praticado no local de trabalho, podemos afirmar que é um processo deliberado por perseguição, mesclado por atos repetitivos e, sobretudo, prolongados. Constata-se nele o objetivo de humilhar, constranger, inferiorizar e isolar o alvo, seja ele quem for no grupo social. Portanto, se devidamente comprovado, subordinado ou superior, são passíveis de receber indenização, no caso de quem seja a vítima. 

Pesquisas apontam que 42% dos trabalhadores brasileiros já sofreram ou sofrem algum tipo de assédio no mundo corporativo hoje. Um número extremamente expressivo e que pode acarretar consequências psicológicas e sociais em quem passa por este tipo de violência.   

O Assédio é toda e qualquer conduta abusiva de gestos, palavras, escritos, comportamentos e atitudes, que de forma intencional e frequente venha a ferir a dignidade e integridade física e psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho, seja de forma direta (através de insultos, acusações, gritos, humilhações públicas e exposição do outro ao ridículo), ou mesmo de forma indireta (através de isolamentos, fofocas, propagação de boatos, recusa na comunicação, exclusão social, acuamento sexual, propostas indecentes...).  

E quando podemos caracterizar o fato como um assédio ou uma brincadeira? Primeiro, temos que observar se a ação é repetitiva e se está gerando constrangimento e angústia na vítima. A questão deixa de ser uma brincadeira quanto está carregada de mau gosto, de um caráter vexatório que acaba fazendo com que a pessoa não se sinta mais confortável naquele ambiente, não tenha mais vontade de produzir ou não tenha mais condições psicológicas para isso  

Em alguns casos é tão grave que o profissional perde a vontade de levantar da cama para cumprir seu horário de trabalho, pois lembra-se do ambiente, do que pode vir a sofrer naquele dia e com isso alguns sintomas começam a se desenvolver. São eles: depressão, síndrome do pânico, ansiedade excessiva, medo generalizado, estresse, distúrbios bipolares e alterações de humor. De fato, são danos e violência de natureza psicológica   que atentam contra a dignidade psíquica do indivíduo, por meio de ações as mais diversas, compreendendo gestos, palavras e atitudes, que humilham, degradam e atingem reiteradamente a vítima, visando desestabilizá-la, isolá-la ou eliminá-la do local de trabalho. Se as “brincadeiras” no local de trabalho estão causando em você sensações e sentimentos como, crises de choro, dores generalizadas, palpitações, tremores, sentimentos de inutilidade, insônia ou sonolência excessiva, depressão, diminuição da libido, sede de vingança, aumento da pressão arterial, dores de cabeça frequentes, distúrbios digestivos, tonturas, ideia de suicídio, falta de apetite, falta de ar, necessidade de fuga para a bebida. Enfim, se o ambiente de trabalho lhe causa mais de um destes sintomas, as investidas não devem ser consideradas como “brincadeiras”. Elas são sim assédio, pois causam desconforto, exposição vexatória, isso quando não causa o afastamento do trabalho para tratamento de saúde, uma vez que a vítima de assédio trabalha com medo, acuada, estressada, abatida, confusa, perde sua tranquilidade, fica insegura, sem possuir, portanto, as condições ideais para que desempenhe adequadamente suas funções. Esse quadro adverso afeta o trabalhador e reduz a sua produtividade. Aumentando também as tensões dos relacionamentos interpessoais. E, não se engane, o assédio não escolhe sua vítima, pode acontecer tanto com homens, quanto com mulheres. 

Ao perceber que está passando por um processo de assédio no trabalho, a vítima deve tomar algumas medidas, como: anotar, com detalhes, todas as humilhações e investidas sofridas: dia, mês, ano, hora, local, nome do agressor, testemunhas e conteúdo das conversas; Dar visibilidade às situações, procurando a ajuda de colegas que testemunharam ou que sofrem as mesmas humilhações ou constrangimentos; ou que possam perceber que existe também, além de moral, uma conotação sexual ou moral no contexto. Evitar conversas particulares com o agressor e agente do constrangimento.

Enfim, devemos estar atentos ás situações nas quais somos envolvidos em nosso cotidiano corporativo. Como vimos, nem sempre uma simples brincadeira é uma simples brincadeira. Se ela for repetitiva e causar danos morais e mentais, como os citados, não tenha dúvidas de que está sofrendo assédio. E, infelizmente, seja em empresas pequenas ou grandes, isso é muito comum acontecer. Bem verdade que, empresas menores o assédio pode ser facilitado pelo fato de que a intimidade pode ser maior entre as pessoas e, desta forma, pode ultrapassar os limites do permitido.

A falta de respeito, falta de sensibilidade e empatia são, certamente pilares utilizados por estes assediadores, seja ele de qual tipo for, moral ou sexual. Busque ajuda, comente com as pessoas mais próximas o que está acontecendo, buscando assim apoio e testemunhas possíveis. Calar-se não é a melhor estratégia. A ajuda profissional de um psicólogo ou psicanalista será de suma importância para que você perceba que não está sozinho e, mais que isso, conquiste sua autoestima, seu amor próprio e enxergue que nada vale mais que sua saúde mental, que seu equilíbrio físico e emocional. Não se deixe adoecer pelas atitudes do outro. Passamos muitas horas de nosso dia dentro do ambiente de trabalho rodeado de outras pessoas que, naturalmente, possuem crenças, valores, sonhos e desejos, divergentes dos nossos. Além disso, para viver feliz e consciente de seu papel dentro do universo corporativo, a harmonia, o respeito e o limite nas relações e nos ambientes, não podem, de forma alguma, estarem desvinculados da produtividade e dos resultados.

 

  

Dra Andrea Ladislau - * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


Como recuperar relações desgastadas por conta da pandemia

Especialista em psicologia positiva, Flora Victoria, dá dicas de como manter relacionamentos saudáveis depois de situações de instabilidade vividas durante o ano e mudanças na convivência devido a um grande período de confinamento

 

Durante os meses de isolamento social, enquanto o mundo enfrentava um dos maiores desafios dos últimos tempos, famílias passaram a conviver de forma mais intensa com familiares ao passo que tiveram de se distanciar fisicamente de amigos e colegas de trabalho.  

Este novo contexto acabou por causar desgastes nas relações devido aos altos níveis de ansiedade e estresse gerados por este afastamento e paralização das atividades externas. Um dado que comprova o efeito negativo da pandemia foi o aumento de 54% das solicitações de divórcio neste período entre maio e julho deste ano - as separações foram de 4.641 para 7.213, segundo levantamento do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF). 

Este é um momento delicado que pode favorecer conflitos desnecessários, mas também pode criar laços mais fortes”, diz a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, Flora Victoria. 

A especialista conta que o conhecimento da Psicologia Positiva possibilita uma mudança de perspectiva sobre essas relações. “Em momentos de pressão emocional é importante visualizar janelas de oportunidades e aproveitar a mudança até para fazer avaliações mais profundas que vinham sendo adiadas”, afirma Flora. 


Empatia como aliada no resgate das relações 

A conexão com o próximo é inevitável e fundamental, de acordo com a psicologia positiva. “Somos seres sociáveis e há evidências científicas de que o convívio com o próximo nos faz bem”, diz Flora - “Isolado, o indivíduo perde a identidade porque ela é constituída a partir do encontro com o outro”.  

Por isso, embora qualquer um possa encontrar arestas na convivência, principalmente com aquele que está mais próximo, é importante lembrar que é esta convivência que dá sentido à vida.  

Para a especialista, com base na ciência da Psicologia Positiva, é importante treinar a paciência, a resiliência, o entendimento e, em casos mais difíceis, até mesmo o distanciamento: “ter limites e espaços próprios também é fundamental para o bem estar”. 


4 dicas para recuperar relações desgastadas 

Momentos de Trocaengajar em atividades que as pessoas da casa gostam de fazer juntas e passar mais tempo offline é uma forma de lidar bem com o confinamento. Para a Psicologia Positiva, o ato de se engajar em algo com afinco, faz viver o presente com intensidade e prazer. Isto é chamado de Flow, uma teoria desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que descobriu que o ato -- de cozinhar ou de pintar algo, por exemplo -- pode trazer mais satisfação do que o próprio produto final. 


Diálogo gera confiança: um relacionamento pautado no diálogo pode tornar a convivência mais agradável. É importante falar sobre os sentimentos e incômodos, sempre de forma empática, ou seja, de forma clara e objetiva a fim de criar uma solução e de não de machucar o outro. Isso faz com que as pessoas envolvidas estejam proativas a ajudarem umas as outras a superarem eventuais problemas emocionais que tenham surgido. 


Organize a rotina: uma rotina é fundamental para que os dias fluam com mais tranquilidade. Dividir tarefas, bem como manter e respeitar a individualidade de cada um, é fundamental. Desgastes são muitas vezes gerados por cobranças e ter um equilíbrio na divisão de tarefas torna o ambiente mais leve. 


Tolerância e respeitocada um tem um tempo e um mecanismo de defesa em relação às adversidades. Muitas pessoas demonstram falta de tato social ao se depararem com o que é diferente da sua realidade. Por isso, respeitar o outro é importante para não entrar em embates desnecessários. Sempre é bom lembrar que cada indivíduo é um universo particular que merece ser ouvido e cuidado. 


11 dicas para lidar com o fim de ano diferente

Quarentena, isolamento social, pandemia… muitas foram as transformações que impactaram no nosso fim de ano. Médica integrativa ensina a lidar com as questões que podem surgir no período


O ano de 2020 foi considerado pela revista norte-americana Time como "o pior ano de todos". Realmente houve muitas mudanças no nosso dia a dia, a começar pelo home office/home schooling e o distanciamento social.

Agora, é chegado o momento de questionar como serão as tradicionais festas de fim de ano, após meses de isolamento e saudade.

"Além de não haver grandes encontros familiares e amigos, percebo que não haverá a habitual correria de festas, shows, festas de integração de fim de ano da empresa", destaca Dra. Renata Isa Santoro, cardiologista e médica integrativa.

Apesar de todas as diferenças, o fim de ano não precisa ser considerado ruim. Dra. Renata convida todos a realmente parar, olhar para o que passou e para o que restou dentro de cada um de nós. "Reflita nos sentimentos que te afloraram nestes meses, nas emoções que te fizeram mudar a forma como lida com situações alegres ou desafiadoras, em como aquele amigo ou parente que ficou doente ou foi-se embora te trouxe ensinamentos que não quer deixar no esquecimento."

A fim de lidarmos com as transformações neste fim de ano, a médica deixa algumas dicas para tornar o momento mais leve de vivenciar:


1- Mudar a mentalidade sobre as datas festivas: "a mentalidade que escolhemos ter para entrar nestas datas pode fazer toda a diferença. Em vez de lastimar por não estar passando o Natal com seus 50 parentes ou reclamar por não levantar a taça de ano novo em Nova Iorque, vamos focar nesta nova oportunidade de gerar memórias afetivas diferentes e criar novas tradições."


2- Repensar sobre os presentes: "quem sabe não sejam mais necessárias aquelas toneladas de presentes embaixo da árvore de Natal. Esse feriado traz consigo algumas emoções genuínas, que é dar ao outro um agrado e sentir essa satisfação de volta", cita a médica. Dra. Renata lembra que pesquisas mostram que gastar dinheiro com presentes para os outros lhe dará um impulso maior de felicidade do que comprar algo para si mesmo, mas há uma desvantagem nessa troca: o estresse com os gastos, a pressão de comprar mimos para todos os familiares e conhecidos, entrar em lojas lotadas, acompanhar o Black Friday e não perder a promoção, entre outros.


3- Repensar as bebidas de fim de ano: "Afinal, você está mesmo comemorando e agradecendo ou está no piloto automático virando uma taça atrás da outra?", provoca.


4- Criar uma tradição nova: Se você for se reunir com um pequeno grupo ou apenas com sua família domiciliar, Dra. Renata propõe que pergunte às pessoas o que é importante para elas. Em vez de tentar recriar o que acontece todo ano, crie novas experiências. Algo novo que você fizer este ano pode se tornar uma tradição para a suas gerações.

E todos podemos também nos transformar junto com o ano de 2020, mas sob um ponto de vista positivo para que o próximo período seja melhor para todos. A médica cita algumas sugestões:


1- Dê experiências em vez de objetos: as experiências ficam mais tempo na memória afetiva do que os objetos. Então que tal dar uma massagem, uma aula de pintura, uma sessão individual de numerologia?


2- Uma doação: faça do seu presente uma doação para uma instituição em que você acredite. Atos de altruísmo como esse trazem, comprovadamente, melhor saúde, felicidade e um senso de propósito que fortalece o doador.


3- Pratique compras conscientes: ao escolher um presente preste atenção se está comprando o que planejava ou saiu da sua rota, ou foi seduzido. Observe as mensagens materialistas dos anunciantes para que você compre aquele produto sem necessidade nenhuma. Compre o que vem do coração.


4- Não gaste mais do que você tem: por que depois vai te trazer mais ansiedade, mais estresse e você vai ter que lidar com isso sem lembrar como foi parar ali.


5- Ao dar e receber presentes pare um pouco, tire seus pensamentos da agitação, e sinta a verdadeira sensação positiva que é dar um presente e fazer a outra pessoa se sentir querida. Quando receber o presente sinta aquele momento, de gratidão profunda. Fique nesse sentimento de gratidão em vez de sair rasgando papel um atrás do outro.


6- No momento da refeição e das conversas, evite os conflitos familiares tão comuns nessa época. Lembrem-se que estamos todos no mesmo barco e que a reação de um pode ser equilibrada pela compaixão do outro.


7- Aproveite todos ao redor da mesa para manifestar a presença, sem pressa, de olhar uns para os outros com calma e de simplesmente relaxar no Momento.

 


Dra. Renata Isa Santoro - • Médica pela faculdade de ciências médicas de Santos - UNILUS • Especialista em Pediatria pela AMB/SBP • Especialista na área de atuação em Cardiologia Pediátrica pela AMB/SBP/SBC • Especialista em Ecocardiografia fetal e pediátrica pela UNICAMP • Mestrado em Ciências pela UNICAMP • Atuou como Cardiologista Pediátrica, Ecocardiografista e na formação da residência médica em cardiologia pediátrica na UNICAMP de 2007 a 2018.


Geração “sanduíche” e os dois extremos da vida

Conciliar vida pessoal e profissional, administrar atividades como as dificuldades das aulas online dos filhos, do lar, do marido/esposa e dos próprios pais. Essa é uma realidade para muitos brasileiros. Estamos falando da geração “sanduíche”, conhecida por ter que dividir a sua rotina com os cuidados com os seus descendentes e antecedentes. E aqui entra um agravante que mexe com o emocional dos que se encontram nessa situação: como lidar com a ascensão profissional, onde o tempo é escasso e as cobranças são inúmeras, sendo que os pais (que já se dedicaram a nós no passado) precisam agora de cuidados e atenção?

A sociedade moderna está envelhecendo e o número de idosos nas grandes cidades é cada vez maior. No Brasil, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em 2019, há 28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando 13% do total da população brasileira. Em 2043, um quarto da população do Brasil deverá ter mais de 60 anos.

Enquanto as projeções mostram um crescimento de idosos, outros números apontam que os jovens estão cada vez mais demorando para adquirir a sua independência e sair da casa dos pais. O IBGE mostra que uma a cada quatro pessoas de 25 a 34 anos ainda vivia com a família em 2015. Em 2004, a proporção era menor: uma a cada cinco.

É aí que surge a geração sanduíche: são pessoas com 40 anos ou mais que têm suas próprias responsabilidades, além de criar seus filhos, cuidar dos seus pais e pode, ainda, ter que ajudar no desenvolvimento dos netos. Como conciliar a rotina de trabalho com uma vida pessoal tão cheia de atividades? Como equilibrar tudo isso?

Uma das soluções é dar aos pais a assistência para serem independentes em suas próprias casas. Com o avanço da medicina e da conscientização de um estilo de vida saudável, que envolve uma boa alimentação, uma rotina de exercícios físicos e uma série de outros cuidados, os maduros estão envelhecendo com saúde, prazer e autonomia. Isso reforça a ideia de ajudá-los a envelhecer com qualidade de vida em seus próprios lares. Esse é um conceito que surgiu nos EUA chamado Aging in Place e vem ganhando força no Brasil.

Há também outras medidas para facilitar o cuidado com o longevo dentro dos lares, que vão desde adaptar o imóvel da família com rampas e barras de apoio, até a organização de um cronograma semanal de atividades dirigido especificamente para eles. Além disso, existem os serviços de acompanhantes, profissionais qualificados para irem com eles ao médico, supermercado e até mesmo fazer companhia nos programas de lazer. E a inovação não tem limites: hoje, tem até uma espécie de Uber para a maturidade, em que o cliente tem a opção de escolher o serviço do motorista que já está acostumado e melhor atende suas necessidades.

E como é previsto, a tecnologia também não tem limites. Exemplo são os inúmeros aplicativos voltados exclusivamente para esse público, que está cada vez mais antenado neste sentido: apps de assistência médica, onde pais e filhos podem gerenciar a agenda de consultas e exames e definir um cronograma de medicamentos; opções de entretenimento; programas de atividades físicas; entre outros.

Enfim, as soluções e os recursos são infinitos. E a palavra de ordem é equilíbrio emocional antes de qualquer coisa. Ter uma dinâmica familiar organizada e planejada é fundamental para que a geração sanduíche consiga conciliar família, trabalho e também a sua própria qualidade de vida.

 


Marcia Sena - fundadora da Senior Concierge, empresa prestadora de soluções e cuidados para pessoas com mais de 60 anos, atua com o conceito Aging in Place, que significa “envelhecer no seu próprio lar”, com foco em garantir o conforto e a independência dos longevos.


www.seniorconcierge.com.br


Especialista fala sobre a importância do acolhimento nas escolas com foco nas emoções dos estudante

 

Crédito: Freepik/Divulgação
Os efeitos psicológicos mais imediatos da pandemia em crianças e adolescentes já foram confirmados, inclusive por meio de estudo. Uma pesquisa realizada na província chinesa de Xianxim com 320 crianças e adolescentes apontou dependência excessiva dos pais (36%), desatenção (32%), preocupação (29%), problemas de sono (21%), falta de apetite (18%), pesadelos (14%) desconforto e agitação (13%). 


Para ajudar os profissionais da educação a lidar com essa carga emocional intensa, o
Programa Soul - voltado ao ensino socioemocional e à meditação - desenvolveu uma metodologia de apoio com base no acolhimento nas escolas. A iniciativa recebeu o nome de "Semana do Acolhimento" e traz uma proposta de conteúdos estruturados com foco socioemocional para alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

De acordo com Flávia Sato, especialista em gestão emocional e diretora de conteúdo do Programa, uma abordagem estruturada para trabalhar a gestão emocional dos alunos durante a retomada será crucial para gerenciar diferentes emoções que estão potencializadas: ansiedade com o novo começo, alegria de ver os amigos, preocupação com as novas regras da escola e dúvida com relação a nova rotina.

"Muitos alunos podem ter vivido perdas significativas nesse período de isolamento. À medida que se adaptam à rotina escolar, eles podem ter emoções e sentimentos fortes, especialmente nas primeiras semanas na escola. Por isso, é essencial trabalhar o acolhimento com o olhar atento aos recursos emocionais e de forma planejada", frisa.

Por onde começar: segundo a especialista, a proposta é que, logo nos primeiros dias de aula, os alunos se sintam em um ambiente seguro, respeitoso e solidário, um espaço para a afirmativa de identidades e perspectivas. "O primeiro passo, portanto, é refletir sobre o que é necessário para criar esse ambiente. Fica claro que é essencial, por exemplo, que os professores sejam acolhidos para também poderem transmitir essa segurança aos seus alunos", comenta.

Para ela, uma vez os professores se sentido equilibrados e prontos para reconstruir uma rotina presencial com os alunos, o segundo movimento é reconhecer a "paisagem emocional" de cada criança: quais os desafios que podem existir dentro e fora da escola e que demandam apoio e suporte afetivo e emocional dos educadores? "Questões como essa são cruciais para o acolhimento efetivamente acontecer", completa.

Como funciona

A metodologia da Semana de Acolhimento apresenta uma proposta de reconstrução das relações, com conteúdos que promovam a conexão entre todos da comunidade escolar. "Desafios como esse que estamos vivendo, algo totalmente inédito para a maioria de nós, evidenciam o quanto somos interconectados e o quanto o nosso bem-estar está diretamente atrelado ao bem-estar das pessoas ao nosso redor são fundamentais neste momento", diz. "É essencial que nós tomemos tempo para perceber a preciosidade das nossas relações e cultivá-las da melhor forma", reflete a especialista.

As atividades são separadas em três grupos por faixa etária e trazem um passo a passo para guiar o professor na condução de cada etapa.

Ao primeiro grupo é proposto, por exemplo, a elaboração de um autorretrato, uma oportunidade de se expressar e identificar o que há em comum com os colegas, assim como valorizar as diferenças. No segundo, os alunos são incentivados a fazer perguntas para aprender mais sobre os outros usando a arte. Já quanto ao terceiro grupo, um dos desafios é descobrir conexões, entre elas o que seus colegas de classe também devem estar sentindo.

"O fato de ajudá-los a descobrir que está tudo bem sentir todas essas emoções e tranquilizá-los de que suas preocupações são normais incentiva a criação de uma mentalidade positiva", Completa.


site do Programa Soul


Pandemia afeta hábitos das crianças e aumenta consumo de guloseimas; pediatra dá dicas para pais readequarem alimentação infantil


Passados oito meses de isolamento e quarentena no Brasil, é consenso nas famílias que a rotina mudou, e muito, nesse período. Aulas online, crianças o tempo todo dentro de casa e pais e mães trabalhando em home office tornaram-se regra e, dentro de todo esse novo cenário, um ponto em particular tem levantado preocupação: como anda a saúde e a alimentação de nossas crianças?

Para falar sobre o assunto e sobre como manter escolhas saudáveis e nutricionalmente adequadas, a Danone Nutricia - que acredita no poder da nutrição para transformar vidas - convidou a pediatra Flávia Nassif.

"As crianças estão sendo privadas da infância. Não podem sair, não podem se encontrar com os amigos, não podem brincar no parque, não podem visitar os avós. E essas proibições todas têm impacto na saúde, pois estar saudável não significa só não estar doente: significa estar bem em sua totalidade, física e mental, podendo se alimentar bem, dormir bem e se desenvolver", pontua.

Em seu consultório em São Paulo, a pediatra tem notado, a cada mês, um aumento nas queixas. As reclamações, no entanto, são sempre as mesmas: as crianças estão se alimentando mal, dormindo mal, fazendo menos atividade física e apresentando mais dores de cabeça, nos olhos, e costas - essas últimas, resultados das horas e mais horas em frente aos eletrônicos, como computador e celular.

"Não é de se estranhar que as queixas sejam essas. As crianças estão mais ociosas, já que estão confinadas e sem poder ir à escola, e acabam descontando o tédio e a ansiedade na comida. Os pais relatam aumento no consumo de guloseimas, ganho de peso, menor atividade física. É um ciclo", afirma a pediatra.

A médica chama a atenção, sobretudo, para o aumento nos casos de obesidade infantil. Algumas pesquisas feitas ao longo da pandemia já apontam uma tendência de piora na alimentação de modo geral entre a população. Um estudo feito na Itália, publicado pelo periódico Obesity, apontou que as crianças têm comido em média uma refeição a mais por dia, além de terem aumentado a ingestão de alimentos ultra-processados como doces, bolachas recheadas e salgadinhos.

A boa notícia é que é possível, com pequenas mudanças, ajudar as crianças a reverterem esse quadro. "Os pais podem começar restringindo a oferta de guloseimas e ficando mais próximos e atentos à alimentação dos filhos. Incentivá-los a gastar mais energia também é importante", aponta Flávia.

Confira abaixo algumas dicas da pediatra para, aos poucos, os pais ajudarem as crianças a voltar à rotina e melhorar a alimentação:

• Mude suas compras: se não houver guloseimas em casa, as crianças não comerão.

• Ensine seus filhos a fazer escolhas mais saudáveis. Substitua bolachas recheadas por um bolo caseiro, por exemplo.

• Incentive a atividade física, mesmo que dentro de casa. Existem sites e aplicativos com treinos rápidos, de 5 a 15 minutos, que ajudam a criançada a se mexer.

• Em horários com menos aglomeração, tente frequentar parques e locais abertos para fazer caminhadas e, muito importante, tomar sol! Após tanto tempo em casa, é importante repor a vitamina D.

• Passe mais tempo com as crianças. Troque o tempo no celular ou em frente ao computador por jogos em família, rodas de conversa, brincadeiras.

Por fim, a pediatra lembra que paciência e persistência são fundamentais. "Foram meses nesse processo e não é possível determinar quanto tempo vai levar para as crianças se recuperarem e atingirem um equilíbrio, até porque cada organismo reage de uma forma diferente. O importante é começar. Aos poucos, todos vão readaptando seus hábitos alimentares", conclui.





Danone Nutricia

https://www.milnutri.com.br/nutriacao

https://www.danonenutricia.com.br

Sírio-Libanês lança campanha para reforçar a necessidade de manter o autocuidado no combate à COVID-19

Hospital convoca as pessoas a assumirem o protagonismo pela vida reforçando que a pandemia não acabou e propondo a união de todos para reduzir número de casos mostrando a realidade vivida pelos profissionais de saúde no atendimento aos pacientes

 

O aumento da procura de pacientes com, ou suspeita, de COVID-19 no Hospital Sírio-Libanês nas últimas semanas foi um alerta aos profissionais da saúde, que desde março estão prestando assistência médico-hospitalar a quem precisa. Esse cenário de elevação de caso motivou a instituição a lançar uma campanha para sensibilizar as pessoas sobre a importância de manterem os cuidados, promovendo as medidas de segurança que, comprovadamente, reduzem o risco de transmissão da doença e salvam vidas. “A pandemia não acabou”, diz Dr. Paulo Chapchap, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês. “Por isso queremos enfatizar que as medidas de prevenção devem continuar as mesmas do início do ano. E reforçar, até quando for preciso, que não podemos parar de nos cuidar.”

Com a hashtag #NãoPareDeSeCuidar, a campanha teve um lançamento com um manifesto publicado em jornais de grande circulação nacional, acompanhado por uma versão em vídeo que reforça esse posicionamento nos canais digitais. O manifesto é uma convocação à sociedade para união e responsabilidade neste momento crucial da pandemia. Para isso, conta com depoimentos de profissionais de saúde da instituição, que em tempos desafiadores como este, continuam ativos no combate à COVID-19, assim como em todos os tratamentos de outras doenças que precisam de acompanhamento e tratamento, mesmo durante a pandemia. “Estamos trabalhando incansavelmente para proteger nossos pacientes, médicos e colaboradores. Mas é necessário que a sociedade também faça a sua parte, evitando aglomerações, usando máscaras, lavando as mãos e preservando a sua saúde e daqueles com quem convivem”, conclui Dr. Paulo.

Para conhecer o manifesto, visite www.hsl.org.br/compromisso-com-a-saude

  

Ligação entre sobrepeso e forma grave de COVID-19 cresce

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, por sua sigla em inglês) expandiram seu alerta de risco para o coronavírus para incluir pessoas que são consideradas acima do peso. A obesidade e a obesidade mórbida foram incluídas na lista de condições do CDC que colocam as pessoas em um risco maior de serem afetadas pela forma grave da doença do vírus que causa a COVID-19. No entanto, agora, o CDC está afirmando que adultos de qualquer idade que estão simplesmente acima do peso podem ter um risco maior de agravamento da COVID-19.

O Dr. Donald Hensrud, diretor do Programa Viver com Saúde da Mayo Clinic, explica por que a obesidade, com suas complicações, aumenta exponencialmente o risco da COVID-19.

“A obesidade por si só está associada a uma variedade de complicações, como diabetes, hipertensão, dislipidemia e doença cardíaca. Tudo isso estava presente antes da COVID-19. Adicionalmente, mais de dois terços da população está acima do peso ou obesa,” diz o Dr. Hensrud. “Aí vem a COVID-19 e agora temos todos os problemas que tínhamos antes e ainda mais alguns. A obesidade está associada com inflamação de baixo grau e um efeito no sistema imunitário. Isso afeta nossa susceptibilidade à COVID-19. Pessoas obesas têm mais chances de desenvolver COVID-19 e complicações advindas dela, inclusive a morte, do que pessoas que não são obesas. Além disso, pessoas com diabetes e algumas das outras complicações da obesidade também têm risco elevado. Logo, a obesidade e suas complicações pegam independentemente os riscos da COVID-19 e os elevam significativamente."

A definição de sobrepeso é ter o índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29,9. Um IMC de 30 ou mais é classificado como obesidade.

O Dr. Hensrud diz que tem sido interessante ver a variabilidade de como a pandemia da COVID-19 afetou os hábitos alimentares das pessoas.

“Tive pacientes que ganharam muito peso, pois estão menos ativos. Eles estão comendo mais comidas reconfortantes. Estão mais estressados. E tudo isso causou um ganho de peso e contribuiu para a obesidade,” afirma o Dr. Hensrud. “Por outro lado, tive pacientes que perderam peso. Eles estão comendo menos fora. Estão cozinhando mais em casa. Estão comendo de maneira mais saudável. Estão tentando fazer alguma atividade e por isso perderam peso. A variabilidade de como isso tem afetado as pessoas é realmente grande."

O Dr. Hensrud diz que demanda um pouco de tempo, planejamento e esforço, mas há várias coisas que as pessoas podem fazer para gerenciar seu peso e melhorar sua saúde de maneira a maximizar suas chances se eles forem infectados pelo novo coronavírus:

·       Tente fazer alguma atividade todos os dias. Isso não quer dizer ir para a academia e pode ser simplesmente dar uma caminhada.

·       Para aqueles trabalhando de casa, tentem fazer intervalos a cada 30 minutos para se movimentar, seja para se alongar ou caminhar pela casa.

·       Faça escolhas alimentares saudáveis, seja comida de restaurantes ou feitas em casa.

Embora melhorar a saúde dessas maneiras seja importante, o Dr. Hensrud enfatiza a importância de fazer pequenas mudanças e não ir aos extremos.

“Nós sabemos que antes da COVID-19, para as resoluções de fim de ano, por exemplo, as pessoas tentam e fazem algum exercício que elas não fazem há anos e isso não funciona. Similarmente agora, eu acho que precisamos ser realistas sobre o que podemos fazer. De fato, perder muito peso, se as pessoas perdem mais do que 10 por cento do seu peso corporal em seis meses, isso pode afetar de maneira adversa a função imunitária. É importante fazer o que podemos para melhorar a saúde, mas não ir aos extremos,” diz o Dr. Hensrud.



Mayo Clinic 


Posts mais acessados