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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Emplacamentos de veículos registram alta de 7,35% em agosto


Apesar de ainda estar em retração no acumulado do ano, aumento dos emplacamentos mensais mostra que o Setor da Distribuição vem se ajustando ao “novo normal”.


De acordo com dados divulgados pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, nesta quarta-feira, 2 de setembro, as vendas de veículos, considerando todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) registraram crescimento de 7,35%, em agosto, na comparação com julho deste ano. No período, foram emplacadas 299.627 unidades, contra 279.105 no mês anterior. Se comparado com agosto de 2019 (347.061 unidades), a retração foi de 13,67%, a menor queda desde o início da pandemia do Coronavírus.

Para o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, o resultado é uma mostra de que o mercado se ajusta à nova realidade. “Mesmo com dois dias úteis a menos em agosto (21 dias), em relação a julho (23 dias), os emplacamentos tiveram alta, o que demonstra que o mercado vem retomando patamares mais altos de volume e se ajustando ao ‘novo normal’”, analisa.

No acumulado de janeiro a agosto/2020, os 1.804.338 veículos emplacados representam queda de 31,01% sobre o mesmo período de 2019 (2.615.446 unidades).

Com o resultado, o mês de agosto ocupa a 14ª posição do ranking histórico (entre todos os meses de agosto, desde o início da série histórica, em 1957) e o acumulado está na 16ª colocação, na somatória dos meses de janeiro a agosto. “Já estivemos em pior colocação, o que demonstra que, aos poucos, o mercado está se recuperando”, comemora Assumpção Júnior.

Automóveis e comerciais leves

Em agosto, o segmento de automóveis e comerciais leves registrou 173.544 emplacamentos, alta de 6,42% em relação a julho (163.075 unidades). Na comparação com agosto de 2019, a queda foi de 24,77%, quando foram emplacados 230.693 veículos. No acumulado de janeiro a agosto (1.099.862 unidades), a retração é de 35,75% sobre o mesmo período de 2019 (1.711.739).

Na avaliação do Assumpção Júnior, uma conjunção de fatores contribuiu para que o mercado de automóveis e comerciais leves reagisse positivamente. “A manutenção da taxa Selic, em níveis baixos, assim como a pandemia, têm estimulado a compra de carros para o transporte individual das pessoas. Além disso, os financiamentos ficaram mais acessíveis. Atualmente, o índice de aprovação cadastral é de quase 7 aprovações para cada 10 avaliações enviadas aos bancos”, explica o Presidente da FENABRAVE.

O mês de agosto de 2020 ficou na 14ª colocação entre todos os meses históricos de agosto, e o acumulado de janeiro a agosto ficou na 17ª colocação histórica.

Caminhões

Os emplacamentos de caminhões retraíram 15,23%, em agosto (8.072 unidades), na comparação com o mês de julho (9.522 unidades) e, em relação a agosto de 2019 (9.579 unidades), a queda foi de 15,73%.

No acumulado de janeiro a agosto, os resultados de 2020 (55.213 unidades) também seguiram em queda, com retração de 15,63% na comparação com os resultados do mesmo período de 2019 (65.444 unidades).

O mercado de caminhões não foi melhor por conta do entrave na produção, enfrentado pelas montadoras, que sofrem com a falta de componentes importados, resultando em defasagem no segundo turno de trabalho nas fábricas. Com relação ao crédito, há boas ofertas no mercado, com taxas abaixo de 1%, e a aprovação é de 7 fichas para cada 10 solicitações. Com isso, já estamos operando com pedidos para o final do ano, em alguns modelos, principalmente, de extrapesados”, diz o Presidente da FENABRAVE.

No ranking histórico de caminhões, o mês de agosto/2020 está na 12ª colocação e, entre os acumulados de janeiro a agosto, este ano está na 11ª posição histórica.

Ônibus

O segmento de ônibus foi bastante afetado pelas quarentenas e muitas empresas de transporte, tanto urbanas quanto rodoviárias, enfrentam dificuldades. O Programa Caminho da Escola, do Governo Federal, foi responsável por boa parte do volume de vendas de agosto, que totalizou 1.777 unidades, contra 1.893 em julho/2020, queda de 6,13%.

Sobre agosto de 2019 (2.709 unidades), esse resultado foi 34,40% menor e, se considerarmos o acumulado de janeiro a agosto/2020 (11.546 unidades), houve queda de 34,05% sobre igual período do ano passado (17.507 unidades).

No ranking histórico, o mês de agosto/2020 está na 13ª colocação e, entre os acumulados de janeiro a agosto, este ano está na 17ª posição histórica.

Motocicletas

Em agosto, os emplacamentos de motocicletas somaram 95.998 unidades, contra 85.171, em julho, numa expansão de 12,71%. Se comparada a agosto de 2019 (88.651), a alta foi de 8,29%.

Com a retomada de parte da produção, pelas montadoras, os volumes de emplacamentos vêm crescendo para atender à demanda reprimida. Contudo, ainda permanecem problemas de produção, pela falta de peças e componentes”, explica Assumpção Júnior, que complementa: “Um fator positivo para o setor de duas rodas é que a liberação de crédito tem melhorado, com cerca de 4,2 cadastros aprovados a cada 10 apresentados”.

Os problemas na produção também podem explicar uma queda mais acentuada nos volumes de emplacamentos, no acumulado de janeiro a agosto/2020, quando foram emplacadas 531.456 motocicletas, num resultado 25,03% menor, se comparado às 708.862 registradas no mesmo período de 2019.

No ranking histórico, o mês de agosto/2020 está na 11ª colocação entre todos os meses de agosto, e o acumulado deste ano ficou na 18ª posição, entre os acumulados de janeiro a agosto da série histórica (desde 1957).

Tratores e Máquinas agrícolas

Os segmentos de tratores e colheitadeiras estão com forte demanda em função da safra recorde, que está sendo finalizada, com crescimento da produtividade e da renda agrícola, gerando riquezas, principalmente, no interior dos estados brasileiros.

Diante desse cenário, foram comercializadas 4.417 unidades, em julho, o que representa crescimento de 27,33% em relação a junho (3.469 unidades). Vale ressaltar que, por não serem emplacados, esses veículos sofrem uma defasagem de um mês, em relação aos dados de comercialização e, por isso, os volumes e percentuais referem-se a julho de 2020.

O resultado de julho/2020, na comparação com julho de 2019 (3.737 unidades), também foi positivo, com crescimento de 18,20%.

Porém, a pandemia e a crise de abastecimento de peças e componentes importados influenciaram, negativamente, os resultados do acumulado do ano (janeiro a agosto/2020) para máquinas agrícolas. Entre janeiro a agosto de 2020, o segmento registrou queda de 4,75%, totalizando 22.679 unidades, contra as 23.811 máquinas agrícolas comercializadas no mesmo período de 2019.

A alta dos preços da soja e do milho tem mantido o segmento de máquinas agrícolas aquecido, mas as Concessionárias trabalham com estoque abaixo do ideal. Além da alta demanda do varejo, as montadoras estão enfrentando falta de peças, pois a pandemia tem afetado a cadeia de suprimento dos fabricantes. Alguns modelos já estão em falta no mercado”, explica o Presidente da FENABRAVE.

Projeções

 

A FENABRAVE reavaliará, em outubro, as projeções para 2020. Até lá, continuam valendo as últimas projeções, divulgadas no início de julho.

Acompanhe a seguir:

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos de veículos NOVOS para cada segmento automotivo.





As principais oportunidades geradas pelo mercado livre de energia no Brasil

De acordo com estudo da Liga Ventures em parceria com a ENGIE Brasil Energia, empresas conseguem absorver uma economia média de até 25% no mercado livre de energia, em comparação com as tarifas médias praticadas pelas distribuidoras do ambiente cativo


O Brasil detém a segunda tarifa de energia elétrica mais cara do mundo para a indústria, sendo que o gasto pode representar até 40% dos custos de produção. Diante desses fatos, é possível afirmar que o mercado livre de energia - ambiente de negócios criado em 1995 no qual vendedores e consumidores podem negociar energia elétrica livremente entre si, observada a regulamentação do setor - tem se apresentado como um caminho mais econômico para as empresas, além de ser um importante vetor para a expansão do uso de energias renováveis no Brasil e no mundo.

Segundo dados da consultoria ePower Bay, do total de 10,8 gigawatts em capacidade de outorgas emitidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2019, 82,8% foram para projetos de energia limpa que serão negociados no Ambiente de Contratação Livre. Além disso, 86% de toda energia consumida no segmento industrial brasileiro é negociada no mercado livre; todavia, apenas 30% de toda a dos consumidores do país, de modo geral, estão inseridos no ambiente de contratação livre.

“No Brasil, ainda não vivemos essa liberdade mais ampla de escolha no setor elétrico, todavia, já temos um ecossistema de startups bem interessantes focadas no assunto. Além disso, observar outros países onde já funcionam ambientes livres de contratação como é algo que pode acelerar (e muito) a nossa forma de aproveitar as oportunidades que estão surgindo.” comenta Raphael Augusto, diretor de inteligência de mercado da Liga Ventures, e responsável pelo Liga Insights.

O estudo aborda, com mais profundidade, as oportunidades de inovação dentro do âmbito das energias renováveis, as novas tecnologias que têm auxiliado as empresas a extrair mais benefícios de tais modelos energéticos e as tendências que devem reger o futuro do trading de energia no país. Pensando em escala global, o mercado de trading de energia movimentou US$ 1,3 bilhões em 2019, devendo alcançar um crescimento médio de 4,2% até 2026, de acordo com dados da Market Watch.

As expectativas para o mercado livre de energia no Brasil, envolvem um fluxo contínuo de expansão e a geração de novas oportunidades de negócio, mediante a abertura plena desse mercado que deve ocorrer ao longo dos próximos anos, se aprovados os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional. A fim de trazer mais transparência para a cobrança de energia no mercado brasileiro, a partir de 2021, estuda-se adotar o modelo de preço-horário (o modelo atual é semanal). O objetivo dessa mudança é atribuir valores de acordo com o período de produção energética e direcionar preços maiores ou menores conforme a demanda do horário.

“O preço-horário vai melhorar a alocação de custos no setor elétrico e, por conseguinte, melhorar a eficiência da sua infraestrutura. À medida que a energia se mostra mais cara em determinado momento do dia, essa sinalização de preço deslocará consumo destes períodos, desafogando a infraestrutura e aumentando a sua utilização em momento de subutilização. Pensando no trading, ainda temos a diversificação de produtos. Teremos condição de aumentar a granularidade dos produtos e capturar oportunidades que antes não existiam, como, por exemplo, estimular o consumo em um determinado horário do dia, ou a geração de uma usina concentrada em um período específico. Tudo isso é capaz de trazer um valor para a mesa de negociações que antes ninguém percebia.” afirma Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relacionamento com Investidores da ENGIE Brasil Energia.

Outra discussão abordada no estudo Liga Insights Energia é a sustentabilidade. O consumo responsável e a preservação do meio ambiente são fatores que extrapolam mercados. Segundo a Challenge Advisory, 62% dos executivos considera essencial uma estratégia de sustentabilidade. Este movimento, por sua vez, se ancora em uma mudança de perspectiva do consumidor. Segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), por exemplo, 87% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas sustentáveis.

Neste sentido, é natural notarmos uma preocupação crescente em relação ao uso de fontes de energia renováveis – em contraposição às energias fósseis. Analisando o mercado de energias limpas como um todo, tivemos investimentos na casa de US$ 217 bilhões em 2019, de acordo com a consultoria Capgemini. Segundo a Agência Internacional de Energia, as fontes renováveis já respondem por mais de 25% da produção global de energia.

Por fim, o anseio dos consumidores, tanto empresariais quanto residenciais, pela abertura do mercado de energia, está atrelado ao desejo de se obter maiores níveis de eficiência energética atrelada a redução de custos. No ambiente de contratação livre, por exemplo, as empresas conseguem absorver uma economia média de até 25%, quando comparamos os valores de mercado livre de energia com as tarifas médias praticadas pelas distribuidoras do ambiente cativo.

Dentro deste contexto, novas tecnologias vão surgindo cada vez mais. Com investimentos na casa de US$ 279 milhões em 2017, o crescimento do uso de blockchain no mercado de energia pode se tornar uma tendência, atingindo US$ 7,1 bilhões até 2023, de acordo com projeção da Markets and Markets. Outro fator que pode impulsionar o uso do blockchain é a gradativa descentralização do mercado de energia e a busca por confiabilidade em um mercado cada vez mais pulverizado.

Com análise ampla do mercado de energia, o estudo ainda conta com entrevistas de referências do mercado, como: ENGIE Brasil Energia, ABRACEEL, TecSUS, ABSOLAR, Vale S.A., Thymos, Instituto Totum, entre outras. Além de casos de sucesso no Brasil e fora, com a descrição de startups que estão inovando nesse setor. Para ter acesso ao material completo, clique aqui.

O Liga Insights é construído com a parceria de empresas como ENGIE, Cargill, Derraik & Menezes Advogados, iDEXO e State.


Metrô de São Paulo terá "vagão do acolhimento" para conscientizar sobre Depressão

Iniciativa acontecerá na linha 4-Amarela e contará com ações de conscientização também na linha 5-Lilás

 

Essa semana, o Movimento Falar Inspira Vida (www.falarinspiravida.com.br) chega à linha 4-Amarela de metrô, em São Paulo, e transforma o local em um espaço de conscientização sobre a Depressão, considerada a principal causa de incapacidade no mundo[i] e um dos principais transtornos mentais relacionados ao suicídio[ii].

Durante todo o mês, um vagão da linha 4-Amarela - chamado de "vagão do acolhimento" - estará personalizado com expressões que utilizamos no dia a dia quando falamos da doença e que, muitas vezes, vêm carregadas de julgamentos, prejudicando quem precisa de ajuda especializada.

"Nos relatos que recebemos diariamente no CVV, as pessoas alegam que sofrem com o estigma da Depressão, que os indivíduos à sua volta minimizam o sofrimento delas e acham que estão fingindo ou usando a doença como desculpa para não trabalhar, por exemplo. É importante mostrarmos que a Depressão é uma doença grave e incapacitante, mas que com ajuda profissional, pode ser tratada", explica Carlos Correia, voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV).

Vídeos animados também serão transmitidos nos monitores dos trens e estações fazendo um convite à população: "Palavras importam - Informe-se e faça bom uso delas", com QR code que redirecionará para um guia completo que explica como dialogar de maneira mais empática e acolhedora sobre Depressão.

A versão impressa desse guia ("Depressão: quando saber falar e ouvir inspira a vida") estará disponível gratuitamente nas 27 estações que compõem as linhas 4-Amarela e 5-Lilás. O material, que também pode ser encontrado para download no site do movimento, traz exemplos práticos sobre como abordar o tema Depressão de maneira mais adequada. Além disso, painéis informativos estarão instalados nas estações para reforçar a ação.

"Nossa expectativa é que a sociedade brasileira esteja mais preparada para lidar com a doença, além de mostrar a importância de uma conversa acolhedora e livre de julgamentos. Sabemos que apesar do distanciamento social imposto pela pandemia, grande parte da população precisa continuar se locomovendo pela cidade para exercer suas atividades, então, decidimos levar o Movimento para as estações de metrô porque acreditamos que essas mensagens sobre saúde mental podem ajudar e acolher as pessoas que passarem por lá", explica Fabio Lawson, psiquiatra e Diretor Médico da Janssen.

Lawson reforça, no entanto, que não é para as pessoas saírem de casa para irem ao metrô conferir a ação. "Para aquelas que estão em casa, disponibilizaremos nos próximos dias um vídeo no site do Movimento, onde a população também pode encontrar bastante informação sobre a doença".

Juliana Alcides, gestora de sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade, destaca a importância de a ação acontecer nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás: "Nesse momento, mais do que nunca precisamos estar atentos à saúde e bem estar de todos os que circulam diariamente pelas nossas linhas. Por isso, são fundamentais iniciativas como o "Movimento Falar Inspira Vida", que reforça os cuidados e melhorias na qualidade de vida dos passageiros".

O Movimento Falar Inspira Vida, liderado pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, marca o Setembro Amarelo e pretende requalificar a conversa sobre a Depressão por meio do conhecimento, contribuindo para um ambiente mais favorável a quem precisa de apoio especializado. O projeto conta com a participação de renomadas instituições: Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), Centro de Valorização da Vida (CVV), Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, Instituto Crônicos do Dia a Dia (CDD), Instituto Vita Alere, Vitalk e revista VEJA Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Depressão afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo (4,4% da população mundial). No Brasil, a prevalência é um pouco maior do que a média: 5,5% ou um total de 11,5 milhões de brasileiros[iii] - número que, nas Américas, só é superado pelos Estados Unidos. Ainda de acordo com a OMS, são registrados cerca de 11 mil suicídios todos os anos no país e mais de 800 mil no mundo1, sendo que 97% dos casos estão relacionados a transtornos mentais e, em primeiro lugar, à Depressão[iv].




SERVIÇO
Movimento Falar Inspira Vida - Setembro Amarelo
Quando: 01 a 30 de setembro
Onde: Estações Linhas 04-Amarela e 05-Lilás de metrô, São Paulo
Informações: www.falarinspiravida.com.br
OBSERVAÇÃO: a ideia desta ação presencial é atingir a população que, apesar da pandemia, continua precisando circular pelo metrô. Por isso, não estimulamos que as pessoas se desloquem até as estações por conta da campanha. Todos os materiais estarão disponíveis no site www.falarinspiravida.com.br.


Janssen

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Consumo pós-pandemia: qualidade e necessidade ditam as regras na hora de comprar

 Roupas de alta costura em brechós de luxo são opções para quem procura exclusividade e produtos duráveis. E-commerce ainda é opção para quem quer comprar sem sair de casa

 

Mundo afora, a moda tem ganhado um novo tom. Estilistas apostam em coleções menores, máscaras de tecido e roupas mais práticas para atender às necessidades do "novo normal", que exige cuidado dobrado e mais lavagens. No cenário atual, consumidores se tornam cada vez mais exigentes e buscam serviços de qualidade, que atendam aos novos costumes.

"O cliente enxergou que não precisa de tanto, e sim de qualidade. Está cada vez mais exigente, buscando menores preços, melhores condições de pagamento e atendimentos personalizados", analisa a empresária Raffaela Prudente, dona do brechó de luxo brasiliense Raffa's Bazaar.

Em um momento onde a qualidade ganhou mais status e o consumo se torna mais consciente, as roupas de luxo podem ser boas apostas. A empresária lembra que a alta costura tem seu lugar, visto que essas peças carregam um valor agregado à marca e são reconhecidas à distância. Para ela, o segredo é fazer uma boa escolha de modelo e cor. "Se optar pela peça certa, a roupa será eterna e te deixará sempre elegante e sofisticada."

Entre as dicas de Raffaela estão jaquetas e ternos. As jaquetas podem ser de diferentes tecidos e tamanhos e oferecem combinações que funcionam tanto para dias frios, quanto para aqueles ensolarados. A peça pode ser colocada como sobreposição com outra mais quente, mas também serve para cobrir um leve vento e compor o look.

Também nessa linha de composições, o terno é funcional para homens e mulheres. "Eles ficam completamente alinhados para o trabalho e funcionam muito bem em locais mais tranquilos, que pedem um toque de elegância. Eles são versáteis. Sabendo usar, combinam com quase todas as ocasiões", ressalta.

Fatores como a alta constante do dólar, a queda da economia em diversos setores e as restrições sobre a entrada de brasileiros em países da Europa e América do Norte também contribuem para o mercado interno, segundo Rafaella. "O cliente não viajando para o exterior, deixará o entusiasmo de comprar na viagem, pagando valor à vista, para comprar parcelado no Brasil." 



Escolhas seguras

Além do investimento em roupas de luxo do Raffa's Bazaar serem apostas certas pela durabilidade, comprar no brechó de Rafaella garante segurança nesse momento de pandemia. Na loja física, a empresária adotou todas as medidas de segurança recomendadas pelos órgãos governamentais. Mas ela também oferece o serviço de vendas online para aqueles que preferem não se arriscar, ou estão em outros estados do país.

"Muitas pessoas optaram por fazer compras online. É uma forma de se prevenir, não saindo de casa. Mas também é uma opção mais confortável, em que o produto chega até você sem que você precise fazer um grande esforço", enfatiza Rafaella.

Com o fechamento dos comércios por todo o país, o comércio eletrônico cresceu 145% no primeiro semestre, segundo estudo 'E-commerce na Pandemia', realizado pela plataforma Nuvemshop. A análise também aponta que o comércio de roupas teve alta de 189%, tudo em relação ao mesmo período de 2019.


JOVENS CONTINUAM PROCURANDO VAGAS APESAR DA CRISE

Maioria dos pesquisados está otimista acerca da busca por uma chance no mercado

  

A crise causada pela epidemia do coronavírus levou muitas empresas a demitir funcionários e fechar oportunidades. Essa diminuição foi registrada também no setor de estágios, impactando a vida dos estudantes. Para entender mais sobre o tema, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez a seguinte pergunta aos jovens: você continua buscando vagas? O estudo foi realizado entre os dias 3 e 14 de agosto com 52.885 participantes de 15 a 29 anos. O resultado demonstrou esperança por parte dos candidatos.

Segundo Helenice Resende, coordenadora de recrutamento e seleção do Nube, os mais novos têm sido os mais afetados pela situação econômica. “De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, um em cada seis jovens com idade entre 18 e 29 anos parou de trabalhar desde o início da Covid-19”, ressalta. Quanto ao mercado de estágios, o resultado não foi diferente. Houve uma queda de 92% no número de posições em relação ao ano passado. 

Ainda assim, a maioria dos respondentes (53,68% ou 28.389) disse: “sim, estou otimista e devo encontrar uma em breve”. Helenice aponta uma melhora de 45% registrada no mês de julho. “Ou seja, a recuperação nesse tipo de contratação tem sido rápida e pode gerar boas expectativas. No entanto, não há como prever com exatidão como ficará o mercado da área pós-crise”, destaca.

Por outro lado, 40,24% (21.281) afirmaram: “sim, mas não está sendo fácil”. Na visão da especialista, a maior dificuldade enfrentada é o baixo número de possibilidades disponíveis. Além disso, muitos foram afetados com a perda de renda individual e da família. “Isso causa limitação de acesso aos meios digitais pelos quais vem sendo realizadas as principais divulgações de vagas e captação de currículos. Quem não têm conexão com a Internet, infelizmente, perde chances”, explica.

Outros 4,16% (2.198) colocaram: “depende, até quero, mas tem poucas oportunidades”. Em uma realidade como essa é essencial manter uma busca ativa. “Vale também tentar ampliar sua rede de contatos e aproveitar para fazer cursos on-line. Atualmente existem muitas instituições oferecendo excelentes cursos a distância, totalmente gratuitos”, indica a gestora. 

Já 1,23% (651) admitiram: “não, estou muito pessimista por conta da pandemia”. A coordenadora lembra: a situação é mais desafiadora para uma parcela da população. “Enquanto de um lado a maior preocupação é não poder sair de casa, outros enfrentam a falta de alimento na mesa. Por isso, é relevante procurar apoio entre amigos, familiares e não desistir. O país já passou por outras instabilidades e se recuperou. Logo, é um momento para obter autoconhecimento, aprendizado e, caso necessário, traçar novos objetivos ou guardá-los para quando o cenário melhorar e ir atrás de outras alternativas temporariamente”, observa.

Por fim, 0,69% (366) responderam: “não, parei de procurar, só voltarei quando tudo passar”. Entretanto, quem deseja ser contratado o mais rápido possível não deve usar essa estratégia, pois não há certeza sobre quando as coisas voltarão ao ‘normal’. “Aguardar pode levar a perda de muitas chances. Apesar da queda no número de aberturas, ainda há empresas admitindo. Caso o jovem prefira esperar a crise terminar, pode aproveitar esse tempo para estudar, adquirir capacitação e, até mesmo, tentar entender quais são os seus reais interesses e aptidões. Fazer uma orientação profissional também pode ser uma boa opção”, finaliza Helenice.




Fonte: Helenice Resende, coordenadora de recrutamento e seleção do Nube.

www.nube.com.br.

 

As habilidades de que os empreendedores precisam para obter sucesso após a quarentena

 Os instrutores de empreendedorismo na Udemy Leila Adriano Ostoyke e André Bernardo falam sobre as competências necessárias para gerir um negócio nos tempos atuais

 

Os últimos cinco meses foram de mudanças e incertezas para todos – inclusive para os empreendedores e para as suas empresas. De acordo com a edição da segunda quinzena de junho da "Pulso Empresa", pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que analisa os impactos da pandemia nos negócios brasileiros, 62,4% das empresas em funcionamento no país relataram ter sido afetadas negativamente pela pandemia.

Além disso, 50,7% delas indicaram diminuição nas vendas de produtos e serviços – e 14,8% reduziram os seus quadros de funcionários. Então, o que os empreendedores podem fazer para contornar essa situação e fazer os seus negócios prosperarem?

A seguir, os instrutores de empreendedorismo na Udemy, o maior destino do mundo para cursos online, Leila Adriano Ostoyke e André Bernardo, respondem a perguntas sobre as habilidades que todo empreendedor deve possuir para triunfar nos novos tempos em que estamos vivendo.

 

As cinco habilidades essenciais para os empreendedores de hoje

De acordo com Leila – instrutora com mais de 50.000 alunos na Udemy em cursos como “Empreendedorismo digital sem mistérios” e “Empreendedorismo digital para professores e educadores” –, as cinco habilidades que todo empreendedor deve possuir neste e em qualquer outro momento são: autoconhecimento, poder de análise e de pensamento crítico, flexibilidade cognitiva, capacidade de tomada de decisão e empatia. “Elas estão sendo ainda mais necessárias durante a pandemia”, afirma ela.

Para Leila, a empatia é a habilidade que mais ganhou importância nos últimos meses – e tem sido empregada pelas empresas tanto na comunicação com os clientes quanto na escolha de que novos produtos e serviços oferecer.

Já para Bernardo – instrutor com mais de 56.000 alunos na Udemy, em cursos como “Fast MBA - Empreendedorismo, negócios e startups na prática” e “Fast MBA lead - Liderança e gestão de pessoas” – as cinco competências que os empreendedores devem possuir nos tempos atuais são: gestão do tempo/produtividade, gestão de projetos e tarefas, liderança, pensamento estratégico e autodidatismo. “Este é o momento de aprendermos e nos reinventarmos rápido”, diz ele.

 

Novos negócios, produtos e serviços

Os instrutores também deram as suas opiniões sobre como saber se este é o momento certo para lançar uma nova empresa, produto ou serviço. Para Leila, a melhor oportunidade para lançar um novo negócio é quando o público está precisando do negócio em questão, independentemente da pandemia. “Por exemplo, agora, estamos precisando de soluções que nos ajudem a lidar com a distância, como fazem as plataformas de educação à distância, os aplicativos de videoconferência e os serviços de delivery”, explica ela.

Além disso, de acordo com ela, o empreendedor precisa se perguntar se o negócio a ser lançado continuará sendo útil para o público depois da pandemia.

Bernardo, por sua vez, diz que é preciso avaliar, antes de começar um negócio atualmente, se ele pode funcionar via canais digitais. “Se não, o empreendedor pode usar este momento para desenvolver a ideia e validar hipóteses. Assim, quando a situação se normalizar, o negócio estará pronto para ser lançado”, diz ele.

 

Aceleração na digitalização das empresas

O instrutor destaca que, atualmente, todas as empresas – as novas e as já estabelecidas – que tiverem a oportunidade de vender via internet devem fazê-lo. Mas, para isso, o empreendedor precisa adquirir conhecimento. “O marketing digital é muito diferente do tradicional, por exemplo. Por isso, é importante fazer cursos”, afirma Bernardo. “Claro que o empreendedor não precisa saber tudo e pode contratar profissionais para ajudá-lo, mas é importante ter uma base.”

 

Comparação internacional

Não são só os instrutores brasileiros que acreditam que é importante que as empresas tenham presença digital. O espanhol Nestor Guerra, que tem mais de 3.000 alunos na Udemy, diz que, nos últimos meses, muitos negócios online cresceram num ritmo surpreendentemente rápido, impensável antes da pandemia. “E ainda há espaço para as empresas que quiserem passar a vender na internet”, afirma ele.

 



Udemy

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SBGG ressalta importância de discutir sobre etarismo e o aumento da violência contra o idoso em meio à pandemia

Entidade aponta aumento nos casos de violência contra idosos e afirma a necessidade de falar sobre etarismo com a sociedade

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no Brasil, 13% da população tem mais de 60 anos, sendo que a partir de 2031 haverá mais idosos do que crianças e adolescentes e, em 2042, essa população alcançará o número de 57 milhões de brasileiros.

 

“Esses números mostram a necessidade de trazermos o tema da velhice para o primeiro plano de debate, ainda mais quando dados da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, revelam que entre março e maio de 2020, ou seja, em plena pandemia, o número de denúncias de violência contra a pessoa idosa passou de 3 mil para 17 mil”, afirma Dr Carlos André Uehara, Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

O Etarismo, ou seja, o preconceito ou discriminação com uma pessoa por conta de sua idade, ainda é um mal muito latente e arraigado em nossa sociedade, indo desde estereótipos - como o costume de não perguntar a idade da mulher ou a crença de que idosos são pessoas frágeis - além da violência ou maus tratos.

“Uma das formas mais adequadas de combater o etarismo é disseminar informações pertinentes ao tema, a fim de oportunizar que a população, de maneira geral, tenha conhecimento sobre a velhice”, pontua Dr. Uehara.

Apesar de salientar que a população idosa é heterogênea e quando se fala em idoso é importante saber de qual idoso estamos falando, o especialista da SBGG ressalta que ainda existem muitas crenças falsas, o que só alimenta o etarismo. “Algumas crenças versam sobre premissas que não são verdadeiras como: os idosos não podem trabalhar; as pessoas mais velhas possuem saúde debilitada; os idosos são um ônus econômico para a sociedade. Nesse sentido, a luta contra o preconceito é diária e precisa ser feita”, explica Uehara.

Entre as práticas mais comuns de etarismo entre idosos - sem levar em conta a violência física - estão a retirada da autonomia dos idosos para que tomem decisões e a infantilização. “Ambos partem do princípio de que a pessoa idosa é incapaz de gerir a sua própria vida, que não tem competência física ou psíquica para tomar decisões. O que não condiz com a realidade”, aponta Uehara. 

Uma das formas de se combater o preconceito contra os idosos é a Lei Federal nº 10.741, conhecida como Estatuto do Idoso, de 1º de outubro de 2003, que prevê uma série de normas com vistas a proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa. Logo nos primeiros artigos, estabelece que “O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. Além disso, “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

“Juntamente com a disseminação de informações pertinentes ao tema, é de suma importância para a nossa sociedade conhecer os artigos e os direitos fundamentais previstos no “Estatuto do Idoso” a fim de garantir que as mesmas sejam aplicadas em todos os casos que haja o etarismo”, finaliza Uehara.

 



Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

 

Lei respalda cobrança de taxa de serviços de agências e operadoras de turismo mesmo com adiamento de eventos

Com o revés sofrido por conta da pandemia, os setores de Turismo e Cultura precisaram se reinventar em 2020. E na última semana, a conversão da Medida Provisória nº 948 em lei pode ser considerada um ponto positivo para os segmentos, trazendo mais clareza em relação ao reembolso de eventos adiados e ainda a restituição dos serviços de agenciamento.

A Lei 14.046, sancionada no dia 25 de agosto, atende às reivindicações de empresas do setor, que vinham sofrendo com a falta de esclarecimento quanto ao processo de reembolsos e cancelamentos. Agora, há uma clareza maior, especialmente em relação à restituição dos valores referentes aos serviços de agenciamento e intermediação.

De maneira sintética, a lei definiu que nos casos de cancelamentos de serviços, reservas, eventos (shows e espetáculos) que tenham ocorrido a partir de 1º de janeiro de 2020 e decorrentes da pandemia, as empresas não precisam reembolsar os valores, desde que garantam ao consumidor, sem custo adicional, taxa ou multa, a (i) remarcação dos serviços, reservas ou eventos, (ii) disponibilização de crédito para utilizar na compra de outros serviços, reservas e eventos.

O consumidor tem o prazo de 120 dias após o comunicado de cancelamento ou do próprio cancelamento do serviço ou evento para solicitar e ter disponibilizado tais possibilidades, ou pedir até 30 dias antes da realização do evento.

Aceitando o consumidor utilizar o crédito para abatimento na compra de outros serviços, reservas e eventos, esse poderá ser utilizado em até 12 meses após o encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6/2020, que está previsto para terminar em 31 de dezembro de 2020. Já, a remarcação deverá ocorrer em até 18 meses após o encerramento do estado de calamidade pública.

É importante dizer que a lei deixou claro que a devolução do valor somente ocorrerá quando não for possível à empresa ou prestador de serviço oferecer a remarcação ou a carta de crédito. E esta devolução deverá ocorrer em até 12 meses após o encerramento do estado de calamidade pública.


Agências de turismo podem cobrar por seus serviços

A Lei 14.046 também joga luz sobre uma das questões mais importantes para a rotina de agências de turismo e negócios similares, garantindo a possibilidade de cobrança pelos serviços de agenciamento, mesmo que o evento ou viagem tenham sido cancelados por conta da pandemia.

Ou seja, as agências de turismo, inclusive abrangendo as operadoras, independentemente de ocorrer concessão de carta de crédito ou devolução dos valores, poderá deduzir desta operação os valores alusivos aos seus serviços prestados.

Além do mais, a legislação manteve a previsão já contida na Medida Provisória de que os cancelamentos ou adiamentos dos contratos caracterizam hipótese de caso fortuito ou de força maior, e não são cabíveis reparação por danos morais. Uma segurança jurídica importante para as empresas do segmento neste momento.

Portanto, é seguro afirmar que a legislação trouxe para as agências e operadoras notícias boas e que permite que o foco seja no sentido de atender os clientes na retomada do turismo. E ainda oferece uma nova visão sobre o dia a dia do segmento, apoiando na manutenção de caixa, o que deve ser fundamental também na retomada do setor.

 



Flávio Pinheiro Neto - advogado empresarial do escritório Flávio Pinheiro Neto Advogados, que assessora empresas do Setor de Turismo

  

Interrupção da gravidez em casos de estupro: médicos não são criminosos


No domingo (17 de agosto), circulou nos veículos de comunicação a decisão da Justiça do Estado do Espírito Santo autorizando a realização de aborto em menina de 10 anos de idade que engravidou após ter sido estuprada pelo próprio tio, fatos que tiveram grande repercussão nacional.

A menina, que teve a gravidez de 3 meses detectada após dar entrada em hospital com dores abdominais, relatou que vinha sendo vítima de violência sexual há pelo menos 4 anos, e que não havia falado sobre o assunto com os seus familiares porque sofria ameaças constantes do estuprador.

Trata-se de nítida hipótese de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A, do Código Penal, consistente na prática de ato libidinoso ou relação sexual com menor de 14 anos.

A interrupção da gravidez foi autorizada pelo juiz titular da Vara da Infância e da Juventude do município onde a criança reside, o que repercutiu e desencadeou em uma série de protestos (a favor e contra o procedimento) nas redes sociais.

Importante registrar que, em situações de gravidez decorrente de estupro, ou não havendo outro meio de salvar a vida da gestante, o Código Penal descriminaliza o aborto.

Apesar da permissão prevista em lei, o assunto provoca discussões sobre a quem compete decidir pelo abortamento: à gestante, ao médico, ou à Justiça? E ainda, se é possível que um médico venha a responder criminalmente por realizar o procedimento nessas condições.

No que diz respeito à interrupção de gravidez resultante de estupro, também chamado de aborto humanitário ou sentimental, a realização do ato cirúrgico depende da vontade da gestante. Se tratando de gestante menor de 18 anos, é necessária a autorização de um dos pais ou do responsável legal.

No entanto, se a garota decide por dar continuidade à gestação, contrariando a vontade da família, a vontade da gestante deve ser respeitada. Por outro lado, se opta por interromper a gravidez e os responsáveis se opõem, tal situação deverá ser resolvida pelo Judiciário.

A realização do aborto humanitário, portanto, independe de decisão de profissional de saúde, nem é preciso apresentar boletim de ocorrência, laudo do IML ou decisão judicial. A gestante assinará um termo no hospital onde o procedimento será realizado, manifestando a sua opção pelo aborto e se responsabilizando pelos fatos narrados à equipe médica.

O objetivo do serviço de saúde é garantir o exercício do direito à saúde, de forma que não cabe ao profissional de saúde duvidar da palavra da vítima, devendo ser recebida com presunção de veracidade.

Se, após o procedimento, descobrir-se que a gestação não foi resultado de violência sexual, o Código Penal isenta o médico de pena por considerar o erro plenamente justificado pelas circunstâncias fáticas, de modo que somente a gestante responderá pelo crime de aborto.

De todo modo, a fim de se resguardar de qualquer responsabilização penal, cumpre ao profissional de saúde assegurar a regularidade do procedimento de interrupção de gravidez por violência sexual, garantindo, assim, o exercício pleno dos direitos humanos das mulheres.

 



Guilherme Gueiros e Luiz Guerra - são advogados e sócios da área Penal do Urbano Vitalino Advogados.

 

O médico-veterinário é profissional de Saúde Pública

O espectro de atuação do médico-veterinário é muito amplo, especialmente na área de saúde pública. Pela falta de informação e de conhecimento por parte de políticos, personalidades e profissionais de imprensa sobre esse vasto campo de exercício profissional, acabou causando perplexidade a nomeação do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF), o médico-veterinário Lauricio Monteiro Cruz, para assumir o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde. 

No entanto, o mesmo cargo já vinha sendo ocupado, de forma interina, por um médico-veterinário, o servidor de carreira do ministério Marcelo Yoshito Wada, com 22 anos de experiência profissional, o que não era tratado com estranheza dentro do meio científico, nem pelas equipes multidisciplinares do ministério. Inclusive, o departamento conta com outros 14 médicos-veterinários.

Lauricio, servidor público do Distrito Federal, chega ao cargo com 31 anos de atuação, na área de políticas públicas e no Sistema Único de Saúde (SUS). Seu desafio é contribuir para as políticas de prevenção e controle de doenças transmissíveis; de notificação de enfermidades; de investigação e vigilância epidemiológica; de orientação e supervisão da utilização de imunobiológicos; de investigação de surtos e epidemias, em especial doenças emergentes; de programação de insumos na área de Vigilância em Saúde; e suporte técnico aos estados e municípios. Estarão também sob a sua responsabilidade a coordenação dos principais agravos à saúde, como a dengue e a malária, duas patologias de grande magnitude no Brasil.

Com o respeito merecido aos demais profissionais da saúde, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) tem a convicção de que os médicos-veterinários também são plenamente competentes para dirigir o departamento, que deve pautar suas ações na colaboração interdisciplinar para atender às demandas da sociedade.

 

Saúde Pública 

O médico-veterinário cuida de você. Nem todo o mundo sabe, mas 62% dos patógenos humanos conhecidos são transmitidos por animais, além disso, 75% das doenças emergentes tiveram origem na fauna silvestre (pág. 13, edição 84 da Revista CFMV). De acordo com a Lei nº 5517/1968, o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem, as zoonoses, é uma das funções do médico-veterinário, um profissional de saúde reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 1998. 

Como consequência, médicos-veterinários fazem parte das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), desde 2011, realizando ações de educação em saúde e visita aos lares brasileiros para prevenir e diagnosticar o risco à saúde das zoonoses, como raiva, leptospirose, brucelose, tuberculose, dengue e febre amarela, dentre outras doenças que têm animais como hospedeiros ou vetores.

 

SAÚDE ÚNICA

Estudos recentes publicados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela revista Science apontam a Saúde Única – união de conhecimentos entre as saúdes pública, veterinária e ambiental – como abordagem para prevenir e responder a novos surtos de doenças zoonóticas e pandemias. O médico-veterinário é o profissional que reúne essas competências e sua atuação vai muito além do cuidado com a saúde e o bem-estar dos animais e dos atendimentos em clínicas, hospitais e consultórios veterinários. 

Capacitado para as atividades de inspeção e de vigilância sanitária dos produtos de origem animal consumidos pela população, o médico-veterinário trabalha para garantir alimentos saudáveis em nossas mesas, mas, ao mesmo tempo, faz análise do solo e da água, visando à sustentabilidade ambiental nos ambientes de produção animal. Seu conhecimento em vigilância epidemiológica contribui em situações de surtos alimentares e outros agravos, transmissíveis ou não, no controle de zoonoses emergentes e reemergentes e nas campanhas de imunização. Exerce atividades em laboratórios, na pesquisa, no diagnóstico, na produção de imunobiológicos e participa da produção de vacinas e medicamentos de uso humano e animal. 

A constante ameaça de novas pandemias originadas na interface homem-animal, como a covid-19, demonstra a necessidade de colaboração intersetorial, especialmente em vigilância, gerenciamento de riscos, biossegurança e comunicação. Na batalha contra a covid-19, em 2020, o médico-veterinário foi incluído pelo Ministério da Saúde entre os profissionais de saúde que poderiam atuar como voluntários da ação “O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde”. Segundo o ministério, 50% dos médicos-veterinários atuantes se cadastraram para participar e ajudar o país no esforço nacional de enfrentamento à pandemia

 

“A MEDICINA VETERINÁRIA CURA A HUMANIDADE” 

Assim como Lauricio, outros médicos-veterinários trabalham para configurar esse novo contexto de Saúde Única. É o caso do médico-veterinário Luis Eduardo Cunha, vice-presidente do Instituto Vital Brazil (IVB). Ele coordena uma equipe multidisciplinar, que conta com mais oito me?dicos-veterina?rios e trabalha na pesquisa com o soro produzido a partir de plasma de cavalos para tratamento e combate a? doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). O instituto já anunciou o depósito de patente do novo soro para combater a covid-19.

Na Universidade São Paulo (USP), um estudo coordenado pelo médico-veterinário Marco Antonio Stephano estuda uma vacina por spray nasal contra a covid-19. A equipe desenvolveu uma nanopartícula, a partir de uma substância natural, na qual foi inserida uma proteína do vírus. Uma vez administrada, nas narinas, espera-se que o corpo produza anticorpos presentes na saliva, na lágrima, no colostro e em superfícies do trato respiratório, intestino e útero. “Além de inibir a entrada do patógeno na célula, a vacina impedirá a colonização deles no local da aplicação”, explica Stephano. 

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1996 foi concedido ao médico-veterinário australiano Peter C. Doherty, "por suas descobertas a respeito da especificidade da defesa imunológica mediada por células”. 

Tudo isso mostra que Louis Pasteur estava certo quando dizia: “A Medicina cura o homem, a Medicina Veterinária cura a humanidade." Os médicos-veterinários são profissionais de saúde e, pelo seu conhecimento generalista, também podem ocupar cargos de gestão, atuando como secretários, diretores, coordenadores e gerentes de várias áreas estratégicas do comando da saúde, no Brasil e no mundo. O novo diretor do Ministério da Saúde estará assessorado por uma equipe multiprofissional de técnicos do órgão, devidamente capacitados a dar o suporte científico necessário para manter o país como referência mundial na gestão de saúde, imunização, vigilância e controle de doenças.

 


Conselho Federal de Medicina Veterinária

 

Estupro: O que a vítima deve fazer para realizar queixa, quais são as provas e qual a penalização para o crime?

 Especialista em Direito Penal, Acacio Miranda da Silva Filho, esclarece que o crime de estupro é julgado nos dias atuais como Ação Penal Pública Incondicionada


Nas últimas semanas, uma menina de 10 anos passou por um procedimento para interromper a gravidez, após ter sido estuprada pelo tio, que confessou os abusos contra a jovem, e foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça. Em depoimento ao Ministério Público, a vítima declarou que sofria abusos desde os 6 anos de idade, e não recorreu a ajuda pois era ameaçada por ele.


Estupro e legislação

Nos dias atuais, o crime de estupro está sujeito a Ação Penal Pública Incondicionada. De acordo com o especialista em Direito Penal, Acacio Miranda da Silva Filho, o autor do crime será processado independentemente da vontade da vítima. “A primeira providência a ser tomada é avisar a autoridade policial, para que, a partir daí, sejam tomadas todas as medidas legais, inclusive o oferecimento da denúncia contra o autor dos fatos”, aponta.

O crime de estupro é o chamado Crime de Infração Penal Não Transeunte (o que depende da comprovação da materialidade da ocorrência do crime), para que o algoz seja processado. Como regra, isso se dá através da prova pericial, contudo, não existindo provas materiais, principalmente no crime de estupro, a palavra da vítima tem bastante importância.

O crime de estupro é caracterizado pelo ato de colocar a mão por dentro da roupa da vítima sem consentimento ou iniciar ou consumar ato sexual sem consentimento. Desde a reforma do Código Penal nesse crime, realizada em 2009, também se caracterizam como estupro outros atos libidinosos — ou seja, o crime de estupro pode ser configurado mesmo sem penetração.


O que fazer em caso de estupro?

Procurar ajuda é fundamental, tanto médica quanto da polícia, para que se registre queixa. Sem ela, não haverá Boletim de Ocorrência, nem investigação contra o agressor. Acacio Miranda alerta que é de suma importância que o registro do Boletim de Ocorrência e o exame de corpo de delito sejam realizados (antes ou depois da coleta de exames) para que as investigações sejam iniciadas.

Feito isto, a vítima será encaminhada a um hospital para realizar exames e receber medicamentos antirretrovirais (para impedir a contaminação pelo vírus da AIDS, por exemplo) e a pílula do dia seguinte. Em alguns casos, o encaminhamento para o hospital é feito antes da delegacia, principalmente se a vítima está ferida.


Pena

Para o estupro comum, consagrado no Artigo 213 do Código Penal, a pena vai até 12 anos de reclusão. Quando se fala em estupro de incapaz, que está no Artigo 217 do Código Penal, a pena é elevada, podendo chegar a 20 anos. O estupro de incapaz se caracteriza quando a a vítima é menor de 14 anos, ou por circunstâncias psicológicas que impeçam que a pessoa manifesta livremente a sua vontade (como no caso de algum tipo de deficiência intelectual).

 




FONTE: Acacio Miranda da Silva Filho - Doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF. Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha. Cursou pós-graduação lato sensu em Processo Penal na Escola Paulista da Magistratura e em Direito Penal na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. É especialista em Teoria do Delito na Universidade de Salamanca/Espanha, em Direito Penal Econômico na Universidade de Coimbra/IBCCRIM e em Direito Penal Econômico na Universidade Castilha - La Mancha/Espanha. Tem extensão em Ciências Criminais, ministrada pela Escola Alemã de Ciências criminais da Universidade de Gottingen, e em Direito Penal pela Universidade Pompeu Fabra.


Especialista aponta dicas e cuidados para empresários que decidiram apostar no e-commerce

 Além da diversidade de produtos, o comércio eletrônico permite uma competitividade maior


O mercado de comércio eletrônico já era uma tendência mesmo antes da pandemia. Em 2019, o segmento girou em torno de R$ 75 Bilhões. Com a pandemia, certamente ocorreu um aumento de compras pela internet e ela se manterá. A previsão de faturamento para 2020 está apontando para algo em torno de R$ 111 bilhões, 49% mais do que em 2019.

De acordo com Ricardo Monteiro, gestor de marcas pela ESPM, desenvolvedor Fullstack em webdesign e e-commerce e sócio da DMK Group no Brasil e Estados Unidos, empresa especializada em registros de marcas e patentes, o comércio eletrônico está ligado diretamente com o dia a dia das pessoas, isso porque os usuários estão extremamente conectados nos celulares e nas redes sociais. “São nessas redes em que ocorrem a maior parte das publicidades para as lojas online. A facilidade de poder comprar, de onde estiver, um produto de qualquer lugar do país ou do mundo, certamente faz a diferença”, aponta.

O especialista explica que além da diversidade de produtos, o comércio eletrônico permite uma competitividade maior, o que possibilita ao consumidor consultar milhares de lojas, e escolher a que oferece o melhor produto pelo preço mais atrativo.

E quem estiver interessado neste mercado, para começar é preciso, em primeiro lugar, moldar o método de negócio para a internet, analisando questões práticas e levando em consideração também o pós-venda, como ocorrerá o manuseio da mercadoria, envio, emissão de notas fiscais entre outros custos tradicionais. “É fundamental elaborar suas políticas de trocas e termos de uso”, alerta Ricardo.

O investimento para plataforma de venda em si é muito variável. Depende muito do tipo de produto, alcance das vendas, entre outros fatores. Porém, o investimento para iniciar loja virtua é extremamente menor, se comparando para abrir um negócio tradicional, com locação de sala, estrutura e pessoas.

Com certeza se for investir em uma loja virtual é muito interessante e recomendado possuir uma sessão ou página institucional, falando mais sobre sua marca, empresa e seu negócio.  Ajudará a passar mais segurança para o consumidor de quem ele está comprando.

Qualquer pessoa pode iniciar as vendas online sem ter uma plataforma ou site próprio, apenas realizando vendas por meios de marketplaces, como Mercado Livre por exemplo.  “É o jeito mais rápido de iniciar suas vendas online. Divulgando seus produtos em sites como Mercado Livre, Submarino e etc. O custo é extremamente baixo, o vendedor consegue visibilidade em grandes sites, mas na contramão disso não é possível personalizar a loja, o cliente não estabelece uma conexão com a marca e o empresário sofre um pouco com a baixa recorrência”, alerta Ricardo.


Cuidados com a agencia de correio

Quando as empresas vendem produtos que usualmente são simples e permitidos despachar na agência dos correios por exemplo, torna-se mais fácil a venda e inclusive alguns custos de frete.

Normalmente, produtos mais frágeis ou alimentos tendem a ser um pouco mais complicados para fazer envios. Com vinhos e espumantes, por exemplo, muitas empresas preferem utilizar transportadoras especializadas para fazer os envios, pois enviar este tipo de produto através dos Correios é impensável.

Ricardo enfatiza que o principal fator de cálculo de frete hoje é o peso e dimensões. “Os empresários devem procurar boas empresas de transportes que cumpram os prazos e entregam com segurança as mercadorias. Para o consumidor final, quem estará fazendo a entrega em si é a empresa do e-commerce, e não a terceirizada. É o momento chave da venda online, onde tudo deve ocorrer com agilidade e segurança”, destaca.

Outra dica é procurar diversas transportadoras, e trabalhar com mais de uma, já que algumas podem oferecer custos diferentes para determinadas regiões do país. Assim, a empresa conseguirá ofertar um frete mais competitivo no mercado.

Ricardo Monteiro - gestor de marcas (Branding) pela ESPM Sul e entrou para o anuário de 2009 pelo trabalho realizado na conclusão de curso. Em projetos de branding, Ricardo já desenvolveu marcas e rótulos para vinhos, cervejas e demais tipos de produtos e serviços. O especialista é programador e desenvolvedor web “Full Stack”. Desenvolve e-commerce (lojas virtuais) integradas com diversas ferramentas nativas.  Atualmente, é sócio da DMK GROUP, empresa especializada em registros de marcas e patentes nos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.dmk.group  ou entre em contato por e-mail monteiro@dmk.group


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