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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Varizes também é coisa de homem



 Pesquisa aponta que ocorrência de varizes em homens, é um problema mais comum do que parece


As varizes causam incômodo por conta da sensação de dor, formigamento, queimação e o inchaço que provocam. E engana-se quem pensa que varizes é um problema exclusivo das mulheres: a doença ocorre em muitos homens. No Brasil, foi estimado por um estudo feito pelo Prof. Maffei, da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, que cerca de 38% dos homens possuem varizes nas pernas, na maioria das vezes pequenas, porém até 2,3% deste número, podem evoluir para quadros mais graves como a úlcera varicosa.

Veias dilatadas, calibrosas e tortuosas (nas pernas e pés) são causadas pelo seu mau funcionamento ao enviar o sangue de volta ao coração. O problema maior é o risco de evoluir para doenças mais graves, como a trombose, que interfere diretamente na qualidade de vida e autoestima - não é possível dormir por causa das dores e câimbras, além de impossibilitar, muitas vezes, a realização de exercícios. E essas são apenas algumas das dificuldades corriqueiras para quem sofre com doenças venosas. “A principal causa do aparecimento das varizes é a herança genética. A chance de um homem ter varizes se pai ou mãe tiverem o problema é de 25%. Se ambos os pais forem afetados, este risco sobe para quase 90%”, afirma a médica cardiovascular Juliana Puggina

Os tratamentos, que visam eliminar as veias doentes para que o sangue possa circular pelas veias que estão saudáveis, são os mesmos realizados nas mulheres. Atualmente estão cada vez menos invasivos, ou seja, não necessitam de internação e exigem menor tempo para alta. São realizados sem necessidade de corte e pontos na pele, pois acessam a veia através de uma punção de agulha guiada por ultrassom. Através disto, podem tratar as veias varicosas com cateteres que emitem luz de laser ou ondas de radiofrequência com a intenção de cauterizar a veia doente, sem retirá-la do local onde ela está. Outra alternativa é a espuma de polidocanol, um medicamento injetado na veia doente com objetivo de destruir as veias que estão prejudicando a circulação.

Ter hábitos saudáveis é uma forma essencial para se evitar varizes: praticar atividades físicas, ter uma boa alimentação, beber bastante água, não fumar e não passar muito tempo na mesma posição são algumas delas. Uma outra grande aliada, é o uso contínuo de meias de compressão, que auxiliam no retorno venoso. 




SIGVARIS

Adenomiose: parece endometriose, mas não é



Útero aumentado, cólicas, dores pélvicas, sangramento excessivo e dor durante a relação sexual. Estes sintomas podem indicar uma série de doenças ginecológicas, entre elas a adenomiose. Pouco conhecida do público leigo, a adenomiose, até alguns anos atrás, só era diagnosticada depois que o útero era retirado e enviado para um estudo anatomopatológico.
Isso quer dizer que a mulher precisava passar por uma histerectomia para se livrar dos sintomas e descobrir o que os causava. Mas, com o avanço dos exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, além das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como a histeroscopia e videolaparoscopia, hoje é possível realizar o diagnóstico sem a necessidade de retirar o útero. E isso é muito importante para mulheres que desejam engravidar.

Aliás, um dos motivos da adenomiose se tornar mais conhecida é justamente devido ao fenômeno da maternidade tardia, já que a doença parece ser mais comum em mulheres entre os 40 e 50 anos de idade. Quando a mulher tem dificuldade para engravidar, a investigação do ginecologista pode levar ao diagnóstico da adenomiose, por exemplo.

 
Mas, afinal, que doença é essa?
Segundo o ginecologista e cirurgião, Dr. Edvaldo Cavalcante, a adenomiose se caracteriza pela invasão de células do endométrio no miométrio. “O endométrio é parte interna do útero, sendo extremamente vascularizado e repleto de glândulas que participam do ciclo menstrual. Já o miométrio é a camada muscular do útero, que participa das contrações uterinas no momento do parto”.

“Na endometriose, as células do endométrio migram e podem ser encontradas em outros órgãos e estruturas, como ovários, tubas uterinas e intestinos, por exemplo. Na adenomiose as células do endométrio se implantam no próprio útero, no miométrio. Portanto, a adenomiose se define pela presença de glândulas endometriais e de estroma (tecido conjuntivo vascularizado) na camada muscular uterina”, explica Dr. Edvaldo.



Útero aumentado
Umas das consequências da implantação de células endometriais no miométrio é o aumento do volume uterino, que pode ser sentido no exame ginecológico e visto em exames de imagem. Quanto aos sintomas, Dr. Edvaldo explica que é muito variável e depende da profundidade do miométrio atingido.

“A adenomiose está associada a dismenorreia (cólica menstrual), hemorragia, dor pélvica crônica e dispareunia (dor durante a relação sexual). O sintoma mais prevalente é a dor pélvica”, comenta o cirurgião. Um estudo realizado com 710 mulheres na pré menopausa que fizeram histerectomia mostrou que apenas 4,5% delas não apresentavam sintomas. A dismenorreia era a queixa mais prevalente, relatada por 81,7% do grupo.


 
Comorbidades

E para quem acha que a adenomiose é o único problema, aqui vai uma informação importante: quase sempre está associada a outras doenças ginecológicas ou pélvicas. “A adenomiose está relacionada à produção do estrogênio, ou seja, é uma doença hormonodependente. Desta forma, frequentemente está associada a outras doenças que também são hormonodependentes, como miomas e a endometriose”, diz Dr. Edvaldo. Evidências recentes mostram também que a adenomiose é uma possível causa de infertilidade, assim como interfere nos processos de fertilização in vitro.

 
Diagnóstico e tratamento

O ginecologista irá realizar o exame físico, levantar a história clínica e solicitar alguns exames. O exame mais comum é o ultrassom transvaginal, mas podem ser solicitados outros, como a ressonância magnética ou ainda cirurgias diagnósticas, como a histeroscopia ou a videolaparoscopia.

Um dos maiores desafios da adenomiose é o tratamento da infertilidade. “Não há um consenso sobre a melhor forma de tratar os casos sintomáticos, principalmente nas mulheres que querem engravidar. Quanto às técnicas cirúrgicas, em mulheres que desejam ter filhos é possível fazer a adenomiomectomia, cujo principal objetivo é retirar as lesões de forma segura, mantendo a integridade da parede uterina. Mesmo sabendo do impacto adverso no útero e para os resultados da fertilidade.

Naquelas que não desejam engravidar, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, a retirada do útero ainda é o tratamento com melhor resultado”, finaliza Dr. Edvaldo.


Você sabia que a sua coluna também envelhece?



Até pouco tempo considerado um país jovem, o Brasil vive um aumento da expectativa de vida. Até 2060, a população com 80 anos ou mais deve somar 19 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Até lá, o desafio é que as pessoas envelheçam com saúde e qualidade de vida.

O processo de envelhecimento começa quando nascemos e seus primeiros sinais físicos aparecem exteriormente, as famosas rugas e marcas de expressão. Entretanto, os nossos órgãos, tecidos e ossos também envelhecem, embora não possamos ver. Com a coluna vertebral não é diferente. As mudanças implacáveis do envelhecimento afetam progressivamente todas as estruturas da coluna.

Segundo o neurocirurgião, Dr. Iuri Weinmann, especialista em Medicina da Coluna, o processo degenerativo começa na primeira década de vida, afetando os discos intervertebrais e isso, mais tarde, pode se converter na temida hérnia de disco, uma das doenças de coluna mais comuns em jovens adultos.

“Além dos discos intervertebrais, temos na coluna as facetas articulares que conectam as vértebras na parte de trás da coluna, proporcionando estabilidade de rotação. Como qualquer articulação, as facetas também sofrem o desgaste articular natural, chamado de osteoartrose”.
 

Ligamentos e músculos também sofrem
 
E se você acha que somente ossos e juntas podem se desgastar com o passar da idade, saiba que músculos e ligamentos são prejudicados também. Isso devido à perda do colágeno e da elastina, o que leva ao enfraquecimento dessas estruturas. “Os ligamentos e músculos da região abdominal dão sustentação para a coluna e estabilidade para os movimentos. Além disso, também ajudam a manter a postura quando estão saudáveis e fortalecidos”, comenta Dr. Iuri.


Osteoporose: risco aumentando para fraturas vertebrais
 
Os ossos também se enfraquecem com o tempo, perdendo sua densidade. Em muitos casos, o quadro evolui para a osteoporose, que como o nome diz, deixa os ossos porosos, o que aumenta o risco de fratura.

Um estudo feito no Brasil mostrou que na faixa dos 60 aos 69 anos, 33% das mulheres tem osteoporose na coluna lombar. Aos 80, mais da metade apresenta a doença. O mesmo estudo mostrou que no grupo etário dos 60 aos 70 anos, 58,3% apresentam fraturas na coluna e aos 80, 81,8%.


Será inevitável?
 
Sim, o envelhecimento da coluna é inevitável. O que se pode fazer é entender quais são os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de problemas da coluna e procurar evitá-los. “Os estudos mostram que os problemas na coluna são multifatoriais e a predisposição genética tem um peso importante. Entretanto, o estilo de vida também tem seu papel. Quanto mais saudável, maior será o efeito protetor na saúde da coluna”.


O que você pode fazer pela sua coluna 
  • Mantenha o peso ideal para sua altura e tipo físico
  • Adote posturas corretas para trabalhar, dormir, ver TV, usar o computador, o celular, etc 
  • Pare de fumar ou não fume, pois, o cigarro, pelo seu efeito vasoconstritor, reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando o aporte de oxigênio e de nutrientes que as células recebem por meio do sangue
  • Pratique alguma atividade física para fortalecer a musculatura ao redor da coluna, como o Pilates, por exemplo
  • Certifique-se que está com os níveis de cálcio e vitamina D na medida certa para prevenir a osteoporose
Evite pegar peso excessivo e quando precisar, agache flexionando as pernas para erguer o que estiver pegando.



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